Clichês: o mais rápido meio de empobrecer o seu texto!

28 04 2009

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Chico Bento, ilustração Maurício de Sousa.

 

 

 

 

A revista Língua Portuguesa: conhecimento prático, do mês de abril deste ano,  publica 66 páginas quase todas dedicadas aos clichês e lugares-comuns.  A publicação aparece  na hora certa, pois estamos muito envolvidos com o mau hábito de usar muitos lugares-comuns, principalmente porque os ouvimos constantemente na imprensa falada ou televisada.  Não há maneira mais eficaz de empobrecer um texto do que desfiar lugares-comuns, num ritmo perpétuo como contas de um rosário.

 

Aproveito a oportunidade para enumerar aqui a lista de clichês coletados por Sérgio Augusto de Andrade, publicada pela primeira vez na revista Bravo de julho de 2002 e relembrada neste número da Língua Portuguesa: conhecimento prático, na página 61.

 

Se você tiver como objetivo eliminar estas expressões do seu dia a dia, não só seus interlocutores apreciarão o gesto, mas a Língua Portuguesa também!

 

Exercer a cidadania

Vou dar um retorno

A nível de

Tudo acaba em pizza

Preciso de uma posição

 

 

 

Você tem uma lista de clichês que doem no seu ouvido?  Por que não me envia?

 

 

 

 

Não há um endereço virtual para esta revista.  Está publicado, no entanto, um endereço de email para contatos:  l.portuguesa@criativo.art.br

 





Curiosas múmias egípcias encontradas ao sul de Cairo

28 04 2009

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Arqueólogos egípcios apresentaram neste domingo um conjunto de múmias em sarcófagos com decorações curiosas e dezenas de tumbas descobertas em uma necrópole do Oasis de Fayum, no sul do Cairo. As 53 tumbas, algumas com 4 mil anos, foram achadas recentemente em uma área deserta que abrange um centro agrícola da aldeia de Illhun, a 80 km da capital do Egito.

 

Os pesquisadores informaram à imprensa que a necrópole fica perto da pirâmide do faraó Sesostris II, de quase 4 mil anos de antiguidade. Os sarcófagos encontrados na área mais profunda do complexo mortuário estavam pintados com rostos que poderiam ser dos próprios defuntos, com as cores azul, amarelo, cobre e preto.

 

De acordo com Abdel Rahman el Ayedi, sub-secretário do Conselho Supremo de Antiguidades de Egito, arqueólogos acharam também um sarcófago com a inscrição que poderia pertencer a uma mulher chamada Isis Her Ib – filha de uma das autoridades máximas de Illahun.

 

Segundo Ayedi, apesar de não se conhecer muito sobre a necrópole, algumas tumbas tinham apenas 2,8 mil anos, enquanto outras eram do Império Médio, datado entre os anos 2061 e 1786 a.C.. No local, foram descobertos ainda uma capela funerária com um altar, máscaras pintadas, cerâmicas, estátuas e amuletos de proteção.

 

 

Terra

 

 





Decoração de azulejos era língua escrita

26 04 2009

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A decoração, os símbolos encontrados em azulejos, louças e demais objetos do povo  que habitava o vale do Indo, no Paquistão, há mais de quatro mil anos são “palavras” de uma língua que até agora era desconhecida, sugere um estudo realizado por cientistas da Universidade de Washington e publicado na revista Science.

 

A equipe de matemáticos e engenheiros informáticos e arqueólogos indianos e norte-americanos liderada por Rajesh Rao,  afirma que o misterioso código só poderá ser decifrado se for encontrado um elemento -chave “equivalente à famosa Pedra de Roseta que (por ter o mesmo texto escrito em grego e egípcio demótico) permitiu a compreensão dos hieróglifos egípcios“.

 

 

 

 

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Os códigos misteriosos foram encontrados em pequenas placas de pedra, amuletos e placas de cerâmica e, até hoje, muitos especialistas afirmavam que elas eram simples pictogramas religiosos ou políticos.

 

A equipe realizou um estudo estatístico que comparou a seqüência de símbolos – conhecidos como “Escrita do Indo” – com diversas manifestações lingüísticas, desde o Inglês moderno até o antigo sânscrito e também com sistemas não lingüísticos.

