Verde
Albert Ramos Cortés (Espanha, contemporâneo)
óleo sobre tela, 51 x 41 cm
“O mais atraente triunfo do escritor é fazer pensar aqueles que podem pensar.”
Eugène Delacroix
Verde
Albert Ramos Cortés (Espanha, contemporâneo)
óleo sobre tela, 51 x 41 cm
Eugène Delacroix
Boa parte do meu dia hoje foi dedicada aos ensaios. Estou desde o início do ano fazendo o curso de escrita de ENSAIOS com o escritor Tiago Novaes. Hoje foi um dia diferente e importante, encontro com Bia Nunes de Souza, da Editora Vestígio que se dedica à publicação de ensaios tanto de autores brasileiros quanto estrangeiros. Aprendi muito com ela, e saí de sua palestra me sentindo incentivada a prosseguir com uma série de pequenos ensaios sobre comportamento, que eventualmente irei publicar. Impressionante como às vezes uma palavra, uma imagem, um sorriso, podem subitamente acender ideias, dar ânimo, empurrar quem trabalha sozinho. Aquela nova energia desce como num flash. Nunca sabemos o suficiente para não poder aprender um pouco mais.
Leitor
Mary Viola Paterson ( Inglaterra,1899-1981)
desenho
“Escrevo porque me sinto descompensado em relação à realidade. Preciso de uma verdade fora de mim em que me agarrar. Me sinto defasado. A minha realidade interior vive abaixo do nível da realidade que me cerca. Para restabelecer o equilíbrio , num contacto normal com os demais seres humanos, tenho que escrever, porque a recriação da realidade pela imaginação, através da linguagem escrita, é a maneira que tenho de me comunicar. Há uma espécie de catarse naquilo que escrevo: para não precisar de me deitar no divã de um psicanalista. Se escrevi, por exemplo um livro com o título, A faca de dois gumes, pode ter sido para não esfaquear alguém.”
Em: O tabuleiro de damas: trajetória do menino ao homem feito, Fernando Sabino, Rio de Janeiro, Record: 1988, p.18.
Banca de livros usados, 2010
Ciro d’Alessio (Itália, 1977)
óleo sobre tela
“O que eu faço nos anos de gestação literária? Reúno documentos; visito lugares e traço mapas; tomo nota da planta de prédios, ou talvez de um navio, como no caso de A ilha do dia anterior; e faço esboço dos rostos dos personagens. Para O nome da rosa, fiz retratos de todos os monges sobre os quais escrevia. Passo esses anos preparatórios numa espécie de castelo encantado — ou, se preferirem, num estado de recolhimento artístico. Ninguém sabe o que estou fazendo, nem os membros da minha família. Dou a impressão de estar fazendo muitas coisas diferentes, mas estou sempre focado em capturar ideias,imagens e palavras para minha história. Escrevendo sobre a Idade Média, se vejo um carro passando na rua e fico talvez impressionado com sua cor, registro a experiência no meu caderno de anotações ou simplesmente na mente, e essa cor, mais tarde, desempenhará um papel na descrição, por exemplo, de uma miniatura.”
Em: Confissões de um jovem romancista, Umberto Eco, tradução de Clóvis Marques, Rio de Janeiro, Record: 2018, p. 14
Homem lendo jornal, 1992
Bruno Vekemans (Bélgica, 1952-2019)
serigrafia
Aquilo que eu mais amo na escrita é o devaneio que a precede. A escrita em si, não, não é muito agradável. Deve-se materializar o sonho na página, assim que se saia do devaneio. Às vezes penso, como é que os outros fazem? Como esses outros autores que, como Flaubert o fazia no século XIX, escrevem e reescrevem, reformulam, reconstroem, e vão condensando a partir da primeira versão até que não reste finalmente quase nada na versão final do livro? Isso soa-me muito assustador. Pessoalmente, contento-me em fazer as correções num primeiro esboço que se assemelha a um desenho que foi feito de uma vez só. Estas correções são numerosas e ligeiras, como uma acumulação de atos de microcirurgia. Sim, é preciso medidas drásticas como faz um cirurgião, ser frio o suficiente com o seu próprio texto de uma ponta à outra, corrigindo, suprimindo, enfatizando. Às vezes basta riscar algumas palavras numa página para que tudo mude. Mas é essa a cozinha do escritor, que é suficientemente chato para os outros.
