Renatinho foi ao circo, poesia infantil de Vicente Guimarães

29 04 2009

circo

 

 

 

 

 

Renatinho foi a o circo

 

 

Vicente Guimarães

 

 

Renatinho foi ao circo

E voltou entusiasmado;

Estava alegre e feliz,

Mas um pouco impressionado.

 

Gostou muito dos atletas,

Também do malabarista,

Deu vivas ao domador,

Palmas ao equilibrista.

 

Mas quando a casa chegou,

Depois da grande função,

Foi contar ao papaizinho

Sua nova resolução:

 

— Quando eu crescer, quero ser

Um palhacinho brejeiro,

Para dar a cambalhota

No centro do picadeiro.

 

 

 

Em: João Bolinha virou gente, de Vicente Guimarães (vovô Felício), Rio de Janeiro, Editora Minerva, sem data.

 

———

 

 

Vicente de Paulo Guimarães, [Vovô Felício] ( Cordisburgo, MG, 1906 – 1981) — Poeta, contista, biógrafo, jornalista, autor de Literatura Infanto-Juvenil (1979), funcionário público, educador, membro da Academia Brasileira de Literatura (1980), prêmio Monteiro Lobato -ABL (1977). Em 1935, Vicente criou em Belo Horizonte a revista “Caretinha”, dedicada a jovens leitores; dois anos depois, foi o responsável pelo suplemento infantil do jornal “O Diário”.  Um dos projetos de sucesso foi a revista “Era uma vez”, que começou a circular em 1947.  Criou também no mesmo ano a Revista do Sesinho, para divertir e educar as crianças.

 

 

Obras:

 

Tranqüilidade

O pequeno pedestre

Campeão de futebol

Os bichos eram diferentes

Frangote desobediente

João Bolinha virou gente

Boa vida de João Bolinha

Histórias divertidas

Lenda da palmeira, 1944

Quinze minutos de poder

Os três irmãos, 1978

Festa de Natal, 1964

Rui, 1949

O pastorzinho de Pouy, 1957

Princesinha do Castelo vermelho

Gurupi

Marisa, a filha da Mireninha

Vida de rua, 1954

Era uma vez uma onça

O tesouro da montanha

Anel de vidro, 1956

História de um bravo, 1960

Gurupi

Ultima aventura do sete de ouros

Aventuras de um cachorrinho vira lata

Princesinha do Castelo Vermelho

História de uma menina pobre

A fama do jabuti

O macaquinho Guili

Bilac, história de um príncipe, 1968

Biografia de Rui Barbosa para a infância, 1965

Joãozito, infância de João Guimarães Rosa, 1971

Nonô, o menino de Diamantina, 1980

O menino do morro – Machado de Assis, 1980

Coleção vovô Felício –  em seis volumes





Navio Pirata, poema para uso escolar, Ribeiro Couto

23 04 2009

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Navio Pirata

 

Ribeiro Couto

 

 

Navio pirata

Num mar confidente,

Levando ouro e prata;

Percorre caminhos

Sabidos somente

Dos gênios marinhos;

 

 

Pela madrugada

Uma luz cansada

Olha nas vigias;

E outra luz responde

Nas águas vazias

— Não se sabe onde.

 

 

 

 

 

 

 

Em: Poemas para a infância: antologia escolar, ed. Henriqueta Lisboa, Rio de Janeiro, Ediouro, s/d.

 

 

 

Rui Esteves Ribeiro de Almeida Couto (Santos, 12 de março de 1898 — Paris, 30 de maio de 1963), mais conhecido simplesmente como Ribeiro Couto, foi um jornalista, magistrado, diplomata, poeta, contista e romancista brasileiro.

 

Foi membro da Academia Brasileira de Letras desde 28 de março de 1934 (ocupando a vaga de Constâncio Alves na cadeira 26), até sua morte.

 

 

Obra

 

Poesia

 

O jardim das confidências (1921)

Poemetos de ternura e de melancolia (1924)

Um homem na multidão (1926)

Canções de amor (1930)

Noroeste e alguns poemas do Brasil (1932)

Noroeste e outros poemas do Brasil (1933)

Correspondência de família (1933)

Província (1934)

Cancioneiro de Dom Afonso (1939)

Cancioneiro do ausente (1943)

Dia longo (1944)

Arc en ciel (1949)

Mal du pays (1949)

Rive etrangère (1951)

Entre mar e rio (1952)

Jeux de L’apprenti Animalier. Dessins de L’auteur. (1955)

Le jour est long, choix de poèmes traduits par l’auter (1958)

