Três Reis Magos, século VI
Mosaico
Basílica de Santo Apolinário Novo, Ravena
Três Reis Magos, século VI
Mosaico
Basílica de Santo Apolinário Novo, Ravena
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Os Reis Magos foram e são um dos mais belos temas encontrados nas artes plásticas. Na época da Renascença italiana foi frequentemente pintado como uma grande procissão em que os mecenas das artes eram representados como membros das caravanas acompanhando os magos. Já conversamos sobre os Reis Magos e os doze dias do Natal, aqui mesmo no blog, em 2009, na postagem titulada Hoje, Dia de Reis, o 12º dia de Natal.
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Foi na Espanha moderna que encontrei o maior número de representações dos Reis Magos na escultura artesanal, nas artes folclóricas, digamos assim. Cheguei a ter uma pequena coleção de Reis Magos, trazidos a cada vez que volto à Espanha.
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Muito associado, como deveria ser mesmo, às cenas da Natividade, a visita dos Reis toma características próprias de acordo com a região do mundo que a representa. Vejam abaixo que em alguns países europeus eles são frequentemente representados, nos cartões de Natal, como crianças. Não sei a razão, talvez peças de teatro religiosas, como autos?.
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Hoje, pelo menos aqui no Brasil, perdemos muito da importância do Dia de Reis, pelo menos no nosso folclore. Está havendo há décadas uma mistura total das festividades que já não têm mais requisitos específicos para a data. O nosso nordeste, onde grande parte da tradição dos reisados [a palavra vem do Dia de Reis] ainda existe, já não limita suas cantigas e suas danças a essa data ou à essa época. Semelhantemente as festas juninas já não acontecem mais em junho, e sua celebrações podem ocorrer até agosto, enquanto as características roupas caipiras adquiriram, hoje, um ar carnavalesco, com muitas lantejoulas e paetês.
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Este é o único cartão de Natal que tenho em que todos os personagens são representados por negros. É um cartão de Natal africano. Não acredito que seja raro, mas nas minhas imagens é fora do comum.
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Algumas vezes a Estrela de Natal toma a forma de uma cruz, como se fosse uma prefiguração do sacrifício do Recem-nascido.
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Na Europa do Norte há muitas representações dos Reis Magos como crianças, como neste cartão da Finlândia.
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Só pelas linhas alongadas já dá para saber que estamos olhando para um cartão de Natal dos anos 60 do século XX.
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Seis de Janeiro, Dia de Reis foi sempre bastante comemorado na minha infância. Havia duas razões: o dia santo — acreditam que já foi feriado nacional? Pois, também era data de aniversário de um de meus tios. Enquanto minha avó morou conosco era celebrado com um grande almoço em família. E depois do almoço, passadas algumas horas comíamos então o Bolo de Reis. Já escrevi aqui no blog sobre esse bolo [Bolo de Reis ] que tinhas prendas dentro que previam o futuro.
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Eis como o escritor católico, Sr. Ângelo Antônio Dallegrave, descreve a cena memorável:
“Melchior, venerável por sua velhice, ofereceu o ouro, reconhecendo Jesus como seu único Soberano e Senhor; Gaspar que segundo a tradição era o mais jovem, apresentou ao Menino incenso, porque viu na criança o Verbo Eterno que se fez homem e habitou entre nós; Baltasar ofertou-lhe mirra, porque, reconhecendo no Divino Infante, o Eterno, sabia igualmente, que Jesus viera ao Mundo, se fizera homem, nosso irmão pela carne, menos no pecado, para por nós morrer.”
Em torno da figuras tradicionais dos Reis Magos e dos presentes por eles oferecidos ao Menino, tecem os escritores cristãos as mais incríveis fantasias. Vamos transcrever pequeno trecho do historiador, Sr. Hermes Vieira:
“Representando a cultura máxima do tempo dos Reis Magos, ao presentearem Jesus, deram uma grande lição à Humanidade. Baltasar, que era preto, e viera da África, ofereceu-lhe a mirra que simbolizava a Mortificação; Gaspar, que tinha os olhos longos e a barba fina como um cavalheiro da Arábia, doou-lhe o incenso, que significava a Oração; e Melchior, que era velho e já possuía uma longa barba cor de neve, deu-lhe o Ouro, traduzindo com este gesto o desprendimento das coisas da Terra.”
Outra referência ao simbolismo das três dádivas encontramos no livro Os Quatro Evangelhos, do eminente pregador Padre Lincoln Ramos. Eis o que nos ensina esse sacerdote:
“Entregaram os Magus a Jesus o que mais precioso haviam trazido de sua pátria sem se impressionarem com a pobreza do lugar e das pessoas. Atribui-se belo simbolismo às três dádivas: pelo ouro homenagearam Jesus como Rei; pelo incenso e pela mirra, reconheceram-no como deus e como homem. O incenso se oferece a Deus nos altares; com a mirra — resina aromática — eram embalsamados os cadáveres e purificadas as mortalhas que os envolviam.”