 

 

 

 

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Neste ponto, podemos dizer que a Escrita do Indo parece ter concomitâncias estatísticas com as línguas naturais“, disse Rajesh Rao, cientista da Universidade de Washington e líder da equipe que realizou a pesquisa.

 

A Escrita do Indo é conhecida há quase 130 anos, “mas apesar de mais de 100 tentativas ainda não foi decifrada; no entanto, se entende que codifica uma linguagem“, afirmou Rao.

 

O povo do Indo foi contemporâneo das civilizações egípcia e mesopotâmica e habitou o vale do rio Indo – que ficava onde hoje é o leste do Paquistão e noroeste da Índia – em uma época entre o ano 2600 e 1900 a.C..

 

 

 

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Agora, Rao tem esperança de chegar ainda mais longe no estudo das escrituras para decifrar o seu código. “No momento queremos analisar a estrutura e sintaxe da escritura para deduzir suas regras gramaticais“, disse ele.

 

O cientista espera que este tipo de informação contribua para decifrar a linguagem no futuro, se aparecer um equivalente da Pedra de Roseta.

 

 

 

 

Fonte: Portal Terra

 





Para vencer a malária: matar os mosquitos mais velhos

24 04 2009

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Cientistas acreditam que se tivessem um inseticida que matasse só os mosquitos com mais idade conseguiriam acabar com a malária, pois a doença só é transmitida por esses mosquitos.   De acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde – a cada 30 segundos uma criança morre no mundo por causa da malária.  

 

Inseticidas podem matar os mosquitos que transmitem a malária.  Mas quando o remédio é pulverizado, só os mosquito mais suscetíveis morrem.  Um bom número de “super-mosquitos” que são imunes aos efeitos dos inseticidas sobrevivem e continuam a contaminar as populações.    A fraca capacidade dos inseticidas atacarem os mosquitos da malária foi primeiro percebida durante a Segunda Guerra Mundial.  

 

No início deste mês,  cientistas da Pennsylvania State University propuseram justamente que se concentre em exterminar só os mosquitos mais velhos, pois são eles que transmitem a doença.  

 

A novidade está em explorar os aspectos do ciclo de vida da malária.  Quando um mosquito suga o sangue de uma pessoa com malaria ele apanha os parasitas da malária, mas não transmite a doença imediatamente.  Os parasitas circulam e se desenvolvem no corpo do mosquito por um período de 10 a 14 dias, antes de serem encontrados na saliva do mosquito.   É daí que a malária pode ser transmitida, para um ser humano.  Mas os mosquitos têm uma vida difícil e a maioria não vive tempo suficiente para transmitir a doença.  

Para o controle da malaria, seria necessário simplesmente acabar com os mosquitos mais velhos é a sugestão da equipe.

 

Para o artigo na sua versão total, clique aqui: NPR





A importante contribuição da Biblioteca Nacional para o projeto: biblioteca mundial

23 04 2009

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Biblioteca Nacional, av. Rio Branco, Rio de Janeiro.

 

 

 

A Biblioteca Nacional do Brasil, tem um patrimônio superior a 9 milhões de publicações, e foi considerada pela UNESCO como a 8ª maior biblioteca do mundo. A BN também é a maior biblioteca da América Latina.

A Fundação Biblioteca Nacional (BN) é uma das mais antigas instituições públicas brasileiras. Foi instalada oficialmente no Rio de Janeiro em 1810.  O núcleo original de seu poderoso acervo é a antiga livraria de D. José organizada sob a inspiração de Diogo Barbosa Machado, Abade de Santo Adrião de Sever, para substituir a Livraria Real, cuja origem remontava às coleções de livros de D. João I e de seu filho D. Duarte, e que foi consumida pelo incêndio que se seguiu ao terremoto de Lisboa de 1º de novembro de 1755.  A BN é hoje a maior fonte de pesquisa em livros, jornais e periódicos do país e tem a função de ser a depositária da memória bibliográfica e documental do Brasil.

