Depois de 3 meses de engorda e recuperação 31 pinguins dos mais de 560 que chegaram às costas do Estado do Rio de Janeiro, começam hoje, sua longa viagem de volta. Eles vão viajar em condições de luxo para o Rio Grande do Sul, como convidados especiais da Marinha brasileira. Vão a bordo no navio Ary Rangel — conhecido como O Gigante Vermelho –e desfrutarão de duas piscinas com água salinizada. Acostumados aos bons tratos farão quatro refeições por dia de corvinha. A viagem para o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM) no estado mais ao sul do Brasil, levará do Rio de Janeiro um total de 3 dias, ou, em termos pinguinescos: 180 kg de peixe. O navio comandado pelo capitão-de-mar-e-guerra Arlindo Serrado está a caminho da Antártida, onde já estava escalado para missão no mês de outubro.
Hoje, com aproximadamente 2 Kg cada, estes pinguins apresentam boa saúde e total recuperação do mau estado de saúde que apresentavam ao chegar. Hoje já podem ser levados de volta ao seu habitat natural, sem comprometer sua saúde. A chegada de pinguins à costa do estado do Rio de Janeiro não é incomum. Correntes marítimas vindas do Polo Sul que não encontram obstáculos entre o sul e a costa do Rio de Janeiro sempre facilitaram a chegada aqui de animais perdidos, cansados ou até mesmo doentes. Principalmente entre os meses de junho a setembro quando estas correntes marítimas se tornam muito mais fortes. No entanto, o número de animais fazendo uma passagem pelo Rio de Janeiro está cada vez maior.
O aumento de pinguins nas nossas costas deve-se a muitos fatores diferentes, todos eles causados pelo homem: problemas com o aquecimento global — o rápido degelo de muitos icebergs tornando correntes marítimas mais fortes; a poluição ambiental e a falta de peixe, que pode ser atribuída tanto à poluição ambiental quanto à pesca desordenada. Estes pinguins em geral habitam o Estreito de Magalhães, na Patagônia. Por isso também são conhecidos como Pinguins Magalhães. E chegam aqui muuito enfraquecidos. Para dar um exemplo: dos 500 pinguins que chegaram às nossas costas este ano, 280 chegaram mortos. Outros 170 pinguins morreram durante o tratamento de recuperação no Zoológico de Niterói, que inclui soro, vitaminas e alimentos. Dos que puderam se salvar e se submeter à campanha de “engorda” — a maioria chegou aqui pesando 900 gramas– só 31 dos aproximadamente 90 pinguins, começam hoje a viagem de volta. 60 continuam em Niterói, sendo submetidos a tratamento de reabilitação.
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É sempre uma tentação acharmos que o pinguim perdido em mares tropicais, fraquinho, como são os pinguins encontrados nas nossas praias precisa ser colocado próximo ao gelo ou dentro de uma geladeira….
NÃO, NÃO, NÃO!!!
Pinguim e geladeira só se combinam no adereço de cozinha popular nos anos quarenta, feito de louça. Quando o pinguim chega ao Rio de Janeiro deve ser abrigado com um cobertor e levado imediatamente para tratamento de recuperação. O pinguim está em geral muito fraco, vem boiando e sendo puxado pela corrente marítima e em geral sofre de hipotermia. Ele precisa de agasalho e não de geladeira.







queria saber como os piguim chega as prais cariocas
Rodrigo os pinguins que chegam aqui, em geral vêm empurrados pela correnteza. Em geral se desgarraram, chegam exaustos, feridos, subnutridos, como qualquer coisa que venha boiando e seguindo a correnteza. Há uma corrente marítima que vem do sul e bate direto nas praias cariocas. Tanto que num verão normal as praias cariocas t~em águas bem geladas… é claro que com as mudanças climáticas que temos tido não se pode contar com coisa alguma…. Obrigada pela visita.
[…] Kirjoitettu 20.12.201729.11.2017 julkaissut Laurea-kirjasto Kuva: https://peregrinacultural.wordpress.com/2008/10/07/depois-da-engorda-pinguins-voltam-para-casa/ […]