Patrick Modiano, in ‘Entrevista (2014)
Leitura, 1958
Mikhail Anikeev (Rússia, 1925)
óleo sobre tela
Ernest Hemingway
Victoria Chaus (Ucrânia,1964)
óleo sobre tela
“As palavras são como peixes abissais que só nos mostram um brilho de escamas em meio às águas pretas. Se elas se soltarem do anzol, o mais provável é que você não consiga pescá-las de novo. São manhosas as palavras, e rebeldes, e fugidias. Não gostam de ser domesticadas. Domar uma palavra (transformá-la em clichê) é acabar com ela.”
Em: A louca da casa, Rosa Montero, tradução de Paulina Wacht e Ari Roitmam, Rio de Janeiro, Ediouro:2004, p.13,
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Uma mensagem Viking finalmente foi desvendada. Criptologistas da Universidade de Oslo chegaram à conclusão de que na frase gravada em um pedaço de madeira tinha a mensagem “Beija-me”, segundo informações do jornal Huffington Post. Depois de muito sono perdido, os cientistas conseguiram entender a mensagem amorosa que demorou quase um milênio para ser decifrada, escrita em código jötunvillur, que remonta à Escandinávia anterior ao século IX.
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Foto: Jonas Nordby, Bode Museum, na Alemanha, e Sigtuna Museum, na Suécia.–
O código jötunvillur já foi encontrado em mais de oitenta inscrições dos povos nórdicos primitivos, e intrigou os runologistas (criptologistas que estudam o alfabeto viking). No entanto, o runologista da Universidade de Oslo Jonas Norby finalmente conseguiu “unir os pontos” fazendo comparações com outras mensagens escritas no código e chegou à mensagem de amor.
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Fonte: TERRA
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Alexander M. Rossi (Inglaterra, 1840-1916)
óleo sobre tela, 60 x 90 cm
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Hoje me diverti bastante com a leitura do artigo de Mário Sérgio Conti em sua coluna do jornal O Globo: 🙂 :O 😉 😦 [ isso mesmo, o título eram carinhas, que na versão digital do mesmo jornal chamou-se Máscaras em série] sobre o uso da vírgula, do ponto e vírgula, dos dois pontos e até mesmo das reticências.
Eu me diverti e fui obrigada a refletir: sinto saudades do bom uso desses importantes ajudantes do escritor. São os formadores do sentido de um texto. Quando usados, andam mal usados. Eu, por acaso, gosto de vírgulas. Gosto, porque me delicia dar uma pausa ao leitor. Talvez seja uma atitude um pouco autocrática, imaginar que controlo o leitor: como e quando ele deve respirar. Mas, que seja, afinal o texto é meu. E dar aquele tempo para enfatizar a ideia anterior, não tem preço. Pausa é uma coisa séria: os comediantes sabem… Uma pausa, no lugar errado, pode matar uma piada. Pode dar um sentido diferente ao que dizemos.
Infelizmente, como explica Mário Sérgio Conti, estamos sofrendo com a falta desses apetrechos. Começamos a sofrer quando a imprensa precisou, nas palavras de Conti, “almejar um público amplo e de educação desniveada”. Adiconaria também às causas do desaparecimento do ponto e vírgula, a economia de papel. Pontos, vírgulas e demais sinais de texto comem papel. Minhas esperanças são duas: que a educação esteja mais nivelada, para cima, e já permita que tragamos de volta a pontuação ao texto; e que o mundo digital, onde não temos mais o uso do papel, nos traga o presente de fazer possível o retorno desses grandes amigos da escrita. Mesmo que nossos textos tenham que ser de pequena monta, de poucas palavras, para não cansar o leitor desacostumado a pausar para pensar; que esses sinais voltem a fazer parte do nosso dia a dia. Os pensamentos são, em geral, mais significativos com a pausa, a ponderação, o matutar… Perde quem não honra essas frações do minuto indicadas pelo escritor.
