Ilustração de Ariane Beigneux.
Oh! quanta beleza… quanta!
nessa algazarra dos ninhos!
Parece até que Deus canta
pela voz dos passarinhos!
Joubert de Araújo Silva
Oh! quanta beleza… quanta!
nessa algazarra dos ninhos!
Parece até que Deus canta
pela voz dos passarinhos!
Joubert de Araújo Silva
–
–
–
Cartão de Natal, americano, desenho de Michael Coulter.
–
–
–
–
–
O tema de alimentar animais e pássaros está associado à caridade, qualidade que deve fazer parte das celebrações do Natal e se encontra em diversos cartões e postais de Natal de quase todos os países europeus e naqueles como os EUA e Canadá que mantiveram as tradições europeias da estação.
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
Ilustração: Mabel Rollins Harris
Como é belo ver a planta
que abre flores nos caminhos,
nas horas em que Deus canta
pela voz dos passarinhos!
(José Lucas de Barros)
“ Escuta aqui, passarinho
quero dizer-te um segredo:
Por que escondes o teu ninho
Na folhagem do arvoredo?”
Leonor Posada
NOTA: Esta quadrinha faz parte do seguinte exercício de REDAÇÃO encontrado no livro: Passe para prosa, com palavras suas, esta quadrinha:
Em: Terra Bandeirante, Theobaldo Miranda Santos, 2° ano, Rio de Janeiro, Agir: 1954
—
—
Leonor Posada, (Cantagalo, RJ 1893 – Rio de Janeiro, RJ, 1960) Poeta, teatróloga, professora.
Obras:
Plumas e espinhos, poesia, 1926
Leituras cívicas, didático, 1943
Guia de redação, didático, 1953
Serenidade, poesia, 1954
Os primeiros passos na redação, 1956
Outras quadrinhas neste blog:
Hoje, um artigo de Jennifer Viegas, para o MSNBC, revelou que a pesquisa realizada por uma equipe de cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego descobriu a interessante relação do número de ovos em um ninho de pássaros com as condições climáticas do local de reprodução.
O resultado da pesquisa é tão preciso que hoje cientistas podem prever com precisão o número de ovos em um ninho, para qualquer espécie de pássaro. A ciência da previsão do número de ovos em um ninho leva em consideração o tipo de ninho construído, e a distância precisa que cada espécie dos pólos da Terra. Pássaros tropicais, por incrível que pareça, são mais descansados, e põem um menor número de ovos de cada vez.
Por muitos anos pensou-se que a grande abundância meios de sobrevivência nos trópicos se traduzisse em um maior numero de ovos, “ mas determinamos que isso não é verdade”, disse Walter Jetz, o autor da pesquisa e professor de biologia da universidade.
Quanto mais próximos dos pólos, mais as estações do ano chegam a extremos. Espécies de pássaros nessas localidades têm um grau de mortalidade muito maior. É vantajoso para estas espécies, então, colocar um maior número de ovos, aumentando as possibilidades de sobrevivência. Com estações do ano bem definidas, a natureza contribui com dias e locais perfeitos para a reprodução por causa da abundância de alimentos e de locais para construção de ninhos. São períodos curtos – poucos dias — mas com grande escolha de alimentos e variedade de locais para habitação.
Pássaros migratórios tendem a por mais ovos.
É importante observar que por causa da importância do clima para os pássaros, para contagem de ovos no mundo inteiro, as mudanças climáticas que se prenunciam podem ter severas conseqüências para a população das aves no planeta.
Para ler o artigo na íntegra, clique AQUI.
A grande variedade de notas musicais registradas pelos pássaros nos cantos matinais tem sido através dos séculos motivo de inspiração para músicos, poetas, artistas e qualquer indivíduo que tenha o prazer de ainda poder ouvir o canto dos pássaros onde mora.
