Pedro Joseph de Lemos (EUA, 1882-1954)
pastel e carvão sobre papel tecido cinza
Crespúsculo
Agnelo de Souza
Hora crepuscular! Tarde. Agonia.
Dobres de sinos, murmurar de prece!
Luz benfazeja que desaparece,
Deixando na alma funda nostalgia.
Serenamente vai morrendo o dia
E o véu da noite sobre a terra desce!
É o véu sombrio que ela mesma tece
Para o noivado da melancolia!
Hora de tédio e de recolhimento,
Hora criada para o meu tormento,
Hora feita de prantos e gemidos!…
Dentro de ti e pela noite densa,
Passam gemendo, nessa mágoa imensa,
Sonhos desfeitos, corações partidos.
Em: Panorama da poesia norte-rio-grandense, Rômulo C. Wanderley, Rio de Janeiro, Edições do Val: 1965, p. 155.


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