Poesias reunidas (1960)

Longe (1961)

 

 

Prosa

 

A casa do gato cinzento, contos (1922)

O crime do estudante Batista, contos (1922)

A cidade do vício e da graça, crônicas (1924)

Baianinha e outras mulheres, contos (1927)

Cabocla, romance (1931);

Espírito de São Paulo, crônicas (1932)

Clube das esposas enganadas, contos (1933)

Presença de Santa Teresinha, ensaio (1934)

Chão de França, viagem (1935)

Conversa inocente, crônicas (1935)

Prima Belinha, romance (1940)

Largo da matriz e outras histórias, contos (1940)

Isaura (1944)

Uma noite de chuva e outros contos (1944)

Barro do município, crônicas (1956)

Dois retratos de Manuel Bandeira (1960)

Sentimento lusitano, ensaio (1961)





Quadrinha : crianças brasileiras

17 04 2009

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Menino com bandeira, 1980s

Marysia Portinari (Brasil, 1937)

Óleo sobre tela

Coleção particular

 

 

 

Estudando e trabalhando,

Sob este céu de anil,

As crianças vão fazer

A grandeza do Brasil!

 

(Anônima)

 

 

 

Em: Criança brasileira, Theobaldo Miranda Santos: segundo livro de leitura, Rio de Janeiro, Agir: 1950.

 

 

 

 





Ser criança — quadrinha de Porphírio Rodrigues

14 04 2009

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Ser criança é coisa boa.

É estudar, comer, dormir.

É ter muito tempo à toa,

aguardando um bom porvir.

 

 

 

 

 

 

 

Outras quadrinhas neste blog:

 

 

O dia

Gato e Rato

Passarinhos

Cuidar dos animais

 

 





A cachorrinha, poema infantil de Vinicius de Moraes

7 04 2009

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 A cadelinha da vovó, ilustração de Maud Trube.

 

 

 

 

 

A cachorrinha

 

                       

Vinícius de Moraes

 

 

 

Mas que amor de cachorrinha!

Mas que amor de cachorrinha!

 

 

Pode haver coisa no mundo

Mais branca, mais bonitinha

Do que a tua barriguinha

Crivada de mamiquinha?

Pode haver coisa no mundo

Mais travessa, mais tontinha

Que esse amor de cachorrinha

Quando vem fazer festinha

Remexendo a traseirinha?

 

 

 

 

Em: A arca de Noé, Vinícius de Moraes, Livraria José Olympio Editora: 1984; Rio de Janeiro; 14ª edição.

 

 

 

 

 

Marcus VINÍCIUS da Cruz DE Melo e MORAES (RJ 1913-RJ 1980), diplomata, jornalista, poeta e compositor brasileiro.

 

Livros:

 

O caminho para a distância (1933)

Forma e exegese (1935)

Ariana, a mulher (1936)

Novos Poemas (1938 )

Cinco elegias (1943)

Poemas, sonetos e baladas (1946)

Pátria minha (1949)

Antologia Poética (1954)

Livro de Sonetos (1957)

Novos Poemas (II) (1959)

Para viver um grande amor (crônicas e poemas) (1962)

A arca de Noé; poemas infantis (1970)

Poesia Completa e Prosa (1998 )

 

 —

 

 

 

Outros poemas de Vinícius de Moraes neste blog:

 

As borboletas

 





Quadrinha sobre O DIA — Ledo Ivo

6 04 2009

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Manhã na Terra.

 

 

 

 

 

Ó grande noite sonora

caída sobre o Ocidente,

o dia que dissipaste

recolhe-o alguém no Oriente.

 

 

 

 

 

Outras quadrinhas neste blog:

 

 

Ser criança

Gato e Rato

Passarinhos

Cuidar dos animais

 

 





A viagem à lua de João Peralta e Pé-de-moleque — Menotti del Picchia

4 04 2009

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São Jorge e o Dragão, 1606-1607

Pieter Paul Rubens ( Bélgica, 1567-1640)

Óleo sobre tela

Museu do Prado, Madri

Espanha

 

 

 

 

 

 

Já que andamos falando do espaço, e que também estamos no mês de abril, quando no dia 23 comemoramos o Dia de São Jorge, lembrei-me, deste trecho delicioso do livro Viagens de João Peralta e Pé de Moleque, de Menotti del Picchia:

 

 

Na Casa da Lua

 

A casa da lua era redonda, toda esmaltada de branco.  Seus móveis eram também brancos.  Por dentro era igualzinha a esses quartos de crianças tão alvinhos que até parecem leiteria.

