Instrumentos musicais feitos de gelo?!?

27 02 2009

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Foto: Bjørn Furuseth

 

 

 

 

Apesar de carioca, confesso que não sou muito chegada ao calor.  E depois deste mês de temperaturas bastante altas, sem nenhuma brisa para aliviar o mal-estar, andei sonhando com lugares para visitar no próximo ano.  Eis que do nada me deparo com algo realmente mirabolante: um festival de música no gelo.  Isso mesmo.  Acho que tentarei comprar entradas para a próxima versão deste festival em 2010.  

 

As fotografias do evento deste ano me deixaram com muita vontade de pelo menos conhecer este fenômeno.  Os concertos nesta ocasião são tocados por violões, guitarra, flautas, violinos, harpas, órgãos e outros instrumentos, todos feitos de gelo, isso mesmo, de água congelada!  É difícil de acreditar, mas  é a absoluta verdade. 

 

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Foto: Bjørn Furuseth

 

 

 

 

 

O local é a chamada catedral, um espaço como um gigantesco iglu na glacier Val Senales na região da Itália tirolesa.  Composta de uma cúpula de 12 metros de altura a catedral é completamente feita de gelo.  É uma experiência arquitetônica sem igual, dizem os visitantes, porque há mais de um ambiente, e tanto os palcos, como as poltronas em fila, o bar, tudo é esculpido no gelo.  Ensembles e orquestras tocam suas músicas em instrumentos feitos com gelo.  Dizem que a acústica é perfeita.  O festival começou no dia 27 de janeiro e vai até o inicio de Abril.

 

A estadia precisa ser marcada com antecedência pois  fica por conta das hospedarias de quatro aldeias no vale entre montanhas: Certosa, Monte Catarina, Madonna di Senales e Vernago.   Estas aldeias estão acostumadas a hospedar turistas por na parte superior do vale fica a estação dos carrinhos a cabo de Val Senales, que é uma estação de esqui aberta o ano inteiro.  Na verdade, esta região é o conhecido caminho, há muitos e muitos séculos  por onde pastores italianos levavam seus cordeirinhos para os pastos verdes do vale Ventertal na Áustria.  Foi aqui neste local que Ötzi o Homem da Neve, foi encontrado em 1991, seu corpo muito bem preservado  na montanha Similaun no coração da glacier  Val Senales.  

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REUTERS/Alessandro Bianchi

 

 

 

Uma série de concertos é programada.  Cada concerto está  programado para ter um estilo diferente e há também um concerto especial para crianças.  Em 2009 todos os concertos são realizados às 11:00 e às 15 horas.  Mas há alguns poucos concertos às 17 horas.   O festival também tem um show de luzes e um de fogo.  E no final há uma descida de esqui à luz de tochas.   A entrada para todos os eventos é gratuita.  

 

Por mim, eu passo a descida de esqui à luz de tochas, mas ficaria feliz de ver os esquiadores.  Todo o resto me parece perfeito!!!!!!!!!

 





Histórias do Saci — poema infantil de Marieta Leite

27 02 2009

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Ilustração de Maurício de Sousa

HISTÓRIAS  DO SACI

 

                                              Marieta Leite

 

 

A criançada foi dormir

pensando nas histórias

do saci-pererê.

 

 

Lá fora,

fria, farfalha a floresta densa

e o vento zune

nos túneis estreitos das montanhas

imensas

  paradas 

vestidas da luz assombrada

que esguicha a lua fantasma.

 

 

E o saci-pererê

  pererê …  pererê! …

balança o corpinho negro

enrodilhado no cipós.

E espia p’ra o alto

e manda p’ra lua

um assovio fino

que zune mais que o vento

e farfalha mais que o mato

  Pererê …  pererê! …

 

 

Mas quando a madrugada foi chegando,

empurrando

com seus dedos de luz

o capuz de cetim

da noite enluarada,

e a manhã,

trepada na montanha mais alta,

sorriu

seu sorriso de sol

a criançada foi espiar a janela

que tinha amanhecido toda aberta

 escancarada  

Sem que ninguém soubesse como nem por quê.

 

 

Mas …  ah!

O galho fresco de árvore,

lascado de novo,

que em cima dele se achava,

com certeza

tinha servido de chicote

ao saci-pererê.

 

 

Mas só a tia Josefa é que sabia,

que fora o vento,

que cobrira de pétalas o chão.

E que o galho fresco de árvore

lascado de novo,

tinha sido um pedaço de chicote

do filho de Siá Maria

que ela vira,

ao abrir a janela,

madrugadinha ainda,

fustigar, em demanda do pasto,

seu cavalo alazão.

