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Na refrescante sombra do Jardim Botânico no Rio de Janeiro, esta senhora lê “Ayuverdic Healing”, na manhã deste domingo.–
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Enseada de Botafogo, s/d
Lucia de Lima ( Brasil, contemporânea)
acrílica sobre tela, 50 x 60 cm
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Uma das coisas de que mais gosto no trabalho de Lucia de Lima é a felicidade! Ela consegue, na minha opinião, retratar o estado de espírito carioca: livre, leve e solto.
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Rio Panorâmico
Lucia de Lima (Brasil, contemporânea)
acrílica sobre tela, 20 x 50 cm
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Vamos e venhamos é delicioso observar todas as coisas que acontecem simultaneamente em cada tela. São os detalhes de parapentes, pessoas de bicicletas, barquinhos na enseada de Botafogo, helicópteros e assim por diante.
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Ararinhas azuis
Lucia de Lima (Brasil, conteporânea)
acrílica sobre tela, 35 x 27 cm
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Além da paisagem carioca, Lucia de Lima mostra também grande sensibilidade para assuntos ecológicos. Telas que representam a abundante natureza carioca, com flores que tomam conta da superfície, são em geral o ponto de partida para a representação de pássaros e de espécies que correm perigo de extinção, como no caso das ararinhas azuis da tela acima.
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Jardim Botânico
Lucia de Lima (Brasil, contemporânea)
acrílica sobre tela, 40 x 50 cm
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Lucia de Lima pode ser encontrada passeando pelo Jardim Botânico muitas vezes ao mês. Ela admite que o local lhe serve de inspiração para todo o verde, toda a mata e para os pássaros que retrata em seus quadros: diferentes flores, palmeiras, arbustos, árvores encontram um refúgio nessas telas coloridas.
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O menino e o Cristo
Lucia de Lima (Brasil, contemporânea)
acrílica sobre tela, 70 x 30 cm
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Outra característica da pintora são os formatos das telas. Muitas delas fogem aos padrões mais conhecidos, como são as telas acima: O menino e o Cristo assim como Rio Panorâmico também já mostrada nessa postagem. É mais uma das maneiras em que revela jovialidade e o prazer que tem ao se dedicar à pintura.
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Devaneios IV
Lucia de Lima (Brasil, contemporânea)
acrílica sobre tela, 40 x 50 cm
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Tenho acompanhado o trabalho dela pelos últimos anos e noto algumas tendências, como é natural que aconteça com qualquer pessoa que usa a sua criatividade todos os dias, como é o caso. Lucia tem desenvolvido esta série a que deu o nome de Devaneios, em que o contorno das montanhas da cidade, ou a aparência de ruas e locais conhecidos e reconhecíveis, deram lugar ao que ela mesma chama de sonhos, devaneios, ou seja, paisagens oníricas, que combinam muitos aspectos que aparecem em outras séries. Nesse exemplo acima, vemos flores, barcos, pássaros, uma fila interminável de automóveis subindo o morro, e de pessoas — crianças? — em fila indiana. A vegetação é abundante e rica como nas matas cariocas. Quanto mais olhamos, mais decobrimos.
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Corcovado e Lagoa
Lucia de Lima (Brasil, contemporânea)
acrílica sobre tela, 33 x 41 cm
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Até o bondinho do Corcovado subindo de Laranjeiras para o Cristo vemos nessa tela. Foi há muitos anos atrás, que notei pela primeira vez, vendo uma das telas de Lucia, que a Lagoa Rodrigo de Freitas tem hoje o formato de um coração. Nesta tela vemos alguns elementos muito comuns da paisagem neste local: helicópteros — há um heliporto perto, pessoas treinando remo — há alguns conhecidos clubes de remo com sede na Lagoa, a Praia de Ipanema no cantinho da direita e assim por diante. Podemos passar muito tempo descobrindo detalhes.
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Pássaros em extinção
Lucia de Lima (Brasil, contemporânea)
acrílica sobre tela, 40 x 50 cm
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A preocupação com a preservação da Natureza e da Mata Atlântica está sempre presente no trabalho da pintora. Entre uma profusa vegetação vemos alguns dos pássaros cuja existência está em perigo. Lucia mora no sopé da mata do Corcovado e está em constante contato com a natureza. Que ela a ama e presta atenção no verde que a circunda é óbvio. Resta a nós fazer o mesmo. Para maiores informações sobre essas e outras obras visitem o portal da artista. Aproveito para agradecer à Lucia pelas imagens que cedeu para esta postagem.
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Para comemorar os 5.000.000 [cinco milhões] de visitas a este blog, marca a que devemos chegar nos próximos 5 dias, começo hoje, com Lucia de Lima, uma série de postagens só com trabalhos de artistas brasileiros. Não vou prometer uma determinada frequência, porque ser blogueira não é a minha profissão principal e não posso garantir que terei sempre muito tempo para organizar essas postagens. Mas imaginei algo em torno de uma ou duas vezes por mês. Por que não usar esse blog para divulgar alguns de nossos artistas? Obrigada a todos que nos acompanham.
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Jardim Botânico, aléia das palmeiras reais, entrada principal.–