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Em: A Estrela dos Reis Magos, Malba Tahan, São Paulo, Saraiva: s/d
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Enrico Bianco (Itállia/Brasil, 1918)
óleo sobre cartão colado em madeira, 59 x 95 cm
Coleção Particular
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Theobaldo Miranda Santos
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Chamam-se reisados as festas populares que se realizam na véspera de Reis. Tiveram início na Bahia, passando-se, depois, para outros estados do Brasil, inclusive São Paulo. Essas festividades tradicionais tomaram aspectos diferentes nas diversas regiões do nosso país.
Assim, em certos lugares, os reisados assumem a forma de ternos, isto é, de grupos de pessoas, fantasiadas de pastores, acompanhadas de tocadores de flautas, violões e pandeiros. Depois de visitarem o presépio da igreja local, dirigem-se às casas previamente avisadas, que se conservam inteiramente fechadas. Chegando a essas casas, cantam:
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Vinde abrir a vossa porta,
Se quereis ouvir cantar;
Acordai, se estais dormindo,
Que nó viemos festejar!
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Os três reis de longes terras
Vieram ver o Messias,
Desejado há tanto tempo
De todas as profecias.
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Abrem-se as portas e janelas. O cortejo entre na casa e começa a adoração do Deus Menino no presépio armado na sala. Cada pessoa prosta-se, reverente, diante do presépio e entoa uma quadrinha.
Em todos os lugares, o reisado tem a forma de rancho da burrinha ou de rancho do boi, também chamado bumba-meu-boi. No rancho da burrinha, um dos membros do cortejo ata à cintura uma armação com cara de burro, simulando estar montado.
No bumba-meu-boi, mais usado entre os sertanejos paulistas, a figura central do cortejo é um boi, grosseiramente imitado, na pele do qual se oculta um rapaz, que executa uma dança característica. Em certas localidades de São Paulo, os reisados se compõem apenas de grupos de músicos e cantores que visitam as casas onde há presépios armados e onde são recebidos com doces e bebidas.
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Em: Terra Bandeirante, 4º ano — pequena antologia sobre a terra, o homem e a cultura do estado de São Paulo, Theobaldo Miranda Santos, Rio de Janeiro, Agir:1954
O bolo de reis ou Epifania, 1774
Jean–Baptiste Greuze (França, 1725-1805)
Óleo sobre tela, 71 x 92 cm
Musée de Fabre, Montpellier
O Natal é uma época que sempre me traz nostalgia. Há a nostalgia pelo existiu brevemente – ou seja, a nostalgia de um dia ter podido acreditar na lenda natalina do Papai Noel; há a nostalgia do que nunca existiu — um período de paz e beatitude — que existe só no coração das crianças pequeninas. E há também no meu caso, a nostalgia, dos cheiros de Natal, das comidas de Natal, da cozinha natalina.
Minha avó materna era carioca da gema, nascida no finalzinho do século XIX. Mas era por sua vez neta e bisneta de portugueses de Viana do Castelo e de galegos de região de Vigo. E muitas das nossas tradições de família vêm por intermédio dela. Depois que ficou viúva, vovó Albina veio morar conosco. E para mim o Natal nunca foi o mesmo desde que ela não pode mais orquestrar o cardápio natalino. O Natal na nossa casa tinha cheiro de festa, sabores esdrúxulos das frutas secas e das cerejas frescas, tinha peru com pêssegos no Natal, [nunca tivemos bacalhau que eu me lembre], devorávamos os sonhos fresquinhos recheados com geléia e as rabanadas com bastante açúcar e canela, que eram sempre mais gostosas quando já eram “dormidas”. No Ano Novo tínhamos presunto com rodelas de abacaxi fritas, salada de maionese que também se chamava salada russa, tudo com complementos brasileiríssimos tais como farofa e arroz. E finalmente o nosso Natal terminava com O Bolo De Reis, que adorávamos porque além de gostoso, trazia 4 prendas dentro dele e prognosticava o ano que se iniciava.
O Bolo de Reis era uma das grandes especialidades de vovó Albina, que começava cedo a sua preparação porque este bolo não era feito com o fermento comum, mas com o fermento “de padaria” — aquele que a gente precisa misturar com água quente e depois colocar a massa num lugar sem vento (dentro do forno apagado) e deixar o tempo se encarregar de dobrar o tamanho da massa como se por milagre! O Bolo de Reis levava quatro prendas todas de metal: um dedal (trabalho duro), uma aliança (casamento a vista), uma cruz (pagar pecados) e uma medalha de São Cristóvão (viagens próximas). Lá em casa, com meu pai cientista, sempre tivemos muito cuidado com a higiene. Então, estas prendas eram colocadas na água e lá as deixávamos fervendo até que vovó estivesse pronta para colocá-las na massa do bolo e com este gesto tão simples ajudar a desenhar o futuro de quem tirasse cada brinde no dia 6 de janeiro. O Bolo de Reis levava muitas coisas crocantes além das partes metálicas mencionadas acima: figos, peras cristalizadas, passas, pinhões, nozes, e uma dezena de outras coisas de que já não me lembro, mas que certamente ajudavam a fechar com chave de ouro o período natalino.
