Um tesouro com 52.500 moedas romanas! Que descoberta!

30 07 2010

Um passatempo rendoso foi o que o caçador de tesouros inglês, Dave Crisp, descobriu quando encontrou, na Inglaterra, cerca de 52.500 moedas romanas, datando do século III: uma das maiores descobertas de todos os tempos na Grã-Bretanha.   O tesouro, encontrado em Abril e só agora trazido ao público, foi transferido para o Museu Britânico, em Londres, onde as moedas foram limpas e registradas, este trabalho foi feito em dois meses e representou cerca de 400 horas de trabalho para a equipe conservador.  No total seu valor deve chegar a £3.300.000 (R$ 9.075.000 ) e inclui centenas de moedas – a maioria de prata baixa ou bronze —  com a imagem de Marcus Aurelius Carausius,  imperador romano que invadiu e tomou possessão das terras na Grã-Bretanha e ao norte da França no terceiro século da nossa era.  Os arqueólogos que tiveram acesso ao achado acreditam que o tesouro, que lança luz sobre a crise econômica e coalizão do governo no século III e que ajudará a reescrever a história nos livros.

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Dave Crisp, um chefe de cozinha de um hospital local, e caçador de tesouros por passatempo,  usando um detector de metal localizou as moedas em abril, num campo próximo a Frome, Somerset,  na região sudoeste da Inglaterra.   As moedas haviam sido enterradas em uma grande jarra — um tipo de recipiente, normalmente usado para armazenar comida  — numa profundidade de aproximadamente 30 centímetros.  E o tesouro pesa cerca de 160 kg ao todo.  Crisp  disse que recebeu um sinal de estranho em seu detector de metais o que o levou a começar a cavar.

 

Eu coloquei minha mão dentro, tirei um pouquinho de barro e com ele veio uma pequena moeda romana de bronze – muito, muito pequeno, do tamanho da minha unha“, disse Crisp. Ele retirou cerca de 20 moedas antes de descobrir que eles estavam em um pote e, então,  percebeu que precisava de ajuda arqueológica.  “Contatei o responsável local da Divisão de Achados Históricos.   Ao longo dos anos já tive muitos achados, mas este é o meu primeiro tesouro de moedas, e foi uma experiência fascinante participar nas escavações”.

Dave Crisp fez a coisa certa.  Não tentou escavar o tesouro sozinho.  “Resistindo à tentação de desenterrar as moedas o Sr. Crisp permitiu aos arqueólogos do Somerset County Council escavarem cuidadosamente a jarra e seu conteúdo, garantindo a preservação de provas importantes sobre as circunstâncias do seu enterro”, disse Anna Booth, Liaison de Achados do Conselho de Somerset.

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Por causa do peso das moedas e da fragilidade da panela em que foram enterradas, o pote deve ter sido enterrado no chão antes das moedas. E ela foram então colocadas dentro dele. Isso sugere que esse tesouro não foi enterrado porque seu dono estava preocupado com uma ameaça de invasão, e  queria encontrar um lugar seguro para guardar suas riquezas, com a intenção de recuperá-lo mais tarde, em  tempos mais pacíficos.  A única maneira que alguém poderia ter recuperado este tesouro seria quebrando o pote e escavando as moedas para fora dele.  Isso teria sido difícil.  Se essa tivesse sido a intenção, então eles teriam enterrado suas moedas em recipientes pequenos, que seriam mais fáceis de se recuperar.  Pensa-se, portanto, que é mais provável que a pessoa (ou pessoas) que enterrou o tesouro confiado não tinha a intenção de voltar e recuperá-lo mais tarde.  Talvez tenha sido uma oferta de alguma comunidade agrícola para uma boa colheita ou por um clima favorável.

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As moedas foram divididas em 67 grupos.  Cada um desses grupos foi lavado e classificado em separado e, como resultado, sabe-se, hoje, que a grande maioria (85 por cento) das moedas de Carausius, as últimas moedas no tesouro, estava em uma única camada.   Isso dá uma fascinante visão sobre como as moedas foram colocadas na jarra, como um conjunto de moedas de Carausius deve ter sido derrubado, panela abaixo e permanece separado  do resto das moedas.

