Uma grande colônia de orangotangos na Indonésia!

13 04 2009

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Foi descoberta na Indonésia uma grande colônia de orangotangos, um dos primatas mais ameaçados de extinção do mundo.  Cientistas dizem que o grupo de símios descoberto em uma parte remota da ilha de Bornéo tem entre mil e dois mil indivíduos.  A existência da colônia foi comunicada aos cientistas por moradores locais.

 

Os reclusos primatas de pêlo vermelho foram descobertos em uma região montanhosa e inacessível“, disse Erik Meijaard, um dos responsáveis pela descoberta.  A topografia íngreme, o solo pobre e a geral inacessibilidade dessas montanhas parecem ter protegido a área do desenvolvimento,” argumentou Meijaard.

 

A viagem para a região demorou 10 horas de carro, outras cinco de barco e duas horas de caminhada.  A equipe descobriu cerca de 220 ninhos num raio de poucos quilômetros e viu três orangotangos de perto, a mãe com seu bebê e um grande macho, que lhes atirou galhos de árvore.  Os cientistas dizem que é possível que a colônia descoberta seja uma espécie de “campo de refugiados”, abrigando macacos fugitivos de outras regiões.

 

Calcula-se que existam ainda cerca de 50 mil orangotangos vivendo livres nas florestas tropicais 90 por cento das quais na Indonésia,  e o resto na vizinha Malásia.  Mas a área que lhes serve de habitat vem diminuindo, dando lugar a plantações. Esses países são os principais produtores mundiais de óleo de palma, utilizado em alimentos, cosméticos e que hoje também satisfaz a crescente procura de combustíveis “limpos” para os EUA e a Europa. Florestas tropicais, onde esses animais solitários gastam quase todo o seu tempo, foram derrubadas e queimadas progressivamente em taxas alarmantes, principalmente para plantações de palmeiras produtoras do lucrativo  óleo.

 

Os cientistas indonésios trabalham agora com grupos locais para proteger a área.





Caixa de Kioto — vencedora do concurso idéias verdes!

10 04 2009

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Um fogão solar bastante barato ganhou o primeiro prêmio num concurso de idéias verdes.   Com o nome de A Caixa de Kioto este fogão é fabricado a partir de papelão e pode ser usado para ferver água, para esterilização de instrumentos ou para assar alimentos.  O  inventor, morador do Quênia, tem a esperança de poder fazer o cozimento solar difundido no mundo inteiro e principalmente através dos países em desenvolvimento, suplantando o uso da madeira que está levando ao desmatamento global.

 

Organizado pela ONG Fórum Para o Futuro, fundada por Jonathan Porritt para fomentar idéias que ajudem ao crescimento sustentável, o concurso teve como objetivo apoiar idéias que possam ser viáveis.  Também idéias que reduzam as emissões de gases de estufa e que não conseguiram obter interesse no mundo corporativo.

 

 

 

 

 

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Este fogão é feito com duas caixas de papelão, que usam tinta preta e tiras refletoras para maximizar a absorção da energia solar.  Cobrindo a panela com uma tampa transparente calor e água são retidos enquanto a temperatura pode chegar pelo menos a 80°C.  A idéia de cozinhar usando os raios do sol tem sido uma constante há muitos séculos, mas só agora parece ter surgido com bastante eficiência, tanto que algumas organizações, incluindo Fogões Solares Internacional, já estão apoiando sua fabricação e distribuição no mundo em desenvolvimento.

 

O que impressionou os juízes sobre a Caixa de Kioto foi seu potencial de produção.  Será possível fabricar este “novo fogão” em massa.   Qualquer fábrica de papelão já existente poderá com poucos ajustes fazer milhares e milhares de fogões/panelas a cada mês.

 





Resgatando o DNA de insetos em museus, mas sem destruição….

