–
–
Prisão de Tiradentes, 1914
Antônio Parreiras (Brasil, 1860-1937)
óleo sobre tela, 180 x 282 cm
Museu Júlio de Castilhos, Porto Alegre
–
Tiradentes
–
Carlos Pena Filho
–
–
É o muito esperar que existe em torno
que me destina a ação desbaratada.
A morte é bem melhor do que o retorno
ao nada.
–
Não nasce a pátria agora, o sonho mente,
mas, em meio à mentira, sonho e luto
pois sei que sou o espaço entre a semente
e o fruto.
–
–
Este poema foi musicado por Carlos Marques e faz parte da trilha sonora do filme Carnaval, o aval da carne (de Carlos Marques e Ralph Justino; Rio de Janeiro, 1983)
–
Em: Melhores poemas de Carlos Pena Filho, seleção de Edilberto Coutinho, Global Editora, São Paulo, 1983, 4ª edição.
–
–

–
Carlos Pena Filho nasceu no Recife, em 1929. Formado em Direito, pela Faculdade de Direito do Recife, foi poeta, letrista, jornalista, ensaísta para o Jornal do Comércio. Morreu num acidente automobilístico em 1960.
Obras:
O tempo da busca, 1952
Memórias do boi Serapião, 1955
A vertigem lúcida, 1958
Livro geral (obra reunida), 1959
Melhores poemas (póstuma) seleção de Edilberto Coutinho, 1983