O condado já iniciou um inquérito, quinta-feira, para determinar se o achado está sujeito à lei do Tesouro, um passo formal para a determinação de um preço a ser pago por qualquer instituição que deseje adquirir o tesouro.   O tesouro é um dos maiores já encontrados na Grã-Bretanha, e irá revelar mais sobre a história da nação no século III, disse Roger Bland, chefe de Antiguidades portáteis do Museu Britânico. A descoberta inclui 766 moedas com a imagem do general romano Marco Aurélio Carausius, que governou a Grã-Bretanha, em governo independente, de 286 aC a 293 dC .   Foi ele o imperador romano que governou o país até ser assassinado em 293. “O terceiro século dC, foi um momento em que a Grã-Bretanha sofreu invasões bárbaras, crises econômicas e guerras civis“, disse Bland.

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Roger Bland disse:  “Achamos que quem enterrou essa jarra não tinha a intenção de voltar a recuperá-la. Podemos apenas imaginar por que alguém enterraria o tesouro: poderia ser algumas economia, ou o temor de uma invasão, talvez fosse uma oferenda aos deuses.”   O domínio romano foi finalmente estabilizado quando o imperador Diocleciano formou uma coalizão com o imperador Maximiano, que durou 20 anos. Isso derrotou o regime separatista que tinha sido estabelecida na Grã-Bretanha por Carausius.

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Esta descoberta nos traz a oportunidade de colocar Carausius no mapa escolar das crianças. Todos no país estudam sobre a Bretanha Romana há décadas, mas nunca ensinamos nada sobre Carausius,  nosso imperador britânico, perdido.”   A descoberta de moedas romanas se seguiu a uma descoberta feita no ano passado, de um tesouro de moedas anglo-saxãs na região central da Inglaterra, que ficou conhecido como o tesouro de Staffordshire  e que teve mais de 1.500 objetos, a maioria feita de ouro. 

 

 

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Este artigo foi baseado em 3 diferentes publicações na internet:

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Associated PressCNN, History of the Ancient World.

 

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Se você entende inglês, veja o vídeo abaixo com fotos e uma entrevista com Dave Crisp numa das rádios inglesas.

 






A civilização amazônica desconhecida

3 07 2010

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A lenda de cidades perdidas na Amazônia  atraiu legiões de exploradores e aventureiros à morte na maior floresta tropical do mundo: haveria um antigo império de cidadelas e tesouros ocultos nas profundezas da selva amazônica?  Conquistadores espanhóis se aventuraram na floresta buscando fortuna e foram seguidos ao longo dos séculos por outros, convencidos de que descobririam uma civilização perdida tão importante quanto a Asteca e a Inca. Alguns chamaram  este local imaginário de El Dorado, outros, de Cidade de Z.

Mas a selva os engoliu e nada foi encontrado.  Passou-se a imaginar que era um mito.   A Amazônia era inóspita demais, diziam estudiosos do século XX, para permitir grandes assentamentos humanos.  Mas quem sonhava  estava certo.  Novas imagens de satélite e outras feitas de avião, revelaram mais de 200 enormes construções geométricas escavadas na Bacia Amazônica Superior, perto da fronteira do Brasil com a Bolívia.

Espalhados por 248 quilômetros, há círculos, quadrados e outras formas geométricas que  formam uma rede de avenidas, valetas e recintos construídos,  muito antes da chegada de Cristóvão Colombo à  América.   Algumas dessas construções datam de 200 a. C., outras são bem mais tardias, do final do século XIII da nossa era.  Os cientistas que as mapearam acreditam que pode haver outras 2.000 construções escondidas embaixo das árvores.

