Fernando Sabino: porque escrevo…

1 12 2023

Leitor

Mary Viola Paterson ( Inglaterra,1899-1981)

desenho

 

 

 

“Escrevo porque me sinto descompensado em relação à realidade. Preciso de uma verdade fora de mim em que me agarrar. Me sinto defasado. A minha realidade interior vive abaixo do nível da realidade que me cerca. Para restabelecer o equilíbrio , num contacto normal com os demais seres humanos, tenho que escrever, porque a recriação da realidade pela imaginação, através da linguagem escrita, é a maneira que tenho de me comunicar. Há uma espécie de catarse naquilo que escrevo: para não precisar de me deitar no divã de um psicanalista. Se escrevi, por exemplo um livro com o título, A faca de dois gumes, pode ter sido para não esfaquear alguém.”

 

Em: O tabuleiro de damas: trajetória do menino ao homem feito, Fernando Sabino, Rio de Janeiro, Record: 1988, p.18.

 

 





O escritor no museu: Ernest Hemingway

20 02 2020

 

 

 

Earnest Hemingway 1930 by Henry StraterErnest Hemingway,  1930

Henry Strater (EUA, 1896 – 1987)

óleo sobre tela

Coleção Particular





O escritor no museu: Stendhal

20 12 2019

 

 

695px-StendhalMarie-Henri Beyle, conhecido como Stendhal, 1840

Olof Johan Södermark (Suécia, 1790 — 1848)

óleo sobre tela, 62 x 50 cmv

Museu de Versailles





O escritor no museu: George Eliot

30 08 2018

 

 

George Eliot by Alexandre Louis François d_Albert DuradeGeorge Eliot, c. 1850

Alexandre Louis François d’Albert Durade (Suíça, 1804 – 1886)

óleo

National Portrait Gallery,  Londres





O escritor no museu: Émile Zola

7 08 2018

 

 

Emile Zola, par ManetÉmile Zola, 1868

Èdouard Manet (França, 1832-1883)

óleo sobre tela, 146 x 114 cm

Musée d’Orsay, Paris





Visita do escritor Francisco Azevedo

24 09 2017

 

 

Grupo1O escritor Francisco Azevedo com o Grupo de Leitura Ao Pé da Letra, 24/09/2017.

 

 

O grupo de leitura Ao Pé da Letra teve o prazer de contar com a visita do escritor Francisco Azevedo, cujo livro Os novos moradores, lançado em junho deste ano, e já em sua segunda edição, foi a leitura escolhida para discussão no mês de setembro.

Seu terceiro romance, precedido por Arroz de Palma, Editora Record: 2008 e Doce Gabito, Editora Record: 2012, tem todas as marcas de um grande sucesso.  Situado no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro ele se desenrola entre os ocupantes de duas casas geminadas na rua dos Oitis.  Enquanto a casa de cor cinza é habitada por uma família severa cujos membros são emocionalmente distantes uns dos outros, a outra, amarela, tem como residente uma família amorosa e alegre.  O relacionamento entre as famílias surge através dos filhos que com isso trazem para o âmago de cada núcleo familiar experiências e acontecimentos imprevisíveis.

 

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O grupo de leitores se deliciou com a franqueza, modéstia e simplicidade do autor, que dividiu com os presentes sua maneira de escrever,  explicou como as ideias se desenvolvem e abriu o leque de reações dos leitores aos seus livros, principalmente a este último, que trata de assunto familiar espinhoso. Francisco Azevedo foi espontâneo, e mostrou grande senso de humor ao se surpreender e divertir, aqui e ali, com a reação dos leitores a personagens, fatos e soluções de problemas encontrados no texto.

 

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Foi sem sombra de dúvida uma noite memorável para os leitores.  Agradecemos a presença de Francisco Azevedo e sua esposa Edvane.  Aprendemos muito sobre o processo criativo e a maneira como sincronicidade parece agir em torno de uma criação literária, tornando-a quase inevitável.  Um grande abraço de todos do Ao Pé da Letra, desejo de muito sucesso ao escritor e até o próximo encontro.  Esperamos vê-lo quando seu próximo romance sair do prelo!

 

 





O Grupo de leitura Papalivros recebe o escritor Francisco Azevedo

20 08 2017

 

Grupo 3.jpgEncontro do Grupo de leitura Papalivros com o escritor Francisco Azevedo, 20/08/2017.

 

De vez em quando o grupo Papalivros tem uma noite memorável como a deste domingo.  Inesquecível talvez seja a melhor descrição do encontro com o escritor Francisco Azevedo, autor do queridíssimo romance Arroz de Palma, favorito do público brasileiro.  Discreto, quase tímido, o autor teve a gentileza de conversar sobre seu novo romance, Os novos moradores, lançado em junho deste ano pela editora Record e lido pelos 22 membros do grupo.