 

— Aqui mora São Jorge, disse o pajem quando instalou lá dentro os dois meninos.  Ele anda sempre percorrendo o céu com seu cavalo branco.

 

— Que pena!  Exclamou Joãozinho.  Eu gostaria tanto de ver São Jorge!

 

O pajem sorriu.

 

— Acho que não seria um bom negócio,  porque São Jorge só aparece por aqui quando o dragão tenta comer a luz.

 

— Quê?  O dragão?  Que negócio de dragão é esse?

 

— Os dois meninos estavam tremendo de medo.  Então eles eram hospedados numa casa que costumava ser atacada por um dragão?

 

— Eu não fico aqui… choramingou Pé-de-Moleque.

 

Joãozinho ficou zangado diante da tremedeira do companheiro.

 

— Então, onde está sua valentia? Você não tem aí o estilingue?

 

— Estilingue não mata dragão, suspirou o ex-pretinho.  O que eu quero é ir para casa…

 

— Não tenham medo, disse o pajem.  São Jorge não deixa o dragão comer a lua, nem fazer mal a vocês.  Podem ficar descansados.

 

— Mas eu estou com muita fome, choramingou Pé-de-Moleque.

 

O certo é que, desde a hora em que haviam saído de casa para irem assistir à festa da aviação, não haviam comido nada. Quantas horas se haviam passado?  Quantos dias?  Eles não sabiam nem podiam saber, porque no céu não havia nem dias nem noites.

 

O único relógio que tinham para marcar o tempo, e esse infelizmente funcionava muito bem, era o estômago deles. Nessa ocasião bem se podia dizer que o estômago estava dando horas

 

Eu também estou com muita fome, disse Joãozinho.

—-

—  Aqui não há comida para terráqueos, respondeu o pajem com tristeza, porque ele era muito bonzinho.  Nós, os habitantes do Reino do Ar, comemos pastéis de vento, sorvete de geada e bifes de nuvens.  Mas eu sei que isso não pode alimentá-los.  A única esperança que resta é que a Ursa Maior forneça um pouco de leite.  Não creio que a duquesa ventania possa carregar da terra algum alimento até aqui.  Em todo o caso vou ver se o leite chegou…

 

 

 

 

 

 

Paulo Menotti Del Picchia (São Paulo, 1892 — 1988) foi um poeta, escritor e pintor modernista brasileiro. Foi deputado estadual em São Paulo.   Foi também advogado, tabelião, industrial, político entre outras funções assumidas durante sua vida.

 

Com Oswald de Andrade, Mário de Andrade e outros jovens artistas e escritores paulistas, participou da Semana de Arte Moderna de Fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo. Em 1943, foi eleito para a cadeira 28 da Academia Brasileira de Letras, tendo sido suas principais obras Juca Mulato (1917) e Salomé (1940). Um livro seu de elevada popularidade é Máscaras (1920), pela sua nota lírica.

 

 

Obras:

 

A “Semana” Revolucionária Crítica, teoria e história literárias, 1992  

A Angústia de D. João, Poesia 1922  

A Crise Brasileira: Soluções Nacionais Crítica, teoria e história literárias 1935  

A Crise da Democracia Crítica, teoria e história literárias 1931  

A Filha do Inca, Romance e Novela 1949  

A Longa Viagem Crítica, teoria e história literárias 1970  

A Mulher que Pecou Romance e Novela 1922  

A Mulher que Pecou Romance e Novela 1923  

A Outra Perna do Saci Romance e Novela 1926  

A República 3000, 1930  

A Revolução Paulista Crítica, teoria e história literárias 1932  

A Revolução Paulista Através de um Testemunho do Gabinete do Governador Crítica, teoria e história literárias 1932  

A Tormenta, Romance e Novela 1932  

A Tragédia de Zilda, Romance e Novela 1927  

Angústia de João, Poesia 1925  

As Máscaras, Poesia 1920  

Chuva de Pedra, Poesia 1925  

Curupira e o Carão, Conto 1927  

Dente de Ouro, Romance e Novela 1922  

Dente de Ouro, Romance e Novela 1925  

Flama e Argila, Romance e Novela 1919  

Homenagem aos 90 anos, Outros 1982  

Jesus: Tragédia Sacra Teatro 1933  

Juca Mulato Poesia 1917  

Juca Mulato Poesia 1924  

Kalum, o Mistério do Sertão Romance e Novela 1936  

Kummunká Romance e Novela 1938  

Laís Romance e Novela 1921  

Máscaras Poesia 1924  

Moisés Poesia 1924  

Moisés: Poema Bíblico Poesia 1917  

Nacionalismo e “Semana de Arte Moderna” Discursos e sermões (textos doutrinários e moralizantes) 1962  

