Ponte de pedra, Tiradentes
Marcelo Bottaro (Brasil, 1967)
Óleo sobre tela
Ponte de pedra, Tiradentes
Marcelo Bottaro (Brasil, 1967)
Óleo sobre tela
Disseram que Tiradentes
fora apenas sonhador,
mas o sonho deu sementes:
e as sementes deram flor!
(Durval Mendonça)
Passo, Tiradentes, MG, 1979
Giancarlo Zorlini (Brasil, 1931)
Óleo sobre tela, 65 x 50 cm
Carlos Lousada (Brasil, 1905-1984)
óleo sobre tela, 60 x 73 cm
Tiradentes, tua glória
com teu corpo não morreu
e, em torno de tua história,
nossa história se escreveu.
(Arlindo Tadeu Hagen)
Oldack de Freitas (Brasil, ?-?)
óleo sobre tela, 53 x 65 cm
No rol dos inconfidentes,
fiel à sua verdade,
deu a vida Tiradentes
por amor à Liberdade!
(Carolina Ramos)
Casario e igrejas em Ouro Preto, MG, 1963
Luiz de Almeida Júnior (Brasil, 1894-1970)
óleo sobre tela, 50 x 60 cm
Delatando os insurgentes,
Joaquim Silvério, o vilão,
não traiu só Tiradentes,
traiu toda uma Nação.
(Campos Sales)
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Antônio Parreiras (Brasil, 1860-1937)
óleo sobre tela, 180 x 282 cm
Museu Júlio de Castilhos, Porto Alegre
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Carlos Pena Filho
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É o muito esperar que existe em torno
que me destina a ação desbaratada.
A morte é bem melhor do que o retorno
ao nada.
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Não nasce a pátria agora, o sonho mente,
mas, em meio à mentira, sonho e luto
pois sei que sou o espaço entre a semente
e o fruto.
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Em: Melhores poemas de Carlos Pena Filho, seleção de Edilberto Coutinho, Global Editora, São Paulo, 1983, 4ª edição.
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Carlos Pena Filho nasceu no Recife, em 1929. Formado em Direito, pela Faculdade de Direito do Recife, foi poeta, letrista, jornalista, ensaísta para o Jornal do Comércio. Morreu num acidente automobilístico em 1960.
Obras:
O tempo da busca, 1952
Memórias do boi Serapião, 1955
A vertigem lúcida, 1958
Livro geral (obra reunida), 1959
Melhores poemas (póstuma) seleção de Edilberto Coutinho, 1983
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quadrinhas para comemorar o Dia de Tiradentes
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Por ter sido descoberto
Por Pedro Alvares Cabral,
O Brasil, caros colegas,
Pertenceu a Portugal.
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Ouvi dizer que homens bravos.
Chefiados por Tiradentes,
Receberam nesse tempo,
O nome de inconfidentes.
–
Os nossos inconfidentes
Nutriam um ideal:
Desejavam separar
O Brasil de Portugal.
–
Joaquim Silvério dos Reis
Traiu os inconfidentes,
Destruindo dessa forma,
O sonho de Tiradentes.
–
No dia Vinte-e-Um de Abril,
Sob vivas estridentes,
Foi, no Rio de Janeiro,
Enforcado Tiradentes.
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O exemplo que Tiradentes
Nos deu a Vinte-e-um de Abril
É a página mais linda
Da História do Brasil.
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Quadrinhas para uso escolar de Walter Nieble de Freitas.
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Walter Nieble de Freitas
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Por ter sido descoberto
Por Pedro Álvares Cabral,
O Brasil, caros colegas,
Pertenceu a Portugal.
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Ouvi dizer que homens bravos,
Chefiados por Tiradentes,
Receberam nesse tempo,
O nome de inconfidentes.
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Os nossos inconfidentes
Nutriam um ideal:
Desejavam separar
O Brasil de Portugal.
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Joaquim Silvério dos Reis
Traiu os incoonfidentes,
Destruindo dessa forma,
O sonho de Tiradentes.
