Estrelas de nêutrons, extremamente densas!

8 05 2009

estrela de neutrons

Os raios mais fracos (vermelho), intervalo médio (verde) e demais emanações de energia (azul).

 

A Nasa, agência espacial americana, divulgou em seu site a imagem de um pulsar – estrela de nêutrons pequena e densa – situado na região central de uma nebulosa planetária que possui um formato semelhante a uma grande mão, conforme os cientistas. O PSR B1509-58 foi fotografado pelo telescópio espacial Chandra X-ray em uma zona ocupada pela grande nuvem de gás e poeira, com mais de 150 anos-luz de extensão.

 

Mesmo sendo pequeno (em torno de 19km de diâmetro), o pulsar emite uma poderosa energia composta por íons e elétrons que é capaz de criar estruturas intrigantes e complexas ao seu redor, como a “mão cósmica” da fotografia. A análise da estrela de nêutrons foi realizada a partir de fotos captadas pelo Chandra X-ray: raios X mais fracos (vermelho), intervalo médio (verde) e demais emanações de energia (azul).

 

Os pulsares são os restos de estrelas que entraram em colapso, fenômeno também conhecido como supernova. Na maioria das vezes, estas estrelas de nêutrons possuem um campo gravitacional até 1 bilhão de vezes superior ao da Terra. No entanto, o PSR B1509-58 surpreende os astrônomos pela gigantesca energia – a força gravitacional é cerca de 15 trilhões de vezes maior que a do nosso planeta.

 

De acordo com os cientistas, a combinação de uma rápida rotação com o forte campo magnético do PSR B1509-58 fazem com que ele seja um dos geradores eletromagnéticos mais potentes da galáxia.

 

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Cientistas acreditam que apenas os buracos negros são mais densos que o interior das estrelas de nêutrons.

 

Cientistas da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, registraram a incrível densidade e força molecular de uma estrela de nêutrons – objeto astronômico formado pelo resto do colapso gravitacional de uma estrela durante uma supernova. Segundo eles, a crosta ao redor do astro seria dez bilhões de vezes mais forte que o aço ou qualquer outro metal encontrado na Terra.

 

Somente os buracos negros são mais densos que as estrelas de nêutrons. Estimativas apontam que uma colher de chá do material retirado do seu interior pode pesar cerca de 100 milhões de toneladas.

 

De acordo com os pesquisadores, o principal objetivo da pesquisa foi avaliar os riscos de como a atração gravitacional intensa destes corpos poderia provocar ondulações no espaço-tempo. Os cientistas também sugeriram que o estudo poderia levar a uma nova compreensão sobre tremores estelares ou gigantes erupções de uma magnastar (estrela de nêutrons com intenso campo magnético).

 

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Estrela de nêutrons.

 

Uma estrela de nêutrons se forma quando o núcleo de ferro descartado por uma explosão de uma supernova não consegue mais suportar seu próprio peso.  Num instante os átomos colapsam, elétrons se fundem com prótons, para formar uma esfera neutra de matéria com a densidade de um núcleo atômico.  A estrela de nêutrons assume então o diâmetro de uma cidade de tamanho médio na Terra.

Fontes:

Portal Terra 1

Portal Terra 2





Uma grande colônia de orangotangos na Indonésia!

13 04 2009

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Foi descoberta na Indonésia uma grande colônia de orangotangos, um dos primatas mais ameaçados de extinção do mundo.  Cientistas dizem que o grupo de símios descoberto em uma parte remota da ilha de Bornéo tem entre mil e dois mil indivíduos.  A existência da colônia foi comunicada aos cientistas por moradores locais.

 

Os reclusos primatas de pêlo vermelho foram descobertos em uma região montanhosa e inacessível“, disse Erik Meijaard, um dos responsáveis pela descoberta.  A topografia íngreme, o solo pobre e a geral inacessibilidade dessas montanhas parecem ter protegido a área do desenvolvimento,” argumentou Meijaard.

 

A viagem para a região demorou 10 horas de carro, outras cinco de barco e duas horas de caminhada.  A equipe descobriu cerca de 220 ninhos num raio de poucos quilômetros e viu três orangotangos de perto, a mãe com seu bebê e um grande macho, que lhes atirou galhos de árvore.  Os cientistas dizem que é possível que a colônia descoberta seja uma espécie de “campo de refugiados”, abrigando macacos fugitivos de outras regiões.