 

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Instalada em um imponente prédio estilo eclético (onde se misturam elementos neoclássicos), na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, abriga verdadeiras raridades da literatura. Obras impressas nos primórdios da invenção da imprensa, como a Bíblia Mongúncia (Bíblia Latina), publicada por Gutenberg e seus sócios, em 1462, é considerada pela chefe da Divisão de Obras Raras (Diora), a bibliotecária Ana Virginia Pinheiro, como uma das peças mais raras da divisão. Existem apenas outros 60 exemplares conhecidos desta bíblia em todo o mundo.

Há na Biblioteca Nacional obras ainda mais antigas, escritas a mão sobre pergaminho, como O Livro dos Evangelhos, do século XI, escrito em grego e considerado o livro mais antigo na América Latina. O conjunto de obras impressas mais antigas datam do século XV, são os ‘incunábulos’, livros publicados nos primeiros 50 anos da invenção da tipografia por Gutenberg, e publicados até o ano de 1500.

  

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A maior parte deles está depositada na Divisão de Obras Raras – Diora –, onde podem ser consultados por pesquisadores especializados. A Diora guarda livros publicados entre os séculos XV e XVII e tem a missão de salvaguardar o acervo precioso da Biblioteca Nacional. Calcula-se que existam hoje mais de 70 mil obras na seção, em dois quilômetros de prateleiras. Na apreciação do acervo realizada em 1946, foram identificados 18 mil volumes na Diora. Os livros, alguns em pergaminho, são escritos em grego, latim, árabe, hebraico e línguas arcaicas ou mortas.   

A Biblioteca não estimula visitas às coleções especiais (Obras Raras, Manuscritos, Cartografia, Iconografia e Música). Recebe o pesquisador que tem interesses de pesquisa bem definidos e que traga carta de apresentação assinada pela instituição onde desenvolve a pesquisa ou de próprio punho, a título de declaração de idoneidade para consulta a acervo tão precioso”, informou Ana Virgínia.  O acesso restrito ao acervo da Diora se explica pela necessidade de proteger e preservar documentos únicos, datados, alguns deles, antes mesmo do descobrimento do Brasil. Os estudos são feitos através de microfilmes e material digitalizado, na falta destes, a consulta é direto no original.

 

 

 

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O Depósito Legal é a principal fonte de captação de obras para a BN, mas as peças mais antigas e de grande valor histórico foram obtidas por meio de doações. A maior delas foi a coleção Dona Tereza Cristina Maria doada pelo imperador Dom Pedro II, quando estava no exílio em Portugal, em 1891. São mais de 48 mil peças, entre livros, manuscritos, partituras, gravuras, desenhos, fotografias e mapas. As coleções doadas à BN são privilegiados instrumentos de pesquisa sobre a história do Brasil.

Desejando consolidar a inserção da Fundação Biblioteca Nacional na sociedade da informação, foi lançado o Portal Institucional (www.bn.br), permitindo o acesso aos Catálogos on line . Em 2006 foi criada a Biblioteca Nacional Digital concebida de forma ampla como um ambiente onde estão integradas todas as coleções digitalizadas colocando a Fundação Biblioteca Nacional na vanguarda das bibliotecas da América Latina e igualando-a às maiores bibliotecas do mundo no processo de digitalização de acervos e acesso às obras e aos serviços, via Internet.

 

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 Foto: Fátima Nascimento

 

 

O prédio atual da Fundação Biblioteca Nacional teve sua pedra fundamental lançada em 15 de agosto de 1905 e foi inaugurado cinco anos depois, em 29 de outubro de 1910. O prédio foi projetado pelo General Francisco Marcelino de Sousa Aguiar, e a construção foi dirigida pelos engenheiros Napoleão Muniz Freire e Alberto de Faria. Integrado à arquitetura da recém-aberta Avenida Central, hoje Avenida Rio Branco, o prédio é de estilo eclético, em que se misturam elementos neoclássicos. As instalações do novo edifício correspondiam na época de sua inauguração a todas as exigências técnicas: pisos de vidro nos armazéns, armações e estantes de aço com capacidade para 400.000 volumes, amplos salões e tubos pneumáticos para transporte de livros dos armazéns para os salões de leitura.