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A primavera chegou quente e ensolarada. Hoje a máxima parece ter chegado aos 30ºC — pelo menos foi o que prometeram nos jornais — pelo calor eu diria que foi mais, mas é possível que a temperatura tenha caído rapidamente porque a tarde se cobriu de nuvens. Foi, no entanto, uma bela manhã para um passeio no Jardim Botânico. Tenho a felicidade de morar próximo desse belíssimo parque e o prazer de andar por suas aléias é constante.
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Entrada para o Jardim Oriental, dentro do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.–
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O jardim oriental passou por uma grande reforma nos últimos anos. Está hoje mais ZEN. Tem mais pedras, exibe aquela simplicidade de pureza de formas que não tinha anteriormente. Diminuíram a extensão da ponte vermelha. Parece a mesma, mas se contarmos o número de segmentos, vemos que a ponte ficou menor, menos extensa. Uma foto mais antiga que tenho, de um outro ângulo, talvez ajude a mostrar a diferença. E o entorno do lago está bastante mudado, vejam abaixo.
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O novo Jardim oriental tem muitos caminhos de pedras.–
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Foto mais antiga, de 2007, do mesmo lago, outro ângulo, no Jardim Oriental do Jardim Botânico.–
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Acredito que a ponte antiga seja uma interpretação mais romântica do que seria um jardim oriental. Enquanto que a disposição mais moderna, incluindo o comprimento menor da ponte, sejam mais realistas quanto a estética oriental. Gosto mais da interpretação romântica, com uma ponte mais esticada, apesar de não desgostar da que temos hoje.
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Raizes de uma andiroba.–
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Aléia das andirobas.–
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E assim terminou o passeio de hoje, numa das minhas aléias favoritas: árvores gigantescas, com raízes imponentes. Lembre-se de não plantar uma andiroba ao ladinho da sua casa… Mas próximo à divisa do seu terreno ficaria maravilhosa! Sim, é natural do Brasil.
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A Exposição e Venda de Orquídeas no Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi um dos pontos altos de entretenimento carioca no fim de semana do Dia do Trabalho. Este é um programa que há muito entrou para o calendário oficial do Rio de Janeiro e um dos poucos eventos que visito todos os anos, pelo menos vez e algumas horas de observação.
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Não sou conhecedora de orquídeas. Nem mesmo tenho um jardim em casa. Dedico-me exclusivamente à manutenção de quatro plantas domésticas, criadas em potes de barro, que miraculosamente parecem sobreviver e crescer sob os meus cuidados. Sim, tenho predileção por plantas grandes, que virem pequenos arbustos dentro do meu apartamento. E também por plantas que não sucumbam se me esquecer um dia de regá-las ou adubá-las.
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Já tive orquídeas em casa. Aquelas que recebemos de presente de amigos que nos querem bem. E mais de uma vez consegui que elas sobrevivessem por alguns anos dando flores anualmente. Mas não imagino que qualquer uma delas tenha sobrevivido, florescendo regularmente, por causa dos meus bons tratos. A cada vez que uma delas dava flores fiquei tão surpreendida quanto se tivesse ganahdo na Loteria Federal.
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É verdade que elas gostavam muito do peitoril da minha varanda de serviço. Lá, encarapitadas no décimo andar com seus corpos quase caindo janela abaixo, mas protegidas — como todas as outras plantas nesse lugar por uma barra de ferro para não caírem das alturas — elas recebiam duas horas de sol da manhã, chuva e a umidade generalizada e quase asfixiante dos ares de Copacabana. Eram felizes…
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Mas eu não fazia absolutamente nada para que elas se sentissem bem… Daí a minha surpresa… Nenhuma delas sobreviveu com a mudança de endereço. Pena. Gostaria de ter me lembrado de dizer aos moradores do meu apartamento, os que me seguiram no endereço, que ali era um lugar especial para se cultivar orquídeas… Que elas gostavam… Mas quem sabe talvez tenham se mantido vivas pelo carinho e amor com que me foram dadas, para inicio de conversa…
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Orquídeas são fascinantes. Dão a impressão de grande delicadeza e fragilidade… Basta prestar atenção às bordas de suas pétalas para vermos uma renda, às vezes quase franzida como um pequeno babado. Isso as tona muito femininas. Têm cores contrastantes e formatos muito diversos. E ainda padrões de desenho em suas pétalas que podem ser só de uma cor, ou pontilhadas e até com pequenos quadriculados, como se se vestissem de acordo com a ocasião. Podem ter grandes flores, ou minúsculas, uma ou cachos de florezinhas. São um prazer para os olhos e chamam a nossa atenção e a dos insetos que usufruem de seu pólen.
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São abertamente sensuais, mostrando a função de suas flores a qualquer um, sem embaraço. Essa característica sensual, despudorada tornou a orquídeas num dos maiores símbolos do movimento feminista no mundo, assim como tema de fascínio para artistas diversos. As pintoras americanas Georgia O´Keefe e Judy Chicago são alguns dos nomes que vêm à mente quanto ao uso da imagem da orquídea como um exemplo do feminino na arte e na vida.
