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José Manuel Merello (Espanha, 1960)
resina de poliéster sobre tela, 81 x 100 cm
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“Ler sem refletir é como comer sem digerir”.
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Edmund Burke
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José Manuel Merello (Espanha, 1960)
resina de poliéster sobre tela, 81 x 100 cm
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Edmund Burke
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Maria Dinorah
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Piso num ponto
e me ponho
de pés em ponta
Estou pronta.
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Penso uma pauta
e me pinto,
pego um pente
e me penteio.
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Paro no pulo
e no prumo,
nego o nervoso
e me aprumo.
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Pronto.
Pisco,
apresto o passo.
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E na pausa
dessa pose,
sou um pássaro no espaço.
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Maria Dinorah Luz do Prado (Porto Alegre, 1925 — Porto Alegre, 2007) professora e escritora de livros infanto-juvenis. Escreveu aproximadamente cem títulos.
Algumas obras:
Alvorecer
Boi Boá
Bom-dia, Maria
A caranguejola do Zeca e outras estórias
O Cata-vento
Chapéu de vento
O coelho Dim-dim
Coração de papel
A coragem de crescer
Coragem de sonhar
O desafio da liberdade
Dobrando o silêncio
Dom Gato
Ensinando com poesia
A Fábrica das gaiolas
Felpudo e olhogrande
Festa no Parcão
A flauta do silêncio
A flautinha do Pirulin
O galo superdotado
A gaitinha do sseu Zé
Os gêmeos
Geometria de sombra
Giroflê giroflá
Guardados de afeto: repensando a alfabetização
Histórias de fadas e prendas
Hora nua
Iara Aruana
A lagoa encantada
O livro infantil e a formação do leitor
O livro na sala de aula
O macaco preguiçoso e outras estórias
Mata-tira-tirarei
A medida do sorriso
Menino na avenida
Meu verde mar azul
O ontem do amanhã
Um pai para Vinícius
Panela no fogo, barriga vazia
Piá também conta causo
Pinto verde e outras estórias
Pitangas e vaga-lumes
O poema da flor
Poesia Sapeca
Pra falar de amor
Quando explodem as estrelas
Que falta que ela nos faz
A Semente Mágica
Seu Zé
Simplesmente Maria
Solidão e mel
Tem que dar certo
O Território da infância
Três voltas de ciranda
Uma e una
O ursinho azul
Ver de ver
Verso e reverso: poemas de Natal
Vinte pontos de uma vez
O vôo do pássaro e outras histórias
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Umberto Eco
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Aos olhos cheios de afeto
da mãe que o viu pequenino
seja qual for sua idade
o filho é sempre um menino
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(Soares da Cunha)
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Interior com senhora lendo, s/d
Maximilian Louis (Henk) Maas (1924-2005)
óleo sobre tela, 115 x 99 cm
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Louis Maximilian (Henk) Maas foi criado em Roterdã, vivendo com sua mãe e o padrasto galerista. A mãe era de origem judaica-portuguesa. Por isso Henk foi mandado para um campo de trabalhos forçados durante a Segunda Guerra Mundial, na Alemanha. Aprendera com o padrasto a profissão de restaurador e moldureiro. Depois da guerra Maas foi estudar na Academia de Arte de Roterdã. Dedicou-se a vida inteira à pintura e à restauração. Mas nunca se preocupou na comercialização de seus quadros. Foi só na segunda metade do século XX que Maas deixou a pintura acadêmica para entrar na fase abstrata, desenvolvendo logo em seguida um estilo próprio de colorido expressionista. Tornou-se um grande colecionador. Morreu em 2005.
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Trinam pássaros nos galhos…
a brisa é leve e sombria;
a aurora sobre os orvalhos
abre as cortinas do dia.
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(Manoel Cavalcante))
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Teodor Axentowicz (Polônia, 1859-1938)
óleo sobre tela
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Teodor Axentowicz foi um pintor armeno-polonês. Nasceu em Brasov, em 1859, na Hungria, naquela época parte da Romênia, numa família armena-polonesa. Entre 1879 e 1882 estudou na Academia de Belas Artes de Munique. De lá mudou-se para Paris onde continuoou sua educação artística até 1895. Começou suas atividades de pintor como um copiador de quadros de Ticiano e Botticelli. E fez seus primeiros retratos que mais tarde seriam uma de suas assinaturas. Depois viajou bastante pela Europa, estabelecendo-se por algum tempo em Londres e Roma. Foi um famoso pintor e professor, reitor da Academia de Belas Artes em Cracau. Faleceu em 1938 nessa cidade.
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Uma descoberta na China, nos dá uma idéia da vida no passado longínquo da Terra. Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, o paleobotânico [paleontólogo-botânico] Hermann Pfefferkorn e seus colegas de trabalho anunciaram, no início da semana, a descoberta de uma floresta fossilizada que ficou enterrada sob uma mina de carvão há 300 milhões de anos. A floresta foi preservada pelas cinzas de um vulcão, numa área que faz parte hoje do norte da China. Os pesquisadores apresentaram uma reconstrução da floresta fossilizada, dando idéia sobre a ecologia e clima da época, e a ilustração acima nos ajuda a imaginar como seria a Natureza de então.