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As estruturas descobertas  pelo desmatamento mostram uma “sofisticada sociedade pré-colombiana construtora de monumentos“, de acordo com a revista Antiquity, onde os autores lembram que “esse povo até agora desconhecido construiu fortificações com um plano geométrico preciso, conectadas por estradas ortogonais retas.”  Chamadas de geóglifos, as figuras estendem-se por uma região de mais de 250 quilômetros e compõem uma rede de trincheiras com 11 metros de largura e barrancos de 1 metro. Acredita-se que eram usadas como fortificações, moradias e para cerimônias. Poderiam ter abrigado um média de 60 mil pessoas.

Essas descobertas demoliram idéias de que os solos da Amazônia eram muito pobres para sustentar uma agricultura extensiva, diz Denise Schaan, co-autora do estudo e antropóloga da Universidade Federal do Pará. Ela disse à revista americana National Geographic que “há muito mais para se descobrir nesses locais. Toda semana achamos novas estruturas.” Muitos dos montes encontrados são de grande simetria e se encontram  inclinados para o norte.  Uma das suposições é de que tenham um possível significado astronômico.

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Geóglifo na Fazenda Atlântica, na BR 364

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As primeiras formas geométricas foram achadas em 1999. Outras descobertas, que foram feitas na região do Xingu, mostram aldeias interligadas conhecidas como “cidades jardins“, com casas e fossos. “As revelações estão explodindo nossas percepções sobre como as Américas realmente eram antes da chegada de Colombo“, diz David Grann, autor de The Lost City of Z. [ A cidade perdida de Z.] E também vingam Percy Fawcett, o britânico que liderou uma expedição para encontrar a Cidade de Z e desapareceu, no percurso.  Todas essas novas descobertas deixam vislumbrar o que poderia ter sido uma civilização antiga ainda desconhecida.   Há quase 260 avenidas, caminhos e barreiras descobertas ao longo da fronteira entre o Brasil e a Bolívia. 

Isso vai em completa oposição à tradicional visão da bacia Amazônica antes da chegada dos europeus por aqui: não havia cidades como as encontradas pelos espanhóis no território Inca.    Agora a grande dúvida, que divide os especialistas,  é saber se os geóglifos e as cidades jardim estão interligados.   Os geóglifos são formados por canais – fossos — cavados de 11 metros de largura e 1 ou 2 metros de profundidade.    E os círculos que eles formam vão de 90 a 300 metros de circunferência.   A idade precisa das suas construções ainda é muito vaga.  Acredita-se que eles tenham sido construídos num período de 700 anos, de 2000 anos atrás até mais ou menos o século XIII. 

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Vista aérea de um geóglifo ao lado de uma estrada.

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Algumas escavações  já trouxeram resultados inesperados, entre eles, cerâmicas e outros sinais de habitações humanas.  Mas estes artefatos só  aparecem em alguns locais e não em outros.  Isso talvez deva ser visto como um indício de que esses locais teriam tido um papel cerimonial.  Pensa-se também em defesa, no entanto estruturas de defesa não necessitam ser construídas com a precisão geométrica apresentada aqui.   Para defesa, escavações em barreiras,  trincheiras ou fossos, não precisam do detalhe de planejamento matemático que estes círculos de demonstram.    E,  já que muitas dessas estruturas estão orientadas para o norte é mais provável ainda que tenham algum significado astronômico.

O certo é que a maioria das grandes civilizações da antiguidade estava enraizada ao longo de um rio importante.  E por causa da densidade da floresta amazônica, este simples fator, comum a quase todas as outras civilizações, foi ignorado.  E no entanto, por que não teriam sido as margens do Amazonas fonte de desenvolvimento para os povos da América do Sul?   

Não há evidência alguma de construções piramidais ou de uma língua escrita desenvolvida  por essa sociedade que construiu os  geóglifos amazônicos.  Mas a intervenção na paisagem, no meio ambiente, através de  construção de fossos e de construções circulares ou quadradas, mostram que este povo era sedentário, que fazia planos, que projetava suas idéias para um futuro longínquo – uma construção dessas não se faz de um dia para o outro — e que era uma sociedade estabelecida na terra, e não formada por tribos nômades.    