Ouvi-lo contar sobre o desenvolvimento da trama, sobre personagens entrando e saindo de aventuras como seres independentes da própria vontade do escritor, tê-lo como intérprete de passagens, dividindo conosco a experiência de resolver pequenos empecilhos ao longo da escrita, tornaram a leitura de Os novos moradores muito mais rica do que poderíamos imaginar, mesmo num romance cuja história complexa e transgressora, parece tão bem costurada.

 

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Quem vê Francisco Azevedo, modesto, despojado, possuidor de uma linguagem poética fluente não imagina que seus livros possam contar histórias de famílias, como as nossas, como aquelas de nossos vizinhos, amigos ou de nossos avós, e simultaneamente inserir nessas tramas, prudentes e confiáveis, elementos violadores de valores tradicionais que nos fazem questionar nossos próprios preconceitos. É uma arte.  E aprendemos muito com o autor.

Foi um prazer ter Francisco Azevedo entre nós. E desejamos a ele muito sucesso com mais este romance, passado no Rio de Janeiro.

LIVROS DO AUTOR:

Arroz de Palma, Editora Record: 2008

Doce Gabito, Editora Record: 2012

Os novos moradores, Editora Record: 2017





Escritor, a profissão mais desejada na Grã-Bretanha

17 04 2017

 

 

Armand Guillaumin (French Impressionist painter, 1841-1927) Madame Guilaumin, 1892Madame Guillaumin escrevendo, 1892

Armand Guillaumin (França, 1841-1927)

Pastel

 

 

O jornal The Telegraph publicou em 2015 uma lista de 14 razões para você não se tornar um escritor. Essa publicação foi consequência de uma pesquisa, feita na Grã-Bretanha, entrevistando 15.000 pessoas, que revelou a profissão mais desejada pelos britânicos: escritor.  Ao todo 60% dos entrevistados gostariam de ganhar a vida escrevendo, como descobriu  YouGov. Surpreso com esse resultado, Chas Newkey-Burden, que vive de escrever há anos, fez uma lista das razões para uma pessoa não se dedicar a essa profissão.

Aqui estão algumas das razões:

  •  O dinheiro não é o que você imagina.
  • Todo mundo hoje escreve
  • Você é uma companhia de um membro, tudo está nos seus ombros
  • Todo mundo conta sua história pensando que “dá um romance”

 

Para explicações e o resto dos motivos sugiro que passem nos links no texto.  Boa sorte!

Para

Salvar





Curiosidade sobre George Bernard Shaw

4 03 2017

 

 

The Bibliophilist's Haunt (Creech's Bookshop)

O bibliófilo Haunt ou a Livraria Creech

William Fettes Douglas (Escócia, 1822-1891)

óleo

Câmara de Vereadores da Cidade de Edinburgh

 

 

Um dia, o escritor e dramaturgo irlandês George Bernard Shaw, nas suas inúmeras perambulações pela cidade, encontrou nas prateleiras de um sebo um de seus próprios livros que ele havia dedicado a uma pessoa de grande estima.  Shaw não teve dúvidas: comprou o livro e o devolveu ao dono original com a seguinte dedicatória: “Com estima renovada, George Bernard Shaw.

 

 

Em: Ex Libris: confessions of common reader, Anne Fadiman, Nova York, Farrar, Straus e Giroux: 2000.

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Uma visita com o escritor, ator e dramaturgo Sérgio Fonta

22 08 2016

 

DSC01260Papalivros se encontra com o escritor, ator, dramaturgo, Sergio Fonta.

 

 

Ontem foi um dia especial na história dos treze anos e meio do grupo de leitura Papalivros.  Tivemos a visita do escritor, ator e dramaturgo carioca, Sérgio Fonta.  Há pessoas que brilham em muitos campos e aprendem a se distanciar do público que as aplaude.  Esse não é o caso de Sérgio.  Com simpatia, humildade, bom humor, franqueza e uma cornucópia de histórias do meio cultural brasileiro ele deliciou o grupo de leitores com anedotas fantásticas de sua vida, de seu primeiro encontro com Clarice Lispector, com Carlos Drummond de Andrade, entre muitos outros.  Relatou também várias coincidências que acompanharam seus projetos tanto de teatro como na escrita de seus livros.  Saímos enriquecidas com sua alegria e seu conhecimento e prontas para nos juntarmos à primeira fila da plateia em cada uma de suas futuras conquistas.  Obrigada, Sérgio Fonta, pela generosidade em dividir conosco seu tempo e sua experiência, as aventuras e acima de tudo ao bom convívio.

 

Sergio FontaSérgio Fonta

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