Até hoje procuro uma receita deste Bolo de Reis que possa duplicar a deliciosa sensação de comê-lo além da ansiedade da previsão de um futuro como imaginávamos. Tenho procurado há anos uma receita que duplique para mim este gosto do Natal. Mas por mais que o faça, não a consegui ainda. Às vezes acho que minha avó ia colocando coisas a mais, fora da receita, mas ultimamente me pergunto se não é só a minha saudade, a nostalgia de uma infância segura e feliz que não consigo duplicar. Hoje, já não há mais razão para que eu faça um Bolo de Reis. A maioria das pessoas à minha volta não tem idéia daquilo a que me refiro. Que pena! Não sabem o que perdem!
©Ladyce West, Rio de Janeiro: 2009
Altar da Adoração dos Reis Magos, 1420-23
Gentile da Fabriano (Itália, 1370 – 1427)
Têmpera sobre madeira, 203 x 282 cm
Uffizi, Florença
[nota: abaixo três predellas , contam a vida anterior e posterior à cena retratada. Da esquerda para a direira: O nascimento de Jesus Cristo, A fuga para o Egito e à direita, A apresentação no templo e circuncisão]
Por vezes falarei aqui neste blog sobre religiões. Não necessariamente porque estou advogando uma específica, mas simplesmente porque muito do que fazemos e vemos no nosso dia a dia, muito do que pensamos e como pensamos, está direta ou indiretamente relacionado às religiões que formaram a cultura brasileira. Como historiadora da arte, para mim foi sempre essencial saber em que meio, em que cultura um quadro, uma escultura, um altar, uma imagem litúrgica teria sido feita para poder entender o porquê de certos detalhes. Assim como mencionei a festa judaica, o Festival de Luzes, em dezembro de 2008, hoje venho pensando no Natal, e nas festividades que estão aos poucos desaparecendo.
Hoje é dia 6 de janeiro, Dia de Reis, ou Dia dos Reis Magos. Atualmente quando falamos de magos há três imagens que nos vêm à memória, sem relação ao dia de hoje. 1 – pensamos em Paulo Coelho; 2 – pensamos na obra de Tolkien, O senhor dos anéis, 3 – pensamos na obra de J K Rolling, Harry Potter. Quase nenhuma criança, adolescente, jovem ou adulto se lembra primeiro de Gaspar, Belquior, e Baltazar, os reis que seguiram a estrela de Natal e levaram presentes para o bebê nascido na manjedoura.
O Dia de Reis é o décimo-segundo dia de Natal. E ainda é celebrado em muitas partes do mundo, em lugares onde a tradição da Igreja Ortodoxa grega impera, [aquela que é herdeira e mantenedora das tradições religiosas depois da Queda do Império Romano]. É nela que é no dia de hoje, lembrando os presentes dados pelos reis magos a Jesus, as pessoas trocam presentes de Natal.
Quando morei nos EUA fiquei surpresa de ouvir a grande maioria dos americanos cantando uma conhecida cantiga natalina, chamada The Twelve Days of Christmas, — os doze dias de Natal – sem terem a menor noção de que esses 12 dias se referem ao período do dia 25 ao dia 6 de janeiro. Não sabem também que a letra desta conhecida canção traz muitas referências à história da igreja católica na Grã-Bretanha. É por causa deste simbolismo dos 12 dias de Natal que tradicionalmente nós nos desfazemos dos nossos enfeites natalinos, inclusive da árvore de Natal, só depois do dia 6 de janeiro. No entanto, nos EUA, ao invés, as pessoas se desfazem de suas árvores de Natal no dia 31 de dezembro e no sul do país, onde morei por muitos anos, a tradição oral é: manter a árvore montada depois do dia primeiro traz má sorte. Esta atitude sempre me surpreendeu porque aquele é um país cristão e bastante religioso. Mas lá, já se perdeu a noção dos 12 dias do Natal.
Então, vejamos o que a canção natalina a que me referi realmente diz:
The Twelve Days of Christmas
On the first day of Christmas,
my true love sent to me
A partridge in a pear tree.