9 04 2009

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O DNA antigo pode ser uma ótima ferramenta para o estudo da evolução, da diversidade e de outros assuntos, mas sua obtenção pode ser complicada. Quando os antigos organismos são insetos pequenos, a retirada de um pouco de DNA pode significar a destruição total ou parcial deles. Agora, uma equipe de cientistas mostrou que é possível extrair DNA de um espécime de inseto de quase 200 anos, sem destruí-lo. Eles colocam os insetos de molho.

 

Eske Willerslev e Philip Francis Thomsen, do Centro de Genética e Ambientes Antigos, do Museu de História Natural da Universidade de Copenhage,  e colegas usaram uma solução chamada tampão de digestão, cuja receita havia sido previamente desenvolvida.  O processo de obtenção do DNA teve sucesso não só com macrofossils siberianos de até 26.000 anos de idade, como também com besouros secos, exemplares de acervo de museus,  espécimes de até 188 anos.  Isto revela que o método tem um grande potencial para a investigação do DNA.  Vinte espécimes de besouro de museus, os mais antigos datados de 1820, foram imersos na solução por 16 horas e então retirados e secados, com seus exoesqueletos e outras características intactos. Os ácidos nucléicos na solução restante foram separados.

 

Apesar da enorme diversidade demonstrada entre os insetos, este grupo é,  em geral, quase sempre negligenciado nos estudos de DNA.  Estes tendem a se concentrar principalmente em vertebrados e plantas.  Menos estudados ainda são os micróbios.  Este processo se anuncia então como uma excelente e poderosa ferramenta que poderá vir a testar muitas hipóteses em biologia, pelo estudo mais detalhado do DNA destes seres até hoje relegados a um segundo plano.

 

Até então, uma das maiores limitações para o estudo do DNA de antigos espécimes de insetos era a destruição dos elementos morfológicos da amostra,  quando o antigo processo se fazia inevitável.  Obviamente, este é um problema relacionado com  o DNA de muitas fontes, mas é de particular preocupação com as pequenas amostras, tais como insetos.  Até hoje, a maioria dos antigos estudos genéticos sobre insetos foi vítima desses métodos de amostragem destrutivos.  Os resultados obtidos com o método não-destrutivo na amostragem deste estudo sugerem que a destruição de espécimes já não se fará necessária.   A utilização de modelos históricos encontrados em museus tem importantes aplicações em estudos genéticos da população, onde espécimes poderão revelar antigas estruturas genéticas até agora indetectáveis.  Enquanto que o estudo dos macro fosseis poderão trazer dados de potencial valor para melhor compreensão de ecossistemas e mudanças climáticas.

 

 

 

 

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Em um artigo no periódico online de acesso livre PLoS ONE, os pesquisadores relatam que todos os 20 espécimes produziram seqüências de DNA mitocondrial utilizáveis. Acredita-se que o tampão de digestão penetre nos exoesqueletos através da boca, dos orifícios respiratórios e de outras características anatômicas, e através dos orifícios feitos quando os espécimes são fixados para exibições.

 

A técnica teve menos êxito com restos de besouros mais antigos – congelados no permafrost por dezenas de milhares de anos. Apenas três das 14 amostras produziram DNA utilizável. Mas os pesquisadores tiveram mais sucesso com sedimentos não-congelados e menos antigos de uma caverna – com cerca de 1,8 a 3 mil anos de idade. Eles obtiveram seqüências de DNA de um besouro e uma mariposa ou borboleta.

 

 

 

 

 

 

Outras entradas neste blog que tratam de insetos:

 

NOVAS DESCOBERTAS:  Nova Guiné

 

 

 

PALEONTOLOGIA: Monstro, Insetos no Cretáceo

 

 

 

TEXTO LITERÁRIO: Coelho Neto

 

 

POESIA,  Manoel de Barros- um cachorro vira-lata; Olavo Bilac — As formigas

 

 

 

 

 

 





As Américas depois da subida do nivel do mar

8 04 2009

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A Grande Onda de Kanagawa

Katsushika Hokusai ( Japão, 1760 – 1849)

Xilogravura policromada

 

 

 

 

 

 

A BBC num artigo de James Painter mostra, hoje, o que especialistas da América do Norte e da América do Sul estão cada vez mais preocupados com as conseqüências devastadoras da subida do nível do mar.

