Poema de Natal, Fernando Pessoa

21 12 2012

Aldemir Martins, natividade, ost,

Natividade

Aldemir Martins (Brasil, 1922-2006)

óleo sobre tela

Poema de Natal

Fernando Pessoa

Natal… Na província neva.

Nos lares aconchegados,

Um sentimento conserva

Os sentimentos passados.

 –

Coração oposto ao mundo,

Como a família é verdade !

Meu pensamento é profundo,

Estou só e sonho saudade.

 –

E como é branca de graça

A paisagem que não sei,

Vista de trás da vidraça

Do lar que nunca terei !

 





Minha Aldeia, poema de Antonio Gedeão

18 10 2012

Vista parcial de Ouro Preto, s/d

Mário Agostinelli (Peru 1915 – Brasil, 2000).

óleo sobre tela colada em madeira, 47 x 56 cm

Minha aldeia

Antonio Gedeão

Minha aldeia é todo o mundo.

Todo o mundo me pertence.

Aqui me encontro e confundo

com gente de todo o mundo

que a todo o mundo pertence.

Bate o sol na minha aldeia

com várias inclinações.

Ângulo novo, nova ideia;

outros graus, outras razões.

Que os homens da minha aldeia

são centenas de milhões.

Os homens da minha aldeia

divergem por natureza.

O mesmo sonho os separa,

a mesma fria certeza

os afasta e desempara,

rumorejante seara

onde se odeia em beleza.

Os homens da minha aldeia

formigam raivosamente

com os pés colados ao chão.

Nessa prisão permanente

cada qual é seu irmão.

Valências de fora e dentro

ligam tudo ao mesmo centro

numa inquebrável cadeia.

Longas raízes que imergem,

todos os homens convergem

no centro da minha aldeia.

Em: Poesias completas (1956-1967), coleção Poetas de hoje, Lisboa, Portugália:s/d

Rômulo Vasco da Gama de Carvalho , rambém conhecido pelos pseudônimos : Antonio Gedeão ou por Rômulo de Carvalho. (Portugal,  1906-1997)  Poeta, professor e historiador da ciência portuguesa.  Teve um papel importante na divulgação de temas científicos, colaborando em revistas da especialidade e organizando obras no campo da história das ciências e das instituições.  Revelou-se como poeta apenas em 1956, com a obra Movimento Perpétuo.

Obras poéticas:

Movimento perpétuo, 1956

Teatro do Mundo, 1958

Máquina de Fogo, 1961

Poema para Galileu 1964

Linhas de Força, 1967

Poemas Póstumos, 1983

Novos Poemas Póstumos, 1990





Barca Bela, poesia de Almeida Garrett

12 06 2012

Ilustração décadas 1920-30.
[Pelo estilo e formato, pode ser capa da Revista Americana St. Nicholas, da época]

Barca Bela

Almeida Garrett

Pescador da barca bela,

Onde vais pescar com ela,

—-Que é tão bela,

—-Ó pescador?

Não vês que a última estrela

No céu nublado se vela?

—-Colhe a vela,

—-Ó pescador!

Deita o lanço com cautela,

Que a sereia canta bela…

—-Mas cautela,

—-Ó pescador!

Não se enrede a rede nela,

Que perdido é remo e vela,

—-Só de vê-la,

—-Ó pescador.

Pescador da barca bela,

Inda é tempo, foge dela

—-Foge dela

—-Oh pescador!

Em:  Folhas Caídas, Almeida Garrett, Porto, Editorial Domingos Barreira: s/d





Pássaro livre, poesia infantil de Sidónio Muralha

7 02 2012

Pássaro livre 

Sidónio Muralha

Gaiola aberta.

Aberta a janela.

O pássaro desperta.

A vida é bela.

A vida é boa.

Voa, pássaro, voa.

 –

Em:  A dança dos picapaus, Sidonio Muralha, Nórdica: 1985, Rio de Janeiro.

Sidónio Muralha nasceu em Lisboa, em 1920.  Faleceu no Brasil em 1982.





Lágrima de preta — poesia juvenil de Antônio Gedeão

16 08 2011

Negra com paisagem ao fundo, 1935

Genesco Murta ( Brasil, MG 1885 —  MG, 1967)

óleo sobre tela sobre eucatex, 58 x 48 cm

Coleção Particular

Lágrima de preta

                        Antônio Gedeão

Encontrei uma preta

que estava a chorar,

pedi-lhe uma lágrima

para a analisar.

