
Ilustração: Maurício de Souza
Está na hora de prestar atenção ao relógio.
Preparar-se para uma mudança: atrasar o relógio de uma hora.
Acabou hoje o horário de verão.
Não se esqueçam!

Ilustração: Maurício de Souza
Está na hora de prestar atenção ao relógio.
Preparar-se para uma mudança: atrasar o relógio de uma hora.
Acabou hoje o horário de verão.
Não se esqueçam!

Depois que Barack Obama foi eleito presidente dos EUA fala-se de empregos verdes, de contribuição ao meio ambiente, com muito mais frequência naquele país do que durante os anos dedicados a George Bush.
Soube de uma idéia interessante hoje, através do programa Morning Edition, da National Public Radio de Washignton DC, que revelou que a Virgin America, uma das companhias aéreas americanas, inaugurou uma nova maneira de fazer seu impacto positivo num mundo de equilíbrio ambiental. Veja aqui o artigo de Ben Bergman no site da NPR.
Com a população mundial cada vez mais preocupada com a pegada de carbono que cada um de nós deixa no meio ambiente a linha aérea teve a boa idéia de oferecer aos passageiros, que usam seus vôos de um lado ao outro do país, a oportunidade de comprar créditos de carbono dali mesmo de seus lugares na aeronave. A companhia aérea recebe o dinheiro e o passa para dois projetos ambientais na Califórnia. Até agora, só 1% dos passageiros usaram esta maneira de desanuviar suas consciências.
Mas antes que os críticos venham dizer 1) que isso é só propaganda ou 2) que é muito pouco a ser feito quando se necessita de um esforço muito maior, é bom lembrarmos que o programa da UNICEF — Change for good, que se apóia num trocadilho muito bom baseado na palavra Change [ trocado e mudança], Trocados para o bem, — é um grande sucesso. Neste programa da UNICEF, nos vôos internacionais de certas companhias, o passageiro recebe um envelope onde, se quiser, deposita aquelas moedinhas que ficaram perdidas no bolso, nos últimos momentos de saída de um país, uma quantia em geral muito pequena para poder fazer câmbio; e um dinheiro que não poderá mais ser usado por aquele passageiro.

Este programa, que é uma parceria entre a UNICEF e a indústria aérea com vôos internacionais, foi criado em 1987. Não tenho comigo os números totais de arrecadação, mas se virmos os números parciais, podemos ter uma idéia:
Cathay Pacific entrou para o programa só em 1991. Do início até 2008 esta linha aérea recolheu aproximadamente 17 milhões de Hong Kong dólares.
British Airways recolheu 30 milhões de dólares em 10 anos entre 1994 e 2004;
Pode ainda parecer pouco dinheiro, mas vejamos o que eles consideram:
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Um Trocado Que Faz Um Mundo De Diferença |
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Sobrevivência Infantil |
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$0.06 |
possibilita um sache de sais de re-hidratação oral para ajudar no combate à desidratação infantil, uma ameaça comum e mortal à vida das crianças, mas que pode ser facilmente evitada. |
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$6 |
garante um mosquiteiro de longa duração, que protege as famílias da malária, responsável pela morte de uma criança na África a cada 30 segundos. |
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$244 |
permite comprar um kit de saúde de emergência com medicação básica, suprimentos médicos e equipamentos para 1.000 pessoas por três meses. |
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Imunização |
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$2 |
permite imunizar 20 crianças contra a difteria, o tétano e a coqueluche |
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$5 |
é o que custa uma caixa de 100 seringas descartáveis, utilizadas durante as campanhas de imunização |
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Proteção Infantil em Emergências |
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$3 |
permite comprar um cobertor de lã grande para proteger a criança do frio durante uma emergência |
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$12 |
permite comprar 20 pacotes de biscoitos altamente energéticos, desenvolvidos especialmente para crianças subnutridas em situações de emergência |
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$101 |
atende a 10 famílias com kits de água básicos familiares, para uso em situações de emergências |
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Combate ao HIV/AIDS |
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$1 |
permite comprar um teste rápido de HIV para o diagnóstico individual para a prevenção à disseminação do vírus |
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$2 |
por dia, é o custo do atendimento a uma criança órfã devido ao HIV/AIDS com serviços essenciais, incluindo educação, saúde, comida e apoio psicológico. |
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$2.50 |
fornece cotrimoxazole para crianças expostas ao HIV por um ano, o que já se mostrou eficaz na redução da mortalidade em até 43%. |
Então é para nos animarmos ao ver uma linha aérea se envolver na Troca de créditos de gás carbônico. Pode parecer pouco, mas como nossos avós já diziam: De grão em grão a galinha enche o papo.
Praça Serzedelo Correia, Copacabana