 

 

Em:  Terra Bandeirante de Theobaldo Miranda Santos, para o 3° ano primário,  Rio de Janeiro, Agir: 1954.

 

——

VOCABULÁRIO

 

Farfalha – faz ruído sob a ação do vento

 

Densa  cerrada

 

Lua fantasma – lua que mete medo

 

Túneis – passagens ou caminhos debaixo da terra

 

Escancarada – aberta completamente

 

Fustigar – bater com vara ou com chicote

 

Em demanda – em busca, à procura

 

Alazão  cor de canela

 

———–

 

Questionário:

 

1 – Que foi fazer a criançada?

 

2 – Que fazem, lá fora, a floresta e o vento?

 

3 – E o saci-pererê?

 

4 – Que fez a criançada quando chegou a madrugada?

 

5 – Para que serviu o galho de árvore lascado?

 

6 – Que sabia a tia Josefa?





Brasil que lê: foto tirada em lugar público

26 02 2009

dsc05171Sol, água de côco e um bom livro.  Praia de Copacabana, RJ.





Maria de Sanabria, de Diego Bracco

26 02 2009

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Um bom romance histórico sempre me fascinou, principalmente quando o autor, como o uruguaio Diego Bracco, é um professor de história e tem o cuidado de colocar as fontes, ou a documentação em capítulo à parte como é o caso no livro Maria de Sanabria [ Rio de Janeiro, Record: 2008]. A vantagem destes romances quando são escritos por um historiador é que temos a impressão de aprender mais do que se estivéssemos sentados numa sala de aula atentos às explicações dos cuidados necessários, por exemplo, com a organização de uma expedição à América do Sul no século XVI.

 

E é esta exatamente a história fascinante que nos leva a conhecer bem mais de perto Maria de Sanabria, a organizadora da chamada expedição das mulheres  que atravessou o Atlântico em 1550.  Seis anos são necessários para que o grupo expedicionário tendo  chegado a Santa Catarina, depois de uma estadia muito difícil na costa do Brasil, que durou dois anos, procure, mais ao norte, a proteção dos portugueses na província de  São Paulo e finalmente chegue a Assunção, no Paraguai, um vilarejo ainda diminuto em 1556.  Lá, Maria de Sanabria se estabelece para ficar.  Seu filho do primeiro casamento tornou-se um monge franciscano e mais tarde um “dos grandes protagonistas da vida religiosa e intelectual no Rio da Prata.”  Enquanto que seu filho do segundo casamento, Hernandarias foi três vezes governador e grande protagonista civil e militar no Rio da Prata, uma figura de grande importância na história do Paraguai, da Argentina e do Uruguai.

 

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A vantagem deste romance é que podemos adentrar a vida diária, o desenrolar das tarefas comuns da época e entender as razões e as necessidades destas pessoas, melhor ainda do que se estivéssemos lendo uma tese de mestrado, descrevendo detalhes do dia a dia das limitações e dos compromissos que estavam implícitos numa família burguesa e também o que era ou não prescrito para uma mulher em Sevilha, neste período.  

 

É de grande virtude o fato deste historiador ser um ótimo contador de histórias.  Na verdade, Diego Bracco já foi honrado com o Prêmio de Narrativa da Universidade de Sevilha e com o Prêmio Revelação da Feira do Livro do Uruguai com o seu romance anterior:  El mejor de los mundos.  Digo isto, porque apesar de detalhes interessantíssimos, a narrativa corre suavemente, cheia de aventura e imprevistos, cheia de ação e simpatia para com Maria de Sanabria, de tal forma que as 270 páginas deste livro são lidas rapidamente, como num bom livro de aventuras.  

 

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Escritor e historiador Diego Bracco.

Há no entanto grande cuidado com a verdade histórica.  A descrição por exemplo dos preparativos da saída de Sevilha podem nos dar um gostinho desta preciosa maneira de contar a história:

 

Na última terça-feira de janeiro de 1550, a catedral de Sevilha recebeu com pompa e circunstância os que se preparavam para participar da expedição.  Depois da primeira missa da manhã, todos foram em procissão até o cais, levando uma imagem abençoada de Nossa Senhora das Mercês.  Os poucos que deviam conduzir a nau rio abaixo e os muitos que se juntariam a eles em Sanlúcar de Barrameda despediram-se como quem deixa uma festa e promete se encontrar na seguinte.  Pouco tempo, poucas e precisas manobras e uma única vela foram suficientes para que a embarcação desse início à viagem.  Uma multidão de curiosos fez seu rumor pairar sobre o navio que começava a se afastar em direção à desembocadura do rio.  Atrás da esteira d’ água, como se quisessem alcançar os que se distanciavam, ouviam-se risadas prognosticando infernos e também bênçãos lançadas como beijos no ar; prantos de mães pressentindo o pior e aclamações aos heróis que voltariam distribuindo ouro. [p. 150].