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No dia Vinte e Um de Abril,
Sob vivas estridentes,
Foi, no Rio de Janeiro,
Enforcado Tiradentes.
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O exemplo que Tiradentes
nos deu a Vinte e Um de Abril
É a página mais linda
da História do Brasil.
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Em: 1000 Quadrinhas Escolares, Walter Nieble de Freitas, São Paulo, Difusora Cultural: 1965
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A Inconfidência, década de 1960-70
Emiliano Di Cavalcanti (Brasil 1897 – 1976)
óleo sobre tela
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Viriato Corrêa
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A natureza é inexorável nos seus caprichos. Assim como talha criaturas para os surtos dos sucessos, molda outras irremediavelmente para as sensaborias da vida.
Tiradentes é uma figura nascida com pouca sorte. Por mais de um século que vem rolando na história e, até hoje, a história não lhe fez a justiça que merecem os seus grandes gestos e as suas virtudes cívicas.
Há ainda hoje quem lhe negue tudo: o desassombro em tramar a conjuração mineira, a grandeza da alma em chamar para si as responsabilidades totais do movimento, a confiança no seu papel, a coragem inflamada ao subir à forca, a resignação de mártir, tudo. E, não satisfeita com isso, a história, quase sem dissonância alguma, nega-lhe até as qualidades de inteligência.
Ainda hoje o grande sacrificado da inconfidência de Minas é apontado como um ignorantão. É esse o conceito geral entre quase todos os historiadores do movimento mineiro.
A injustiça é flagrante. Tiradentes nunca foi a cavalgadura que se propala.
Numa rebelião da ordem da de 1789, em que havia figuras da estatura intelectual de Alvarenga Peixoto, Cláudio Manuel da Costa, Gonzaga, cônego Luiz Vieira da Silva e outros, Tiradentes não podia ser uma personalidade de predominância mental.
Mas, nem por isso, se deve dizer que ele fosse a besta chapada que nossos historiadores têm feito acreditar.
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Sobre os dotes da cultura de Tiradentes há ainda um ponto de interrogação na história.
Ninguém sabe as escolas que o incendido alferes mineiro cursou quando menino e rapaz. Acostumaram-se os cronistas a julgá-lo um tipo inferior, e ninguém mais cuidou de apurar a verdade.
Não é, porém, provável que o mártir da inconfidência tivesse tido uma educação completamente descurada. Os seus pais tinham posses para o educar.
Há na Revista do Instituto Histórico um documento interessante a esse respeito. É o inventário dos bens de dona Antônia da Encarnação Xavier, mãe do futuro sacrificado da conspiração de Minas.
O inventário é de 1756, data em que Tiradentes tinha apenas oito anos de idade. O inventariante é Domingos da Silva Santos, pai do futuro alferes e marido de dona Antônia.
Por aquele documento se vê que o casal se não é rico, é pelo menos remediado. É possuidor de fazenda agrícola do Pombal no Rio Abaixo, no município de São João D’ El-Rei. Na fazenda trabalham trinta e cinco escravos. Estende-se nos seus domínios uma lavra de terras minerais, tudo de propriedade do casal. Entre os bens inventariados lá estão um jarro de prata para lavar as mãos, galhetas e talheres também de prata, sinal de abastança na época.
Todo mundo sabe o que são avaliações de inventário – tudo pela metade ou pelo terço. O monte mor dos bens do casal progenitor de Silva Xavier é avaliado em mais de dez contos de réis.
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Jornada dos Mártires, circa 1928
Antônio Parreiras ( Brasil, 1860-1937)
óleo sobre tela, 200 x 365 cm
Museu Mariano Procópio, Juiz de Fora
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Poder-se-á dizer que, apesar de remediados, os pais de Tiradentes podiam não cuidar da educação dos filhos. Mas Xavier da Veiga, nas Efemérides Mineiras, cita um outro documento em que se vê que isso não é verdade. É aquele em que se verifica que dois irmãos do sonhador da inconfidência eram padres. Não parece provável que o velho Domingos da Silva tivesse ordenado dois filhos e descurasse completamente da educação de um terceiro.