Recolhi a lágrima

com todo cuidado

num tubo de ensaio

bem esterilizado.

Olhei-a de um lado,

do outro e de frente:

tinha um ar de gota

muito transparente.

Mandei vir os ácidos,

as bases e os sais,

as drogas usadas

em casos que tais.

Ensaiei a frio,

experimentei ao lume,

de todas as vezes

deu-me o que é costume:

nem sinais de negro,

nem vestígios de ódio.

Água (quase tudo)

e cloreto de sódio.

Rômulo Vasco da Gama de Carvalho , rambém conhecido pelos pseudônimos : Antônio Gedeão ou por Rômulo de Carvalho. (Portugal,  1906-1997)  Poeta, professor e historiador da ciência portuguesa.  Teve um papel importante na divulgação de temas científicos, colaborando em revistas da especialidade e organizando obras no campo da história das ciências e das instituições.  Revelou-se como poeta apenas em 1956, com a obra Movimento Perpétuo

Obras poéticas:

Movimento perpétuo, 1956

Teatro do Mundo, 1958

Máquina de Fogo, 1961

Poema para Galileu 1964

Linhas de Força, 1967

Poemas Póstumos, 1983

Novos Poemas Póstumos, 1990





Vozes da noite, poema para a infância de Armando Côrtes-Rodrigues

28 03 2011

Vozes da noite

                                           Armando Côrtes Rodrigues

Vozes na Noite!  Quem fala

Com tanto ardor, tanto afã?

Falou o Grilo primeiro,

Logo depois foi a Rã.

Pobre loucura dos homens

Quando julgam entendê-las…

Só eles pasmam os olhos

Neste encanto das estrelas…

Lá no silêncio dos campos

Ou no mais ermo da serra,

Na voz das rãs dala a àgua,

Na voz dos grilos a Terra.

Só eles cantam a vida

Com amor e singeleza,

Por ser descuidadaa, alegre;

Por ser simples, com beleza.

Pudesse agora dizer-te,

Sem ser por palavras vãs,

O que diz a voz dos grilos,

O que diz a voz das rãs.

Em: Poemas para a infância: antologia escolar, Henriqueta Lisboa, Rio de Janeiro, Edições de Ouro: s/d

Armando César Côrtes-Rodrigues (Portugal, 1891 — 1971 ) Escritor, poeta, dramaturgo, cronista e etnólogo açoriano que se distinguiu pelos seus estudos de etnografia e em particular pela publicação de um Cancioneiro Geral dos Açores e de um Adagiário Popular Açoriano, obras de grande rigor e qualidade.

Obra poética:

 Ode a Minerva:angra do heroísmo, 1922

Em Louvor da humildade: poemas da terra e dos pobres., 1924

Cântico das Fontes, 1934

Cantares da noite seguidos dos poemas de orpheu, 1942

Quatro poemas líricos, 1948

Horto fechado e outros poemas, 1953

Antologia de Poemas de Armando Côrtes-Rodrigues, 1956.





Fábula da Raposa e as Uvas — Bocage

1 02 2011

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A raposa e as uvas, ilustração de Calvet Rogniat.

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—–

 A raposa e as uvas 

 —-

                                         Bocage

——

Contam que certa raposa,

Andando muito esfaimada,

Viu roxos, maduros cachos

Pendentes de alta latada.

—–

De bom grado os trincaria,

Mas sem lhes poder chegar,

Disse: “Estão verdes, não prestam,

Só os cães os podem tragar!”

—–

Eis cai uma parra, quando

Prosseguia seu caminho,

E, crendo que era algum bago,

Volta depressa o focinho.

—–

 

—-

Manuel Maria de Barbosa l’Hedois du Bocage (Setúbal, 15 de Setembro de 1765 — Lisboa, 21 de Dezembro de 1805), Poeta português, possivelmente, o maior representante do arcadismo lusitano.  Árcade e pré-romântico, sonetista notável, um dos precursores da modernidade em seu país.





Numas palhinhas deitado, poesia de João Saraiva

24 12 2010

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Natal, década  1960-70

Di Cavalcanti (Brasil 1897 – 1976)

óleo sobre tela

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Numas palhinhas deitado

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                              João Saraiva

—–

Numas palhinhas deitado,

abrindo os olhos à luz,

loiro, gordinho, rosado,

nasce o Menino Jesus.

