Flores para um sábado perfeito!

21 09 2013

Luiz Chaves, Flores e pássaros, ast, 80 x 60 cmFlores e pássaros, 2008

Luiz Chaves (Brasil, 1946)

acrílica sobre tela, 80 x 60 cm

Luiz Chaves





Girassóis de Van Gogh redescobertos

19 09 2013

Van Gogh: Six Sunflowers, 1888, oil on canvas.

Girassóis, 1888

Vincent van Gogh (Holanda,1853-1890)

Sabia-se que Van Gogh havia originalmente pintado algumas telas diferentes com girassóis.  Isso, no verão, em agosto de 1888.  Seu objetivo era decorar o quarto de Gauguin. Mas dois desses quadros desapareceram. Um desapareceu na Segunda Guerra Mundial, no Japão.  E o outro?  Onde estaria?  A questão se torna ainda  mais interessante quando se leva em consideração a grande popularidade que têm os girassóis de  Van Gogh nos museus de Munique  e  de Londres. Eles estão entre os favoritos do público em geral. Há outras cópias de girassóis feitas pelo próprio van Gogh em outros museus. Mas o que acontecera com aquele outro? Onde estaria?

O livro de Martin Bailey, um dos grandes conhecedores da obra de van Gogh, autor de  The Sunflowers are mine, que acaba de ser publicado, explica o destino de cada um desses quadros e descobre o proprietário, o colecionador particular, que tem em seu poder o quadro “perdido” de van Gogh.  Já encomendei o meu volume.  Querendo mais informações veja o artigo no jornal The Guardian, do dia 4 de setembro.





Quadrinha do sapato

18 09 2013

Sapatos Ilustração 1914, revista dinamarcaDesconheço a autoria dessa ilustração, mas é de 1914 tirada de revista dinamarquesa.

Não quero ser flor, nem fita,

Enfeites, brincos ou anéis,

Queria ser teu sapato,

Para viver aos teus pés.

(Anônima)

Em: Trovas Brasileiras: populares e popularizadas, Afrânio Peixoto, Rio de Janeiro, W.M. Jackson Inc: 1944, nº.539





Hoje é dia de feira: frutas e legumes frescos

18 09 2013

Aldemir Martins, Mangas e Bananas,ast, 1991, 46x55cmManga e bananas, 1991

Aldemir Martins (Brasil, 1922-2006)

acrílica sobre tela, 46 x 55 cm





Minutos de sabedoria — Érico Veríssimo

17 09 2013

OLYMPUS DIGITAL CAMERAAtraída pela luz, 2007

Alfredo Rodríguez (México, 1954)

óleo, 36 x 28 cm

www.alfredoartist.com

“A gente foge da solidão quando tem medo dos próprios pensamentos.”

everissimo

 

 

 

 

Érico Veríssimo





Saindo da livraria, texto de Permínio Asfóra

17 09 2013

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Livraria, 2012

John Farnsworth (EUA, contemp.)

Óleo sobre tapel colado em madeira, 21 x 21 cm

John Farnsworth

“A livraria era frequentada por curiosos que passavam as tardes remexendo livros, anotando cadernos e abrindo gavetas; desencavavam edições esgotadas, gozavam da intimidade do patrão, cuspinhavam literatura, falavam mal dos outros e galanteavam Teresa, — galanteios de esporas.

Ela se acostumara, só fazia sorrir. Fechou o decote e desceu as mangas, mas os seios empinados desafiavam os fregueses. Impossível disfarçá-los, primeiro lugar para onde espiavam.

Uma tarde quase caía da cadeira alta junto à maquina: a mão que se estendia pedindo-lhe o troco era a mesma que lhe fizera carinhos. Não mudara: o asseio de sempre, a camisa bem alva, o bigode certo, a roupa cinzenta.  Estranhou-lhe a calma; surgia tão sereno, tão sem surpresa que parecia mentira. Jamais pensou que fosse assim, um tipo sem alma, lembrou-se de um livro que lera. Na livraria havia facilidade de obter, emprestados, romances da moda; quase todos contavam histórias de amores infelizes, de pobres mocinhas que sonhavam com príncipes encantados.

