Natividade, 1980
Fúlvio Pennacchi (Itália/Brasil, 1905-1992)
Óleo sobre placa, 20 X 30 cm
Natividade, 1980
Fúlvio Pennacchi (Itália/Brasil, 1905-1992)
Óleo sobre placa, 20 X 30 cm
Grandes Horas de Ana da Bretanha
Bibliothèque nationale de France
Cota: Lat. 9474
Data: c. 1503-1508
Tamanho: 305 x 200 mm
476 páginas iluminadas com 49 miniaturas a toda página
337 iluminuras marginais com plantas, insectos e pequenos mamíferos
Pintor: Jean Bourdichon
Lugar de origem: Tours
Escrito em Latim
Natal
Mauro Mota
Natal antes e agora
imutável. Feliz
noite branca sem hora
no pátio da Matriz.
Natal: os mesmos sinos
de repiques iguais.
Brinquedos e meninos,
Natal de outros natais.
A Banda, vozes, passos
da multidão fiel.
Tudo nos seus espaços,
o mundo e o carrossel.
Tudo, menos o andejo
homem que se conclui.
Olho-me e não me vejo,
não sei para onde fui.
Em: Antologia Poética, Mauro Mota, Editora Leitura: 1968, Rio de Janeiro
Mauro Ramos da Mota e Albuquerque (Nazaré da Mata, 16 de agosto de 1911 — Recife, 22 de novembro de 1984) foi um jornalista, professor, poeta, cronista, ensaísta e memorialista brasileiro.
Obras:
Elegias (1952)
A tecelã (1956)
Os epitáfios (1959)
Capitão de Fandango (1960, crônica)
O galo e o cata-vento, (1962)
Canto ao meio (1964)
O Pátio vermelho: crônica de uma pensão de estudantes (1968, crônica)
Poemas inéditos (1970)
Itinerário (1975)
Pernambucânia ou cantos da comarca e da memória (1979)
Pernambucânia dois (1980)
Mauro Mota, poesia (2001)
Antologia poética, 1968
Antologia em verso e prosa, 1982.
Natividade, sd
Anita Malfatti, Brasil (1889-1964)
Óleo sobre tela 65 x 81cm
MENSAGEM DE NATAL
Afonso Louzada
Glória a Deus nas alturas, meus irmãos,
e paz na terra aos homens que são bons.
Todos se dêem fraternalmente as mãos,
abrindo para o amor os corações.
Da concórdia os clarins, pelos desvãos,
estão cantando os sacrossantos sons
e se ilumina o mundo dos cristãos
na apoteose triunfal de seus clarões.
Glória a Deus nas alturas, paz na terra.
Brilhe a estrela do amor, gloriosamente,
depois da horrenda maldição da guerra.
E para sempre a fé que nos irmana
abençoe este mundo impenitente,
para a imortalidade da alma humana.
Do livro:
SONETOS, Affonso Louzada, Rio de Janeiro, 1956, 2ª edição-aumentada.
Affonso Montenegro Louzada – (RJ – 1904 — ?), poeta, ensaísta, crítico, jornalista, teatrólogo, advogado, membro da Sociedade Homens de Letras do Brasil. Hoje em diversos livros de referencia seu nome é encontrado assim: Afonso Lousada.
Obras:
Peço a palavra, (1934), – fábulas me versos.
La Fontaine (1937) ensaios sobre fábulas.
Melo Matos, o apóstolo da infância, (1938 )
O cinema e a literatura na educação da criança (1939)
O problema da criança (1940)
Delinqüência infantil (1941)
A ação do Juízo de Menores (1944
Tempo abandonado ( 1945) – versos
Notas sobre a assistência a menores (1945)
Noturnos (1947) – versos
Literatura infantil (1950)
Histórias dos bichos (1954) – fábulas em versos.
Anita Catarina Malfatti (São Paulo, 2 de dezembro de 1889 — São Paulo, 6 de novembro de 1964) foi uma pintora, desenhista, gravadora e professora brasileira.
Natividade, 1746, 1754
Painel de azulejos portugueses
Igreja Basílica do Senhor do Bonfim
São Salvador, Bahia.
Canto de Natal
Manuel Bandeira
O nosso menino
Nasceu em Belém.
Nasceu tão-somente
Para querer bem.
Nasceu sobre as palhas
O nosso menino.
Mas a mãe sabia
Que ele era divino.
Vem para sofrer
A morte na cruz,
O nosso menino.
Seu nome é Jesus.
Por nós ele aceita
O humano destino:
Louvemos a glória
De Jesus menino.
Em: Antologia Poética, Manuel Bandeira, José Olympio: 1978, Rio de Janeiro.