—–

Uma vaquinha bafeja

seu lindo corpo divino,

de mansinho, que a não veja

e não se assuste o Menino.

—–

Meia-noite. Canta o galo.

Por essa Judéia além

dormem os que hão de matá-lo

quando for homem também.

—–

E, pensativa, a Mãe Pura

ouve, fitando Jesus,

os rouxinóis na espessura

de um cedro que há de ser cruz!…

—-

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Extraído de “O Natal na Poesia”, artigo de Dom Marcos Barbosa publicado no Jornal do Brasil de 24/12/81

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—-

João Baptista Pinto Saraiva (1866-1948), pseudôniomo: Belonaria, poeta português, nascido na cidade do Porto.

Obras:

Serenatas: primeiros versos, poesia, 1886

Sátiras, poesia, 1905

Líricas e sátiras, poesia, 1916

Máscaras: tríptico em versos, poesia, 1925

O grêmio literário: figuras e episódios de outros tempos, prosa, 1934

Sinfaníadas, poesia, 1938





A mãe, poesia para crianças de Luísa Ducla Soares

5 05 2010

 

Mãe e filho, s/d

Arsen Kurbanov  (Makhachkala, Daghestan, Rússia, 1969)

óleo sobre tela

50cm x 42 cm

  —

 

A Mãe

                                                                             Luísa Ducla Soares

A mãe 

é uma árvore 

e eu uma flor. 

A mãe 

tem olhos altos como estrelas. 

Os seus cabelos brilham 

como o sol. 

A mãe 

faz coisas mágicas: 

transforma farinha e ovos 

em bolos, 

linhas em camisolas, 

trabalho em dinheiro. 

A mãe 

tem mais força que o vento: 

carrega sacos e sacos 

do supermercado 

e ainda me carrega a mim. 

A mãe 

quando canta 

tem um pássaro na garganta. 

A mãe 

conhece o bem e o mal. 

Diz que é bem partir pinhões 

e partir copos é mal. 

Eu acho tudo igual. 

A mãe 

sabe para onde vão 

todos os autocarros, 

descobre as histórias que contam 

as letras dos livros. 

A mãe 

tem na barriga um ninho. 

É lá que guarda 

o meu irmãozinho. 

A mãe 

podia ser só minha. 

Mas tenho de a emprestar 

a tanta gente… 

A mãe 

à noite descasca batatas. 

Eu desenho caras nelas 

e a cara mais linda 

é da minha mãe.

Em: Poemas da Mentira e da Verdade, Lisboa, Livros Horizonte, 1983; 2005

 

 

Luísa Ducla Soares (Lisboa, 1939) escritora, tradutora, consultora literária e jornalista.  Mais recentemente sua produção  é dedicada ao público infanto-juvenil.  Formada em Filologia Germânica.

Obras:

