Minie decide ler a seção policial do jornal, Ilustração de Walt Disney.
Vamos concordar: algumas pessoas têm sorte. Certamente o ex-marido da escritora Sue Grafton é um deles. Que bom também que há pessoas, como a própria Sue Grafton, que conseguem ter bom-senso e não levar seus sentimentos destrutivos a termo.
Sue Grafton, escrevia argumentos para filmes em Hollywood. Mas, antes disso, formada em Letras pela Universidade de Louisville, publicou dois livros, Keziah Dane e The Lolly-Madonna War, no final da década de 1970, livros que não tiveram qualquer sucesso. Voltou-se, então, para carreira de roteirista. E assim trabalhou por quinze anos. Sucesso! No entanto quando faleceu em 2017, era conhecida como a autora de diversos livros de sucesso internacional, numa série que levou o cognome: Crimes do Abecedário. O primeiro livro deste grupo, A é para Álibi, publicado em 1982, foi resultado da raiva que sentia pelo marido de quem se divorciava. A autora admitiu que se dedicou a imaginar maneiras de acabar com a vida do marido com quem disputava as condições do divórcio. Até que se sentou um dia e escreveu o manuscrito que iria de fato abrir as portas para publicações de muito sucesso. Depois deste primeiro livro de mistério, seguiu-se B is for Burglar, no Brasil, B de Busca. O terceiro livro, C de Cadáver (C is for Corpse) alavancou a ideia de uma série. Quando morreu em 2017, Sue Grafton havia publicado mistérios cujos títulos cobriam vinte e cinco letras do alfabeto inglês estrelando o detetive particular, Kinsey Millhone. Salva por sua imaginação, Sue Grafton não poderia ser presa por um crime que nunca cometeu, só planejou!