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Apesar da proximidade de algumas aldeias Incas a 200 km a oeste dos geóglifos não foram achados ainda nenhum objeto Inca ou de influência Inca no local.   E ainda, esses geóglifos não parecem ter qualquer afinidade com os geóglifos encontrados no Peru, de origem Nazca. 

Para a maioria dos especialistas em estudos andinos e civilizações pré-colombianas, estas descobertas são simplesmente o que há na superfície.    Com o tempo muitas outras descobertas virão, pois os indícios são de que havia um grande número de pessoas no local vivendo de maneira bastante organizada.   Mas isso só o tempo comprovará.

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Fontes: EstadãoA blog about history, The Guardian.





Mais 45 tumbas egícias descobertas em Al Lahun

26 05 2010

 

Uma equipe de arqueólogos egípcios descobriu um conjunto de 45 túmulos que preservam suas múmias em bom estado e pertencentes a diferentes épocas faraônicas, na região de Al Fayoum, a 100km sudoeste do Cairo. O túmulos foram descobertos em um sítio arqueológico conhecido como Al Lahun onde está a pirâmide que é conhecida como Pirâmide de Al- Lahun ou Pirâmide de Sesostris  II, do período  de 1938 a 1630 aC.    No entanto, as pesquisas e descobertas feitas neste sítio arqueológico no século XXI mostram que este local foi também um importante centro num período ainda mais antigo da civilização egípcia  de 2925 a 2575 aC.

As 45 múmias encontradas  estão em ótimas condições e ainda preservam suas bandagens decoradas com passagens religiosas com cenas do Livro dos Mortos representando diversos deusas do antigo Egito:Horus, Hator, Knum e Amon .  Durante a excavação 4 cemitérios foram descobertos.  Os cemitérios relativos às primeira e segunda dinastias continham 14 tumbas, uma das quais estava ainda completamente intacta, com um sarcófago de madeira contendo uma múmia embrulada em linho.  Os outros dois cemitérios continham 31 tumbas na maioria pertencentes as XI e XII dinastias.

Além disso os arqueólogos encontraram os quatro cantos do templo do Rei Senusret II, quatro poços em que estavam uma grande coleção de cerâmicas.  No ano passado o mesmo grupo de arqueólogos trouxe à tona uma necrópolis com 53 tumbas excavadas na pedra.





Prêmio Príncipe de Astúrias: Guerreiros de Xi’An

20 05 2010

A equipe arqueológica dos Guerreiros e Cavalos de Terracota do Mausoléu de Qinshihuang em Xi’an levou o Prêmio Príncipe de Astúrias de Ciências Sociais 2010, informou o júri nesta quarta-feira.  Considerada uma das descobertas arqueológicas mais importantes do século XX, os Guerreiros de Terracota, também conhecidos como Guerreiros de Xi’an, “são uma fonte de informação de extraordinária riqueza sobre a civilização chinesa“, argumentou o júri.

Descobertos em 1974 e declarados Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1987, os Guerreiros de Xi’an fazem parte do mausoléu funerário de Qinshihuang (que governou de 221 a 207 a.C.).  Ele foi o primeiro imperador que unificou os territórios da China e fundou a dinastia Qin.

 

Em julho do ano passado, mais cem guerreiros foram encontrados.  Arqueólogos chineses descobriram estes outros 100 guerreiros de terracota, um soldado de argila, em tamanho natural e quatro tanques de guerra.   As escavações fazem parte de um esforço arqueológico desenvolvido pelo Instituto de Arqueologia de Shaanxi  no últimos 24 anos — com algumas interrupções — na cidade de Xian, no centro do país.  