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Aisha lendo Joseph Campbell, 2000
Milé Murtanovski (Canadá, 1979)
Aquarela, 57 x 57 cm
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O artigo de J. Robert Lennon, How to write a bad review, do dia 18 de agosto deste ano, publicado na Salon, aborda um tema digno de reflexão: o papel a crítica nos romances de ficção. Desde que a internet se tornou a sala de estar para o encontro de ideias e de gostos literários, vejo resenhas de livros de toda espécie. A prática é mais acentuada nos Estados Unidos que têm longa tradição de incentivo nas escolas secundárias e no nível universitário à crítica de texto e à total liberdade de expressão. Em suma, não há por lá os parâmetros que enfrentamos aqui no Brasil, quer na crítica literária, quer na campanha política, nem tampouco nas regras da publicidade. Parâmetros que limitam a comparação explícita de produtos semelhantes de diferentes marcas, que proíbem a menção de um concorrente em campanha política. Essa distorção brasileira, que tenta abrandar a competição e evitar a priori o que poderia ser considerado competição “desleal” leva a que não se possa debater verdadeiramente qualquer assunto, muito menos uma obra de ficção.
Meu passado como leitora/crítica inclui resenhas publicadas para jornais americanos, algumas das quais chegaram até a ser mencionadas como blurb nas contracapas de edições mais populares de livros criticados por mim – cito, como exemplo, a contracapa de The Road to Lichfield, de Penelope Lively. Meu hábito de escrever resenhas vem de longa data, como já expliquei anteriormente no blog: faço-as porque elas me ajudam a finalizar, a sedimentar a leitura de um livro. Quando a Amazon apareceu abrindo seu espaço para resenhas e até listas de recomendação, passei a escrever lá sobre livros que lia. Até listas de livros recomendados cheguei a fazer sobre assuntos diversos.
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Gerda Wegener (Dinamarca, 1886-1940)
gravura
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O hábito veio comigo para o Brasil. Depois de me familiarizar com publicações brasileiras, coloquei algumas opiniões no portal da livraria online Submarino. Qual não foi a minha surpresa ao verificar que pelas regras do portal, eu não poderia fazer comparações com qualquer outro livro [mesmo que do mesmo autor] e que as resenhas mais críticas, mostrando o meu desgosto ou desprezo pelo que acabara de ler, não poderiam e não foram publicadas. Na época — e já lá se vão uns quase dez anos — fiquei pasma com o cerceamento à minha liberdade de expressão.
Comparando a experiência que tive entre esses semelhantes portais (ambas livrarias na rede que aceitavam a opinião dos leitores) havia uma evidente tentativa de censura a qualquer opinião negativa no Brasil. Isso justificava, em parte, a insossa lista de opiniões sobre livros no portal da companhia brasileira. Críticas ou opiniões que se limitavam a expressões adolescentes quer na idade ou na mente. “AMEI!” ou pior ainda,” acho que vou gostar, ainda não li” eram frases comuns encontradas nas supostas opiniões sobre livros de diversos autores. Não sei se o portal Submarino mudou sua política quanto a opiniões dos leitores. Não sei, porque me desinteressei de colocar minhas opiniões por lá. E agora, já a caminho do quinto ano do blog, coloco minhas resenhas aqui e assim como no portal SKOOB onde nunca tive minhas opiniões limitadas ou censuradas.