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Mas além de este ser um ótimo romance, além de ser rico em detalhes de época, um outro aspecto que o faz sensacional é justamente o resgate da história desta corajosa mulher, que se rodeou de outras mulheres para ganhar um espaço na história, para fazer, sua, a aventura do século.  Gosto de ver que as gerações de hoje e de amanhã, diferentemente da minha, têm e terão exemplos de mulheres corajosas e aventureiras que existiram de verdade.  Mulheres cujos retratos podem servir de exemplo de vida para todas as meninas e jovens que ainda hoje  vêem seus sonhos de aventura desconsiderados, minados, cerceados por costumes, pela família, por limitações que não lhes pertencem.   Leiam o livro, vale a pena!





Lan houses refletem familiaridade com a internet?

26 02 2009

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Opção: cartum de Máucio,  Livro: Edição de risco, 2006, Porto Alegre

 

 

 

Ando atrasada nas minhas leituras semanais e mais ainda nas notas para este blog.  Mas durante o longo fim de semana do Carnaval, voltei a dar uma limpeza na papelada que junto para futura referência e encontrei um artigo O novo astro pode ser você, que foi publicado originalmente na revista New Scientist, e traduzido e publicado no Brasil pela revista Época de 9 de janeiro de 2009.  

 

Eu o havia separado, não só porque é um artigo sobre um assunto interessantíssimo: Centros de pesquisa estão transformando os enigmas científicos, como a identificação de galáxias, em games viciantes.  Qualquer um pode ajudar a desvendá-los.   Como mostra o artigo, mas principalmente porque a fotografia de um jovem chinês em uma Lan house em Pequim simplesmente me deixou de cabelo em pé!

 

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Lan house em Pequim. Foto: Teh Eng Koon,  AFP

 

 

 

Há alguns meses que venho sentindo que andamos nos enganando no Brasil ao repetirmos que o acesso à internet está cada vez mais difundido.  Talvez eu tenha me enganado ao interpretar as notícias vindas pelos porta-vozes do governo.  Há exatamente dois anos, em março de 2007, a Agência Brasil do governo brasileiro declarava que o Brasil ocupava a 62ª posição mundial em relação ao uso da internet quando consideramos o número de internautas em relação à população do país.  Não era um dado para nos orgulharmos, afinal estar entre as 20 maiores economias do mundo e estar nessa colocação em uso da internet é um pouco encabulante… Mas, simultaneamente a mesma agência divulgava que 32,1 milhões de brasileiros, cerca de 21,9% da população acima dos 10 anos de idade, utilizaram a rede mundial de computadores, a internet, no país. Isso nos colocava com aparente orgulho nacionalista: o Brasil como o primeiro país da América Latina e o quinto no mundo no uso da internet.

 

Ora, talvez eu tenha através do ano e meio seguinte continuado a acreditar — como o nosso governo gostaria que o fizéssemos — que tudo estava muito bem sob um céu azul de bolinhas brancas.  Mas nos últimos seis meses, prestando maior atenção às notícias mundiais comecei a ter esta sensação esquisita, de que as coisas andavam mudando muito rapidamente e que, a não ser em revistas e portais especializados,  a não ser entre os aficionados, não se fala no progresso fora do Brasil. 

 

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Lan House em Copacabana

Eis que me deparo com este artigo na revista Época.  Não necessariamente o artigo que por si só já dava para levantar os cabelinhos da nuca quando pensamos em números: quantos brasileiros, adolescentes ou adultos, passam horas com jogos na internet que possam ajudar a resolver grandes enigmas da ciência?  Não quero nem pensar.  Tenho certeza de que a percentagem será mínima.  Mas o que me chamou a atenção foi um detalhe muito mais prosaico, foi a foto da Lan house ilustrando o artigo.

 

Ora, ora, moro no Rio de Janeiro, que apesar de não ser a capital das finanças brasileiras, ainda é uma senhora cidade com muita força econômica.  Moro também no bairro de Copacabana um dos bairros mais populosos da cidade, um bairro da zona sul do Rio de Janeiro, onde há muitas, muitas Lan houses.  Mas das que conheço – umas 8,  numa área de um raio de 4 quarteirões em volta da minha residência – não há Lan houses com o equipamento mostrado na fotografia da Lan house de Pequim.  Não há Lan houses com monitores modernos, com a quantidade de computadores vistos nesta foto.  E olha que o pessoal por aqui capricha por que tem que dar cobertura aos turistas.