A primeira escavação começou em 1978 e terminou em 1984 e 1.087 figuras foram encontradas. A segunda foi realizada em 1985, mas foram suspendidas por razões técnicas. Os Guerreiros de Terracota fazem parte do mausoléu construído em homenagem à morte do primeiro imperador chinês, Qin Shihuang (259 a 210 a.C.).  Na crença de que precisaria de um exército e demais componentes numa outra vida o imperador foi enterrado com um exército de guerreiros de mais de oito mil figuras de soldados, músicos, concubinas, oficiais e cavalos em tamanho natural. O exército de 2 mil anos é considerado pelos pesquisadores como um dos achados arqueológicos mais importantes do mundo e uma das principais atrações da China.

As relíquias foram descobertas por acaso por camponeses, em 1974, e, desde então, se transformaram em uma das maiores atrações turísticas da China.





Descoberta especial: um super-predador em solo brasileiro

14 05 2010

Foto: Ulbra

A Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) apresentou na segunda-feira próxima passada, um fóssil quase completo de um superpredador, o tecodonte Prestosuchus chiniquensis , no município de Dona Francisca, no Rio Grande do Sul. Segundo a universidade, o animal viveu no período Triássico (há aproximadamente 238 milhões de anos) e é um ancestral dos dinossauros.   O fóssil foi achado há cerca de 30 dias após chuvas que expuseram parte do material.  Segundo universidade, os tecodontes eram um grupo de répteis ancestral aos dinossauros e também às aves.

O animal, segundo os pesquisadores, deveria ter aproximadamente 7 m de comprimento e pesar cerca de 900 kg. “Este é o maior esqueleto e em melhor estado de conservação já encontrado. (…) Esse achado tem enorme importância, com repercussão internacional, porque o conjunto completo pode nos dar informações amplas sobre este animal. Há diversos achados espalhados que se julga serem partes de prestosuchus. Agora, com todos os ossos, podemos certificar que realmente são desse tecodonte“, disse o paleontólogo Sérgio Cabreira.

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De fato a descoberta desse fóssil quase completo atraiu a atenção internacional.   Segundo o paleontólogo Sérgio Cabreira, responsável pelo achado, a imprensa internacional não está acostumada com trabalhos na América do Sul. Países como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, defendem a sua própria cultura científica. “Aí, nesse conjunto, nós, brasileiros aqui do Sul, descobrimos algo completo com estruturas que não haviam sido encontradas antes. Isso mexe com o contexto“, afirma. De acordo em ele, o Brasil está em ascensão no cenário internacional e já é visto com respeito. “Não precisamos mais de suporte externo, temos estrutura.”

O pesquisador ressalta também que essa região do município de Dona Francisca é um dos sítios de fósseis mais importantes do mundo. “A área explorada ainda é pequena. Quando o processo de pesquisa for formatado realmente, nós vamos encontrar dezenas de fósseis“.

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A descoberta reflete um trabalho de seis anos de projeto, conta Sérgio Cabreira. “Temos feito vários achados de material na área. Há três anos, encontramos neste mesmo local, duas vértebras muito grandes desse Arcossauro. Nessa oportunidade, eu já tinha uma ideia do belo material que estava para encontrar. A erosão expôs uma margem do material e o limpamos. Entendemos que se travava de algo importante“, afirmou.    Ele também  acredita que esse animal tenha sido soterrado por  uma enchente poucos dias após a sua morte. “Encontramos um fóssil com crânio, coluna cervical, cauda, em excelente estado de preservação. O fóssil fala por ele mesmo.” Depois da divulgação das imagens, paleontólogos de diversas regiões visitaram o local.   O Prestosuchus chiniquensis representa o grupo dos primeiros arcossauros que atingiram um grande tamanho. “Não conseguiremos entender esse frisson da imprensa internacional se não olharmos para o cenário científico“, explicou referindo-se a todas as implicações históricas, científicas e sociais do trabalho.

Existem leis que regem o patrimônio científico brasileiro. A divulgação das descobertas é essencial para criar uma guarda em torno desse patrimônio, segundo o paleontólogo. “Devemos expor esse material para disseminar a conquista de todos os brasileiros. Além disso, o fato permite com que a sociedade e os políticos tomem providências para o aproveitamento e cercamento de áreas.”