Tasmânia: estrela do mar em cores brilhantes a 1 km de profundidade
Uma equipe de cientistas australianos e americanos descobriu quase 300 espécies de corais, anêmonas e aranhas marinhas em uma reserva marinha a sudoeste da ilha de Tasmânia, na Austrália.
A equipe fez duas expedições. Cada uma de duas semanas. Elas cobriram tanto a Reserva Marinha Tasman Fracture Commonwealth, reconhecendo o terreno até 4 mil metros de profundidade com um submarino não-tripulado; quanto a Reserva Marinha Huon Commonwealth, de aproximadamente 185km – ou 100 milhas náuticas – da costa da Tasmânia.
Estas reservas marinhas servem de abrigo a muitos recifes de coral. Corais em geral se dão muito bem em montanhas submersas, em geral formadas por vulcões em baixo d’água, que se elevam algumas centenas de metros acima do fundo do mar. Vastos fósseis de coral foram descobertos a menos de 1. 400 metros. Os cientistas acreditam que eles se formaram há mais de 10 mil anos.

Tasmânia, esponja gigante
A expedição, liderada pelos cientistas Jess Adkins do Instituto de Tecnologia da Califórnia e Ron Thresher, do CSIRO da Austrália, encontrou também registros de danos ao meio ambiente.
“Nós também recolhemos dados para avaliar a ameaça representada pela acidificação do oceano e mudança climática nos recifes de coral únicos das profundezas característicos da Austrália“, disse Thresher.
Os pesquisadores afirmaram que há evidências de que recifes de coral mais novos estão morrendo. Segundo Thresher, as causas ainda estão sendo analisadas, mas os fatores podem incluir o aumento da temperatura dos oceanos, o aumento da acidez das águas ou doenças.
Este projeto descobriu um leque enorme de novos seres marítimos que eram até hoje completamente desconhecidos. Ficaram encantados com as novas imagens, principalmente com aquelas mandadas por um submarino não tripulado. Ele explorou uma fenda geológica no fundo do mar, de quase 4 km de extensão, próximo à costa da Tasmânia. Mas o programa só visitou duas das quatorze reservas marinhas da cadeia de reserva marinhas da região. É óbvio que ainda há muito a ser descoberto.
Está mais do que na hora de formarmos no Brasil um maior número de cientistas dedicados às formas de vida do mar.

Ilustração Chris Shafer.
O formigueiro tem muitos diferentes tipos de formigas. As trabalhadoras em geral não se reproduzem para poderem cuidar dos filhotes da rainha. Um grupo de pesquisadores da Alemanha e dos EUA descobriu que algumas matérias químicas produzidas por algumas formigas “trapaceiras” deixavam estas formigas férteis.
Eles estudaram a espécie Aphaenogaster cockerelli aplicando um produto sintético (típico das formigas férteis) em formigas trabalhadoras. Nas colônias em que a rainha estava presente, as formigas com o químico da fertilidade foram atacadas, mordidas, puxadas e aprisionadas por suas colegas. Mas, o mesmo não aconteceu nas colônias em que não havia nenhuma rainha.
As formigas que não obedecem às regras sociais são punidas. A restrição à reprodução afeta diretamente na harmonia social do grupo. Dr. Jürgen Liebid, da Universidade de Arizona, lembrou que o sistema social harmônico depende sobretudo da prevenção e da punição daqueles que queiram burlar o sistema, uma regra que pode ser aplicada às sociedades bem sucedidas.
Outros textos neste blog sobre formigas:

Wakamaru em cena!
Uma nova estrela do teatro japonês tem um rosto amarelo brilhante, braços prateados e um sensor de posicionamento na cabeça. Seu sucesso foi quase instantâneo. Ele é Wakamaru e nasceu para brilhar! Sua inspiração veio do sucesso da série televisiva americana de 1968 produzida pela CBS — Lost in space [Perdidos no espaço]. A história por sua vez havia sido inspirada por clássicos de literatura do século XIX e retratava as aventuras da família Robinson a bordo da nave Júpiter 2. A maior atração era o robô B9. Ele não possuía os avançados computadores internos que integram Wakamaru. B9 tinha 511 frases pré-programadas. Uma coisa simples para o sofisticado Wakamaru, que fala cerca de cinco mil frases – algumas delas quando contracena com a atriz Minako Inoue e com o ator Hiroshi Ota.
Wakamaru: tem um metro de altura e uma câmera omnidirecional. Isto lhe permite enxergar a toda volta — 360 ° — sem mover o corpo. Seu movimento depende de rodas e de sensores de infravermelho para detectar os obstáculos no caminho. Hoje ele participa da peça Hataraku watashi (Eu, trabalhador) em Osaka. “Reprogramamos a máquina para que ela fosse capaz de interagir com os demais atores. Wakamaru usa cuidadosamente os objetos do cenário e tem a vantagem de jamais errar o texto“, diz o chefe do departamento de pesquisa da Universidade de Osaka, Ken Onishi.
Wakamaru não é o único robô em cena. Ele tem a companhia de um outro colega. Ambos foram aprovados nos testes e agora interpretam no palco, respectivamente, os personagens Momoko e Takeo. Dois atores humanos também estão no elenco.

B-9 em cena -- Perdidos no Espaço
Wakamaru também trabalha em outros lugares, já que pode ser alugado por aproximadamente USD $1.000 por dia. Capaz de reconhecer até dez pessoas e chamá-las pelo nome, este robozinho consegue recepcionar os membros de uma família com uma voz feminina, gentil e transmitir recados da secretária eletrônica. Ele também lê e-mails. De manhã, pode passar para seu dono as principais manchetes dos jornais, dar a previsão do tempo e servir como uma eficiente mordomo/secretário lembrando seu dono dos compromissos do dia. Se a segurança da casa for uma preocupação, basta usar o celular e ligar para Wakamaru: ele transmitirá imagens de todas as dependências.
Acho que vou tentar juntar os USD 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil dólares) para poder comprá-lo. Deixe-me ver: posso economizar R$120,00 por mês, mais ou menos USD$ 50,00/mês… Em quanto tempo será que conseguirei um ajudante deste naipe? Huhm…
Para maiores informações clique AQUI. Texto baseado no artigo de Luciana Scarbi do portal Terra.