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Leitora, [La Liseuse] 1873
Jules Dalou (França, 1838-1902)
Terracota
Museu de Arte, Rhode Island School of Design, EUA
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Diferente do que propõe o autor J. Robert Lennon há alguns anos não escrevo resenhas de livros de que não gosto. Já tive essa fase, e causei algum espanto quando desbaratei com um livro de contos da premiada Nadine Gordimer por achá-los previsíveis demais e outra em que reclamei dos lugares comuns na prosa de Isabel Allende. A decisão de não escrever sobre aquilo de que não gosto vem dos últimos vinte anos. Não tenho a verve da ironia, do sarcasmo bem controlado, da palavra destruidora em uma única nota que vemos nos grandes críticos literários ou de arte. Esse dom me escapa. Ainda este mês, fiz uma pequena homenagem ao crítico de arte Robert Hughes, cujo falecimento havia sido anunciado. Homenagem merecida por ele ter sido tão consistente na defesa de suas opiniões, mantendo-as claras, irônicas ou sarcásticas quando assim achava necessário. Ele brindava o espírito crítico, o posicionamento sem apelos ao politicamente correto. Muitos outros grandes críticos conseguem surpreender e suscitam um sorriso de reconhecimento por um ponto de vista sagaz, acurado, mesmerizante. Isso acontecia com Gore Vidal, Oscar Wilde ou até mesmo Eça de Queiroz. Minhas limitações não me deixam escrever assim, ainda que aprecie quem consiga se posicionar de maneira lúcida e aguda ao analisar um livro, uma obra de arte.
Por outro lado, depois que percebi o alcance que uma crítica colocada na rede pode ter, desisti de escrever resenhas de livros de que não gosto, de promovê-los mesmo que negativamente. Seria um absurdo fazer propaganda para algo que não endosso. Decidi então examinar porque certos livros se mostram interessantes na leitura e procuro explorar esse aspecto e incentivar as boas características do que leio ao longo do caminho.
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Sem título
Carmen Segovia (Espanha, 1978)
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J. Robert Lennon menciona o grande número de críticas literárias que apareceram na rede desde a popularização dos blogs. Tanto nos Estados Unidos – de onde ele escreve – quanto no Brasil, onde nos encontramos, houve uma verdadeira inflação de resenhas literárias nos últimos dez anos. Parece que todo mundo descobriu que pode dar a sua opinião. E todos esperam que suas opiniões sejam lidas e apreciadas. Deixamos de ficar calados e saímos à procura de “gente como a gente” nessa aventura coletiva da internet. Esse fenômeno tem tudo para mudar o comportamento de todos os envolvidos: leitores e escritores. Mas como está sendo usado?
Diferente dos Estados Unidos, a grande maioria dos usuários ativos na internet no Brasil — e certamente daqueles que se dispõem a escrever resenhas — são jovens. Há uma timidez no Brasil ao uso da internet por aqueles acima dos quarenta anos, e aversão generalizada por pessoas que temem a exposição demasiada, pelejam pela privacidade, como se não pudéssemos controlar aquilo que colocamos na rede. Isso aumenta o domínio dos jovens nas discussões online, nos comentários, nos blogs, nas críticas. Esses jovens críticos literários parecem estar ainda no processo de formação acadêmica na escola ou na faculdade. Testam suas habilidades e opiniões; procuram a identidade de suas cabeças pensantes.
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A grande leitura do dia, 1950
Jean Hélion (França, 1904-1987)
óleo sobre tela, 128 x 190 cm
Coleção Particular
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Nos portais dedicados à leitura, grande parte simplesmente copia e cola sinopses, menciona sem caracterização que adoraram a leitura, com uma ocasional menção da trama. Parecem querer mostrar que leram os livros, mas fica por aí. E há os que sentem a obrigação de mencionar autores clássicos, quando não filósofos, sedimentando suas opiniões nas raízes do passado, na boa atuação acadêmica, como se ter opiniões só fosse válido se nos mostrássemos eruditos. Refletem assim a posição acadêmica de praxe. Na pressa de se mostrarem sábios ligam-se ao anacronismo da divisão de profetas da direita e da esquerda. Como se o mundo ainda se dividisse assim. Mas não é culpa deles. É nossa. Porque aceitamos diariamente esse tipo de discurso.
