Rádio paulista sucesso na CNN

28 03 2009

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RadarCultura é um projeto experimental da Fundação Padre Anchieta para promover a participação do público na programação áudio-visual, iniciado em dezembro de 2007. RadarCultura  não é só um programa de rádio, AM, diário, de 3 horas, transmitido de São Paulo para todo o Brasil.  É mais que isso, porque por trás dele está o maior arquivo de música brasileira no país, com mais de 15.000 itens pertencentes à fundação.   Apoiado por um portal na Web onde os membros são convidados a criar listas de reprodução, a votar e sugerir músicas para serem apresentadas no ar, e pela TV Cultura,  o RadarCultura tem em seu planejamento o objetivo de fundir a sua rádio, televisão e programas da Web em uma única plataforma interativa, em tempo real.

 

Tal como muitos outros sites de música online, o RadarCultura está sempre procurando novas músicas e novos talentos; mas o seu foco principal é preservar a memória dos brasileiros, a memória musical,  graças a um repertório clássico, que também inclui entre outras, canções esquecidas ou desconhecidas.  Por isso o esforço para que as pessoas achassem fácil navegar pela coleção da fundação e sugerir a programação foi essencial para o sucesso do projeto.  Como o portal indica “ O RadarCultura é um espaço aberto e gratuito na internet para as pessoas produzirem colaborativamente o conteúdo de uma emissora de rádio”.

 

Para saber muito mais, se cadastrar e participar do RadarCultura, clique AQUI.

 

Para ler o artigo da CNN, clique AQUI.





Devonthink, um programa para ajudar a escrever

27 03 2009

escritor

Peninha, Ilustração Walt Disney.

Hoje em dia há uma proliferação de softwares feitos para ajudar a organizar nossos pensamentos antes de nos sentarmos ao computador para escrever.

 

Steven Johnson no último número da revista Prospect, diz que estes programas o têm ajudado bastante a escrever seus artigos sobre tecnologia.  Ele acredita que ao invés de combatermos este tipo de software, deveríamos aprender a abraçá-lo, já que ele ajuda a quem vai escrever a tecer múltiplas disciplinas.

 

Ele lembra que há tipos de escrita que dependem de informações muito díspares como por exemplo uma de suas criações que relacionava simultaneamente “a vida das formigas, cérebros, cidades e software”.  Em casos como este programas que ajudam a achar similaridades entre vários pedaços de texto tornaram-se essenciais para melhor manejo de muita informação.

 

Em seu último livro, O mapa fantasma, onde ele narra a história de Londres  através do surto de cólera na Broad Street em 1854, Steven Johnson usou e gostou muito do software Devonthink, porque com o uso desta ferramenta ele pode projetar os capítulos do livro e ter uma idéia clara do desenvolvimento do argumento que usaria e como ele se desenvolveria através dos capítulos programados.

 

Devonthink é  um programa gerenciador de dados no qual você pode copiar qualquer coisa a partir de PDFs, de trechos de texto, páginas da Web e imagens. Há muitos outros programas semelhantes, entre eles Evernote, Nota Bene, e também o Microsoft OneNote.   Mas Devonthink tem algo mais interessante: uma fórmula matemática que detecta relacionamentos entre os vários pedaços de texto.  O programa pode selecionar entre as palavras que você escreve e as de  outra pessoa que você recolheu em pesquisa e sugere passagens relacionadas a partir da sua compilação de dados.

 

Não conheço o programa, mas fiquei curiosa.  Acho que vou experimentá-lo.  

 

 

Para o artigo total, clique AQUI.