O bolo de reis ou Epifania, 1774
Jean–Baptiste Greuze (França, 1725-1805)
Óleo sobre tela, 71 x 92 cm
Musée de Fabre, Montpellier
O Natal é uma época que sempre me traz nostalgia. Há a nostalgia pelo existiu brevemente – ou seja, a nostalgia de um dia ter podido acreditar na lenda natalina do Papai Noel; há a nostalgia do que nunca existiu — um período de paz e beatitude — que existe só no coração das crianças pequeninas. E há também no meu caso, a nostalgia, dos cheiros de Natal, das comidas de Natal, da cozinha natalina.
Minha avó materna era carioca da gema, nascida no finalzinho do século XIX. Mas era por sua vez neta e bisneta de portugueses de Viana do Castelo e de galegos de região de Vigo. E muitas das nossas tradições de família vêm por intermédio dela. Depois que ficou viúva, vovó Albina veio morar conosco. E para mim o Natal nunca foi o mesmo desde que ela não pode mais orquestrar o cardápio natalino. O Natal na nossa casa tinha cheiro de festa, sabores esdrúxulos das frutas secas e das cerejas frescas, tinha peru com pêssegos no Natal, [nunca tivemos bacalhau que eu me lembre], devorávamos os sonhos fresquinhos recheados com geléia e as rabanadas com bastante açúcar e canela, que eram sempre mais gostosas quando já eram “dormidas”. No Ano Novo tínhamos presunto com rodelas de abacaxi fritas, salada de maionese que também se chamava salada russa, tudo com complementos brasileiríssimos tais como farofa e arroz. E finalmente o nosso Natal terminava com O Bolo De Reis, que adorávamos porque além de gostoso, trazia 4 prendas dentro dele e prognosticava o ano que se iniciava.
O Bolo de Reis era uma das grandes especialidades de vovó Albina, que começava cedo a sua preparação porque este bolo não era feito com o fermento comum, mas com o fermento “de padaria” — aquele que a gente precisa misturar com água quente e depois colocar a massa num lugar sem vento (dentro do forno apagado) e deixar o tempo se encarregar de dobrar o tamanho da massa como se por milagre! O Bolo de Reis levava quatro prendas todas de metal: um dedal (trabalho duro), uma aliança (casamento a vista), uma cruz (pagar pecados) e uma medalha de São Cristóvão (viagens próximas). Lá em casa, com meu pai cientista, sempre tivemos muito cuidado com a higiene. Então, estas prendas eram colocadas na água e lá as deixávamos fervendo até que vovó estivesse pronta para colocá-las na massa do bolo e com este gesto tão simples ajudar a desenhar o futuro de quem tirasse cada brinde no dia 6 de janeiro. O Bolo de Reis levava muitas coisas crocantes além das partes metálicas mencionadas acima: figos, peras cristalizadas, passas, pinhões, nozes, e uma dezena de outras coisas de que já não me lembro, mas que certamente ajudavam a fechar com chave de ouro o período natalino.
Até hoje procuro uma receita deste Bolo de Reis que possa duplicar a deliciosa sensação de comê-lo além da ansiedade da previsão de um futuro como imaginávamos. Tenho procurado há anos uma receita que duplique para mim este gosto do Natal. Mas por mais que o faça, não a consegui ainda. Às vezes acho que minha avó ia colocando coisas a mais, fora da receita, mas ultimamente me pergunto se não é só a minha saudade, a nostalgia de uma infância segura e feliz que não consigo duplicar. Hoje, já não há mais razão para que eu faça um Bolo de Reis. A maioria das pessoas à minha volta não tem idéia daquilo a que me refiro. Que pena! Não sabem o que perdem!
©Ladyce West, Rio de Janeiro: 2009

