–
CAVALEIRO DO CAVALO DE PAU
Afonso Lopes Vieira
Vai a galope o cavaleiro e sem cessar
Galopando no ar sem mudar de lugar.
E galopa e galopa e galopa, parado,
E galopa sem fim nas tábuas do sobrado.
Oh!, que brabo corcel, que doídas galopadas,
— Crinas de estopa ao vento e as narinas pintadas!
Em curvas pelo ar, em velozes carreiras,
O cavalo de pau é o terror das cadeiras!
E o cavaleiro nunca muda de lugar,
A galopar, a galopar a galopar!…
Afonso Lopes Vieira — ( Portugal 1878-1946) advogado formado pela Universidade de Coimbra, além de poeta e escritor foi redator da Câmara dos Deputados.
Obras:
Para quê? (1897)
Náufragos, Versos Lusitanos (1898 )
O Meu Adeus (1900)
O Encoberto (1905)
Canções do vento e do Sol (1911)
Bartolomeu Marinheiro (1912)
Arte Portuguesa (1916)
Ilhas de Bruma (1917)
País Lilás, Desterro Azul (1922)
Onde a Terra Acaba e o Mar Começa (1940)
Do livro: Antologia poética para a infância e juventude, Ed. Henriqueta Lisboa, Rio de Janeiro, INL:1961
Muito obrigado pelo seu blog. Parabéns. Eu sou um professor de cultura brasileira em Valência (Espanha). Eu fiz uma investigação sobre O Romance de Amadis de Afonso Lopes Vieira no ano 2007 e agora começo aulas na Universidade. Acho que o seu weblog vai ser uma grande ajuda para mim. Muito obrigado mais uma vez.
JOSEP