Tijuco (Diamantina) visita de Auguste Saint-Hilaire, 1817

13 08 2020

 

 

 

Wilde Lacerda,Paisagem de Diamantina – ost,1972 - 46 x 55Paisagem de Diamantina,  1972

Wilde Lacerda (Brasil, 1929 – 1996)

óleo sobre tela,  46 x 55 cm

 

“Antes mesmo de chegar a essa bonita aldeia o viajante fica bem impressionado, vendo os caminhos que a ela vão ter. Até uma certa distância os caminhos tinham sido reparados (escrito em 1817) pelos cuidados do Intendente e por meio de auxílios particulares.  Ainda não tinha visto tão belos em nenhuma parte da Província.

……….

As ruas de Tijuco são bem largas, muito limpas, mas muito mal calçadas; quase todas são em rampa; o que é consequência do modo em que a aldeia foi colocada. As casas construídas umas em barro e madeira, outras com adobes, são cobertas de telhas brancas por fora e geralmente bem cuidadas. A cercadura das portas e das janelas é pintada de diferentes cores, segundo o gosto dos proprietários e, em muitas casas, as janelas têm vidraças. As rótulas, que tornam tão tristes as casas de Vila Rica, são muito raras em Tijuco, e os telhados aqui não fazem abas tão grandes para fora das paredes. Quando fiz minhas visitas de despedida, tive ocasião de entrar nas principais casas de Tijuco e elas me parecem de extrema limpeza.  As paredes das peças onde fui recebido estavam caiadas, os lambris e os rodapés pintados à imitação de mármore.  Quanto aos móveis, eram sempre em pequeno número, sendo em geral também cobertos de couro cru, cadeiras de grande espaldar, bancos e mesas.

Os jardins são muito numerosos e cada casa tem, por assim dizer, o seu. Neles veem-se laranjeiras, bananeiras, pessegueiros, jabuticabeiras, algumas figueiras, um pequeno número de pinheiros e alguns marmeleiros. Cultivam-se também couves, alfaces, chicória, batata, algumas ervas medicinais e flores entre as quais o cravo é a espécie favorita. Os jardins de Tijuco pareceram-me geralmente melhor cuidados que os que havia visto em outros lugares ;  entretanto eles são dispostos sem ordem e sem simetria. De qualquer modo resultam perspectivas muito agradáveis desta mistura de casas e jardins dispostos irregularmente sobre um plano inclinado. De várias casas veem-se não somente as que ficam mais abaixo,  mas ainda o fundo do vale e os outeiros que se elevam em face da vila; e não se poderá descrever bem o efeito encantador que produz na paisagem o contraste da verdura tão fresca dos jardins com a cor dos telhados das casas e mais ainda com as tintas pardacentas e austeras do vale e das montanhas circundantes.”

 

Em: As lavras de diamantes (Diamantina e arredores- 1817),  texto de Auguste Saint-Hilaire,  incluído no livro O ouro e a montanha: Minas Gerais, seleção, introdução e notas de Ernani Silva Bruno, Organização de Diaulas Riedel, São Paulo, Cultrix: 1959, pp-39-40.

 

NOTA: Auguste Saint-Hilaire (França, 1779 – 1853) botânico, naturalista e viajou pelo Brasil entre os anos de 1816 – 1822.

 





Nossas cidades: Guarapari

16 06 2020

 

 

JOSÉ MARIA DE ALMEIDA (Portugal 1906 - MG 1995)Guarapari, o.s.t - datado no verso 1963.,45x32cmGuarapari, 1963

José  Maria de Almeida (Portugal-Brasil 1906 -1995)

óleo sobre tela, 45 x 32cm

 

 





Nossas cidades: Barbacena

14 01 2020

 

 

Eloisa Mábili,(Brasil, 1959) Escola Agrotécnica de Barbacena, MG, 2009,tela,Escola Agrotécnica de Barbacena, MG, 2009

Eloisa Mábili (Brasil, 1959)

óleo sobre tela





Cidades do Brasil que mais leem

24 07 2018

 

 

Amaury 2Amaury Menezes,(Brasil, 1930) goiania,1992Goiania, 1992

Amaury Menezes (Brasil, 1930)

 

 

O jornal O GLOBO de hoje, (24-07-2018) publicou resultados interessantíssimos sobre a apreciação e o acesso à cultura no país, em artigo de Matheus Pichonelli.  Nessa pesquisa foram considerados itens como leitura, ida ao cinema, ida ao teatro, a concertos de música clássica, a shows e a galeria de artes.