 

 

 

 

De modo que fica a pergunta: o que estamos REALMENTE fazendo para acertarmos o passo com o resto do mundo?

 

 





Imagem de leitura — Noël Saunier

25 02 2009

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Cena de leitura numa clareira, 1871

Noël Saunier ( França, 1847-1890)

Óleo sobre tela





Cinzas — poema de Joaquim Norberto de Souza e Silva

25 02 2009

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Quarta-feira de Cinzas, 1855-1860

Carl Spitzweg (Alemanha 1808-1885)

Óleo sobre tela,  21 x 14 cm

Galeria Nacional de Stuttgart

Alemanha

 

 

 

CINZAS

 

                         Joaquim Norberto de Souza e Silva

 

 

Sobre as asas da alegria,

Entre enganos ruidosos,

Entre vivas jubilosos,

Expirava o carnaval.

 

Oh, quanta moça faceira,

Que muito se divertira

Morrer com pena não vira

Esse tríduo sem igual.

 

A rótula então perdera

Todo o sigilo, se abrindo,

E um rosto moreno e lindo

Livre e ousado se mostrou;

E mais de um braço certeiro

Achou um alvo condigno,

Em que amável, benigno,

Os seus tiros empregou.

Em: Poetas Cariocas em 400 anos, ed. Frederico Trotta, Rio de Janeiro, Editora Vecchi: 1965

 

 

Joaquim Norberto de Sousa e Silva  (RJ 1820 – RJ 1891)

Pseudônimo: Joaquim Norberto, Fluviano, João do Norte.  Poeta, romancista, teatrólogo, polígrafo, pesquisador, biógrafo. Sua atividade literária foi intensa e seus estudos têm validade para o conhecimento do passado literário do Brasil, dispersos na Revista do IHGB, na “Revista Popular”, na “Minerva Brasiliense”. É na crítica e história literária que reside a sua melhor contribuição através de estudos, memórias, edições anotadas de autores brasileiros.

 

 

Obras:

 

A Cantora Brasileira Crítica, teoria e história literárias 1871  

A noite de agonia: Poesia 1889  

Amador Bueno, ou, A Fidelidade Paulistana, Drama em 5 actos Teatro 1855  

As Americanas Poesia 1856  

As duas orfãs: Romance e Novela 1841  

Balatas Poesia 1841  

Beatriz Teatro XIX   

Bosquejo da historia da poesia brazileira. Crítica, teoria e história literárias XIX   

Brasileiras Célebres Biografia 1862  

Cantos Épicos Poesia 1861  

Cantos epicos Poesia 1861  

Cantos poeticos. Poesia XIX   

Chegado de Londres: Romance e Novela 1884  

Chile e Brazil: Poesia 1889  

Climnestra, Rainha das Micenas, Tragédia em Cinco Atos Teatro 1846  

Colombo ou o descobrimento da America: Teatro 1854  

Dirceu de Marilia. Liras atribuídas à sra. D. M. J. D. de S. (Natural de Villa Rica) … Poesia 1845  

Flores entre Espinhos; Contos Poéticos Conto 1864  

História da Conjuração Mineira Outros 1860  

História das Aldeias… Outros XIX   

Investigações sobre o Recenseamento da População Geral do Império Outros 1870  

Jacub ou Carlos VII entre seus grandes vassallos: Teatro 1841  

Joaquim Garcia Romance e Novela 1832  

Kettli Tradução XIX   

Maria ou Vinte Anos Depois Romance e Novela 1844  

Melodias romanticas: Poesia XIX   

Modulações Poéticas, Precedidas de um Bosquejo da História da Poesia Brasileira Crítica, teoria e história literárias 1841  

Novas modulações: Poesia XIX   

O berço livre: Poesia 1883  

O Brazil: Poesia 1857  

O cancioneiro das bandeiras: Poesia XIX   

O Chapim do Rei Teatro 1851  

O Livro de Meus Amores Poesia 1849  

O Martírio do Tiradentes Romance e Novela 1882  

O ultimo abraço, 1841  

Poesia á inauguração da estatua equestre do fundador do imperio. Poesia 1862  

Romances e novelas Romance e Novela 1852  

Tartufo: Tradução XIX   

Vindo de Paris: Romance e Novela 1884  

Visão. Poesia XIX 





Música para os ouvidos?

