Sonhos revelados — vendo as imagens dos seus sonhos

23 09 2011
Cascão conta porquinhos, ilustração Maurício de Sousa.

Usando ressonância magnética funcional (fMRI) e modelos computacionais, cientistas da Universidade da Califórnia Berkeley conseguiram decodificar e reconstruir a dinâmica das experiências visuais dos seres humanos – assistindo trailers de filmes de Hollywood.  Esse estudo que poderá no futuro auxiliar pessoas que têm dificuldades de comunicação verbal: vítimas de derrames, pacientes em coma e pessoas com doenças neurodegenerativas.  A esperança é que eventualmente esse estudo sirva de base para uma interface cérebro-máquina para que pessoas com paralisia cerebral ou paralisia, por exemplo, possam acionar computadores com suas mentes.

Até o momento, a técnica usada só conseguiu reconstruir clipes dos filmes que as três pessoas que participaram do estudo haviam visto. No entanto, a descoberta abre caminho para reproduzir as imagens dentro de nossos cérebros que ninguém mais vê, tais como sonhos e lembranças.    Os cientistas são os primeiros a apontar que esse estudo poderá levar  a leitura de pensamentos e às intenções de outras pessoas, como já foi retratado em alguns clássicos da ficção científica, entre eles, o filme Brainstorm [Douglas Turnbull, 1983], no qual os cientistas gravaram as sensações de uma pessoa para que outros pudessem experimentá-las.

A atividade cerebral foi gravada enquanto os voluntários observavam o primeiro conjunto de clipes.  Essa informação foi direcionada a um programa de computador, segundo a segundo, para relacionar os padrões visuais do filme com a atividade cerebral correspondente.

Nossa experiência visual natural é como assistir a um filme“, lembrou Shinji Nishimoto, principal autor do estudo e pesquisador pós-doutorado, “para que esta tecnologia tenha ampla aplicabilidade, devemos entender como o cérebro processa a dinâmica das experiências  visuais no cotidiano. Precisamos saber como o cérebro funciona em condições normais“, disse Nishimoto. “Para isso, precisamos primeiro entender como o cérebro funciona quando estamos assistindo a um filme.”

Fontes:  Terra, Science Daily


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