Nariz de Cleópatra Crônicas e textos humorísticos 1923  

No país das formigas Literatura Infanto-juvenil   

Novas Aventuras de Pé-de-Moleque e João Peralta Romance e Novela   

O Amor de Dulcinéia Romance e Novela 1931  

O Árbrito Romance e Novela 1959  

O Crime daquela Noite Romance e Novela 1924  

O Curupira e o Carão Crítica, teoria e história literárias   

O Dente de Ouro Romance e Novela 1924  

O Despertar de São Paulo Crítica, teoria e história literárias 1933  

O Deus Sem Rosto Poesia 1968  

O Gedeão do Modernismo Crítica, teoria e história literárias 1983  

O Governo de Júlio Prestes e o Ensino Primário Crítica, teoria e história literárias   

O Homem e a Morte Romance e Novela 1922  

O Homem e a Morte Romance e Novela 1924  

O Momento Literário Brasileiro Crítica, teoria e história literárias   

O Nariz de Cleópatra Romance e Novela 1922  

O Nariz de Cleópatra Conto 1924  

O Nariz de Cleópatra Conto 1924  

O Pão de Moloch Miscelânea 1921  

Pelo Amor do Brasil, Discursos Parlamentares Crítica, teoria e história literárias   

Pelo Divórcio, s/d   

Poemas Poesia 1946  

Poemas do Vício e da Virtude Poesia 1913  

Poemas Sacros: Moisés e Jesus Poesia 1958  

Poesias Poesia 1933  

Poesias (1907-1946) Poesia 1958  

Por Amor do Brasil Discursos e sermões (textos doutrinários e moralizantes) 1927  

Recepção do Dr. Menotti Del Picchia na Academia Brasileira de Letras Discursos e sermões (textos doutrinários e moralizantes) 1944  

República dos Estados Unidos do Brasil Poesia 1928  

Revolução Paulista, 1932  

Salomé Romance e Novela 1940  

Seleta em Prosa e Verso Poesia 1974  

Sob o Signo de Polumnia Crítica, teoria e história literárias 1959  

Soluções Nacionais,  1935  

Suprema Conquista Teatro 1921  

Tesouro de Cavendish: Romance Histórico Brasileiro Crítica, teoria e história literárias 1928  

Toda Nua Romance e Novela   

Viagens de João Peralta e Pé-de- Moleque Literatura Infanto-juvenil

 

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Outra postagem deste livro neste blog:  AQUI





O astronauta, poema infantil de Odylo Costa, Filho

1 04 2009

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O Astronauta

 

                                   Odylo Costa Filho

 

 

Ia um astronauta

pelo céu sozinho

deixou seu foguete,

perdeu seu caminho.

 

Era tudo branco

  por dentro ou por fora –

porém não chorava,

porque homem não chora.

 

Pediu: — “Meu Senhor,

acabai com a Guerra,

mesmo que eu não possa

voltar para a Terra!

 

Foi Deus, que mandou

um anjo levar

o moço, na Páscoa,

de volta pro lar.

 

E exércitos de asas

vieram pelo ar

com palmas e rosas

a Guerra acabar.

 

 

 

 

 

 

 

Odylo Costa, Filho (MA 1914-  RJ 1979) – formado em direito, foi diplomata, ensaista, jornalista, cronista, novelista e poeta.

 

 

 

Obras:

 

Graça Aranha e outros ensaios (1934)

Livro de poemas de 1935, poesia, em colaboração com Henrique Carstens (1936)

Distrito da confusão, crônicas (1945)

A faca e o rio, novela (1965)

Tempo de Lisboa e outros poemas, poesia (1966)

Maranhão: São Luís e Alcântara (1971)

Cantiga incompleta, poesia (1971)

Os bichos do céu, poesia (1972)

Notícias de amor, poesia (1974)

Fagundes Varela, nosso desgraçado irmão, ensaio (1975)

Boca da noite, poesia (1979)

Um solo amor, antologia poética (1979)

Meus meninos e outros meninos, artigos (1981).