Em meio à fachada principal, o edifício possui um pórtico com seis colunas coríntias, que sustentam o frontão ornamentado por um grupo em bronze, tendo ao centro a figura da República, ladeada por alegorias da Imprensa, Bibliografia, Paleografia, Cartografia, Iconografia e Numismática. O conjunto foi executado de acordo com maquete do artista nacional Modesto Brocos. Do lado direito da Portada, uma estátua de bronze, de Corrêa Lima, representa a Inteligência; uma outra, do lado esquerdo, da autoria de Rodolfo Bernardelli, representa o Estudo. Na parte superior da fachada, de cada lado do tímpano, vêem-se, em bronze, os anos da fundação da Biblioteca MDCCCX, e da inauguração do prédio, MCMX.

 

 

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No saguão há, à direita e à esquerda, dois painéis do pintor norte-americano George Bidddle e dois baixos-relevos em bronze de sua esposa, a escultora Helena Sardeau Biddle. Essas obras de arte constituem oferta do governo dos Estados Unidos da América ao Brasil e foram inauguradas no dia 8 de dezembro de 1942. As escadas internas são de mármore com gradil de proteção em bronze com tratamento de pátina preta e friso formando o corrimão em latão dourado polido. No patamar do lance de escada entre o segundo e o terceiro andar, localiza-se o busto em mármore de D. João VI, esculpido em Roma, em 1814, por Leão Biglioschi e que pertenceu à Real Biblioteca.

Sob a clarabóia em vitral colorido, do saguão, e como que a sustentando, vêem-se 12 cariátides em gesso.Todo o conjunto do edifício é encimado por quatro clarabóias com vitral colorido; uma no zimbório central sobre o saguão; uma sobre a ala lateral dos armazéns de livros (à esquerda); outra sobre a ala lateral dos armazéns de periódicos (à direita), a quarta localiza-se sobre o salão da Divisão de Obras Raras. São dignos de nota os painéis assinados por artistas de renome, que decoram o terceiro e o quarto pavimentos. No terceiro, na Divisão de Obras Raras, antigo salão geral de leitura, encontram-se painéis de Rodolfo Amoedo, A Memória e A Reflexão, e de Modesto Brocos, A Imaginação e A Observação. No quarto andar, onde se localiza o Gabinete da Presidência, encontram-se mais quatro painéis, dois de Henrique Bernardelli, O Domínio do Homem sobre as Forças da Natureza e A Luta pela Liberdade, e dois de Eliseu Visconti, O Progresso e A Solidariedade Humana. Em espaço do andar térreo (ou primeiro andar) com aceso pela Rua México foi inaugurado no ano de 2000 um moderno auditório que levou o nome de Machado de Assis e uma galeria para exposições com os requisitos ideais de luz e temperatura. Esse espaço foi inaugurado com a magnífica exposição “Brasil 500 anos na Biblioteca Nacional”.

 





Descoberto “elo perdido” entre foca e antepassado terrestre

23 04 2009

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O fóssil de um tipo de “foca de quatro patas”, apresentado como o elo perdido na evolução de alguns mamíferos terrestres para os animais marinhos carnívoros atuais, foi encontrado no Ártico canadense, anunciou nesta quarta-feira uma equipe de cientistas do Canadá.

 

O esqueleto deste animal, de 110 cm de largura do focinho à calda, foi descoberto no local de um antigo lago formado em uma cratera de meteorito na ilha Devon, no território canadense de Nunavut, a 1,5 mil km do Pólo Norte. A descoberta, de cerca de 20 a 24 milhões de anos, é o fóssil mais antigo de um pinípede (mamíferos marinhos de vida anfíbia, como as focas, os leões marinhos e as morsas), indicaram os cientistas. O relatório será divulgado nesta quinta-feira na revista científica Science.

 

Os cientistas recuperaram 65% do esqueleto desse animal, de crânio parecido com o de uma foca e corpo similar ao de uma nútria, e cuja conservação foi favorecida pelos sedimentos do antigo lago de água doce. Esta descoberta “mudou nosso conhecimento de como e onde ocorreu a evolução desse animal“, disse Natália Rybczynski, paleontóloga do Museu da Natureza canadense e chefe da equipe de cientistas.