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Além disso, elas fazem qualquer fotógrafo amador, como eu, parecer de primeira linha. São fotogênicas. E curiosamente variadas. No caso acima, que até parece que o desenho da orquídea está refletindo o desenho da grade ao fundo do orquidário. Um detalhe que seria do agrado de qualquer profissional da fotografia.
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Orquídeas remetem a luxo, a esplendor, a ocasiões especiais. No meu aniversário de 18 anos meu pai me trouxe uma orquídea de presente, numa bela caixa transparente. Orquidários, por outro lado, sempre me fazem pensar na Belle Époque. Até mesmo este, do Jardim Botânico, tem aquele ar de estufa, grande o suficiente para guardar centenas de espécimes, com colunas separando uma ilha central do restante do espaço. A luz indireta, sua brancura, a maneira com que o ar parece que lembra as estufas inglesas da virada do século, onde damas da sociedade tomavam chá e recebiam amigas…
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Ninguém deve se surpreender, portanto, que este tipo de exposição e venda, com competição entre diversos orquidários — a maioria deles vinda das cidades serranas do estado do Rio de Janeiro — Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo [com pouquíssima representação este ano por causa do desastre das chuvas do início deste ano] atraia tanta gente. Foi realmente de impressionar as centenas e centenas de pessoas que estiveram no Jardim Botânico neste fim de semana e que também aproveitaram a ocasião para adquirir um, dois, seis, uma dúzia, de orquídeas variadas.
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Se você nunca visitou esta exposição marque na sua agenda o primeiro fim de semana em que o domingo caia em maio, para o ano que vem. Confirme depois com o próprio Jardim Botânico para saber detalhes do evento. Prepare-se para uma pequena fila na entrada e no orquidário tamanha é a população interessada. Mas vale a pena! Não esqueça de trazer sua máquina fotográfica, porque mesmo sendo amador, suas fotos parecerão de profissional. Será uma ocasião para apreciar as belezas da natureza tropical e o ambiente mais que agradável de um dos mais belos jardins do mundo.
Tartarugas se esquentam ao sol de fim de tarde, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Foto: Ladyce West.—–
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Moro no Rio de Janeiro e como qualquer um de seus habitantes tenho aquele instinto de sair de casa no verão e respirar o ar fresco, me inspirar nos verdes das montanhas, no gosto de sal da maresia matutina. Cariocas estão em constante contato com a natureza e não sou diferente. Mas confesso que neste verão, as coisas andam muito difíceis para essa carioca: o calor reina supremo. Minha caminhada pelas manhãs de verão ou é feita de seis da manhã às oito ou não pode ser feita. Recentemente sai de casa às oito e meia da manhã e não consegui caminhar mais do que 2 km. Voltei rapidinho para casa, sentindo que o calor naquele dia seria um inimigo letal. A máxima naquele dia chegou a 39º Celsius. Por isso mesmo, tenho tentado caminhar no Jardim Botânico esse meu velho conhecido… Mas ali, tenho outro problema: distraio-me. As mesmas paisagens são tão diferentes que, sem querer, os meus passos se desaceleram para observar um lagarto ao sol, o voo de uma arara, ou me sento para ouvir o regato borbulhante num fim de tarde. Recentemente tirei algumas fotos desse paraíso urbano. Era tardinha e já havia muita sombra, mas acredito que vocês talvez possam gozar desse passeio comigo através dessas fotos.
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A aléa principal chama-se Barbosa Rodrigues, honrando João Barbosa Rodrigues, antigo diretor do Jardim Botânico (1890-1909) e tem aproximadamente 128 palmeiras reais ladeando sua extensão. Mais ou menos a meio caminho, vemos este belo chafariz, de ferro, de origem inglesa. Seu autor foi o inglês Herbert W. Hogg. Este chafariz, que passou por restauração em 2005, já esteve no Largo da Lapa no Rio de Janeiro por 10 anos 1895-1905 e depois foi trazido para o Jardim Botânico. O chafariz é conhecido como Chafariz das Musas, porque além diversas alegorias, tem quatro figuras, as musas: Música, Arte, Poesia e Ciência.
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O Lago da Vitória Régia tem na verdade um outro nome, pelo qual não é conhecido: Lago Frei Leandro do Sacramento, homenageando o primeiro diretor do Jardim Botânico, nomeado por D. João VI, e quem construiu este lago. No entanto, por causa do grande número de vitórias régias em suas águas, passou a ser conhecido como o Lago da Vitória Régia. É um dos meus locais favoritos no jardim. Na foto, à direita, vemos a estátua da nereida Tétis, a mais conhecida das nereidas e a amada de Adamastor. É uma estátua em ferro fundido, de 1862, obra do escultor francês Louis Sauvageau (1822- ?, depois de 1874).
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A área do Jardim Botânico — 1.370.000 m² — é entrecortada por inúmeros córregos, regatos, regueiros, feitos para manutenção da flora, vindos das duas principais fontes de água fresca que atravessam o terreno: o Rio dos Macacos e o Riacho Iglésias. Esses canaletos de água, borburinham constantemente causando imenso prazer a quem por eles passa. Com frequência suas margens são desenhadas de tal maneira que, por entre a vegetação, há clareiras com bancos convidadivos ao devaneio.
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Este é um lugar a que sempre volto com prazer. Quando criança vínhamos com frequência ao Jardim Botânico. Morávamos próximo e era um excelente passeio em qualquer época do ano. Continua sendo.