Agora, um estudo publicado na revista virtual Public Library Science em conjunto com a Universidade da Dinamarca do Sul, parece ter desmascarado o mistério envolvendo o canto matinal dos pardais europeus: eles têm, em comum com as cobras naja, com as pombas e muitos peixes, músculos vocais extremamente rápidos. A rapidez de vibrações musculares, causa um grande leque de sons, era considerada bastante rara, mas depois destes últimos estudos observando o canto dos pássaros, descobriu-se que esta habilidade é muito mais comum, e talvez cubra um número muito maior de espécies, do que antes fora imaginado.
Para um pardal, ou um pássaro europeu comum, a média de 250 vezes por segundo de abertura e fechamento das cordas vocais é o necessário para produzir as melodias maravilhosas que ouvimos. Esta variedade de contrações musculares permite que cada pássaro tenha um repertório próprio para sua espécie, destinado a cada situação. Com este tipo refinamento vocal os pássaros controlam com precisão a voz, o volume e a vibração necessários para o sucesso de sua sobrevivência.
JOÃO E MARIA
João e Maria,
todos os dias.
saíam cedo
pelos caminhos.
Maria em busca
de borboletas,
João à procura
de passarinhos.
Porém um dia
João e Maria
atrás dos bichos
tanto correram,
que não souberam
voltar pra casa;
viram, chorando,
que se perderam.
E os dois, rezando
pediram a Deus
que os conduzisse
para seus pais,
que eles juravam
com borboletas
e passarinhos
não mexer mais.
E Deus, ouvindo-os,
mandou que um anjo
a casa os guiasse
pelos caminhos.
E os dois meninos
não mais mexeram
com as borboletas
e os passarinhos.
Martins D’Alvarez ( 1904 – ?)
Poema no livro: Leituras Infantis, Theobaldo Miranda Santos, Agir: 1962, Rio de Janeiro
—
Martins D’Alvarez
Nasceu na cidade de Barbalha, Estado do Ceara, em 14 de setembro de 1904.
Filho de Antonio Martins de Jesus a de Antonia Leite da Cruz Martins. Fez
os estudos primarios na sua cidade natal, os secundários, no Liceu do Ceara.
Formou-se em Odontologia.. Transferiu desde o ano de 1938 a sua residência
para o Rio de Janeiro, onde exerceu, além de atividades na imprensa, atividades
no magistério superior.
Livros publicados:
“A Ronda das horas verdes”, 1930 (versos).
“Quarta-feira de cinzas”, 1932 (novela).
Menção honrosa da Academia Brasileira de Letras.
“Vitral”, 1934 (Poemas).
“0 Norte Canta”, 1941 (poesia popular).
A um passarinho que andava
Cantando pelo jardim,
Foi perguntar Elisinha
— Quem é que te cuida assim?
Onde achas doce alimento,
Coisas nutritivas, sãs?
— Tenho bichinhos gostosos
Figos, laranjas, romãs.
— E quando estás fatigado,
Onde é que vais descansar?
— Qual de nós não tem seu ninho?
Nosso ninho é o nosso lar.
— E sede não sentes nunca?
— Tenho rio e ribeirão,
E gotinhas de sereno,
Que as folhas verdes me dão.
— E no inverno não te falta
Agasalho contra o frio?
— Tenho penas que me cobrem,
Tenho agasalho macio.
— E quando não há bichinhos,
Grãos e frutinhas não há?
— Há uma boa criancinha
Que pão e alpiste me dá.
Passarinhos, de Zalina Rolim (Brasil, 1869-1961)
Maria Zalina Rolim Xavier de Toledo nasceu em Botucatu (SP), em 20 de julho de 1869.
Professora alfabetizadora, transferiu-se com a família para São Paulo em 1893.
Educadora, entre 1896 e 1897, exerceu o cargo de vice-inspetora, do Jardim da Infância anexo à Escola Normal Caetano de Campos, em São Paulo.
Escreveu para diversas revistas femininas e jornais como A Mensageira, O Itapetininga, Correio Paulistano e A Província de São Paulo.
Faleceu em São Paulo, em 24 de junho de 1961.
Obras:
1893 – O coração
1897 – Livro das Crianças
1903 – Livro da saudade (organizado nesta data para publicação póstuma)