O fóssil do tecodonte Prestosuchus chiniquensis continuará sendo estudado em território nacional. Ele agora entra em um circuito de tratamento, com clima e acondicionamento adequados. Réplicas serão feitas antes que os cientistas possam manusear os fósseis encontrados.  Geralmente essas cópias é que são apreciadas em museus, enquanto a original é utilizada em pesquisas.

Fonte:  Portal Terra





Aqueduto do século XIV encontrado em Israel

13 05 2010

O arqueólogo Yahiel Zelinger mostra parte do aqueduto que foi usado por Jerusalém durante quase 600 anos
Foto: AP

 

Arqueólogos afirmaram nesta terça-feira terem desenterrado um aqueduto do século XIV que abasteceu Jerusalém por aproximadamente 600 anos. Fotografias do século XIX mostram os dominadores otomanos utilizando a estrutura construída em 1320.

O aqueduto foi encontrado durante obras de reparo em um sistema moderno de abastecimento de água. Já que os trabalhos na cidade costumam ser acompanhados por autoridades da arqueologia, os cientistas puderam vislumbrar a estrutura antiga.

Os pesquisadores afirmam ter encontrado duas das nove sessões arqueadas de uma ponte de cerca de 3 m na zona oeste da cidade antiga. De acordo com os arqueólogos, apesar de saberem que o aqueduto existia, encontrá-lo deu um vislumbre do complexo sistema de pontes utilizado por séculos para levar a água a seu destino.

Yehiel Zelinger, chefe da escavação afirma que o primeiro aqueduto da cidade data de 2 mil anos atrás, quando a população começou a buscar água em Belém, a 22 km de distância. O aqueduto encontrado foi substituído durante o período Otomano por canos de metal e então acabou enterrado.

Fonte: Portal Terra





Construtores das pirâmides do Egito, algumas descobertas

9 05 2010

 

Encontradas tumbas de construtores de pirâmides do Egito

Ossada de possível operário de 4 mil anos é encontrada junto as Pirâmides, em El Giza

Foto: AP

Arqueólogos egípcios divulgaram imagens de ossos e de um conjunto de tumbas encontrados nas proximidades das pirâmides de Khufu e Khafre em El Giza, no Egito. Os pesquisadores afirmam que os ossos eram dos trabalhadores que construíram as pirâmides e que, de acordo com a localização das tumbas, eles não eram escravos, como se acreditava anteriormente. Filmes e a mídia retrataram por muito tempo escravos trabalhando no deserto para construir as gigantescas pirâmides somente para encontrar uma morte miserável no fim de seus esforços, mas esse não parece ter sido o caso.

Essas tumbas foram construídas ao lado da pirâmide do rei, o que indica que essas pessoas não eram de forma alguma escravos“, disse Zahi Hawass, arqueólogo-chefe que lidera a equipe de escavação do Egito em entrevista à agência Reuters. “Se fossem escravos, não teriam o direito de construir suas tumbas ao lado da tumba do rei“, completou.

As tumbas encontram-se no planalto de El Giza, na fronteira oeste do Cairo, na entrada de uma necrópole de um quilômetro e meio de comprimento e têm 4.510 anos de existência.   Essas descobertas podem lançar luz sobre a forma como os trabalhadores viviam e comiam na época e podem ser as maiores descobertas arqueológicas do século XXI.  

Foto: Reuters
Trabalhadores atravessam local onde uma nova coleção de tumbas foi encontrada ao lado da pirâmide de Khufu, no dia 11 de janeiro.

O arqueólogo encontrou anteriormente trabalhos de grafite nas paredes por trabalhadores que se denominavam “amigos de Khufu” – mais um indício de que não eram escravos. As tumbas, no planalto de El Giza, na fronteira oeste do Cairo, têm 4.510 anos de existência e se encontram na entrada de uma necrópole de um quilômetro e meio de comprimento.