On the second day of Christmas,
my true love sent to me
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the third day of Christmas,
my true love sent to me
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the fourth day of Christmas,
my true love sent to me
Four calling birds,
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the fifth day of Christmas,
my true love sent to me
Five golden rings,
Four calling birds,
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the sixth day of Christmas,
my true love sent to me
Six geese a-laying,
Five golden rings,
Four calling birds,
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the seventh day of Christmas,
my true love sent to me
Seven swans a-swimming,
Six geese a-laying,
Five golden rings,
Four calling birds,
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the eighth day of Christmas,
my true love sent to me
Eight maids a-milking,
Seven swans a-swimming,
Six geese a-laying,
Five golden rings,
Four calling birds,
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the ninth day of Christmas,
my true love sent to me
Nine ladies dancing,
Eight maids a-milking,
Seven swans a-swimming,
Six geese a-laying,
Five golden rings,
Four calling birds,
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the tenth day of Christmas,
my true love sent to me
Ten lords a-leaping,
Nine ladies dancing,
Eight maids a-milking,
Seven swans a-swimming,
Six geese a-laying,
Five golden rings,
Four calling birds,
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the eleventh day of Christmas,
my true love sent to me
Eleven pipers piping,
Ten lords a-leaping,
Nine ladies dancing,
Eight maids a-milking,
Seven swans a-swimming,
Six geese a-laying,
Five golden rings,
Four calling birds,
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the twelfth day of Christmas,
my true love sent to me
Twelve drummers drumming,
Eleven pipers piping,
Ten lords a-leaping,
Nine ladies dancing,
Eight maids a-milking,
Seven swans a-swimming,
Six geese a-laying,
Five golden rings,
Four calling birds,
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree!
No 1º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Uma perdiz em uma pereira
No 2º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Duas rolinhas
No 3º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Três galinhas francesas
No 4º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Quatro pássaros
No 5º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Cinco sinos
No 6º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Seis gansos
No 7º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Sete cisnes
No 8º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Oito jovens que ordenham
No 9º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Nove senhoras dançando
No 10º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Dez senhores saltadores
No 11º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Onze flautistas tocando
No 12º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Doze tocadores de tambor tocando-os
Esta letra vem do tempo em que a Inglaterra proibia a religião católica [1558-1829] e católicos ingleses e irlandeses precisavam achar uma maneira de passar para seus filhos os aprendizados religiosos. Tornaram-se então grandes especialistas em simbologia – assim como nós no Brasil da ditadura militar do século passado, passamos a falar em código sobre muito do que era proibido pelo governo. Então, voltando à Inglaterra, esta canção é ao mesmo tempo uma canção natalina e um trava-linguas, uma brincadeira infantil que pretende seduzir as crianças em aprenderem esta simbologia muito especial.
Amor verdadeiro = Jesus Cristo
Duas rolinhas: o Novo e o Velho Testamentos
Três galinhas francesas = as virtudes teológicas: Fé, Esperança e Caridade
Quatro pássaros = os quatro evangelhos / os quatro evangelistas
Cinco sinos = Pentateuco ou seja, os cinco primeiros livros do Antigo Testamento, que mostram como o homem perdeu o Paraíso
Seis gansos = Seis dias da Criação
Sete cisnes = sete sacramentos
Oito jovens que ordenham = oito beatitudes
Nove senhoras dançando = nove frutos do Espírito Santo: alegria, amor, auto-controle, bondade, fidelidade, docilidade, nobreza de sentimentos, paciência, paz.
Dez senhores salteadores = dez mandamentos
Onze flautistas = onze fiéis discípulos
Doze Tocadores de tambor = doze pontos de fé do Credo dos Apóstolos
Lembrando os doze pontos de fé do Credo:
1. CREIO em — Deus Pai Todo-poderoso, Criador dos Céus e da terra.
2. E em Jesus Cristo, o seu único Filho, o nosso Senhor;
3. que foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu da virgem Maria;
4. padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado;
5. desceu aos inferno, e ao terceiro dia ressuscitou dentre os mortos;
6. subiu ao céu e está assentado a direita de Deus Pai Todo-poderoso;
7. dali virá para julgar os vivos e os mortos.
8. Creio no Espírito Santo;
9. na santa Igreja católica, a comunhão dos santos;
10. o perdão dos pecados;
11. a ressurreição do corpo
12. e a vida eterna. Amém.”
Neste Natal que passou cheguei a ouvir algumas vezes esta canção (muito repetitiva e enfadonha) por aí, nas lojas que pretendem ser mais sofisticadas.
Feliz Dia de Reis!
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Nota sobre o altar de Gentile da Fabriano: Na minha opinião, este não é só o mais belo altar retratando a Adoração dos Reis Magos do estilo Gótico Internacional, mas talvez o mais belo que conheço, de todos os retábulos representando a Adoração do Reis Magos (são muitos) do período da Renascença e do Barroco europeus.