Contrato (Poesia), 1970

A História da Papoila, prosa (Infanto-juvenil), 1972 ; 1977

Maria Papoila, prosa (Infanto-juvenil), 1973 ; 1977

O Dr. Lauro e o Dinossauro, prosa (Infanto-juvenil), 1973 ; 1988

Urso e a Formiga, prosa (Infanto-juvenil), 1973 ; 2002

O Soldado João, prosa (Infanto-juvenil), 1973 ; 2002

O Ratinho Marinheiro (Poesia para a infância), 1973 ; 2001

O Gato e o Rato, prosa (Infanto-juvenil), 1973 ; 1977

Oito Histórias Infantis, prosa (Infanto-juvenil), 1975

O Meio Galo e Outras Histórias, prosa (Infanto-juvenil), 1976 ; 2001

AEIOU, História das Cinco Vogais, (prosa) (Infanto-juvenil), 1980 ; 1999

O Rapaz Magro, a Rapariga Gorda, prosa (Infanto-juvenil), 1980 ; 1984

Histórias de Bichos, prosa (Infanto-juvenil), 1981

O Menino e a Nuvem, prosa (Infanto-juvenil), 1981

Três Histórias do Futuro, prosa (Infanto-juvenil), 1982

O Dragão, prosa (Infanto-juvenil), 1982 ; 2002

O Rapaz do Nariz Comprido, prosa (Infanto-juvenil), 1982 ; 1984

O Sultão Solimão e o Criado Maldonado (Poesia para a infância), 1982

Poemas da Mentira… e da Verdade (Poesia para a infância), 1983 ; 1999

O Homem das Barbas, prosa (Infanto-juvenil), 1984

O Senhor Forte, prosa (Infanto-juvenil), 1984

A Princesa da Chuva, prosa (Infanto-juvenil), 1984

O Homem alto, a Mulher baixinha, prosa (Infanto-juvenil), 1984

De Que São Feitos os Sonhos: A Antologia Diferente, prosa (Infanto-juvenil), 1985 ; 1994

O Senhor Pouca Sorte, prosa (Infanto-juvenil), 1985

A Menina Boa, prosa (Infanto-juvenil), 1985

A Menina Branca, o Rapaz Preto, prosa (Infanto-juvenil), 1985

6 Histórias de Encantar, prosa (Infanto-juvenil), 1985 ; 2003

A Vassoura Mágica, prosa (Infanto-juvenil), 1986 ; 2001

O Fantasma, prosa (Infanto-juvenil), 1987

A Menina Verde, prosa (Infanto-juvenil), 1987

Versos de Animais (Antologia de Literatura Tradicional), 1988

Destrava Línguas (Antologia de Literatura Tradicional), 1988 ; 1997

Crime no Expresso do Tempo, prosa (Infanto-juvenil), 1988 ; 1999

Lenga-Lengas (Antologia de Literatura Tradicional), 1988 ; 1997

O Disco Voador, prosa (Infanto-juvenil), 1989 ; 1990

Adivinha, Adivinha: 150 adivinhas populares (Antologia de Literatura Tradicional), 1991 ; 2001

É Preciso Crescer, ( infanto- juvenil (1992

A Nau Catrineta, prosa (Infanto-juvenil), 1992

À Roda dos Livros: Literatura Infantil e Juvenil (Divulgação), 1993

Diário de Sofia & Cia aos Quinze Anos(Infanto-juvenil), 1994 ; 2001

Os Ovos Misteriosos, prosa (Infanto-juvenil), 1994 ; 2002

O Rapaz e o Robô, prosa (Infanto-juvenil), 1995 ; 2002

S. O. S.: Animais em Perigo!…, prosa (Infanto-juvenil), 1996

O Casamento da Gata, poesia (Infanto-juvenil), 1997 ; 2001

Vamos descobrir as bibliotecas (Divulgação), 1998

Vou Ali e Já Volto, prosa (Infanto-juvenil), 1999

Arca de Noé, poesia (Infanto-juvenil), 1999

A Gata Tareca e Outros Poemas Levados da Breca (Poesia para a infância), 1999 ; 2000