Cientistas encontram mais espécies desconhecidas nas florestas de Papua-Nova Guiné

25 03 2009

 

Um sapo verde brilhante com grandes olhos negros, aranhas e uma lagartixa estão entre as 50 novas espécies de animais encontradas pelos cientistas nas montanhas remotas de Papua Nova Guiné, cuja expedição colheu informações em julho e agosto de 2008.  As descobertas foram anunciadas nesta quarta-feira pela Conservation International (CI) uma organização baseada em Washignton DC, que trata da conservação do meio ambiente.  A equipe de cientistas que passou vários meses na Papua Nova-Guiné, analisou mais de 600 espécies animais, descobrindo um número grande de animais que ainda não haviam sido descobertos.   As novas descobertas incluem:

 

Os anfíbios:

 

 

 

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 Um exemplar marrom (Oreophryne sp)  encontrado por Steve Richards, do Museu da Austrália do Sul, em julho de 2008.   Este sapo foi encontrado nos montanhas de pedra calcária e pertence a um grupo de sapos bastante comum em florestas tropicais muito úmidas como as encontradas na Papua.  Tem uma forte coaxada.  Este exemplar como outros de sua família coloca seus ovos em folhas ou no solo de onde saem pequeninos sapos diretamente. 

 

 

 

 

 

 

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— Um sapo (Litoria SP) que descoberto,  produz um forte som, como um apito, quando procura por companheiro para se reproduzir.  Esta chamada é capaz de ser distinguida mesmo através do som de uma cascata bem próxima.  Os sapos desta família podem ter aparências muito diversas e é o som que produzem que melhor pode identificar membros da espécie.  Este coloca seus ovos embaixo de pedras em margens rasas. 

 

 

 

 

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— O maior sapo encontrado foi o (Nyctimystes sp) grande, com olhos negros num corpo verde e brilhante foi descoberto próximo as águas limpas de um riacho montanhoso.  Este  sapo, encontrado nas florestas tropicais da Nova Guiné, põe os seus ovos sob pedras nas margens de rios ou riachos.  Seus girinos têm bocas grandes com grande potencial de sucção que eles usam para se agarrem às pedras e não serem levados rio abaixo.

 

Os pesquisadores da Conservation International que exploraram a região foram cientistas da universidade canadense da British Columbia, e da universidade estadual de Monclair no estado de Nova Jersey, assim como cientistas locais da Papua-Nova Guiné, liderados por Steve Richards.

 

Craig Franklin, professor de zoologia da universidade de Queensland ma Austrália, que estuda sapos, lembra que a descoberta da nova espécie de rã é bastante significativa; e que os anfíbios são “freqüentemente considerados como um excelente bio-indicador da saúde ambiental. Muitas vezes vemos declínio no número de sapos como ponteiro indicando uma interferência direta no meio ambiente.”

 

 

Entre os répteis, um belíssimo e único exemplar de lagartixa (Cyrtodactylus sp) foi encontrado na densa floresta de Tualapa.  Esta lagartixa subia troncos de arvores  cobertos por limo, em plena chuva tropical.  Diferente da maioria das lagartixas, esta depende de unhas fortes e agudas para subir até as copas das árvores e se banquetear com insetos. 

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Diversos tipos de aranhas foram encontrados nesta expedição.  Entre elas:

 

 

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A aranha verde translúcida (Orthrus sp) que pula, encontrada por Wayne Maddison do Museu de Biodiversidade Beaty, da universidade de British Columbia no Canadá.  As aranhas que pulam em geral conseguem pular uns 15 cm do chão, não têm patas longas para pular, porque seu pulo é acionado pela pressão do sangue – os músculos das pernas se contraem empurrando o sangue para as pernas que ficam em pé, produzindo então o pulo.  

 

 

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E também entre muitas outras a aranha (Tabuina varirata) encontrada numa árvore na floresta.  Este aranha é ainda mais especial, porque não é só uma espécie diferente, ela também pertence a um gênero desconhecido.   Pertence a subfamília Cacalodinae, um grupo distinto, que pertence unicamente à Nova Guiné.  Nada se sabe sobre ela, exceto seu habitat.

 

Para mais informações sobre estas descobertas, visite o portal da Conservation International, clicando AQUI.





Filhotes de dragões de Komodo nascidos e felizes!

24 03 2009

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Dragão em Patópolis, ilustração Walt Disney.