 

Até agora as áreas de maior preocupação com as conseqüências do aumento do nível do mar tinham sido as ilhas do Pacífico, o Vietnam e Bangladesh.   Mas, no encontro recente de cientistas debatendo o assunto em Copenhagen , ficou claro que regiões que incluem Nova York, sul da Flórida, Caribe, México e Equador estão sob maior perigo do que antecipado.

 

Em 2007 o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas sugeria que o nível do mar pudesse aumentar de 19 cm a 59 cm até o final d século XXI.  Mas este ano, em Copenhagen vários cientistas já falavam do aumento de um metro a um metro e meio, mesmo que se mantenham baixas as emissões mundiais de gases que provoca o efeito estufa.   É o derretimento das camadas de gelo em ambos os pólos o que tem preocupado os cientistas.  Com a aceleração do degelo que se testemunha, o mapa das Américas certamente mudará muito nas zonas costeiras.

 

Há perigos que ultrapassam a invasão do mar sobre áreas costeiras.  Algumas ilhas caribenhas correm o perigo de diminuírem sensivelmente suas áreas territoriais.   A pesca certamente seria afetada em todas as regiões.   E não se consegue ainda saber o que acontecerá com a circulação de água do mar de norte a sul e vice-versa, que mantêm os parâmetros do clima em ambos os hemisférios.

 

 

 

 

 

 

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A única nota positiva do encontro foi saber que ainda não está muito tarde para atenuar os efeitos do aumento do nível dos oceanos.  Se conseguirmos reduzir as emissões de gás e também reduzir o desenvolvimento costeiro haverá uma chance de podermos reduzir as conseqüências destes efeitos.  Mas é importante que os líderes da America Latina se aconselhem sobre estas novas projeções de degelo e conseqüente aumento do nível do mar, para que desenvolvam novas prioridades de desenvolvimento.   No momento, ninguém parece preocupado com o futuro das gerações vindouras.

 

 

Para o artigo inteiro:  BBC

 

 

 

 

 

 

Katsushika Hokusai ( Japão, 1760 – 1849)

 

Um dos gênios da arte japonesa, conhecido por suas xilogravuras, nasceu na cidade de Edo, atual Tóquio, no bairro de Katsushika, em 23 de setembro de 1760. Ainda pequeno, foi adotado por Nakajima Ise, polidor de espelhos do xogunato Tokugawa. Deixou o lar dos pais adotivos ainda jovem, trabalhou como aprendiz em uma livraria e, depois, como xilógrafo. Tornou-se discípulo do conhecido xilógrafo Katsukawa Shunshô (1726~1793), pesquisando os estilos dos grandes xilógrafos da escola Karino, dentre outros. Criou ainda um estilo próprio, graças aos estudos das técnicas de pintura ocidental através das obras de Shiba Kôkan (1738-1818), filósofo e pintor de quadros ocidentais.

 

Xilogravou muitos artistas famosos, as conhecidas beldades e os lutadores de sumô da época. Viajou por muitos lugares, xilogravou muitos retratos, paisagens, flores, plantas e animais, tornando-se o maior artista da época. É conhecido também por suas excentricidades, mudando de residência 93 vezes e trocando o seu nome artístico mais de 30 vezes. O pseudônimo “Katsushika Hokusai”, nome pelo qual é conhecido mundialmente, foi adotado por ele em 1805.

 

Deixou mais de 30 mil obras, entre xilogravuras, ilustrações de romances, quadros e outras. Uma das suas obras mais famosas é a xilogravura Fugaku Sanjurokkei, ou seja, As 36 vistas do Monte Fuji.

 

As suas obras tiveram muita influência sobre os pintores impressionistas que atuavam na França.  Até falecer, aos 90 anos, dedicou-se de corpo e alma à pintura, que foi seu meio de sustento, mas nunca lhe deu uma vida abastada. 

 





Sophie, a cadelinha nadadora!