O impressionante é que com essa descoberta pode-se agora ter um olhar mais preciso sobre a vida vegetal, o clima e a ecologia de aproximadamente 298 milhões de anos atrás. A floresta, descoberta perto de uma mina de carvão na cidade de Wuda, na China, foi coberta por cinzas vulcânicas durante um período de poucos dias e assim se preservou praticamente intacta, de uma maneira semelhante a que preservou a cidade de Pompéia, na Itália em 79 dC. Esse evento dá um instantâneo de um momento preciso no passado longínquo: plantas foram preservadas como caíram, em muitos casos nos locais exatos onde cresciam.
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Talvez seja interessante lembrar que estamos falando de uma era anterior à dos dinossauros na Terra. O nosso planeta ainda não tinha os continentes de hoje. Nem Pangeia ainda existia. A Terra estava no início de um período geológico chamado Permiano, durante o qual as placas continentais ainda estavam se movendo em direção umas às outras para formar o supercontinente Pangeia, onde se formou numa única massa continental circundada por um único oceano, a que chamamos Pantalassa. Veja a ilustração abaixo de Pangeia, que em grego quer dizer toda a Terra, depois da junção da América do Norte e da Europa. Enquanto que na China existiam dois continentes menores. Tudo sobreposto ao Equador e, portanto, uma área com clima tropical.
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“ Tudo está maravilhosamente preservado,” disse Pferfferkorn, “podemos encontrar um ramo com folhas presas e então, encontrar o ramo seguinte, e o próximo galho e o próximo. E depois encontramos o toco da mesma árvore. É impressionante.”
O local têm extensa atividade de mineração de carvão próxima. Isso propiciou a descoberta de grandes extensões de rocha, que mostraram sinais da floresta. Por causa disso, os pesquisadores foram capazes de examinar 1.000 m² da camada de cinzas vulcânicas, em três locais diferentes, próximos entre si. Isso permitiu que se caracterizasse o ecossistema de maneira bastante precisa.
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Pfefferkorn disse que “esta será agora a linha de base. Quaisquer outros achados, que são normalmente muito menos completos, terão que ser avaliados com base no que foi determinado aqui …. Esta é a reconstrução da primeira floresta, na Ásia, em qualquer espaço de tempo, é a primeira com Noeggerathiales como um grupo dominante. ” A descoberta será apresentada na próxima semana na publicação a Academia Nacional das Ciências.
[NOTA: Noeggerathiales é uma ordem de plantas vasculares, extinta. A faixa geológica dessa ordem se estende desde o Carbonífero Superior ao Triássico. Até hoje, um grupo mal conhecido com seu lugar na taxonomia e posição no reino vegetal incertos].
Naquela época, o clima da Terra era comparável ao que é hoje. Isso é de especial interesse para interesse para pesquisadores como Pfefferkorn que olham para os padrões climáticos antigos na tentativa de ajudar a entender variações climáticas que temos hoje.
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Ao todo, foram identificados seis grupos de árvores. Samambaias formavam a cobertura vegetal de menor altura, enquanto as árvores altas – Sigillaria e Cordaites – muito altas, subiam até 80 metros acima do solo. Além do Professor Pfefferkorn, do Departamento de Terra e Ciências Ambientais, da Universidade da Pensilvânia, colaboraram nas pesquisas três colegas chineses: Jun Wang, da Academia Chinesa de Ciências, Yi Zhang, da Universidade Normal de Shenyang e Zhuo Feng Universidade de Yunnan.
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Fonte e mais fotos: The Daily Mail.
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Cleonice Rainho
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Lá vai o navio,
cortando o mar.
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Lá vai o avião,
furando o ar.
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É azul o céu
e verde o mar.
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E eu fico pensando
na cor da saudade
que os viajantes levam
da terra e do lar.
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Cleonice Rainho Thomaz Ribeiro, (Angustura, MG, 15/3/1919), mudando-se para Juiz de Fora. Premiada poetisa e trovadora conhecida, professora de Letras Portuguesas, formada pela PUC Rio de Janeiro. Fundadora da Associação de cultura Luso-brasileira de Juiz de Fora.
Obras:
Poesias, 1956
Sombras e sonhos, 1956
O chalé verde, 1964
Ternura páginas maternais, 1965
Terra Corpo sem Nome, 1970
Varinha de condão: poesia infantil, 1973
O Galinho azul; A minhoca mágica, 1976
Vôo Branco, 1979
Parabéns a você, 1982
João Mineral, 1983
O castelo da rainha Ba, 1983
Torta de maçã, 1983
Uma sombra nas ruas, 1984
Intuições da Tarde, 1990
Verde Vida; poesia, 1993
O Palácio dos Peixes, 1996
O Linho do Tempo, 1997
Poemas Chineses, 1997
Liberdade para as Estrelas, 1998
3 km a picos, s/d
La cucaracha, s/d
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Shen Ling ( Província Liaoning, China, 1965)
óleo sobre tela
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Provérbio chinês