Manuel Bandeira (Recife PE, 1884 – Rio de Janeiro RJ, 1968) foi poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro. Teve seu primeiro poema publicado aos 8 anos de idade, um soneto em alexandrinos, na primeira página do Correio da Manhã, em 1902, no Rio de Janeiro. Cursou Arquitetura, na Escola Politécnica, e Desenho de Ornato, no Liceu de Artes e Ofícios, entre 1903 e 1904; precisou abandonar os cursos, no entanto, devido à tuberculose. Nos anos seguintes, passou longos períodos em estações climáticas, no Brasil e na Europa.
Obras:
Poesia
A cinza das horas, 1917
Carnaval, 1919
O ritmo dissoluto, 1924
Libertinagem, 1930
Estrela da manhã, 1936
Lira dos cinquent’anos, 1940
Belo, belo, 1948
Mafuá do malungo, 1948
Opus 10, 1952
Estrela da tarde, 1960
Estrela da vida inteira, 1966
Prosa
Crônicas da Província do Brasil – Rio de Janeiro, 1936
Guia de Ouro Preto, Rio de Janeiro, 1938
Noções de História das Literaturas – Rio de Janeiro, 1940
Autoria das Cartas Chilenas – Rio de Janeiro, 1940
Apresentação da Poesia Brasileira – Rio de Janeiro, 1946
Literatura Hispano-Americana – Rio de Janeiro, 1949
Gonçalves Dias, Biografia – Rio de Janeiro, 1952
Itinerário de Pasárgada – Jornal de Letras, Rio de Janeiro, 1954
De Poetas e de Poesia – Rio de Janeiro, 1954
A Flauta de Papel – Rio de Janeiro, 1957
Itinerário de Pasárgada – Livraria São José – Rio de Janeiro, 1957
Andorinha, Andorinha – José Olympio – Rio de Janeiro, 1966
Itinerário de Pasárgada – Editora do Autor – Rio de Janeiro, 1966
Colóquio Unilateralmente Sentimental – Editora Record – RJ, 1968
Seleta de Prosa – Nova Fronteira – RJ
Berimbau e Outros Poemas – Nova Fronteira – RJ
IGREJA DE NOSSO SENHOR DO BONFIM é um dos principais cartões-postais da cidade. A Igreja Basílica do Senhor Bom Jesus do Bonfim, ou Igreja de Nosso Senhor do Bonfim é um símbolo da religiosidade baiana. Sua construção teve início em 1740 com a chegada na Bahia do Capitão de Mar e Guerra, Theodósio de Faria. Devoto do Senhor do Bonfim, em Setubal, Portugal, trouxe de Lisboa uma imagem semelhante aquela, esculpida em pinho de riga, medindo 1,06m de altura. Conta-se que o Capitão português trouxe a imagem como agradecimento por haver sobrevivido a uma tempestade em alto-mar, tendo prometido construir uma igreja no ponto mais alto que avistasse, de onde pudesse acompanhar a entrada da Baía de Todos os Santos.
Em 1745, a imagem foi guardada na Igreja da Penha de França de Itapagipe, onde permaneceu até a construção do templo de Nosso Senhor do Bonfim. Nesse mesmo ano, foi fundada uma irmandade de devotos leigos que foi denominada “Devoção do Senhor do Bonfim”. A construção levou vinte-seis anos de 1746 a 1772. A imagem do santo foi passada para a nova igreja, em 1754, em uma procissão que contou com a presença de grande parte da população da cidade e do então Governador da Bahia. A imagem de Nossa Senhora da Guia, também trazida de Portugal por Theodósio de Faria, foi também colocada na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim e passou a ser venerada junto com o santo.
Nascimento de Jesus, 1304-1306
Giotto di Bondonne, Florença, 1267 –1337
afresco
Capela Arena, Pádua
Natal
Celina Ferreira
Cada dia nasce
um novo menino
na palha, na seda,
no feno, no linho.
Cada dia nasce
um novo destino
que sempre começa
no mesmo menino.
A estrela de cada
natal é a medida
palavra que escapa
em face da vida.
Na ficha, a palavra
festiva traduz:
Antônio, Isaías,
Ricardo ou Jesus.
Em: Poesia cúmplice, Livraria São José:1959, Rio de Janeiro.
Celina Ferreira — nasceu em Cataguases, Minas Gerais, em 1928. Jornalista, dedicou-se também à literatura infantil.
Obras:
A princesa Flor-de-Lótus , 1958
Papagaio gaio: poeminhas, 1998
Obra poética:
Poesia de ninguém, 1954
Poesia cúmplice, 1959
Hoje poemas, 1967
Espelho convexo, 1973