7 04 2009

cachorrinho-nadando-mw-editora-e-ilustracoesMW Editora e Ilustrações

 

 

 

 

A BBC mostra hoje uma história de deixar os nossos corações batendo quentes e os olhos cheios de alegria.  Uma cadelinha, que havia sido tragada do convés de um barco,  por fortes ondas num mar turbulento na costa de Queensland, em novembro de 2008, foi encontrada, esta semana, em boas condições de saúde, numa remota ilha da Austrália.  Este pastor australiano nadou um pouco mais de 8 km para conseguir abrigo numa remota uma ilha dos mares australianos.  Não só nadou uma grande distância, mas também conseguiu escapar com vida de águas conhecidas por serem habitadas por tubarões.   Guardas costeiros descobriram Sophie, a cadelinha esperta,  que depois de quatro meses de desaparecida, já havia sido dada por morta por Dave e Jan Griffith seus donos. Resgataram-na e a levaram de volta para casa.   Sophie sobreviveu nesta ilha caçando cabras selvagens. 

 

BBC VIDEO: SOPHIE, THE DOG





Colapso da ponte de gelo da plataforma Wilkins, na Antártica.

6 04 2009

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Plataforma Wilkins, Antártica.

Uma conhecida ponte de gelo – chamada plataforma Wilkins —  que ligava uma plataforma congelada—do tamanho da Jamaica —  a duas ilhas na Antártica partiu-se. O colapso desta estrutura nos dá uma idéia ainda mais precisa das mudanças regionais no continente. Situada no lado oeste da Península Antártica, a plataforma Wilkins vem diminuindo de tamanho desde a década de 1990.  Há anos, que esta ponte de gelo, era considerada um marco, uma barreira importante, pois ajudava a manter o resto da estrutura de gelo estável.

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O colapso e com ele a remoção desta ponte vai permitir que o gelo circule mais livremente – em mar aberto—entre as ilhas Charcot e Latady.  Esta ligação de gelo conhecida como “a ponte” quebrou-se no seu ponto mais fino e frágil.   Há uma semana já se acompanhava o progresso das rachaduras que Agência Espacial Européia havia indicado através de fotografias de satélite nesta grande “escultura” de gelo.  Alguns recém-formados Icebergs foram vistos no mar no lado ocidental da península, o ponto mais próximo do extremo sul da América do Sul.

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Sabe-se que a plataforma Wilkins estava estável desde 1930 – e provavelmente também estivera estável por muitas décadas antes disso, lembrou o Professor David Vaugham, especialista em geleiras com o Centro Britânico de Pesquisas na Antártica, e que havia colocado um aparelho de GPS na ponte em janeiro deste ano.   Ele também disse que já se previa o rompimento da ponte há algumas semanas e que é provável que a prateleira de gelo por trás seguirá o mesmo caminho.  

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A quebra da ponte e o fato da camada de gelo estar recuando, e ter perdido neste momento a  conexão com uma das ilhas é  uma forte indicação forte de que o aquecimento sobre a Antártida tem um efeito significativo sobre o gelo.   Embora esta fratura na ponte não traga impacto direto sobre o nível do mar, porque o gelo estará flutuando, ela reforça todas as preocupações relacionadas ao impacto das alterações climáticas sobre esta parte da Antártida.   Nos últimos 50 anos, a península tem sido um dos lugares de mais rápido aquecimento do planeta.

 

 

 

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Muitas das prateleiras gelo têm recuado com o tempo.  Seis delas já desapareceram completamente : Prince Gustav Channel, Larsen Inlet, Larsen A, Larsen B, Wordie, Muller e a Jones.  Estudos independentes mostram que quando o gelo destas prateleiras é removido, tanto os glaciers quanto a camada de gelo sobre a terra, avançam para o oceano  mais rapidamente.  É esse gelo que pode elevar o nível do mar.    Os efeitos deste tipo de aceleração não foram incluídos nos registros do Painel Intergovernamental de Alterações Climáticas da ONU.  Em 2007, quando de sua publicação, esta dinâmica do gelo ainda era muito mal compreendida.