Jardim Botânico, 1904. Revista KÓSMOS, Ano I, número 4. Sem autoria.
Jardim Botânico do Rio de Janeiro, foto: Ladyce West
Um hábito meu das quintas-feiras de manhã é procurar no jornal pela coluna de Cora Rónai. Hoje de manhã, tive que sorrir muito com o que Cora escreveu e esperei até agora à noitinha para passar para o blog, seu texto, porque concordo plenamente com todas as palavras da nota. Aqui vai:
A Cara do Rio
Cora Rónai
O Rio contradiz os poetas e as letras de música que cantam a primavera. É só olhar pela janela para ver que o outono é, disparado, a estação mais bonita da nossa cidade: céu azul, temperatura razoável e aquela luz que transforma tudo. Nesses dias, sobretudo à tardinha, pouco antes de o sol se pôr, a gente consegue até esquecer os problemas de que se queixa no resto do ano.
A praia está uma glória, e a Lagoa parece mesmo um espelho d’água, refletindo as nuvens nos mínimos detalhes. A imagem só se quebra quando as garças e biguás aparecem para jantar, quando um peixe salta no ar ou quando os remadores dão a volta, lépidos e atléticos, matando de inveja os sedentários que os observam das margens. Qualquer desavisado que resolva interpretar a cena pela quantidade de celulares e câmeras apontados para a paisagem pode imaginar, perfeitamente, que estamos numa das cidades mais seguras do mundo.
No Jardim Botânico, um casal de turistas pede que eu faça a sua foto em frente ao chafariz. A câmera é uma velha Pentax analógica, que me desconcerta por uns instantes: cadê o visor? Capricho no clique, e eles se despedem me desejando um bom resto de tarde e uma viagem segura de volta.
Eu agradeço e vou embora sem esclarecer o equívoco. Não quero humilhar ninguém dizendo que moro aqui.
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Em: O GLOBO, quinta-feira 28 de maio de 2009. Segundo Carderno, página 12.
Se você não conhece ainda o blog da Cora Rónai deve acessá-lo, vale a pena: internETC Também é a cara do Rio.