O jardim zoológico Surabaya, na Indonésia, apresentou nesta terça-feira filhotes de Dragões-de-komodo (Varanus komodoensis) nascidos há cinco dias.  O zoológico havia incubado 14 ovos de dragões-de-Komodo, a maior espécie viva de lagartos.  Esta foi a segunda vez que os dragões foram incubados  fora de seu habitat natural. Os animais fazem parte de um projeto do zôo para preservação da espécie.

 

O dragão-de-komodo é uma espécie vulnerável de lagarto que está na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Há aproximadamente 4,5 mil dragões-de-komodo na natureza. Cerca de 40 filhotes do animal nasceram este ano em Surabaya.

 

Os dragões-de-Komodo são encontrados no leste do país, na ilha de Komodo e em pequenas ilhas do arquipélago de Nusa Tenggara. Quatorze ovos do animal foram incubados, elevando a 41 o número de répteis em sua coleção. Em sua primeira tentativa, na década de 90, o zoológico conseguira incubar 13 ovos.

 

 

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Fonte: Reuters

 

 

Todos os ovos haviam sido coletados em setembro de 2007  das jaulas em Komodo.  14 foram chocados e só  um não teve sucesso.  Estes lagartos são capazes de se reproduzir sem serem fecundadas por um macho.  Especialistas, britânicos já haviam demonstrado em na revista científica Nature, que haviam detectado o processo de reprodução assexuada, conhecido como partenogênese, em duas fêmeas dessa espécie que viviam em cativeiro em dois zôos britânicos, isoladas dos machos.

 

Esta descoberta foi importante  para compreender como os répteis são capazes de colonizar novas áreas, além de mostrar maneiras como a espécie poderia ainda ser colocada de volta em seu habitat saindo da lista de espécies em perigo de extinção.  

 

 

 

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Fonte: Reuters

 

 

Os dragões de Komodo são  naturais de ilhas vulcânicas de clima árido e pouca chuva, e têm um senso olfativo muito apurado para caçar. Os filhotes pesam de 140g a 170g cada e podem chegar ao peso da 100kg, medindo até 3m de comprimento. 

 

Calcula-se que existam no mundo menos de quatro mil dragões de Komodo (Varanus komodoensis).  Eles estariam, em sua maioria, nas ilhas indonésias de Komodo, Flores e Rinca. Excelente nadadores, estes lagartos são predadores eficazes, capazes de caçar grandes presas, já que sua técnica consiste em morder a presa e deixá-la ir embora. Sua saliva contém uma flora bacteriana que causa a morte da presa por septicemia dois ou três dias após o ataque. Passado este tempo, os dragões têm apenas que seguir com o olfato o rastro do animal morto.





Linguagem da música ocidental é universal

23 03 2009

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Anjo Músico, 1480

Melozzo da Forli  (Itália 1438-1494)

Afresco

Sala IV, Pinacoteca do Museu do Vaticano

Vaticano

A linguagem da música ocidental é universal e pode ser entendida mesmo por aqueles que nunca escutaram uma música na vida, segundo um estudo publicado nesta semana, da revista especializada Current Biology.  No estudo, nativos africanos que nunca haviam escutado rádio na vida foram capazes de reconhecer emoções como felicidade, tristeza ou medo expressadas em músicas ocidentais.

Segundo os pesquisadores alemães, as expressões de emoção são uma característica típica da música ocidental, e a capacidade da música de expressar emoções é comumente vista como um requisito para a sua apreciação. Em outras culturas, porém, a música seguiria outras características, como a capacidade de coordenação grupal em rituais, o que a tornaria menos reconhecível para outros indivíduos de fora do grupo.

 

 

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Anjo Músico, 1480

Melozzo da Forli  (Itália 1438-1494)

Afresco

Sala IV, Pinacoteca do Museu do Vaticano

Vaticano

 

 

 

Nossas conclusões explicam por que a música ocidental tem tanto sucesso na distribuição musical global, mesmo em culturas musicais que não enfatizam de maneira tão forte o papel das emoções em sua música“, afirma um dos autores da pesquisa, Thomas Fritz, do Instituto Max-Planck para Cognição Humana e Ciências do Cérebro, da Alemanha.