Erupção do vulcão Llaima, manda nuvens de cinzas para a Argentina

5 04 2009

vulcaoVulcão Llaima, no Chile, foto EFE

 

 

 

 

 

O vulcão chileno Llaima, que fica a 76 quilômetros ao leste da cidade de Temuco e a 700 km de Santiago, voltou a entrar em erupção na sexta-feira, expelindo uma coluna de gases e cinzas de mais de sete mil metros de altura e 100 km de extensão.  A seus pés ficam as localidades de Curacautín, Cherquenco e Melipeuco que têm sobrevivido próximo ao Llaima ainda que este seja considerado um dos três vulcões mais ativos da América do Sul.

 

Segundo o Serviço Nacional de Geologia e Mineração chileno, 71 pessoas já foram evacuadas de Vilcún e de Curacautín, localidades próximas ao Llaima, cuja atividade obrigou ontem autoridades a decretarem um alerta vermelho em oito municípios próximos, embora a atividade do vulcão tenha sido qualificada como de média intensidade por autoridades e especialistas.  Ao todo, foram 700 as pessoas transportadas para longe da área do vulcão.  Entre eles estão cerca de 200 turistas, funcionários do Serviço Nacional de Florestas e moradores dos arredores do Parque Nacional Conguillio, a 640 km ao sul de Santiago.

 

Tal decisão foi tomada por causa dos riscos associados aos deslizamentos do barro resultante da mistura de cinzas vulcânicas e escombros com água, que podem provocar um aumento do volume do rio Calbuco. Situado ao sul de Santiago, o Llaima intensificou sua atividade a partir de maio de 2007.  

 

O vulcão, que há meio ano não apresentava nenhuma atividade, voltou a entrar em erupção na noite da sexta-feira e registra desde então explosões constantes de material incandescente que se elevam até 600 m, sobre a cratera de 3.210 metros de altitude.  Suas atividades aumentaram, no entanto, durante a noite de sábado, conforme atestaram membros do Serviço Nacional de Geologia e Mineração que realizaram ontem um sobrevôo sobre a área do Llaima. De acordo com o Escritório Nacional de Emergências chileno, as chuvas deste domingo na região impedem que haja uma visão propícia da situação do Llaima.

 

Outros vulcões no Chile:

 

LONQUIMA, (Última Erupção Conhecida: 1990); Elevação do Topo: 2.865 m

CHILLAN, (Última Erupção Conhecida: 1987); Elevação do Topo: 3.212 m

PARINACOTA, (Última Erupção Conhecida: ± 290); Elevação do Topo: 6.348 m

ANTUCO, (Última Erupção Conhecida: 1869); Elevação do Topo: 2.979 m

VILLARICA, (Última Erupção Conhecida: 2004); Elevação do Topo: 2.847 m

 





Cientistas encontram mais espécies desconhecidas nas florestas de Papua-Nova Guiné

25 03 2009

 

Um sapo verde brilhante com grandes olhos negros, aranhas e uma lagartixa estão entre as 50 novas espécies de animais encontradas pelos cientistas nas montanhas remotas de Papua Nova Guiné, cuja expedição colheu informações em julho e agosto de 2008.  As descobertas foram anunciadas nesta quarta-feira pela Conservation International (CI) uma organização baseada em Washignton DC, que trata da conservação do meio ambiente.  A equipe de cientistas que passou vários meses na Papua Nova-Guiné, analisou mais de 600 espécies animais, descobrindo um número grande de animais que ainda não haviam sido descobertos.   As novas descobertas incluem:

 

Os anfíbios:

 

 

 

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 Um exemplar marrom (Oreophryne sp)  encontrado por Steve Richards, do Museu da Austrália do Sul, em julho de 2008.   Este sapo foi encontrado nos montanhas de pedra calcária e pertence a um grupo de sapos bastante comum em florestas tropicais muito úmidas como as encontradas na Papua.  Tem uma forte coaxada.  Este exemplar como outros de sua família coloca seus ovos em folhas ou no solo de onde saem pequeninos sapos diretamente. 