Altar da Adoração dos Reis Magos, 1420-23
Gentile da Fabriano (Itália, 1370 – 1427)
Têmpera sobre madeira, 203 x 282 cm
Uffizi, Florença
[nota: abaixo três predellas , contam a vida anterior e posterior à cena retratada. Da esquerda para a direira: O nascimento de Jesus Cristo, A fuga para o Egito e à direita, A apresentação no templo e circuncisão]
Por vezes falarei aqui neste blog sobre religiões. Não necessariamente porque estou advogando uma específica, mas simplesmente porque muito do que fazemos e vemos no nosso dia a dia, muito do que pensamos e como pensamos, está direta ou indiretamente relacionado às religiões que formaram a cultura brasileira. Como historiadora da arte, para mim foi sempre essencial saber em que meio, em que cultura um quadro, uma escultura, um altar, uma imagem litúrgica teria sido feita para poder entender o porquê de certos detalhes. Assim como mencionei a festa judaica, o Festival de Luzes, em dezembro de 2008, hoje venho pensando no Natal, e nas festividades que estão aos poucos desaparecendo.
Hoje é dia 6 de janeiro, Dia de Reis, ou Dia dos Reis Magos. Atualmente quando falamos de magos há três imagens que nos vêm à memória, sem relação ao dia de hoje. 1 – pensamos em Paulo Coelho; 2 – pensamos na obra de Tolkien, O senhor dos anéis, 3 – pensamos na obra de J K Rolling, Harry Potter. Quase nenhuma criança, adolescente, jovem ou adulto se lembra primeiro de Gaspar, Belquior, e Baltazar, os reis que seguiram a estrela de Natal e levaram presentes para o bebê nascido na manjedoura.
O Dia de Reis é o décimo-segundo dia de Natal. E ainda é celebrado em muitas partes do mundo, em lugares onde a tradição da Igreja Ortodoxa grega impera, [aquela que é herdeira e mantenedora das tradições religiosas depois da Queda do Império Romano]. É nela que é no dia de hoje, lembrando os presentes dados pelos reis magos a Jesus, as pessoas trocam presentes de Natal.
Quando morei nos EUA fiquei surpresa de ouvir a grande maioria dos americanos cantando uma conhecida cantiga natalina, chamada The Twelve Days of Christmas, — os doze dias de Natal – sem terem a menor noção de que esses 12 dias se referem ao período do dia 25 ao dia 6 de janeiro. Não sabem também que a letra desta conhecida canção traz muitas referências à história da igreja católica na Grã-Bretanha. É por causa deste simbolismo dos 12 dias de Natal que tradicionalmente nós nos desfazemos dos nossos enfeites natalinos, inclusive da árvore de Natal, só depois do dia 6 de janeiro. No entanto, nos EUA, ao invés, as pessoas se desfazem de suas árvores de Natal no dia 31 de dezembro e no sul do país, onde morei por muitos anos, a tradição oral é: manter a árvore montada depois do dia primeiro traz má sorte. Esta atitude sempre me surpreendeu porque aquele é um país cristão e bastante religioso. Mas lá, já se perdeu a noção dos 12 dias do Natal.
Então, vejamos o que a canção natalina a que me referi realmente diz:
The Twelve Days of Christmas
On the first day of Christmas,
my true love sent to me
A partridge in a pear tree.
On the second day of Christmas,
my true love sent to me
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the third day of Christmas,
my true love sent to me
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the fourth day of Christmas,
my true love sent to me
Four calling birds,
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the fifth day of Christmas,
my true love sent to me
Five golden rings,
Four calling birds,
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the sixth day of Christmas,
my true love sent to me
Six geese a-laying,
Five golden rings,
Four calling birds,
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the seventh day of Christmas,
my true love sent to me
Seven swans a-swimming,
Six geese a-laying,
Five golden rings,
Four calling birds,
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the eighth day of Christmas,
my true love sent to me
Eight maids a-milking,
Seven swans a-swimming,
Six geese a-laying,
Five golden rings,
Four calling birds,
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the ninth day of Christmas,
my true love sent to me
Nine ladies dancing,
Eight maids a-milking,
Seven swans a-swimming,
Six geese a-laying,
Five golden rings,
Four calling birds,
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the tenth day of Christmas,
my true love sent to me
Ten lords a-leaping,
Nine ladies dancing,
Eight maids a-milking,
Seven swans a-swimming,
Six geese a-laying,
Five golden rings,
Four calling birds,
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the eleventh day of Christmas,
my true love sent to me
Eleven pipers piping,
Ten lords a-leaping,
Nine ladies dancing,
Eight maids a-milking,
Seven swans a-swimming,
Six geese a-laying,
Five golden rings,
Four calling birds,
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree.
On the twelfth day of Christmas,
my true love sent to me
Twelve drummers drumming,
Eleven pipers piping,
Ten lords a-leaping,
Nine ladies dancing,
Eight maids a-milking,
Seven swans a-swimming,
Six geese a-laying,
Five golden rings,
Four calling birds,
Three French hens,
Two turtle doves,
And a partridge in a pear tree!
No 1º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Uma perdiz em uma pereira
No 2º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Duas rolinhas
No 3º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Três galinhas francesas
No 4º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Quatro pássaros
No 5º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Cinco sinos
No 6º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Seis gansos
No 7º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Sete cisnes
No 8º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Oito jovens que ordenham
No 9º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Nove senhoras dançando
No 10º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Dez senhores saltadores
No 11º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Onze flautistas tocando
No 12º dia de Natal meu verdadeiro amor me enviou…
Doze tocadores de tambor tocando-os
Esta letra vem do tempo em que a Inglaterra proibia a religião católica [1558-1829] e católicos ingleses e irlandeses precisavam achar uma maneira de passar para seus filhos os aprendizados religiosos. Tornaram-se então grandes especialistas em simbologia – assim como nós no Brasil da ditadura militar do século passado, passamos a falar em código sobre muito do que era proibido pelo governo. Então, voltando à Inglaterra, esta canção é ao mesmo tempo uma canção natalina e um trava-linguas, uma brincadeira infantil que pretende seduzir as crianças em aprenderem esta simbologia muito especial.
Amor verdadeiro = Jesus Cristo
Duas rolinhas: o Novo e o Velho Testamentos
Três galinhas francesas = as virtudes teológicas: Fé, Esperança e Caridade
Quatro pássaros = os quatro evangelhos / os quatro evangelistas
Cinco sinos = Pentateuco ou seja, os cinco primeiros livros do Antigo Testamento, que mostram como o homem perdeu o Paraíso
Seis gansos = Seis dias da Criação
Sete cisnes = sete sacramentos
Oito jovens que ordenham = oito beatitudes
Nove senhoras dançando = nove frutos do Espírito Santo: alegria, amor, auto-controle, bondade, fidelidade, docilidade, nobreza de sentimentos, paciência, paz.
Dez senhores salteadores = dez mandamentos
Onze flautistas = onze fiéis discípulos
Doze Tocadores de tambor = doze pontos de fé do Credo dos Apóstolos
Lembrando os doze pontos de fé do Credo:
1. CREIO em — Deus Pai Todo-poderoso, Criador dos Céus e da terra.
2. E em Jesus Cristo, o seu único Filho, o nosso Senhor;
3. que foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu da virgem Maria;
4. padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado;
5. desceu aos inferno, e ao terceiro dia ressuscitou dentre os mortos;
6. subiu ao céu e está assentado a direita de Deus Pai Todo-poderoso;
7. dali virá para julgar os vivos e os mortos.
8. Creio no Espírito Santo;
9. na santa Igreja católica, a comunhão dos santos;
10. o perdão dos pecados;
11. a ressurreição do corpo
12. e a vida eterna. Amém.”
Neste Natal que passou cheguei a ouvir algumas vezes esta canção (muito repetitiva e enfadonha) por aí, nas lojas que pretendem ser mais sofisticadas.
Feliz Dia de Reis!
—–
Nota sobre o altar de Gentile da Fabriano: Na minha opinião, este não é só o mais belo altar retratando a Adoração dos Reis Magos do estilo Gótico Internacional, mas talvez o mais belo que conheço, de todos os retábulos representando a Adoração do Reis Magos (são muitos) do período da Renascença e do Barroco europeus.