O objetivo do estudo era descobrir se os aspectos de emoção da música ocidental poderiam ser apreciados por pessoas que nunca haviam tido contato com esse tipo de música. Os pesquisadores escolheram membros da tribo Mafa, um grupo de 250 indivíduos que vivem isolados no extremo norte das montanhas Mandara, nos Camarões.

O estudo comparou a reação desses indivíduos e de ocidentais à música ocidental e mostrou que ambos os grupos podiam reconhecer de maneira semelhante expressões de emoção como felicidade, tristeza e medo na música. Os dois grupos se baseavam em características semelhantes das músicas para avaliá-las – a marcação do tempo e a forma -, apesar de esse padrão ter sido mais acentuado entre os ocidentais.

 

 

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Anjo Músico, 1480

Melozzo da Forli  (Itália 1438-1494)

Afresco

Sala IV, Pinacoteca do Museu do Vaticano

Vaticano

Os pesquisadores também testaram a reação dos indivíduos a músicas alteradas e concluíram que ambos os grupos consideraram as versões originais melhores do que as versões modificadas. Para os autores, isso ocorre provavelmente porque os sons alterados tinham uma maior dissonância sensorial.

Tanto os ouvintes do grupo Mafa quanto os ocidentais mostraram uma habilidade para reconhecer as três expressões básicas de emoções das músicas ocidentais testadas no estudo“, dizem os pesquisadores na última edição da revista especializada Current Biology.

Isso indica que essas expressões de emoção manifestadas pela música ocidental podem ser universalmente reconhecidas, de maneira semelhante ao reconhecimento amplamente universal das expressões faciais humanas e da prosódia (ritmo, entonação e ênfase do discurso) emocional“, concluem.

 

PORTAL TERRA

 

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Michelozzodegli Ambrosi, dito Melozzo da Forlì, (Forlì, Itália, 1438; — Forlì, 8 de Novembro de 1494) foi um dos mais notáveis pintores da Renascença italiana e um dos mais famosos seguidores do estilo de Piero della Francesca.  Veio de uma abastada família chamado Ambrosi de Forlì.  Nada se sabe sobre seus primeiros anos,  tudo indica que ele deve ter estudado em Forlì, sob direção de  Ansuino da Forlì.  Ambos, Melozzo e Ansuino  foram bastante  influenciados por Mantegna.

Iniciou sua carreira artística na corte de Urbino, uma das mais conhecidas e produtivas de toda a Itália.  Lá conheceu o grande pintor e teórico matemático Piero della Francesca, que influenciou profundamente o estilo de Melozzo e sua utilização de perspectiva na pintura.  Neste período ele deve ter analisado também a arquitetura de Bramante e os trabalhos dos pintores flamengos, que trabalhavam para o duque Federico da Montefeltro.   Talvez Melozzo tenha mesmo trabalhado com Justus de Ghent e Pedro Berruguete na decoração do studiolo do famoso Palácio Ducal da cidade.   Mas depois deste período em Urbino, mudou-se para Roma.  

Com a sua carreira artística a bom ritmo, em 1484, trabalhou na decoração da Capela do Tesouro da Basílica de Loreto, pintando frescos, entre outros, onde aplicaria todo o seu extraordinário conhecimento da perspectiva.





Crise econômica aumenta vendas de perucas para animais

20 03 2009

cachorrinho-ilustracao-de-mauricio-de-sousa-2Ilustração de Maurício de Sousa

 

 

As perucas caninas viraram moda nos Estados Unidos, principalmente como diversão barata num período de crise econômica.  Uma empresa da Califórnia, que havia criado em 2007, um novo produto para o mercado de acessórios para animais de estimação: as perucas para cães, recebeu tantos pedidos,  que suas donas, as empresárias Jenny e Crissy Slaughter decidiram começar a produzir as perucas em maior escala.

 

 

 

 

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Cada peruca custa, em média, US$ 30 (cerca de R$ 69). Atualmente, elas já são vendidas em seis países, e outras empresas americanas passaram a produzir acessórios semelhantes para cães e gatos.  As primeiras perucas foram inspiradas nos cabelos de celebridades como Paris Hilton e a modelo Bettie Page. Atualmente, a empresa conta com mais modelos, que incluem uma peruca afro e outras coloridas.