 

 

 

 

 

 

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— Um sapo (Litoria SP) que descoberto,  produz um forte som, como um apito, quando procura por companheiro para se reproduzir.  Esta chamada é capaz de ser distinguida mesmo através do som de uma cascata bem próxima.  Os sapos desta família podem ter aparências muito diversas e é o som que produzem que melhor pode identificar membros da espécie.  Este coloca seus ovos embaixo de pedras em margens rasas. 

 

 

 

 

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— O maior sapo encontrado foi o (Nyctimystes sp) grande, com olhos negros num corpo verde e brilhante foi descoberto próximo as águas limpas de um riacho montanhoso.  Este  sapo, encontrado nas florestas tropicais da Nova Guiné, põe os seus ovos sob pedras nas margens de rios ou riachos.  Seus girinos têm bocas grandes com grande potencial de sucção que eles usam para se agarrem às pedras e não serem levados rio abaixo.

 

Os pesquisadores da Conservation International que exploraram a região foram cientistas da universidade canadense da British Columbia, e da universidade estadual de Monclair no estado de Nova Jersey, assim como cientistas locais da Papua-Nova Guiné, liderados por Steve Richards.

 

Craig Franklin, professor de zoologia da universidade de Queensland ma Austrália, que estuda sapos, lembra que a descoberta da nova espécie de rã é bastante significativa; e que os anfíbios são “freqüentemente considerados como um excelente bio-indicador da saúde ambiental. Muitas vezes vemos declínio no número de sapos como ponteiro indicando uma interferência direta no meio ambiente.”

 

 

Entre os répteis, um belíssimo e único exemplar de lagartixa (Cyrtodactylus sp) foi encontrado na densa floresta de Tualapa.  Esta lagartixa subia troncos de arvores  cobertos por limo, em plena chuva tropical.  Diferente da maioria das lagartixas, esta depende de unhas fortes e agudas para subir até as copas das árvores e se banquetear com insetos. 

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lagartixa-cyrtodactylus

 

Diversos tipos de aranhas foram encontrados nesta expedição.  Entre elas:

 

 

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A aranha verde translúcida (Orthrus sp) que pula, encontrada por Wayne Maddison do Museu de Biodiversidade Beaty, da universidade de British Columbia no Canadá.  As aranhas que pulam em geral conseguem pular uns 15 cm do chão, não têm patas longas para pular, porque seu pulo é acionado pela pressão do sangue – os músculos das pernas se contraem empurrando o sangue para as pernas que ficam em pé, produzindo então o pulo.  

 

 

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E também entre muitas outras a aranha (Tabuina varirata) encontrada numa árvore na floresta.  Este aranha é ainda mais especial, porque não é só uma espécie diferente, ela também pertence a um gênero desconhecido.   Pertence a subfamília Cacalodinae, um grupo distinto, que pertence unicamente à Nova Guiné.  Nada se sabe sobre ela, exceto seu habitat.

 

Para mais informações sobre estas descobertas, visite o portal da Conservation International, clicando AQUI.





Meio ambiente ganha aliado em carpa-robô!

23 03 2009

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Pato Donald, ilustração Walt Disney.

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Um peixe-robô desenvolvido por cientistas britânicos será libertado no mar, ao norte da Espanha, para detectar poluentes na água.

 

Cada robô, no formato de uma carpa, custou cerca de £ 20.000 ou US$ 29.000 por unidade. Eles imitam o movimento real dos peixes e estão equipados com sensores químicos  para farejar poluentes potencialmente perigosos, tais como vazamentos de navios ou de gasodutos submarinos.  A transmissão das informações captadas será feita usando tecnologia Wi-Fi.

 

 

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Foto: Reuters

 

Ao contrário dos modelos anteriores de peixes-robô, que exigiam controles remotos, estes serão capazes de navegar isoladamente, sem qualquer interação humana. Se, depois de uma ano de uso, a opinião geral for de que a missão destes primeiros cinco peixes-robôs no porto de Gijon ao norte da Espanha, foi bem sucedida, a equipe espera que a mesma técnica, com outros peixes-robôs, seja utilizada em  rios, lagos e mares de todo o mundo.

