Um fim de semana sem novidades… Revolução de 1932

12 08 2008

Barco blindado no Rio Tietê, Revolução de 1932        Barco blindado no Rio Tietê, Revolução Constitucionalista, 1932.

12 de agosto de 1932

 

 

 

Relativa quietude quanto à luta armada.

 

 

♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦

 

Cartão Postal com as iniciais dos 4 mártires da Guerra de '32.

Cartão Postal com as iniciais dos 4 mártires da Guerra de '32.

 

 

13 de agosto de 1932

 

Apesar de 13, nada de novo hoje se registrou quanto à luta

 

 

♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦

 

Mulheres se juntam aos comnbatentes de 1932.

       As mulheres se juntam aos combatentes da Guerra de 1932.

Transcrição do Diário de Gessner Pompílio Pompêo de Barros (MT 1896 – RJ 1960), Itapetininga, SP, página 136, em referência à Revolução Constitucionalista de 1932.

 

A Noite Ilustrada.

Forças mineiras na Revolução Constitucionalista de 1932.  Fonte:  A NOITE ILUSTRADA.





Muhammad Yunus — quem é segundo mais votado intelectual?

12 08 2008

Este é o segundo da série de perfis das pessoas votadas como os maiores pensadores do mundo de hoje em pesquisa feita pelas revistas Prospect da Inglaterra e Foreign Policy dos EUA no primeiro semestre deste ano.

 

Veja:

Fethullah Gülen – quem é o intelectual n° 1 do mundo?

Você conhece os 10 mais importantes intelectuais de 2008?

 

 

 

 

  Muhammad Yunus, (Chittagong, 28 de junho de 1940) é um economista e banqueiro de Bangladesh.

 Em 2006 foi laureado com o Prémio Nobel da Paz. É autor do livro Banker to the poor (em Portugal, O banqueiro dos pobres, sem edição no Brasil). Pretende acabar com a pobreza através do banco que fundou, do qual é presidente.  O governo de Bangladesh é o principal acionista deste banco [Grameen Bank], que oferece ativamente microcrédito para milhões de famílias. Yunus afirma que é impossível ter paz com pobreza.

 

Muhammad Yunus formou-se em Economia em Bangladesh, doutorou-se nos EUA e foi professor na Universidade de Dhaka. Em 1976, constatou as dificuldades de pessoas carentes em obter empréstimos na aldeia de Jobra, em um Bangladesh empobrecido e recém-separado do Paquistão. Por não poderem dar garantias, os bancos recusavam-lhes as pequenas quantias que permitiriam comprar materiais para trabalhar e vender, e os usurários taxavam os empréstimos com juros altos.

 

Muhammad Yunus criou então o Banco Grameen, que empresta sem garantias nem papéis.O banco tem 7.500.000 (sete milhões e meio de clientes) em mais de 70 mil aldeias em Bangladesh.  Mulheres são a maioria de sua clientela: elas são 97% dos beneficiários. A taxa de crédito paga de volta, sem danos, sem insolvência é de 98,5%.

 

O seu lema é: Dê poder aos pobres.  [ Empower the poor ].  Ele acredita, por exemplo, que as mudanças na vida cotidiana mundial conseqüentes dos avanços em tecnologia, estão trazendo mais modificações na vida de todos do planeta que não se pode comparar com qualquer tipo de desenvolvimento do passado.  Por isso é imprescindível que a tecnologia mais avançada esteja ao alcance de todos inclusive dos mais pobres entre os pobres.  Um exemplo do avanço da tecnologia que ele dá, é uso dos telefones celulares que trouxeram grande revolução no modo de vida de milhões e milhões de pobres no mundo.

Mohammad Yunus

Mohammad Yunus

 

 

 

 

 

 

Yunus criou uma variedade enorme de negócios todos sob o domínio das Companhias Grameen. A maioria destas companhias  tem a ver com tecnologia: a maior companhia de telefones celulares de Bengladesh, que também é a maior companhia privada do país, um provedor de internet, uma companhia de produtos eletrônicos, uma companhia de consultoria de negócios na internet, e uma construtora de edifícios com escritórios de alta tecnologia.   Yunus ajudou também a criar aproximadamente 25 companhias e instituições tanto em Bengladesh, como em outros países, cujo intento é ensinar aos pobres como saírem da pobreza, como melhorarem seu modo de vida.  Entre os muitos negócios que construiu com esta finalidade estão companhias de criação de peixes em tanques, companhias de tecelagem em malha e planos de saúde.   Sua maior preocupação no mundo da tecnologia é a invenção de ferramentas tecnológicas que possam vir a ajudar os pobres diretamente, principalmente ajudar às mulheres pobres de países do terceiro mundo.  

 

Quando perguntado por que esta preocupação de colocar alta tecnologia a serviço dos pobres ele responde que não é um seguidor de C.K. Prahalad, autor do livro: The Fortune at the Bottom of the Pyramid. [ traduzido para o português como: A Riqueza na base da pirâmide, publicado pela Editora Bookman: 2005, 391 páginas, acompanhadas por CD].   Porque “os pobres não são os meios de se fazer dinheiro; eles são um mercado que necessita de ajuda.  Os ricos não devem enriquecer a custa dos pobres”.

 

Por outro lado ele nega veementemente que queira acabar com as companhias que trazem lucro.  “Elas precisam existir”, ele diz “mas um outro tipo de comércio precisa existir”. E então ele menciona o projeto que Bill Gates lançou no último Encontro de Davos, chamado “capitalismo criativo”.

 

Ele acredita que empreender é parte da natureza humana. E que sua maior contribuição seria em mostrar que “as empresas sociais podem e devem fazer negócios com objetivos sociais”. Essa é a grande lição a que se dedica.