LHC acelerador de partículas.
Em fevereiro deste ano, (19-2-09), o TIMES ON LINE, [Grã-Bretanha] publicou uma matéria de Michael Brooks que li com atenção e que, volte e meia, retorna aos meus pensamentos. Diga-se de passagem, foi uma matéria publicada na parte de entretenimento, mas nem por isso deixa de nos fazer pensar. Trata-se de 13 mistérios do mundo científico ainda por resolver, de autoria de Michael Brooks. Como é um artigo grande, vou abordá-lo em 13 capítulos, por 13 dias consecutivos. A minha intenção é fazer com que pensemos no assunto e aumentar o interesse pelos estudos científicos entre os jovens.
Mistério n°1:
Está faltando: A MAIOR PARTE DO UNIVERSO!
A verdade é que nós até hoje só conseguimos dar conta de 4% do cosmos. Surpreso? Pense: nossa grande esperança, com o LHC – Large Hadron Collider [Grande colisor de hadrões] — que é o maior acelerador de partículas do mundo, e também a maior máquina do planeta, com um perímetro de 27Km de extensão e com um total de 9300 magnetos supercondutores no seu interior — é criar algumas partículas chamadas pelos físicos de “matéria escura“. Acredita-se de 25 % do universo seja feito de matéria escura.
Inicialmente deu-se o nome de matéria escura ao que unia todas as galáxias juntas. Se não houvesse esta matéria escura, baseado no que conhecemos, a tendência das galáxias seria de se expandirem, e não permanecerem como membros de um sistema organizado. É preciso que haja algo que as mantenha juntas. Na falta de melhores explicações há muitas décadas deu-se o nome a esta “substância” de matéria escura.
Mas lá pelos anos 90 d0 século passado, apareceu o conceito da energia escura, que misteriosamente parece mexer com espaço e tempo. Este novo conceito apareceu com a descoberta de que não só o universo está se expandindo, mas que está se expandindo numa velocidade cada vez maior. A natureza desta energia escura é assunto de muita especulação. Sabemos que é uma força homogênea e não muito densa. E acredita-se que deva ter pressão negativa. Energia escura é a forma mais popular de se explicar a expansão do universo que começou nos últimos 5 bilhões de anos.
Estimativa da distribuição de matéria escura que compõem 22% da massa do universo e da energia escura que compõem 74%, com os corpos “normais” perfazendo apenas 4% da massa do universo.