Todos os itens são do interesse deste blog carioca.  Mas a leitura é de principal relevância porque a leitura é a base de conhecimento que depois de adquirido, qualquer que seja, abre portas para outros aspectos culturais.

Surpreendentemente Salvador, na Bahia, é a cidade que mais lê no Brasil.  Seguida por São Paulo e Rio de Janeiro, nesta ordem.  No entanto, a cidade brasileira que apresenta maior interesse em todas as diferentes formas de expressão cultural é Belo Horizonte, ou seja a cidade com nível de interesse mais equilibrado entre os interesses culturais.

A cidade que menos lê, mas a mais foliona de todas é Recife.  Sobre a folia de Carnaval, outro item surpreendente: no Rio de Janeiro a festa favorita é São João.  Só 21% dos cariocas são apreciadores do Carnaval.  De fato, o Carnaval não é tão popular quanto se imagina, praticamente no país inteiro, ainda que seja muito mencionado como festa favorita em Recife.

 

Link: O GLOBO,

 





Nossas cidades: Paraty

12 06 2017

 

 

Luis Claudio Morgilli (Brasiçl, 1955) PAraty, ostParaty

Luís Cláudio Morgilli (Brasil, 1955)

óleo sobre tela





Paraty em seu começo…

23 09 2014

 

 

Salvador Rodrigues Jr. (1907-1995)Rua da árvore - ParatiÓleo sobre tela40 x 50 cmRua da árvore, Paraty

Salvador Rodrigues Jr. (Brasil, 1907-1995)

óleo sobre tela, 40 x 50  cm

 

” A data de fundação de Paraty é motivo para divergências entre historiadores. Alguns pendem para o ano de 1600, quando Paraty era apenas um povoamento de paulistas de São Vicente. Outros preferem a data de 1606, quando se deu a chegada a Paraty dos primeiros sesmeiros, beneficiados com doações feitas em nome do Conde da Ilha do Príncipe, donatário da Capitania de Itanhaém.

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“O primeiro núcleo de povoamento surgiu em um morro distante 25 braças para norte do Rio Perequeaçu, onde foi erecta  uma capela em louvor a São Roque”(*). Depois, por volta de 1646, em local mais favorável, se erigiu outra capela em honra de Nossa Senhora dos Remédios, em terreno doado por Maria Jácome de Melo, para ampliação da vila, sob duas condições: a primeira, que a mesma fosse feita em devoção àquela santa, e a segunda, exigindo a segurança dos índios guaianazes moradores naquele local.

Como de hábito, o nome do santo orago foi acrescentado ao topônimo Paratii, vocábulo tupi, que significa “peixe da família das tainhas”, muito encontrado na região.

(*) Citação no texto referindo-se ao livro do Monsenhor José de Souza Azevedo Pizarro e Araújo, titulado: Memórias históricas do Rio de Janeiro e das Províncias anexas à jurisdição do Vice-Rei do Estado do Brasil.

 

Em: Paraty, religião e folclore, Thereza Regina de Camargo Maia, Rio de Janeiro, Arte e Cultura (LTC Editora): 1976, pp. 20-21.





Rio de Janeiro a caminho dos 450 anos!

27 06 2014

dallara2 Tílburis - Rio de Janeiro, 1918Tílburis, Rio de Janeiro centro da cidade, 1918

Gustavo Dall’Ara (Itália, 1865- Brasil, 1923)

óleo sobre tela





Rio de Janeiro a caminho dos 450 anos!

20 06 2014

CLÓVIS PÉSCIO - Cena do Rio - Óleo sobre telaGlória, vista da baía de Guanabara

Clóvis Péscio (Brasil, 1951)

óleo sobre tela

www.clovispescio.com.br





Rio de Janeiro a caminho dos 450 anos!

13 06 2014

ROBERTO DE SOUZA (1943)Comporta do Canal do Leblon, 2003, ost,46x55Comporta do canal do Leblon, 2003

Roberto de Souza (Brasil, 1943)

óleo sobre tela, 46 x 55 cm





Nossas cidades — Diamantina

9 06 2014

MARCIER,Emeric(1916 - 1990)CapelaImperialdoAmparo,Diamantina,1954,ost,81x65Capela Imperial do Amparo, Diamantina, 1954

Emeric Marcier (Romênia, 1916- França, 1990)

óleo sobre tela, 81 x 65 cm