 

Calcula-se que existam ainda cerca de 50 mil orangotangos vivendo livres nas florestas tropicais 90 por cento das quais na Indonésia,  e o resto na vizinha Malásia.  Mas a área que lhes serve de habitat vem diminuindo, dando lugar a plantações. Esses países são os principais produtores mundiais de óleo de palma, utilizado em alimentos, cosméticos e que hoje também satisfaz a crescente procura de combustíveis “limpos” para os EUA e a Europa. Florestas tropicais, onde esses animais solitários gastam quase todo o seu tempo, foram derrubadas e queimadas progressivamente em taxas alarmantes, principalmente para plantações de palmeiras produtoras do lucrativo  óleo.

 

Os cientistas indonésios trabalham agora com grupos locais para proteger a área.





Cientistas encontram mais espécies desconhecidas nas florestas de Papua-Nova Guiné

25 03 2009

 

Um sapo verde brilhante com grandes olhos negros, aranhas e uma lagartixa estão entre as 50 novas espécies de animais encontradas pelos cientistas nas montanhas remotas de Papua Nova Guiné, cuja expedição colheu informações em julho e agosto de 2008.  As descobertas foram anunciadas nesta quarta-feira pela Conservation International (CI) uma organização baseada em Washignton DC, que trata da conservação do meio ambiente.  A equipe de cientistas que passou vários meses na Papua Nova-Guiné, analisou mais de 600 espécies animais, descobrindo um número grande de animais que ainda não haviam sido descobertos.   As novas descobertas incluem:

 

Os anfíbios:

 

 

 

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 Um exemplar marrom (Oreophryne sp)  encontrado por Steve Richards, do Museu da Austrália do Sul, em julho de 2008.   Este sapo foi encontrado nos montanhas de pedra calcária e pertence a um grupo de sapos bastante comum em florestas tropicais muito úmidas como as encontradas na Papua.  Tem uma forte coaxada.  Este exemplar como outros de sua família coloca seus ovos em folhas ou no solo de onde saem pequeninos sapos diretamente. 

 

 

 

 

 

 

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— Um sapo (Litoria SP) que descoberto,  produz um forte som, como um apito, quando procura por companheiro para se reproduzir.  Esta chamada é capaz de ser distinguida mesmo através do som de uma cascata bem próxima.  Os sapos desta família podem ter aparências muito diversas e é o som que produzem que melhor pode identificar membros da espécie.  Este coloca seus ovos embaixo de pedras em margens rasas. 

 

 

 

 

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— O maior sapo encontrado foi o (Nyctimystes sp) grande, com olhos negros num corpo verde e brilhante foi descoberto próximo as águas limpas de um riacho montanhoso.  Este  sapo, encontrado nas florestas tropicais da Nova Guiné, põe os seus ovos sob pedras nas margens de rios ou riachos.  Seus girinos têm bocas grandes com grande potencial de sucção que eles usam para se agarrem às pedras e não serem levados rio abaixo.

 

Os pesquisadores da Conservation International que exploraram a região foram cientistas da universidade canadense da British Columbia, e da universidade estadual de Monclair no estado de Nova Jersey, assim como cientistas locais da Papua-Nova Guiné, liderados por Steve Richards.

 

Craig Franklin, professor de zoologia da universidade de Queensland ma Austrália, que estuda sapos, lembra que a descoberta da nova espécie de rã é bastante significativa; e que os anfíbios são “freqüentemente considerados como um excelente bio-indicador da saúde ambiental. Muitas vezes vemos declínio no número de sapos como ponteiro indicando uma interferência direta no meio ambiente.”

 

 

Entre os répteis, um belíssimo e único exemplar de lagartixa (Cyrtodactylus sp) foi encontrado na densa floresta de Tualapa.  Esta lagartixa subia troncos de arvores  cobertos por limo, em plena chuva tropical.  Diferente da maioria das lagartixas, esta depende de unhas fortes e agudas para subir até as copas das árvores e se banquetear com insetos. 

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lagartixa-cyrtodactylus

 

Diversos tipos de aranhas foram encontrados nesta expedição.  Entre elas:

 

 

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A aranha verde translúcida (Orthrus sp) que pula, encontrada por Wayne Maddison do Museu de Biodiversidade Beaty, da universidade de British Columbia no Canadá.  As aranhas que pulam em geral conseguem pular uns 15 cm do chão, não têm patas longas para pular, porque seu pulo é acionado pela pressão do sangue – os músculos das pernas se contraem empurrando o sangue para as pernas que ficam em pé, produzindo então o pulo.  

 

 

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E também entre muitas outras a aranha (Tabuina varirata) encontrada numa árvore na floresta.  Este aranha é ainda mais especial, porque não é só uma espécie diferente, ela também pertence a um gênero desconhecido.   Pertence a subfamília Cacalodinae, um grupo distinto, que pertence unicamente à Nova Guiné.  Nada se sabe sobre ela, exceto seu habitat.

 

Para mais informações sobre estas descobertas, visite o portal da Conservation International, clicando AQUI.