Afável, cordial e alheio, como se nada entre eles houvesse ocorrido. Num minuto atravessava Teresa um mundo de recordações: noites de lágrimas, a perseguiçã ao vidro de formicida, tudo por ele, que estava ali calmo e distante, sorriso incolor, sem um aperto de mão. Sujeito ordinário, pensou em dizer-lhe. Noivo? Teria casado? Os olhos cinzentos iam dominá-la; seu rancor tropeçava, fraquejava. O mesmo rapaz, nem alto nem baixo, roupa nova, a gravata escura, o cabelo cortado. Por ele sofrera, esquecida e apagada; se não fosse o emprego, teria morrido de tédio. Andaria iludindo outras tolas, sujeito ordinário, quase dizia. Soçobrava nas recordações tumultuadas, o ódio adormecia, o desejo imperava. Fraqueza. Cadê o amor-próprio? Não devia ceder. Seria capaz de repetir a loucura? Loucura não houvera. O coração de Teresa perdendo o compasso, subia e descia, não havia o que falar.  Se falasse, iria se render, iria adular, iria chorar. Que coisa trágica, o amor. Os homens não amavam, aproveitavam a fraqueza das pobres para se divertir.

— Quem quiser se divertir, compre macaco — proclamava Viriato.

Mas Viriato também fazia sofrer a irmã de um amigo.

Coração descompassado, alegria e horror.

— Quase não a reconhecia — falou. Cada vez mais bonita.”

Em: O amigo Lourenço, Permínio Asfóra, Rio de Janeiro, José Olympio: 1962, pp, 96-97





Imagem de leitura — David Hockney

17 09 2013

My Parents 1977 by David Hockney born 1937

Meus pais, 1977

David Hockney (Inglaterra, 1937)

Óleo sobre tela, 183 x 183 cm

Tate Gallery, Londres

 David Hockney nasceu em Bradford,na Inglaterra em 1937. Estudoou no Bradford College of Art e on Royal College of Art em Londres.  Um dos pintores da Pop Art Britânica. Mais tarde mudou-se para os EUAm onde viveu por muitos anos na Califórnia. É considerado um dos pintores de maior influência na arte contemporânea britânica.





Na boca do povo: escolha de provérbio popular

16 09 2013

dinheiro, sem
Pato Donald está sem dinheiro, ilustração Walt Disney.

A rico não devas, a pobre não prometas.





A lagartixa, poesia de Da Costa e Silva

16 09 2013

lagarto-osgaLagartixa. Ilustração sem designação de autoria.

A lagatixa

Da Costa e Silva

A um só tempo indolente e inquieta, a lagartixa,

Uma réstia de sol buscando a que se aqueça,

À carícia da luz toda estremece e espicha

O pescoço, empinando  a indecisa cabeça.

Ei-la, aquecendo-se ao sol; mas de repente a bicha

Desatina a correr, sem que a rumo obedeça,

Rápida, num rumor de folha que cochicha

Ao vento, pelo chão, numa floresta espessa.

Traça uma reta, e para: e a cabeça abalando,

Olha aqui, olha ali; corre de novo em frente

E, outra vez, para , a erguer a cabeça, espreitando…

Mal um inseto vê, detém-se de repente,

Traiçoeira e sutil, os insetos caçando,

A bater , satisfeita, a papada pendente.

Em: Da Costa e Silva, Poesias Completas, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1985 [edição do centenário] p.162

Antônio Francisco da Costa e Silva ( Brasil, [PI] 1885 — [RJ] 1950) poeta, jornalista.  Advogado, cursou a  Faculdade do Direito do Recife. Trabalho no Ministério da Fazenda.

Obras:

Sangue (1908),

 Elegia dos Olhos, s/d

Poema da Natureza, s/d

Clepsidra, s/d

 Zodíaco (1917),

 Verhaeren (1917),

Pandora (1919),

Verônica (1927),

Alhambra (1925-1933), obra póstuma inacabada,

 Antologia (coleção de poemas publicada em vida – 1934),

Poesias Completas (1950) (1975) (1985), coletânea póstuma.





Imagem de leitura — Émile Béranger

15 09 2013

Emile Beranger,1848-XX-A-Curions-WomanUma mulher curiosa, 1848

Émile Béranger (França, 1814-1883)

óleo sobre madeira, 42 x 50 cm

Museus Hermitage, São Peterburgo