 

Rory Doyle, cientista sênior da empresa de engenharia TMO Group, que desenvolveu o peixe-robô, com auxílio da equipe de pesquisadores da universidade de Essex, disse que houve boas razões para fazer um robô em forma de peixe.

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Foto: Reuters

 

Com o peixe-robô, construímos em cima de um desenho criado por centenas de milhões de anos de evolução que é incrivelmente eficiente no gasto de energia”, disse ele.  Precisamos garantir este tipo de eficiência para detectar poluentes, usando sensores que navegam na água por horas a fio.  O peixe-robô tem mais ou menos um metro e meio de comprimento, sendo aproximadamente do tamanho de uma foca.





Outono, poesia para crianças de Olavo Bilac

21 03 2009

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Crepúsculo, s/d

Luiz Pinto  (MG, 1939)

óleo sobre madeira 20 x 25 cm

 

 

 

 

 

 

O Outono

 

 

                        IV

 

 

                                                        Olavo Bilac

 

     Coro das quatro estações:

 

Há tantos frutos nos ramos,

De tantas formas e cores!

Irmãs!  Enquanto dançamos,

Saíram frutos das flores!

 

 

 

     O outono:

 

Sou a sazão mais rica:

A árvore frutifica

Durante esta estação;

No tempo da colheita,

A gente satisfeita

Saúda a Criação.

 

Concede a Natureza

O premio da riqueza

Ao bom trabalhador,

E enche, contente e ufana,

De júbilo a choupana

De cada lavrador.

 

Vede como do galho,

Molhado inda de orvalho,

Maduro o fruto cai…

Interrompendo as danças,

Aproveitai, crianças!

Os frutos apanhai!

 

 

     Coro das quatro estações:

 

Há tantos frutos nos ramos,

De tantas formas e cores!

Irmãs! Enquanto dançamos,

Saíram frutos das flores!

 

 

 

Outono, da série das Quatro Estações,; Em: Poesias Infantis, Olavo Bilac, Livraria Francisco Alves: 1949, Rio de Janeiro

 

 

 

 

 

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (RJ 1865 — RJ 1918 ) Príncipe dos Poetas Brasileiros – Jornalista, cronista, poeta parnasiano, contista, conferencista, autor de livros didáticos.  Escreveu também tanto na época do império como nos primeiros anos da República, textos humorísticos, satíricos que em muito já representavam a visão irreverente, carioca, do mundo.  Sua colaboração foi assinada sob diversos pseudônimos, entre eles: Fantásio, Puck, Flamínio, Belial, Tartarin-Le Songeur, Otávio Vilar, etc., e muitas vezes sob seu próprio nome.  Membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Criou a cadeira 15, cujo patrono é Gonçalves Dias.  Sem sombra de duvidas, o maior poeta parnasiano brasileiro. 

 

  

 

Obras:

 

 

Poesias (1888 )

Crônicas e novelas (1894)

Crítica e fantasia (1904)

Conferências literárias (1906)

Dicionário de rimas (1913)

Tratado de versificação (1910)

Ironia e piedade, crônicas (1916)

Tarde (1919); poesia, org. de Alceu Amoroso Lima (1957), e obras didáticas

 

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Luiz Pinto (Sete Lagoas, MG, 1939), pintor, desenhista, ilustrador e professor brasileiro.

 

De 1957 até 1960, Luiz estudou com Edgar Walter, Guignard e Marzano.  Em 1980, passou a freqüentar com mais regularidade o atelier do artista plástico Edgar Walter, em Petrópolis, RJ, onde definiu sua temática com principal destaque para as paisagens.  Entre 1989 e 1990 pela Europa: Itália, Holanda, Portugal, Espanha e França, a fim de aprimorar sua técnica. De regresso ao Brasil começou a ensinar em escolas de arte em São Paulo.  Suas telas são normalmente paisagens, com uma visão tipicamente rural e bucólica, lírica.