 

O mercado de acessórios para animais de estimação vem crescendo de maneira significativa. Marcas famosas como Gucci, Burberry e Louis Vuitton já dedicaram coleções especiais a essa nova moda.   Além das perucas, acessórios como sapatos, óculos de sol, coleiras customizadas e roupas também estão disponíveis para os animais de estimação.

 

Fonte: BBC Brasil





Um monstro predador de 500 milhões de anos!

20 03 2009

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O Hurdia victoria foi descrito  pela primeira vez  em 1912, quando suas características lembravam as de um crustáceo, Mas agora, pesquisadores revelaram que a aparência de um crustáceo, digamos de um camarão gigante,  é apenas parte de um outro animal, complexo e notável.  Um animal que certamente tem importante história para contar sobre a origem do maior grupo de animais vivos, os artrópodes.

 

O Hurdia victoria, que viveu há cerca de 505 milhões de anos nos mares da América do Norte,  foi reconstruído com base em pedaços de fósseis recolhidos ao longo de um século no sítio arqueológico de Burgess Shale, na British Columbia, no Canadá – um local protegido pela ONU como patrimônio da humanidade.

 

Os pesquisadores Allison Daley e Graham Budd da faculdade de Ciências da Terra (Earth Sciences) de Uppsala, na Suécia, junto com colegas do Canadá e da Grã-Bretanha descreveram a história deste exemplar único, que foi uma dos grandes quebra-cabeças da ciência.   Agora, reconstruído, o Hurdia Victoria mostra que tinha um corpo formado por vários segmentos e uma espécie de “carapuça” sobre a cabeça.  Usava dezenas de dentes e um par de garras.  Com estas características deve ter sido um formidável predador, em seu tempo.

 

 

 

 

 

 

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A primeira referência a este fóssil que o descrevia de maneira que se  assemelhava aos crustáceos é de 1912.  Aliás, é oportuno que esta nova descoberta venha praticamente às vésperas do aniversário de cem anos de sua descoberta.   Naquela época pensou-se que suas partes comporiam o corpo de um crustáceo gigante.    Isto porque outras partes deste animal haviam sido classificadas como outros animais independentes, tais como águas-marinhas, pepinos do mar e outros artrópodes.  Por isso, levou-se muito tempo para colocar todas as peças do Hurdia victoria nos seus respectivos lugares.  

 

Mas, com a coleta feita por expedições na década de 90,  descobriu-se mais espécimes mais completos  e centenas de peças isoladas que levaram às primeiras conclusões de que o Hurdia victoria era muito mais do que parecia ser.  

 

A nova descrição mostra que o Hurdia Victoria está realmente relacionado aos  Anomalocaris: um corpo segmentado,  com uma cabeça que ostenta um par de garras espinhosos e uma estrutura mandibular circular com muitos dentes.  No entanto, ele  difere de Anomalocaris por ter uma grande carapaça, tripartida projetada a partir da frente de sua cabeça.

 

Os Hurdia e os Anomalocaris são ambos antigos membros de uma linhagem evolutiva que se desenvolveu nos artrópodes, o grande grupo que contém os modernos insetos, crustáceos, aranhas e centopéias.   Esta reconstituição finalmente revela detalhes sobre as origens de importantes características que definem os artrópodes modernos, tais como as suas estruturas cabeça e membros.

 

“Esta estrutura é diferente de tudo o que já se conhecia sobre outros fósseis ou antrópodes vivos”, afirma a pesquisadora Allison Daley, que analisa estes fósseis há três anos como parte de sua tese de doutorado.

 

Texto baseado no artigo: Allison Daley, Graham Budd, Jean-Bernard Caron, Gregory Edgecombe e Desmond Collins, “The Burgess Shale anomalocaridid Hurdia and and its significance for early euarthropod evolution”, Science, 20 de março de 2009, e reproduzido no SCIENTIFIC BLOGGING.