Hoje graças ao Jornal do Comércio, pude reler as metas do governo municipal de Eduardo Paes para a educação no Rio de Janeiro. No quadro de Educação temos os seguintes itens:
É claro que precisamos de muito mais que isso. Mas se o prefeito da cidade conseguir realmente estabelecer e manter os programas — o progresso implícito nestes 7 itens abrangentes já será um bom passo para um futuro melhor.
Convido a todos não só para cooperarem com o prefeito, mas também cobrarem resultados.
Na educação, o novo prefeito quer dobrar a oferta de vagas em creches e reativar as que foram fechadas, contratar mais professores e investir na remuneração, qualificação e desenvolvimento contínuo dos profissionais. Com o fim da aprovação automática, vai oferecer aulas de reforço em todas as escolas.
Em: Pouco dinheiro em caixa e muito a fazer, de Gisela Álvares, Jornal do Comércio, 5/1/2009:A-16
Lembrem-se a responsabilidade é de todos: do governo de fazer o que promete e o que pode. Nossa, de cobrarmos, mas também de exigirmos de nossos filhos: presença, dever de casa, obediência, disciplina, hora certa para dormir, e por ai em diante.
A escola não pode fazer tudo sozinha. Nem o governo, nem a escola poderão responder no futuro pela responsabilidade dos pais.