Sobre esse ponto a história se conserva muda. Sabe-se precisamente o ano em que Tiradentes nasceu – 1748.
Há, porém, uma profunda treva em derredor de sua adolescência. Vamos depois encontrá-lo em Minas Novas , arvorado em mascate, já homem feito, mercadejando de vila em vila.
Se nesse tempo tinha ou não o polimento das escolas, está tudo por apurar-se. Pereira da Silva afirma que ele viajou pela Europa e pelos Estados Unidos, voltando ao Brasil inflamado pelas idéias liberais que no momento incendiavam o mundo. A informação parece leviana, pois não há nenhum documento que a confirme.
Na profissão de mascate é homem de pouca sorte que a fatalidade caprichosamente atirou ao mundo. Não progride e é até preso por dívidas, segundo muitos afirmam.
Parece que são os desastres de negociante que o empurram para a farda. Há quem atribua essa resolução a um caso de amor. [* Martinho de Freitas – Memórias Históricas].
Tiradentes, em S. João D’ El-Rei, amou perdidamente uma moça filha de pais portugueses, abastados. Os preconceitos de cor e os preconceitos de fortuna predominavam mais do que nunca. Ele era de cor morena e pobre. A oposição dos pais da moça não pode ser vencida. Arreliado, desiludido, corre a por nas costas a farda do regimento de dragões.
Onde e quando a sua alma se inflamou pelas idéias republicanas? No ambiente do quartel? Nas peregrinações de mascate?
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Tiradentes, 1928
Décio Villares
óleo sobre tela
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Joaquim Felício dos Santos, na Revista do Arquivo Mineiro, parece esclarecer esse ponto. Quando mercador ambulante, Tiradentes foi muitas vezes à Bahia refazer o sortimento de mercadorias para os seus negócios. A capital baiana era o centro da efervescência maçônica, foi mesmo o primeiro ponto de entrada da maçonaria no Brasil. E, naquela época, as lojas de maçonaria eram verdadeiras oficinas revolucionárias, verdadeiro centro de cultura, sob o influxo novo dos enciclopedistas que transformaram o mundo.
Numa daquelas viagens, Tiradentes se fez maçom e, na atmosfera crepitante das lojas, formou seu espírito de revolucionário liberal.
A sua vida militar foi amarga e dura.
No século XVIII Portugal insaciavelmente explorou o Brasil. Explorou-o em tudo> no ouro, nos diamantes, na incultura imposta nos cargos públicos. O brasileiro não tinha direito de subir. No exército só os portugueses conseguiam os melhores postos.
A vida militar de Tiradentes dói exemplaríssima. Apesar disso, sofreu as mais cortantes injustiças. Não sabia pedir, não sabia adular, e o preteriam nas promoções.
Não passou de alferes. Valeriano Manso, seu furriel, avançou-lhe à frente, conquistando o posto de tenente. Antônio José de Araújo, que ele viu furriel, subiu a capitão nas suas próprias barbas. O cadete Fernando Vasconcelos fez-se alferes da noite para o dia.
Esses dissabores constantes deviam-lhe ter arranhado fundamente a alma, acendendo-lhe os ímpetos de independência, despertando-lhe o sonho de um país emancipado, onde houvesse justiça e prêmio às virtudes.
Nenhum estudo foi feito até hoje em que se pudessem aquilatar com precisão os dotes de cultura do admirável sacrificado da conjuração mineira.
É possível mesmo que esses dotes fossem poucos, mas o que ninguém poderá negar é qie Tiradentes tivesse sido uma criatura inteligentíssima, de uma inteligência clara e avançada, muito superior para a época em que viveu.