 

Sabíamos que os pinípedes descendiam de um antepassado terrestre, mas não tínhamos idéia de como havia ocorrido essa transição da terra para o mar“, indicou. Segundo a cientista, a descoberta, realizada em 2007, refuta a teoria que prevalecia até agora, segundo a qual as focas eram originárias da costa noroeste da América do Norte.

 

Também leva a crer que as focas possuem grandes olhos para caçar na escuridão do inverno ártico, e não para enxergar melhor nas profundezas do mar, como se pensava. A “foca de quatro patas” foi batizada Puijila darwini, com a associação de uma palavra que significa jovem mamífero marinho em inuktitut, língua dos esquimós, com o nome do pai da teoria da evolução, Charles Darwin.

 

Darwin havia mencionado a existência de “uma forma animal de transição entre a terra firme e o mar” em seu livro “A origem das espécies”, publicado há 150 anos, destacou a equipe científica em um comunicado.

 

Fonte: Portal Terra





Quadro confiscado por nazistas, devolvido

22 04 2009

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Quadro pintado no século XVII é exposto no Museu da Herança Judaica, em Nova York.  A pintura, o retrato de um gaiteiro pintado por um mestre flamengo, foi confiscada em 1937 pelos nazistas.  Em uma cerimônia por ocasião do Dia do Holocausto, a obra foi devolvida aos herdeiros do marchand judeu Max Stern. O quadro, o retrato de um gaiteiro pintado por um mestre flamengo, em 1632, foi devolvido aos herdeiros de Stern – três universidades em Montréal e Jerusalém – durante uma cerimônia em Nova York por ocasião do Dia do Holocausto.

 

A obra será levada para Montréal, onde ficará exposta no Museu de Belas Artes de Québec, disse Clarence Epstein, diretor do Projeto de Restituição de Arte Max Stern, que participou da cerimônia. Epstein destacou o apoio das autoridades americanas para se recuperar as obras que pertenciam a Stern, um marchand judeu alemão, que fugiu para o Canadá, onde morreu.

 

As universidades canadenses Concórdia e McGill e a Universidade de Jerusalém são os herdeiros de Stern. Há dois meses, o Bureau de Processos do Holocausto do departamento bancário do Estado de Nova York localizou o quadro em um inventário de um marchand americano que viajava para uma feira em Maastricht, Holanda, revelou a Universidade Concordia.

 

Ao regressar aos Estados Unidos, o marchand devolveu o quadro, após ser advertido pelas autoridades sobre sua origem.





Muralha da China era bem maior!

21 04 2009

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A muralha da China, 2007

Cheng Minsheng (China 1947)

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A Grande Muralha da China pode ser ainda maior do que se pensava, indica a primeira pesquisa detalhada a estabelecer o comprimento do monumento histórico. Depois de dois anos, a pesquisa concluiu que a Grande Muralha tem 8.850 km. Até agora, acreditava-se que o tamanho da muralha era de 5 mil km.

 

As medições anteriores eram baseadas principalmente em registros históricos. O novo estudo, conduzido pela Administração Estatal de Patrimônio Cultural e pela Administração Estatal de Topografia e Cartografia, usou tecnologias de GPS e infravermelho para localizar algumas áreas que haviam sido ocultadas ao longo do tempo pela ação de tempestades de areia, informou a agência estatal chinesa.

 

De acordo com as novas descobertas, as seções da muralha somam 6.259 km, além de outros 359 km de trincheiras e 2.232 km de barreiras defensivas naturais, como montes e rios.

 

Especialistas afirmam que as partes recém-descobertas da muralha foram construídas durante a Dinastia Ming, que reinou na China de 1368 a 1644. As pesquisas deverão prosseguir por mais 18 meses e mapear seções da muralha construídas durante as dinastias Qin (221 a 206 a. C.) e Han (206 a. C. a 94 d. C.).

 

Criada para proteger a fronteira norte do império chinês, a Grande Muralha da China é, na verdade, uma série de muralhas cuja construção começou no século 5 a.C. e que foram unidas pela primeira vez no reinado de Qin Shi Huang, por volta de 220 a. C. O monumento foi declarado patrimônio mundial pela Unesco em 1987.