Há uma divisão marcante, cá, do lado de baixo do Equador, entre Literatura e literatura, entre o que “Vale a pena ler” e o que “Não serve para nada”. Uma divisão que desvenda um intelectualismo preconceituoso, uma hierarquização proporcional à elitização da cultura, um enfoque incompatível com a educação ampla e com o livre acesso digital. Isso distancia bastante os intelectuais dos amantes da ficção. Nos jornais, nos cadernos dedicados aos livros, cansamos de ver críticos esnobando o leitor médio, para dar espaço unicamente a alguma tese linguística do momento, alguma visão crítica europeia, que tira o chapéu para o filósofo da moda de esquerda ou para o filósofo que abandonou “os poderes nefastos da direita”. Pouco se fala no prazer da leitura, nos motivos ou nas razões para nos deliciarmos, para refletirmos por algumas horas ou alguns dias, envolvidos por uma obra de ficção. A leitura por esses supostos analistas da literatura não parece sedutora, não acorda sentimentos, não sacia fomes, não embriaga.
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Robin com o amigo Trixie, em Torquay, 1952
Peter Samuelson (Inglaterra, 1912-1996)
óleo sobre tela, 64 x 84 cms
Coleção Particular
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E, no entanto, são justamente as pessoas que não se interessam pelas teorias da moda, pelo filósofo do momento que agitam o mundo das publicações. São esses leitores, que não se veem refletidos nos cadernos literários dos jornais, que mantêm editores, agentes e livrarias no azul, pessoas que compram livros recomendados por amigos, na mais preciosa das propagandas, o boca a boca, e que fazem de seus autores preferidos casos de sucesso literário, além, muito além da “mídia especializada”. Diversos nomes ilustram essa divisão entre o que alguns consideram bons e o que o público aclama. A nossa história contemporânea de publicações está repleta desses fenômenos ignorados pela crítica, mas aplaudidos pelo público: Rosa Montero, Muriel Barbery, Paolo Giordano, Fal Azevedo, Ronaldo Wrobel, Frances de Pontes Peebles, Maria Dueñas são só alguns dos que vêm à mente no momento. E não adianta dizer que o publico é inculto. Aquele que hoje vai a uma livraria e compra um volume para leitura não é inculto. É muitas vezes mais letrado do que os próprios críticos que se esforçam em preservar um preciosismo antiquado e segmentar as camadas de leitores, sem lhes dar crédito. Todos perdem com essa cegueira que nos aflige: leitores, futuros leitores, autores, editores. E nós também perdemos espaço para trocar ideias, para encontrar pessoas de gostos semelhantes, para analisarmos pela experiência o sentido da leitura. Daí a crescente necessidade de grupos de leitura, como recentemente mostrou o jornal O Globo do Rio de Janeiro, onde opinamos num ambiente de camaradagem, em que todos são iguais e respeitam diferentes pontos de vista.
Quanto às críticas literárias que destroem autores e livros, digam-me: — Para quê e para quem? Mas se você acredita que deve de fato destruir um livro, faça-o seguindo as poucas regras que J. Robert Lennon coloca em seu texto:
1 – Coloque a obra em contexto, de preferência lendo o maior número de títulos do autor.
2 – Tenha humildade quando mostrar sua opinião.
3 – Se o escritor é novato, ainda está no terceiro ou quarto livro, dê a ele crédito.
4 – Não critique o trabalho de seu inimigo
5 – Não seja um idiota
6 – Seja ponderado
7 – Lembre-se que o mundo da crítica literária é pequeno e não se importe quando alguém abominar o seu livro.