Trova da astúcia

30 06 2022

Soldados

John Singer Sargent (EUA, 1856-1925)

aquarela

 


Se a guerra foi declarada

e é poderoso o oponente,

faze da astúcia aliada,

que astúcia é força da mente!

 

(Élbea Priscila de Souza e Silva)

 





Eu, pintora: Haydéa Santiago

29 06 2022

Autorretrato, década de 1920

Haydéa Santiago (Brasil, 1896-1980)

óleo sobre tela, 40 X 29 cm





Hoje é dia de feira: frutas e legumes frescos!

29 06 2022

Cajus

Rose Fernandes (Brasil, 1972)

óleo sobre tela





Nossas cidades: Barbacena

28 06 2022

Rua de Barbacena, 1969

Wim Van Dijk (Holanda-Brasil, 1915 -1990)

óleo sobre tela, 37 x 61 cm





Lira das penas, poesia de Armando Braga

28 06 2022

Lira das penas

Armando Braga

Numa gaiola, toda azul e ouro,

De raro estilo e singular beleza,

Tinha um canário, a pálida Princesa:

— Seu bem-amado e seu maior tesouro…

Às vezes presa de infundado agouro,

Vivia instantes de mortal tristeza;

E então ficava, debruçada à mesa,

a ouvir cantar o seu Caruso louro…

Mas certo dia de um destino vário,

Chora a Princesa a morte do canário

Que fora a vida de seus sonhos ledos!

Como eu te invejo, ó Príncipe Encantado,

Que mais pudesse com cantar teu fado,

Do que eu com a lira a me gemer nos dedos!

Em: Poetas nas Bandas do Mar: uma antologia, ed. João do Prado Maia e outros marinheiros poetas, ed. José Nazar, Rio de Janeiro, Companhia de Freud: 2007, pp: 75-6.

Armando Braga (1883-1969), engenheiro, geógrafo, poeta, músico, escultor, pianista e compositor, teve suas obras (poesia e prosa) publicadas nas revistas Careta, O Malho, entre outras.





Curiosidade literária

27 06 2022

Menina lendo

Vsevolod Chistiakov (Russia, contemporâneo)

óleo em tela de linho, 40 x 30 cm

Quando saiu da Rússia, fugindo da revolução bolchevique, Vladmir Nabokov deixou para trás também o luxo e a fortuna da família.  Teve que trabalhar para viver tanto na Europa quanto nos Estados Unidos para onde emigrou mais tarde. Nabokov dava aulas particulares e também ensinava tênis.   Ensinou por uma década, em tempo integral, na Universidade de Cornell, em Ithaca, Nova York.  Mas, mesmo, tendo nesse período obtido respeito da crítica, só veio a ter sucesso comercial em 1958, aos sessenta anos, quando publicou Lolita.  Nesta ocasião parou de trabalhar para outros e se dedicou à escrita pelo ano seguinte.





Leituras de 2022: “A velha senhora”, de Simenon, resenha

26 06 2022

Café Reflexões

Adrian Deckbar (EUA, contemporânea)

 

Frequentemente me perguntam como consigo ler mais de quarenta livros por ano quando ainda tenho outras vidas para cuidar, como minhas aulas, escrever, fazer compras, cozinhar, ter amigos, ver séries, ir ao cinema.  É fácil.  Leio em qualquer lugar.  Nesses últimos dias fiquei presa ao telefone ouvindo música de espera por muitos minutos.  Tempo suficiente para ler A velha senhora de Simenon, com tradução de Raul de Sá Barbosa.  Este livro, que na edição  de bolso que tenho, compreende cento e oitenta e oito páginas, foi inteiramente consumido à espera de que alguém do outro lado da linha me atendesse.

Gosto de Simenon. Gosto principalmente de seus romances “duros”. Mas isso não quer dizer que não goste de sua escrita policial.  Aliás gosto muito dela.  Nesta história temos o Inspetor Maigret resolvendo um assassinato fora de Paris.  O que me atrai nas obras em que Maigret investiga um crime, é que sempre no final acreditamos ter tido todos os elementos necessários para fazer as mesmas deduções que ele faz. Porque é assim a narrativa.  Tudo importa, mas vem em ordem caótica.

 

Simenon é um dos escritores com maior número de obras publicadas e um dos mais traduzidos no mundo. Na introdução a este livro, soube que das mais de quatrocentas e cinquenta obras do autor, setenta e cinco tem o Inspetor Maigret como principal personagem.  Não é só um jogo de palavras que intriga o leitor, aqui e ali há encanto nas descrições de lugares, na atmosfera local das pequenas cidades ou dos bairros em que a história se desenvolve, assim  como nas memórias que alguns detalhes trazem  ao melancólico policial. Aqui está, por exemplo sua primeira impressão da casa que visita pela primeira vez.

“O portão não estava fechado, e ele o empurrou; depois, não achando a campainha, entrou no jardim. Jamais vira tal profusão de plantas numa área tão pequena. Os arbustos em flor eram tão espessos que pareciam uma pequena selva, e no menor espaço livre havia dálias, lobélias, crisântemos e outras flores que Maigret só vira reproduzidas em cores vivas nos pacotes de sementes nas vitrines. Parecia que a velha senhora se dispusera a usar todos eles.” [31]

 

Georges Simenon

 

Uma das características de Simenon é que seus personagens são tridimensionais e sempre caracterizados com alguma ternura, mesmo os mais  infames.  Há uma compreensão do ser humano, quase empatia, mesmo pelos elementos mais desprezíveis, como se Maigret, Simenon, compreendesse as razões dos maus comportamentos mesmo que ele não concorde com eles.

Pode parar para ler esse inteligente romance policial.  Vale um fim de semana em casa, neste inverno gélido, numa poltrona, manta no colo, alguma bebida quente ao lado.  Só não recomendo o cachimbo que Maigret e Simenon têm em comum.

 

NOTA: este blog não está associado a qualquer editora ou livraria, não recebe livros nem incentivos para a promoção de livros.





Em casa: William McGregor Paxton

26 06 2022

Luz da manhã, 1907

William McGregor Paxton (EUA, 1869-1941)

óleo sobre tela, 53 x 43 cm

Coleção  Particular





Flores para um sábado perfeito!

25 06 2022

Natureza morta, 2007

Marcos Garcia (Brasil, contemporâneo)

técnica mista, 29 x 21 cm





Rio de Janeiro, RJ, Brasil

24 06 2022

Cena urbana no Rio de Janeiro com praça e igreja, década de 1950

David Correa Saavedra (Brasil, 1901-1968)

óleo sobre placa, 38 x 46 cm