Hawass disse que havia provas de que fazendeiros no Delta e no Alto Egito enviaram 21 búfalos e 23 ovelhas para o planalto todos os dias para alimentar os trabalhadores, acreditando-se ser 10 mil – cerca de um décimo da estimativa de 100 mil do historiador grego Heródoto. Esses fazendeiros eram isentos de pagar impostos ao governo no antigo Egito – evidência que enfatiza o fato de que estavam participando de um projeto nacional.

A primeira descoberta das tumbas dos trabalhadores em 1990 aconteceu acidentalmente quando um cavalo tropeçou numa estrutura de tijolo há 10 m do local de enterro.

Fontes:  Terra  , Reuters , Terra

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Quase simultaneamente arqueólogos apresentaram um selo de 3 mil anos encontrado no Egito

O selo está escrito em acadiano e foi feito durante o reino da Babilônia, há cerca de 3.750 anos
Foto: EFE

Um fragmento de um selo descoberto ao norte da cidade do Cairo, no Egito, foi apresentado nesta segunda-feira pelo Conselho Superior de Antiguidades do país. A peça foi descoberta por uma delegação de arqueólogos austríacos que trabalhavam na região. Segundo os pesquisadores, o selo está escrito em acadiano e foi feito durante o reino da Babilônia, há cerca de 3.750 anos. A língua acádia foi uma das línguas usadas no período na região da antiga Mesopotâmia.

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Fonte: EFE





O maior cemitério da Espanha pré-histórica

8 05 2010

Hoje, perambulando pela rede descobri esse vídeo das escavações feitas na Espanha, quando descobriram, em meados de Janeiro de 2009, a maior sepultura pré-histórica daquele país.  Não resisti e trouxe para cá, não só o vídeo como a notícia original como apareceu no Portal Terra há um ano e meio atrás.

“Os arqueólogos descobriram perto de Murcia (sudeste) uma sepultura com o maior número de restos humanos jamais encontrados na Espanha, anunciou o governo regional.

O sítio arqueológico “Camino del Molino”, no município de Caravaca de la Cruz, contém pelo menos 1,3 mil indivíduos enterrados em torno do ano 2400 a.C. até 1950 a.C, segundo comunicado da prefeitura de Murcia.

Segundo a secretaria regional de Cultura e Turismo, trata-se do sítio pré-histórico com o maior número de corpos já encontrado.

A descoberta desta jazida permitirá estudar a população completa de um habitat pré-histórico dessas dimensões, analisando as questões relacionadas a idade da morte, doenças, dietas e diferentes traços antropométricos”.

Fonte: Portal Terra





Tesouro do século XVI encontrado na Alemanha

29 04 2010

Foto: EFE  — Uma latrina cheia de moedas de prata foi encontrada em Greifswald.
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Durante uma escavação em um sítio arqueológico na cidade de Greifswald, na Alemanha, cientistas encontraram dezenas de moedas de prata datadas do século XIV. O valioso tesouro estava escondido em uma latrina de madeira.

As moedas foram consideradas o maior tesouro encontrado na região nos últimos 20 anos.





Casa de 8.000 anos em Israel

5 04 2010

Arqueólogos encontram casa de 8 mil anos em Israel.  FOTO: EFE

Com as construções retomadas na Faixa de Gaza, e a controvérsia atual das novas edificações em Jerusalem, veio-me a lembrança que em janeiro deste ano, arqueólogos haviam encontrado uma casa construída há cerca de 8 mil anos, em Tel-Aviv.  Será que daqui a 8.000 anos, as contruções de hoje poderão ser descobertas? 

Arqueólogos divulgaram imagens da casa mais antiga já encontrada na cidade de Tel Aviv, em Israel. A residência, que foi construída há oito mil anos, foi descoberta em recentes escavações em um sítio arqueológico na cidade.

A casa encontrava-se em uma região onde hoje fica um dos bairros mais sofisticados de Tel Aviv e onde, curiosamente, também foram encontrados restos de um hipopótamo que viveu na mesma época em que a construção foi realizada.

Fonte: TERRA