Flor de maio. Foto: Ladyce West
Eu e a flor de maio temos uma longa história… Na verdade, só eu tenho uma longa história com a flor de maio. Mas, quando morei nos Estados Unidos, este tipo de cactus foi uma das minhas maneiras de manter um pouquinho do ar tropical na minha casa.

Estas cor de damasco estavam em completo explendor! Foto: Ladyce West
Lá esses cactus são conhecidos como Christmas Cactus, ou seja, Cactus de Natal. Por quê? Porque só florescem quando os dias têm poucas horas de luz. Aqui no Brasil, isso acontece, agora, de maio a julho. No hemisfério norte, os dias curtinhos são próximos do Natal.

Ontem só vimos flores brancas, damasco e magenta. Foto: Ladyce West
Mas conheço lá do norte, outras cores, inclusive uma tonalinade magenta escura, belíssima! Tive essas plantas tanto da cor de damasco, como fúcsia. Por lá elas foram muito fáceis de serem mantidas, crescerem e florirem sem grandes desastres. Ficavam dentro de casa de outubro a abril, com pouca água. Mas numa casa aquecida por volta de 25 graus. Depois em abril, quando deixava de ser frio, elas iam todas para o pátio, crescer com o calor do verão da Carolina do Norte, que é muito, muito quente. Só fertilizava 2 vezes por ano: abril e outubro. Em abril, para crescerem felizes. Em outubro, para darem muitas flores. E não devem apanhar sol.

Flores delicadas, foto: Ladyce West
Minha mãe sempre gostou muito destas flores. E quando o Jardim Botânico do Rio de Janeiro fazia as exposições da Flor de Maio, minha mãe era uma assídua visitante. Mas de nós duas, eu tenho a melhor mão para plantas. Com exceção das violetas, que minha mãe sempre conseguiu manter felizes e floridas, e que eu, por razões que desconheço, nunca consegui muito com elas.

Sábado, quando estive no Jardim Botânico, para o evento: Flor de Maio Exposição e Venda não resisti e trouxe para casa dois exemplares deste cactus tropical, que não gosta de sol. Ontem replantei-as. Uma delas está na foto acima. Há horas em que a gente sente que quer “ter” alguma coisa. Ultimamente a fotografia tem me ajudado em não querer “ter”. A imagem do objeto desejado é suficiente. Mas não resisti. Afinal, era véspera do dia das mães, e ela, se estivesse por aqui, teria gostado de ver estas belas flores.
Não deixe de visitar o Jardim Botânico do Rio de Janeiro é um grande e belo passeio.

Uma orquídea extraordinária! Foto: Ladyce West
A artista americana Georgia O’Keeffe (1887-1986) se imortalizou, com telas e aquarelas, entre outras, representando orquídeas e dando a elas um cunho extremamnete sensual. Vendo-as assim, em puro explendor, é f ácil saber a razão de sua paixão.

Pétalas que parecem veludo. Orquídea. Foto: Ladyce West
A hora e meia que passei no orquidário do Jardim Botânico e a meia-hora adicional passeando por entre os quiosques dos orquidários comerciais vendendo belos espécimes, me encheu de uma alegria e bem-estar com a vida maravilhoso. Realmente é necessário que preservemos a nossa natureza!

Uma orquídea de cores muito delicadas. Foto: Ladyce West

Orquídea, foto: Ladyce West
As cores de alguns exemplares são tão vivas que parecem falsas, e se não olhássemos para as folhas ao redor acharíamos que estávamos num mundo fora dos limites da natureza.

Flores pequeninas também! Orquídea. Foto: Ladyce West

Orquídea Branca, foto: Ladyce West