Representantes dos países da União Européia decidiram nesta semana proibir o uso de lâmpadas incandescentes a partir de 2010. Este é um esforço para generalizar o uso de eletrodomésticos ecologicamente corretos que foi impulsionado por um grupo de industriais, ambientalistas e especialistas em energia, que juntos tentam eliminar o uso das lâmpadas incandescentes em 10 anos.
A troca para as lâmpadas que economizam energia foi primeiro anunciada no ano passado em Bruxelas, como parte de um ambicioso programa de controle do uso de energia para parar as mudanças climáticas em curso. Este programa foi agora aprovado em Luxemburgo onde os ministros de Energia dos países da União Européia aprovaram modificações na a legislação européia já existente sobre a matéria para adicionar as limitações ao uso da lâmpada incandescente. Os regulamentos europeus sobre o uso de energia elétrica já afetava inúmeros produtos tais como lavadoras, máquinas de lavar pratos e fornos elétricos.
Originalmente esta medida foi impulsionada por uma coligação dos maiores fabricantes de lâmpadas, entre as quais a Royal Philips Electronics da Holanda, lado a lado com o Conselho da Defesa de Fontes Naturais de Energia e mais duas organizações que promovem eficiência no consumo energético pediram padrões específicos de eficiência energética nos níveis estaduais e federais. Na sexta-feira passada as três maiores fabricantes de lâmpadas – General Electric, Siemens e Royal Philips Electronics — anunciaram que irão trabalhar incessantemente para que o consumidor europeu tenha uma mudança rápida e eficiente para os novos tipos de lâmpadas cujas emissões de dióxido de carbono contribuem para o aquecimento global.
A União Européia concretamente apoiou “a venda de todos os produtos de iluminação doméstica com menor rendimento esteja proibidos a partir de 2010, quando existirem fórmulas de substituição.” Os ministros alegaram que desejam evitar riscos de falta de oferta no mercado ou qualquer perda de funcionalidade que prejudique os usuários.
A UE dará incentivos públicos para encorajar consumidores a comprar produtos mais eficientes e ao mesmo tempo estabelecer padrões de desempenho que eliminarão produtos de menor eficiência do mercado europeu. No momento um grande esforço de conscientização já está tendo resultados com a troca — nos 27 países membros — de lâmpadas incandescentes das iluminações de rua e de escritórios do funcionalismo público. O programa agora se expandirá para que as lâmpadas de uso doméstico também sejam alvo do programa.
Em 2008, um projeto de regulamento que para iniciar o processo gradual que chegue à proibição total de todas as lâmpadas incandescentes e de baixo rendimento, já deve estar em prática. Esta medida, votada na sexta-feira passada já foi comemorada por grupos ambientalistas como o WWF, que a considerou “um passo adiante positivo”.
Segundo cálculos do WWF, o consumo das lâmpadas incandescentes é de três a cinco vezes superior ao das lâmpadas eficientes e sua substituição contribuiria à redução do consumo de energia em 60%, o que equivale cerca de 30 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano. O próximo passo, que não pode esperar por muito mais tempo, será a adoção pela EU de uma meta de redução do consumo energético primário em 20% para 2020.
Nem todo mundo está satisfeito com a mudança de tecnologia. As lâmpadas florescentes – que por sinal podem vir em cor branca ou amarelada – levam um pouquinho mais de tempo para esquentarem e podem às vezes piscar. Estes são ajustes mínimos no comportamento do consumidor. Mais difícil será a adaptação de todos os bocais. Quando um bocal para a lâmpada é mais antigo – e isso acontece bastante na Europa – às vezes há que ter a troca bocais pois as lâmpadas florescentes tem um bocal um pouco mais longo e espesso. E o preço inicial destas lâmpadas LED é um pouco maior. Mas com o uso generalizado seu preço deve cair.
Os ministros de energia europeus, que se encontraram em Luxemburgo mencionaram que a redução do consumo anual de energia primária, já figurava em conclusões anteriores mas também se mostraram a favor de uma política integrada em matéria de clima e energia baseada em três objetivos: luta contra a mudança climática, segurança de fornecimento e manutenção da competitividade das economias européias.