Não falemos das suas incontestáveis habilidades de dentista. Não há notícia de que ele tivesse aprendido a cirurgia dentária e, no entanto, os cronistas são unânimes em afirmar ter sido ele um habilíssimo cirurgião “que tirava os dentes com a mais sutil ligeireza e ornava a boca de novos dentes, feitos por ele mesmo, que pareciam naturais”, segundo informação dada por frei Raimundo Penaforte, aquele estranho frade que lhe assistiu os últimos momentos. E, naquela época, no Brasil, isso constituía um verdadeiro assombro.
Não falemos das suas qualidades de médico, das suas curas felizes entre a pobreza, fatos que ninguém contesta e que todos apontam.
Falemos apenas de Tiradentes engenheiro, Tiradentes homem de larga iniciativa.
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São João D’ El-Rei, 1983
Emeric Marcier ( Romênia 1916- Paris 1990)
óleo sobre tela 73 x 92 cm
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Os documentos da história neste particular são positivos. Tiradentes era tido no seu tempo como uma competência em assuntos mineralógicos. Em 1784, o governador Luiz da Cunha Menezes incumbiu o sargento-mor Pedro Afonso Galvão de S. Martinho de proceder a uma “exatíssima averiguação” nos sertões de leste de Minas. Para acompanhar o sargento-mor foi escolhido o alferes republicano. Lá está no ofício que o governador envia ao coronel Manuel Rodrigues da Costa:
“ o mesmo (Pedro Afonso Galvão de S. Martinho) leva para o acompanhar o alferes Joaquim José da Silva Xavier, que se acha destacado na ronda do Mato, visto Vmcê, também me dizer que ele tem inteligência mineralógica.”
Esse “também” mostra a boa fama em que Tiradentes era tido no assunto.
Mas não é só como minerador que ele se firma um homem de inteligência incontestável. É com trabalhos mais largos, com iniciativa mais vasta.
A primeira vez que Tiradentes veio ao Rio, já militar, ficou deslumbrado pela grandeza e pela riqueza da cidade. O Rio de Janeiro, naquela época, tinha apenas cinqüenta mil habitantes, mas era já a maior e mais bela cidade brasileira.
Num lancear de olhos o humilde alferes mineiro compreendeu o progresso futuro da capital do Brasil. O Rio de Janeiro desenhou-se-lhe no espírito de homem superior com a grandeza e o vulto que hoje tem. Havia de ser uma das vastas capitais do mundo, no correr de um século.
E reparem bem isto: Tiradentes teve a visão que se não tinha ainda: uma cidade como o Rio, com o futuro do Rio, exigia, com urgência, um perfeito abastecimento de água e um porto onde não faltassem trapiches.
E em 1788, quando volta ao Rio, propõe ao vice-rei Luiz de Vasconcelos a canalização dos riachos Maracanã e Andaraí, para o abastecimento da cidade e a construção de vastos trapiches na Saúde.
É preciso considerar com justiça esse fato e pesar, no seu valor, as duas propostas. Só podem ser de um homem de inteligência admirável. Raros serão os engenheiros do século XX que, ao chegar rapidamente a uma cidade, sem conhecimento da sua topografia, possam perceber, de um golpe, não só as suas necessidades de abastecimento de água como os meios de resolver o caso.
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Monumento à civilização mineira
Praça da Estação Rodoviária
Belo Horizonte, MG
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E de que Tiradentes teve em pleno século XVIII a verdadeira visão comercial do Rio futuro, aí estão as obras do porto, só começadas no século XX, como uma necessidade imprescindível do comércio.
E através dos séculos futuros, só vêem as inteligências privilegiadas…
Não se sabe bem qual foi a impressão que as propostas de Tiradentes causaram ao vice-rei. Luiz de Vasconcelos era homem de certo gosto, mas era também cortesão. Um simples alferes provinciano não lhe devia merecer grande importância. O certo é que, por isto ou aquilo, enviou as propostas a Lisboa, ao Conselho Ultramarino. Em Portugal os planos do republicano mineiro foram levados a sério. O Conselho, tomando-os em consideração, devolveu os papéis ao vice-rei para que os informasse.