 

 

 

Outro poema de Odylo Costa, Filho neste blog:

 

Coelhinhos





Autores favoritos das crianças

11 03 2009

leitura-criancas-lendo-ilustracao

 

 

 

***

 

Apesar de eu não estar ligada diretamente à educação, por causa das minhas escolhas de postagem, dando ênfase a livros e poesia para os jovens, freqüentemente amigos e conhecidos me perguntam o que comprar para um presente para um jovem leitor.  E eu me acho na posição extremamente delicada de sem conhecer a personalidade do pequeno leitor ir dando palpites na esperança de não errar muito feio.  Por coincidência, hoje voltei a um portal sobre livros que não visitava há muito tempo: Oyo e encontrei por lá uma lista dos autores preferidos entre leitores infanto-juvenis com os respectivos livros favoritos.  A amostra é muito pequena, mas já dá para se ter uma idéia do que anda lendo este leitor infanto-juvenil.  Repasso aqui a lista dos 10 primeiros colocados e a sugestão dos dois livros mais favorecidos pelas crianças, um o recomendado pelo portal, o outro entre os mais vendidos do autor.  Isto é válido para a maioria na lista a não ser os seguintes casos: há dois autores cujos livros não foram especificados.  Os Irmãos Grimm e Rubem Alves, respectivamente os 4° e 8° colocados.  Neste caso, fui ver a obra destes autores que se encontra entre as mais vendidas e coloquei aqui como sugestão.  E há Antoine Saint-Exupéry que fica simplesmente com o Pequeno Príncipe.

 

 

Autores favoritos para leitura infanto-juvenil:

 

 

 

    Monteiro Lobato  Memórias da Emília e

                                            O saci

 

 

    J. K. Rowling  Harry Potter e as relíquias da morte

                                      Harry Potter e  o prisioneiro de Azkaban

 

 

    Antoine de Saint-Exupéry – O pequeno príncipe

 

 

    Irmãos Grimm – A guardadora de gansos e

                                      Os seis criados do príncipe

 

 

    Ana Maria Machado – Cinco estrelas [antologia poética]

                                                  O menino que espiava para dentro

 

 

    Ruth Rocha – Marcelo Marmelo Martelo e outras histórias

                                Quem tem medo de dizer não?

 

 

    Pedro Bandeira —  A marca de uma lágrima

                                        A onça e o saci

 

 

    Rubem Alves – O país dos dedos gordos

                                   Lagartixas e dinossauros

 

 

    Walcyr Carrasco – A corrente da vida

                                         As asas do Joel

 

 

10º    Thalita Rebouças  Fala sério, mãe!

                                              Fala sério, amiga!





A lagartixa — poema, Da Costa e Silva

22 01 2009

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A Lagartixa

 

                                    Da Costa e Silva

 

 

A um só tempo indolente e inquieta, a lagartixa,

Uma réstia de sol buscando a que se aqueça,

À carícia da luz toda estremece e espicha

O pescoço, empinando a indecisa cabeça.

 

Ei-la aquecendo ao sol; mas de repente a bicha

Desatina a correr, sem que a rumo obedeça,

Rápida num rumor de folha que cochicha

Ao vento, pelo chão, numa floresta espessa.

 

Traça uma reta, e pára; e a cabeça abalando,

Olha aqui, olha ali; corre de novo em frente

E outra vez, pára, a erguer a cabeça, espreitando…

 

Mal um inseto vê, detém-se de repente,

Traiçoeira e sutil, os insetos caçando,

A bater, satisfeita, a papada pendente…

 

Em: Poesias completas, Da Costa e Silva, Nova Fronteira: 1985, Rio de Janeiro

 

 

 

Antonio Francisco da Costa e Silva – (Amarante, Piauí, 1885 – Rio de Janeiro, 1950) Poeta.  Começou a compor versos por volta de 1896, tendo seus primeiros poemas publicados em 1901. Todavia, seu primeiro livro de poesia, Sangue, foi lançado só em 1908, primeira obra da última geração simbolista. .  Formou-se pela Faculdade do Direito do Recife. Foi funcionário do Ministério da Fazenda, tendo ocupado os cargos de Delegado do Tesouro no Maranhão, no Amazonas, no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Viveu não só na capitais desses estados, mas também, por mais de uma vez, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Jornalista. Exerceu função pública na Presidência da República do Brasil, entre 1931 e 1945, a pedido do então presidente Getúlio Vargas. É o autor da letra do hino do Piauí.  Recolheu-se ao silêncio, demente, pelos últimos 17 anos de vida. Faleceu em 29 de junho de 1950.

 

 

Publicou os seguintes livros de poemas:

 

 

Sangue (1908),

Zodíaco (1917),

Verhaeren (1917),

Pandora (1919)

Verônica (1927)