 

 

Fonte: BBC





Anãs brancas cercadas por planetas em órbita

20 04 2009

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Usando detectores de radiação infravermelha do Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa, uma equipe de cientistas dos EUA e do Reino Unido vasculharam o espaço ao redor de estrelas conhecidas como anãs brancas – o remanescente da morte de um astro como o Sol – e determinaram que de 1% a 3% delas, pelo menos, estão cercadas por rochas e poeira. Entre os pesquisadores envolvidos estão Jay Farihi, da Universidade de Leicester, e Michael Jura e Ben Zuckerman, ambos da Universidade da Califórnia, Los Angeles.

 

O brilho infravermelho da poeira ao redor dessas anãs brancas é um sinal de que houve, ou há, planetas rochosos nesses sistemas“, diz Farihi. A equipe acredita que a poeira foi produzida quando asteroides – os tijolos da construção de planetas – ao redor da estrela foram puxados e empurrados pela gravidade estelar. A poeira então formou o disco de material rochosos que o Spitzer detectou. 

 

Em um estudo anterior realizado pela mesma equipe uma amostra de oito anãs brancas revelou ter vestígios de asteroides pulverizados. No novo trabalho, Farihi e seu grupo analisaram sistematicamente anãs brancas ricas em metais e descobriram limites estatísticos para a possível existência de planetas rochosos.

 

 Agora sabemos de 14 anãs brancas cercadas por vestígios de poeira. Isso sugere que de 1% a 3% das estrelas tipo A e F da sequência principal – que são um pouco maiores e mais quentes que o Sol – têm planetas rochosos como a Terra“, disse ele.

 

 Anãs brancas são os restos de estrelas de massa relativamente baixa, que já encerraram seu estágio de gigantes vermelhas, algo pelo que o Sol passará dentro de bilhões de anos. Uma anã branca pode ter o tamanho da Terra, mas conter a mesma massa que o Sol. A estrela é tão densa que uma colher de chá de seu material pesaria várias toneladas.

 

 As descobertas da equipe de Farihi foram apresentadas nesta segunda-feira, 20, em conferência da Semana Europeia de Astronomia e Ciência Espacial, na Universidade de Hertfordshire.

 

Fonte:  Estadão





Cientistas de Cingapura transformam CO2 em biocombustível

20 04 2009

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Zé Carioca.  Ilustração, Walt Disney.

 

 Cientistas de Cingapura anunciaram a descoberta de uma forma de transformar o dióxido de carbono, o mais nocivo dos chamados gases do efeito estufa, em metanol, que não agride o meio ambiente. O método, segundo eles, demanda menos energia do que tentativas anteriores.

 

Cientistas do Instituto de Bioengenharia e Nanotecnologia de Cingapura disseram nesta quinta-feira que usaram catalisadores orgânicos para transformar o CO2 no biocombustível.

 

Em nota, o instituto disse que a equipe liderada por Yugen Zhang usou carbenos-N-heterocíclicos (NHC, um catalisador orgânico) na reação química com o CO2.

 

Os NHCs são estáveis, e a reação entre eles e o CO2 pode acontecer sob condições climáticas amenas, no ar seco, segundo a nota, que acrescenta que não é necessário usar muitos catalisadores na operação.

 

O processo também emprega hidrosilano, combinação de sílica com hidrogênio. “O hidrosilano fornece hidrogênio, que se liga ao dióxido de carbono numa reação de redução. Essa redução do dióxido de carbono é eficientemente catalizada pelos NHCs mesmo a temperatura ambiente”, disse Zhang na nota.

 

Tentativas anteriores de converter o CO2 exigiam mais gasto energético e muito mais tempo, segundo a equipe.

 

O grupo não esclareceu como o processo poderia ser difundido para capturar e converter parte das bilhões de toneladas de CO2 lançadas anualmente na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis, o que segundo cientistas é o principal fator por trás do aquecimento global.

 

(Reportagem de David Fogarty)

 

Fonte: O Estadão