A Grande Onda de Kanagawa
Katsushika Hokusai ( Japão, 1760 – 1849)
Xilogravura policromada
A BBC num artigo de James Painter mostra, hoje, o que especialistas da América do Norte e da América do Sul estão cada vez mais preocupados com as conseqüências devastadoras da subida do nível do mar.
Até agora as áreas de maior preocupação com as conseqüências do aumento do nível do mar tinham sido as ilhas do Pacífico, o Vietnam e Bangladesh. Mas, no encontro recente de cientistas debatendo o assunto em Copenhagen , ficou claro que regiões que incluem Nova York, sul da Flórida, Caribe, México e Equador estão sob maior perigo do que antecipado.
Em 2007 o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas sugeria que o nível do mar pudesse aumentar de 19 cm a 59 cm até o final d século XXI. Mas este ano, em Copenhagen vários cientistas já falavam do aumento de um metro a um metro e meio, mesmo que se mantenham baixas as emissões mundiais de gases que provoca o efeito estufa. É o derretimento das camadas de gelo em ambos os pólos o que tem preocupado os cientistas. Com a aceleração do degelo que se testemunha, o mapa das Américas certamente mudará muito nas zonas costeiras.
Há perigos que ultrapassam a invasão do mar sobre áreas costeiras. Algumas ilhas caribenhas correm o perigo de diminuírem sensivelmente suas áreas territoriais. A pesca certamente seria afetada em todas as regiões. E não se consegue ainda saber o que acontecerá com a circulação de água do mar de norte a sul e vice-versa, que mantêm os parâmetros do clima em ambos os hemisférios.
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A única nota positiva do encontro foi saber que ainda não está muito tarde para atenuar os efeitos do aumento do nível dos oceanos. Se conseguirmos reduzir as emissões de gás e também reduzir o desenvolvimento costeiro haverá uma chance de podermos reduzir as conseqüências destes efeitos. Mas é importante que os líderes da America Latina se aconselhem sobre estas novas projeções de degelo e conseqüente aumento do nível do mar, para que desenvolvam novas prioridades de desenvolvimento. No momento, ninguém parece preocupado com o futuro das gerações vindouras.
Para o artigo inteiro: BBC
Katsushika Hokusai ( Japão, 1760 – 1849)
Um dos gênios da arte japonesa, conhecido por suas xilogravuras, nasceu na cidade de Edo, atual Tóquio, no bairro de Katsushika, em 23 de setembro de 1760. Ainda pequeno, foi adotado por Nakajima Ise, polidor de espelhos do xogunato Tokugawa. Deixou o lar dos pais adotivos ainda jovem, trabalhou como aprendiz em uma livraria e, depois, como xilógrafo. Tornou-se discípulo do conhecido xilógrafo Katsukawa Shunshô (1726~1793), pesquisando os estilos dos grandes xilógrafos da escola Karino, dentre outros. Criou ainda um estilo próprio, graças aos estudos das técnicas de pintura ocidental através das obras de Shiba Kôkan (1738-1818), filósofo e pintor de quadros ocidentais.
Xilogravou muitos artistas famosos, as conhecidas beldades e os lutadores de sumô da época. Viajou por muitos lugares, xilogravou muitos retratos, paisagens, flores, plantas e animais, tornando-se o maior artista da época. É conhecido também por suas excentricidades, mudando de residência 93 vezes e trocando o seu nome artístico mais de 30 vezes. O pseudônimo “Katsushika Hokusai”, nome pelo qual é conhecido mundialmente, foi adotado por ele em 1805.
Deixou mais de 30 mil obras, entre xilogravuras, ilustrações de romances, quadros e outras. Uma das suas obras mais famosas é a xilogravura Fugaku Sanjurokkei, ou seja, As 36 vistas do Monte Fuji.
As suas obras tiveram muita influência sobre os pintores impressionistas que atuavam na França. Até falecer, aos 90 anos, dedicou-se de corpo e alma à pintura, que foi seu meio de sustento, mas nunca lhe deu uma vida abastada.