NOVO Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa

20 03 2009

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A Academia Brasileira de Letras lançou na quinta-feira a 5ª edição do VOLP — Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa  que incorpora as novas normas estabelecidas pelo Acordo Ortográfico de 1990, regulamentado no Brasil, no dia 29 de setembro do ano passado, e já em vigor desde 1º de janeiro deste ano. O volume contém 349.737 vocábulos apresentados sob forma de lista, por ordem alfabética, além dos estrangeirismos (cerca de 1,5 mil), que aparecem na parte final da obra.

 

Ao contrário de um dicionário, o VOLP não visa informar sobre significado de palavras, e sim registrar a forma oficial de escrevê-las. Além da grafia correta, ele traz indicações de prosódia e ortoépia – que estabelecem a pronúncia e acentuação das palavras -, classe gramatical e informações como formas irregulares do feminino de substantivos e adjetivos, plurais de nomes compostos, homônimos e parônimos.

 

O Doutor em Letras e escritor Cláudio Moreno afirmou que o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), trará surpresas aos linguistas; enquanto o presidente da ABL, Cícero Sandroni, afirmou que “esta edição se apresenta aumentada em seu universo lexical, corrige falhas tipográficas e oferece informações sobre possíveis dúvidas resultantes do emprego de algumas das normas ortográficas“.

 

Portal TERRA





O aquecimento global e os animais ameaçados no Brasil

18 03 2009

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Entrando na Arca de Noé, cerca 1590

Kaspar Memberger, o velho [Austria, ca 1555 –1618? ]

óleo sobre tela 124,4 x 162,9 cm,

Museu da História da Arte de Viena, Áustria

 

 

 

 

 

O jornal O GLOBO de hoje [página 25], num artigo de 2/3 de página, lista os animais no mundo mais ameaçados com o aquecimento global.  O artigo se baseia no alerta dado pelo relatório Mudanças Climáticas e Espécies da WWF — World Wildlife Federation. A lista é grande e aqui vou me dedicar principalmente a quatro animais cujas vidas dependem de um esforço brasileiro ainda maior do que outros, pois são animais cuja sobrevivência depende de ações imediatas do Brasil, não só do governo brasileiro, mas também das ações individuais de brasileiros, como todos nós.

 

 

 

RECIFES DE CORAIS

 

 

 

 corais

 

 

 

 

A extinção dos recifes de coral se acelera.  Acredita-se que em 50 anos, 80% de todos os corais do mundo hajam morrido.  De 1998 até hoje,  uma década, pode-se dizer, 16% dos corais no planeta desapareceram.  

 

Recifes de coral ameaçados podem ter a ajuda de reservas marinhas, que protegem a vida no mar da pesca comercial e das mudanças climáticas.  Nas Bahamas, na maior reserva marinha do Caribe, com 442 quilômetros quadrados, o número de corais jovens dobrou em áreas onde os peixes nativos foram protegidos da pesca. Os corais jovens são necessários para substituir os mais velhos que foram mortos por tempestades, doenças e outros problemas.

 

O efeito do aquecimento global nos corais é o resultado de um desequilíbrio na temperatura dos mares.  Para se reproduzir os recifes de corais – equivalentes às florestas tropicais debaixo d’água – precisam retirar minerais da água.  Com aquecimento das águas, menos minerais estão disponíveis, pois o mar fica mais ácido com um desequilíbrio do gás carbônico encontrado no mar.

Assim, as florestas de corais, morrem de fome. 

 

 

 

O ALBATROZ

 

 

 

albatroz 

 

 

 

 

Os albatrozes – esses magníficos pássaros marinhos, estão diminuindo em número, assustadoramente.  Seus habitats para acasalamento estão desaparecendo e as constantes mudanças climáticas que causam tormentas, furacões, tornados e demais exageros climáticos estão destruindo ninhos e ninhadas inteiras de uma só vez.  

 

Albatrozes sofrem também, e muito com embarcações de pesca industrial.  Muitas delas capturam  além dos peixes, um grande número de aves pelos anzóis do espinhel, inclusive albatrozes.  Nessas situações, os albatrozes mordem as iscas e são arrastados para baixo d’água, morrendo afogados.