ABC, poesia (Infanto-juvenil), 1999 ; 2001

25 (Poesia para a infância), 1999

Seis Contos de Eça de Queirós (Contos), 2000 ; 2002

Com Eça de Queirós nos Olivais no ano 2000 (Divulgação), 2000

Com Eça de Queirós à roda do Chiado (Divulgação), 2000

Mãe, Querida Mãe! Como é a Tua?, prosa (Infanto-juvenil), 2000 ; 2003

Lisboa de José Rodrigues Miguéis (Divulgação), 2001

Roteiro de José Rodrigues Miguéis: do Castelo ao Camões (Divulgação), 2001

A flauta, prosa (Infanto-juvenil), 2001

Uns óculos para a Rita, prosa (Infanto-juvenil), 2001

Todos no Sofá, poesia (Infanto-juvenil), 2001

1, 2, 3, poesia (Infanto-juvenil), 2001 ; 2003

Alhos e Bugalhos (Divulgação), 2001

Meu bichinho, meu amor, prosa (Infanto-juvenil), 2002

Cores, prosa (Infanto-juvenil), 2002

Gente Gira, prosa (Infanto-juvenil), 2002

Tudo ao Contrário!, prosa (Infanto-juvenil), 2002

Viagens de Gulliver, adaptação livre (Teatro para a infância), 2002

O Rapaz que vivia na Televisão, prosa (Infanto-juvenil), 2002

Contrários, poesia (Infanto-juvenil), 2003

Quem está aí?, prosa (Infanto-juvenil), 2003

A Cavalo no Tempo, poesia (Infanto-juvenil), 2003

Pai, Querido Pai! Como é o Teu?, prosa (Infanto-juvenil), 2003

A Carochinha e o João Ratão, poesia (Infanto-juvenil), 2003

Se os Bichos se vestissem como Gente, prosa (Infanto-juvenil), 2004

A festa de anos, prosa (Infanto-juvenil), 2004

Contos para rir, prosa (Infanto-juvenil), 2004

Abecedário maluco, poesia (Infanto-juvenil), 2004

Histórias de dedos, prosa (Infanto-juvenil), 2005

A Cidade dos Cães e outras histórias, prosa ( Infanto- juvenil ), 2005

Há sempre uma estrela no Natal, contos ( Infanto-juvenil ) Civilização,2006

Doutor Lauro e o dinossauro, prosa (Infanto-Juvenil), 2.ª ed, Livros Horizonte, 2007

Mais lengalengas (recolhas ),Livros Horizonte,2007

Desejos de Natal (Infanto-juvenil ), Civilização,2007

A fada palavrinha e o gigante das bibliotecas





Casamento, poema infantil de Luísa Ducla Soares

27 09 2009

cigarras

 

 

CASAMENTO

                                              Luísa Ducla Soares

Casei um cigarro
com uma cigarra,
fizeram os dois
tremenda algazarra
porque o cigarro
não sabe cantar
e a cigarra
detesta fumar.

Não digam que errei
(mania antipática!)
só cumpri a lei
que manda a gramática.

Em: Poemas da Mentira e da Verdade, Livros Horizonte, 1999.

luisa_ducla_soares

 

Luísa Ducla Soares (Lisboa, 1939) escritora, tradutora, consultora literária e jornalista.  Mais recentemente sua produção  é dedicada ao público infanto-juvenil.  Formada em Filologia Germânica.

Obras:

Contrato (Poesia), 1970

A História da Papoila, prosa (Infanto-juvenil), 1972 ; 1977

Maria Papoila, prosa (Infanto-juvenil), 1973 ; 1977

O Dr. Lauro e o Dinossauro, prosa (Infanto-juvenil), 1973 ; 1988

Urso e a Formiga, prosa (Infanto-juvenil), 1973 ; 2002

O Soldado João, prosa (Infanto-juvenil), 1973 ; 2002

O Ratinho Marinheiro (Poesia para a infância), 1973 ; 2001

O Gato e o Rato, prosa (Infanto-juvenil), 1973 ; 1977

Oito Histórias Infantis, prosa (Infanto-juvenil), 1975

O Meio Galo e Outras Histórias, prosa (Infanto-juvenil), 1976 ; 2001

AEIOU, História das Cinco Vogais, (prosa) (Infanto-juvenil), 1980 ; 1999

O Rapaz Magro, a Rapariga Gorda, prosa (Infanto-juvenil), 1980 ; 1984

Histórias de Bichos, prosa (Infanto-juvenil), 1981

O Menino e a Nuvem, prosa (Infanto-juvenil), 1981

Três Histórias do Futuro, prosa (Infanto-juvenil), 1982

O Dragão, prosa (Infanto-juvenil), 1982 ; 2002

O Rapaz do Nariz Comprido, prosa (Infanto-juvenil), 1982 ; 1984

O Sultão Solimão e o Criado Maldonado (Poesia para a infância), 1982

Poemas da Mentira… e da Verdade (Poesia para a infância), 1983 ; 1999

O Homem das Barbas, prosa (Infanto-juvenil), 1984

O Senhor Forte, prosa (Infanto-juvenil), 1984

A Princesa da Chuva, prosa (Infanto-juvenil), 1984

O Homem alto, a Mulher baixinha, prosa (Infanto-juvenil), 1984

De Que São Feitos os Sonhos: A Antologia Diferente, prosa (Infanto-juvenil), 1985 ; 1994