24 02 2009

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Você sabia que aquele cantar horripilante da fêmea do mosquito, aquele barulho semelhante a um violino desafinado, que não nos deixa dormir, é um verdadeiro poema de amor para os mosquitos machos que os ouvem? É um sinal de preparação para uma grande noite de amor!  Mas nem tudo está perdido em termos de música para os nossos ouvidos!

 

A esperança vem com os cientistas da Universidade de Cornell, nos EUA, que descobriram que, contrário ao que se pensava, os mosquitos Aedes Aegypti têm uma outra música, distinta, só deles.  E acreditam que é que isso venha a trazer os meios para que possam desenvolver cientificamente novas idéias de combate à reprodução desses mosquitos.  Na verdade, procuram também um novo estilo de combate à reprodução dos mosquitos Anopheles gambiae que transmitem a malária. 

 

 O que eles descobriram é que a fase do namoro, a chamada para a reprodução dos mosquitos que transmitem dengue é feita numa frequência de 1200 hertz que é um múltiplo simultâneo de 400 hertz – a freqüência das fêmeas e de 600 hertz a freqüência dos machos.   Este conhecimento talvez venha a servir de inspiração para novas maneiras de se controlar a população de mosquitos.   Tradicionalmente os mosquitos que transmitem a malária e a dengue são combatidos, sem grande sucesso, com inseticidas.

 

Nota baseada em notícia da BBC.





Evitando acidentes XVI

24 02 2009

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No metrô, nas ruas,  em todo lugar,

existem faixas e passagens pra se usar.





Porque é Carnaval…

24 02 2009

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Carnaval, 1968

Emiliano Di Cavalcanti ( RJ 1897 – RJ 1976)

Óleo sobre tela

 

 

 

 

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DI CAVALCANTI

Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo (Rio de Janeiro RJ 1897 – idem 1976). Pintor, ilustrador, caricaturista, desenhista, gravador, muralista. Inicia a carreira artística em 1908. Em 1914 publica seu primeiro trabalho como caricaturista na Revista Fon-Fon. Em 1917, muda-se para São Paulo, freqüenta aulas de direito no Largo São Francisco e o ateliê do pintor impressionista Georg Elpons (1865-1939). Realiza a primeira individual de caricaturas na livraria O Livro. A partir de 1918, integra o grupo de artistas e intelectuais de São Paulo com Oswald de Andrade (1890-1954) e Mário de Andrade (1893-1945), Guilherme de Almeida (1890-1969) , entre outros. Trabalha como diretor artístico da revista Panóplia, em 1918, em São Paulo, e ilustra a revista Guanabara, em 1920, sob o pseudônimo Urbano. Em 1921 ilustra A Balada do Enforcado, de Oscar Wilde (1854-1900), e publica, em São Paulo, o álbum Fantoches da Meia-Noite. É um dos idealizadores e organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922, autor do material gráfico da exposição. Muda-se para a Europa como correspondente do jornal Correio da Manhã. Em Paris, estabelece ateliê em Montparnasse e freqüenta a Academia Ranson, onde conhece artistas e intelectuais. Retorna ao Rio de Janeiro em 1925 e em 1928 filia-se ao Partido Comunista do Brasil – PCB. No ano seguinte, faz a decoração do foyer do Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. Em 1931 participa do Salão Revolucionário e funda em São Paulo, em 1932, com Flávio de Carvalho (1899-1973), Antonio Gomide (1895-1967) e Carlos Prado (1908-1992), o Clube dos Artistas Modernos, CAM. Na Revolução Constitucionalista fica preso por três meses como getulista. Em 1933, casa-se com a pintora Noemia (1912-1992), sua aluna. Publica o álbum A Realidade Brasileira, série de doze desenhos satirizando o militarismo da época. Em Paris, em 1938, trabalha na rádio Diffusion Française nas emissões Paris Mondial. Retorna ao Brasil em 1940; publica poemas na Antologia de Poetas Brasileiros, organizada por Manuel Bandeira (1884-1968). Publica o livro de memórias Viagem da Minha Vida: memórias em três volumes (V.1 – Testamento da Alvorada, V.2 – O Sol e as Estrelas e V.3 – Retrato de Meus Amigos e … dos Outros) editado pela Editora Civilização Brasileira. Premiado em 1971 pela Associação Brasileira dos Críticos de Arte – ABCA. Em 1972 publica o álbum 7 Xilogravuras de Emiliano Di Cavalcanti, pela Editora Onile, e recebe o Prêmio Moinho Santista. Em Salvador, recebe o título de doutor honoris causa da Universidade Federal da Bahia – UFBA, em 1973