 

 

BALEIA JUBARTE

 

 

 

 

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Um dos maiores perigos para a sobrevivência das baleias jubartes, outra baleias e golfinhos também é a fome.  Com o degelo total no mar da Antártica em 30 anos, ou seja, cerca de 2040, não haverá nenhuma fonte de alimentos para estas espécies.  A acidez dos oceanos mais frios, reduzirá substancialmente a fonte de alimento para estas baleias.  

 

Além disso, todos os anos as baleias jubartes visitam a costa brasileira, especialmente a costa da Bahia para reprodução. As baleias buscam as águas mornas de regiões tropicais para acasalar e dar a luz aos seus filhotes. Como a gestação da baleia jubarte é de aproximadamente entre onze e doze meses, as fêmeas que engravidaram na temporada passada retornam no ano seguinte para parir seus filhotes.  A exploração das reservas de óleo e gás localizadas no entorno do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no sul da Bahia é uma ameaça direta à biodiversidade marinha da região e uma das principais causas do aquecimento global.

 

 

A TARTARUGA-DE-PENTE

 

 

 

 

 tartaruga-de-pente

 

 

A tartaruga-de-pente se alimenta quase que exclusivamente de invertebrados, principalmente esponjas.  Ambos, esponjas e invertrebados,  estarão também diminuindo em número pelo aumento da acidez na água do mar.    Uma fonte alimentar alternativa para as tartarugas-de-pente em locais onde há poucas esponjas pode ser o coral babão, como foi visto ser usado pelas tartarugas do Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, onde as esponjas são pouco abundantes.   Mas, como vimos no primeiro item desta lista, os recifes de corais também estão em perigo.  

 

 

PRECISAMOS passar da  “muita falação e pouca ação” como resumiu Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de oceanos do Greenpeace Brasil, para mais ação de verdade.   A solução está em nossas mãos.

 

 





Novas descobertas em tumba egípcia

17 03 2009

luxor

 

 

O egiptólogo espanhol José Manuel Galán descobriu uma câmara funerária pintada de 3,5 mil anos em Luxor, sul do Egito, anunciou o Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC).

 

A câmara, que faz parte do cemitério de Dra Abu El-Naga, tem as paredes e o teto completamente pintados com desenhos e hieróglifos do Livro dos Mortos e seria de Djehuty, uma autoridade da época.  Djehuty viveu na região por volta do ano 1.475 a.C. e recebeu um túmulo “muito especial” porque foi servente de uma das poucas mulheres que atuou como faraó na história do Egito, a famosa Hatshepsut, exercendo os cargos de chefe do Tesouro da rainha e também chefe dos artistas.  Hatshepsut  era filha de Tutmosis I (dinastia XVIII), cujo reinado aconteceu entre 1.479 e 1.457 a.C.

 

 

 

 

livro-dos-mortos

 

 

 

 

Há sete anos que a equipe chefiada por Galán trabalha nas escavações ao redor das entradas de cemitérios na colina de Dra Abu el-Naga, em Luxor, Egito.  A equipe de arqueólogos espanhóis que penetrou na tumba do alto dignatário Djehuty, servente há cerca de 3,5 mil anos da rainha Hatshepsut, já foi responsável por um grande número de descobertas sem precedentes, inclusive a do primeiro retrato conhecido de um faraó visto de frente – provavelmente Tutmés III ou sua mãe, Hatshepsut — e não de perfil.  .  Em 2007, esta descoberta trouxe bastante interesse na comunidade de egiptólogos porque fora um achado é incomum porque os egípcios sempre se retratavam de perfil. Os únicos retratos frontais eram os de estrangeiros, de demônios e do deus anão Bes, que seria uma importação cultural.

 

 

 

 

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Agora novas riquezas se fazem conhecidas.  A câmara encontrada e devidamente anunciada hoje é nada mais nada menos do que uma sala quadrada de 3,5 metros de largura e 1,5 metro de altura.  O que a torna fora do  comum é a decoração total, incluindo todas as paredes e o teto com pinturas da época.