O Senhor Pouca Sorte, prosa (Infanto-juvenil), 1985

A Menina Boa, prosa (Infanto-juvenil), 1985

A Menina Branca, o Rapaz Preto, prosa (Infanto-juvenil), 1985

6 Histórias de Encantar, prosa (Infanto-juvenil), 1985 ; 2003

A Vassoura Mágica, prosa (Infanto-juvenil), 1986 ; 2001

O Fantasma, prosa (Infanto-juvenil), 1987

A Menina Verde, prosa (Infanto-juvenil), 1987

Versos de Animais (Antologia de Literatura Tradicional), 1988

Destrava Línguas (Antologia de Literatura Tradicional), 1988 ; 1997

Crime no Expresso do Tempo, prosa (Infanto-juvenil), 1988 ; 1999

Lenga-Lengas (Antologia de Literatura Tradicional), 1988 ; 1997

O Disco Voador, prosa (Infanto-juvenil), 1989 ; 1990

Adivinha, Adivinha: 150 adivinhas populares (Antologia de Literatura Tradicional), 1991 ; 2001

É Preciso Crescer, ( infanto- juvenil (1992

A Nau Catrineta, prosa (Infanto-juvenil), 1992

À Roda dos Livros: Literatura Infantil e Juvenil (Divulgação), 1993

Diário de Sofia & Cia aos Quinze Anos(Infanto-juvenil), 1994 ; 2001

Os Ovos Misteriosos, prosa (Infanto-juvenil), 1994 ; 2002

O Rapaz e o Robô, prosa (Infanto-juvenil), 1995 ; 2002

S. O. S.: Animais em Perigo!…, prosa (Infanto-juvenil), 1996

O Casamento da Gata, poesia (Infanto-juvenil), 1997 ; 2001

Vamos descobrir as bibliotecas (Divulgação), 1998

Vou Ali e Já Volto, prosa (Infanto-juvenil), 1999

Arca de Noé, poesia (Infanto-juvenil), 1999

A Gata Tareca e Outros Poemas Levados da Breca (Poesia para a infância), 1999 ; 2000

ABC, poesia (Infanto-juvenil), 1999 ; 2001

25 (Poesia para a infância), 1999

Seis Contos de Eça de Queirós (Contos), 2000 ; 2002

Com Eça de Queirós nos Olivais no ano 2000 (Divulgação), 2000

Com Eça de Queirós à roda do Chiado (Divulgação), 2000

Mãe, Querida Mãe! Como é a Tua?, prosa (Infanto-juvenil), 2000 ; 2003

Lisboa de José Rodrigues Miguéis (Divulgação), 2001

Roteiro de José Rodrigues Miguéis: do Castelo ao Camões (Divulgação), 2001

A flauta, prosa (Infanto-juvenil), 2001

Uns óculos para a Rita, prosa (Infanto-juvenil), 2001

Todos no Sofá, poesia (Infanto-juvenil), 2001

1, 2, 3, poesia (Infanto-juvenil), 2001 ; 2003

Alhos e Bugalhos (Divulgação), 2001

Meu bichinho, meu amor, prosa (Infanto-juvenil), 2002

Cores, prosa (Infanto-juvenil), 2002

Gente Gira, prosa (Infanto-juvenil), 2002

Tudo ao Contrário!, prosa (Infanto-juvenil), 2002

Viagens de Gulliver, adaptação livre (Teatro para a infância), 2002

O Rapaz que vivia na Televisão, prosa (Infanto-juvenil), 2002

Contrários, poesia (Infanto-juvenil), 2003

Quem está aí?, prosa (Infanto-juvenil), 2003

A Cavalo no Tempo, poesia (Infanto-juvenil), 2003

Pai, Querido Pai! Como é o Teu?, prosa (Infanto-juvenil), 2003

A Carochinha e o João Ratão, poesia (Infanto-juvenil), 2003

Se os Bichos se vestissem como Gente, prosa (Infanto-juvenil), 2004

A festa de anos, prosa (Infanto-juvenil), 2004

Contos para rir, prosa (Infanto-juvenil), 2004

Abecedário maluco, poesia (Infanto-juvenil), 2004

Histórias de dedos, prosa (Infanto-juvenil), 2005

A Cidade dos Cães e outras histórias, prosa ( Infanto- juvenil ), 2005

Há sempre uma estrela no Natal, contos ( Infanto-juvenil ) Civilização,2006

Doutor Lauro e o dinossauro, prosa (Infanto-Juvenil), 2.ª ed, Livros Horizonte, 2007

Mais lengalengas (recolhas ),Livros Horizonte,2007

Desejos de Natal (Infanto-juvenil ), Civilização,2007

A fada palavrinha e o gigante das bibliotecas