Que Tiradentes foi um homem de talento não se pode ter dúvida. Os próprios historiadores que o apontam como cavalgadura dizem-no orador vibrante, eloqüente, que arrebatava as multidões com rasgos de fulgor.
E só podia ser uma inteligência de imenso vulto. Só uma grande inteligência poderia ser irmã daquela esplêndida alma desassombrada que, diante da morte, sorri tranqüila e, diante da miséria dos companheiros, consegue ter alento para perdoar.
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Em: Terras de Santa Cruz: contos e crônicas da História Brasileira, Viriato Corrêa, Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro: 1956, páginas 153-160.
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Manuel Viriato Corrêa [ou Correia] Baima do Lago Filho (Pirapemas, MA 1884 — Rio de Janeiro, RJ 1967) – Pseudônimos: Viriato Correia, Pequeno Polegar, Tibúrcio da Anunciação. Diplomado em direito, jornalista, contista, romancista, teatrólogo, autor de literatura infantil e crônicas históricas, professor de teatro, membro da ABL e político brasileiro.
Obras:
Minaretes, contos, 1903
Era uma vez…, infanto-juvenil, 1908
Contos do sertão, contos, 1912
Sertaneja, teatro, 1915
Manjerona, teatro, 1916
Morena, teatro, 1917
Sol do sertão, teatro, 1918
Juriti, teatro, 1919
O Mistério, teatro, 1920
Sapequinha, teatro, 1920
Novelas doidas, contos, 1921
Contos da história do Brasil, infanto-juvenil, 1921
Terra de Santa Cruz, crônica histórica, 1921
Histórias da nossa história,crônica histórica, 1921
Nossa gente, teatro, 1924
Zuzú, teatro, 1924
Uma noite de baile, infanto-juvenil,1926
Balaiada, romance, 1927
Brasil dos meus avós, crônica histórica, 1927
Baú velho, crônica histórica, 1927
Pequetita, teatro, 1927
Histórias ásperas, contos, 1928
Varinha de condão, infanto-juvenil, 1928
A Arca de Noé, infanto-juvenil, 1930
A descoberta do Brasil, infanto-juvenil,1930
A macacada, infanto-juvenil, 1931
Bombonzinho, teatro, 1931
Os meus bichinhos, infanto-juvenil, 1931
No reino da bicharada, infanto-juvenil, 1931
Quando Jesus nasceu, infanto-juvenil, 1931
Gaveta de sapateiro, crônica histórica, 1932
Sansão, teatro, 1932
Maria, teatro, 1933
Alcovas da história, crônica histórica, 1934
História do Brasil para crianças, infanto-juvenil, 1934
Mata galego, crônica histórica, 1934
Meu torrão, infanto-juvenil,1935
Bicho papão, teatro, 1936
Casa de Belchior, crônica histórica, 1936
O homem da cabeça de ouro, teatro, 1936
Bichos e bichinhos, infanto-juvenil, 1938
Carneiro de batalhão, teatro, 1938
Cazuza, infanto-juvenil, 1938
A Marquesa de Santos, teatro, 1938
No país da bicharada, infanto-juvenil, 1938
História de Caramuru, infanto-juvenil, 1939
O país do pau de tinta, crônica histórica, 1939
O caçador de esmeraldas, teatro, 1940
Rei de papelão, teatro, 1941
Pobre diabo, teatro, 1942
O príncipe encantador, teatro, 1943
O gato comeu, teatro, 1943
À sombra dos laranjais, teatro, 1944
A bandeira das esmeraldas, infanto-juvenil, 1945
Estão cantando as cigarras, teatro, 1945
Venha a nós, teatro, 1946
As belas histórias da História do Brasil, infanto-juvenil, 1948
Dinheiro é dinheiro, teatro, 1949
Curiosidades da história do Brasil, crônica histórica, 1955
Terras de Santa Cruz: contos e crônicas da História Brasileira, 1956
O grande amor de Gonçalves Dias, teatro, 1959.
História da liberdade do Brasil, crônica histórica, 1962