Imagem de leitura — Leopold Franz Kowalski

9 02 2012

A leitora, s/d

Leopold Franz Kowalski ( Rússia/ França, 1856-1931)

óleo sobre tela





Fevereiro, que venham os bailes de máscaras (II)

9 02 2012

O Baile de Máscaras no teatro Hof em Bonn em 1754

Franz Jakob Rousseau (Alemanha, 1757 – 1826)

óleo sobre tela

DETALHE DA TELA ACIMA.





Marcadores de alimentos entre as mais novas descobertas arqueológicas em Israel

9 02 2012

Selo para pão “kosher” da era medieval. Foto: EFE.

Um grupo de arqueólogos israelenses encontrou em Acre, no norte do país, um selo com forma de candelabro utilizado para marcar o pão há mais de 1.500 anos.

[agradeço ao leitor Marlos, a correção da tradução da data]

O selo, de pequeno tamanho e feito de cerâmica, deixava sobre a superfície do pão a figura da menorá,  um candelabro de sete braços tal qual o utilizado no segundo Templo de Jerusalém.  Esta era uma forma de marcar o pão “kosher” destinado às comunidades judaicas da época que viviam sob o Império Bizantino.

Esta é a primeira vez que um selo deste tipo é achado em uma escavação científica controlada, o que torna possível determinar sua origem e sua data“, afirmou Danny Syon, arqueólogo, em um povoado rural aos arredores de Acre, cidade notoriamente cristã naquela época.

O selo é importante na medida em que atesta a existência de uma comunidade judaica em Uza ainda na era bizantina-cristã“, os arqueólogos disseram. “Dada a proximidade Uza para Acre, podemos presumir que a comunidade fornecia produtos de padaria “kosher” para os judeus do Acre durante o período bizantino.”

Segundo os arqueólogos, o achado demonstra que os judeus viviam na região e que o pão era marcado para enviá-lo aos que residiam dentro da cidade, uma espécie do atualmente empregado selo “kosher” para produtos que respondem às estritas normas da cozinha judaica. O costume também era semelhante ao dos cristãos da época, que também marcavam seus pães, só que com uma cruz.

O selo mostra além de uma menorá de sete, uma palavra em letras gregas na alça, que de acordo com o Dr. Lia Di Segni, da Universidade Hebraica de Jerusalém, pode significar a palavra “Launtius.”  Esse seria o nome do padeiro, um nome comum entre judeus daquele tempo.  “Launtius” está gravado numa reserva semelhante às que se acredita serem do mesmo período.

David Amit, outro arqueólogo a cargo da escavação e especialista em selos de pão, explicou que “o candelabro foi gravado no selo antes de colocá-lo no forno, e o nome do padeiro depois. Disso deduzimos que os selos com a figura eram fabricados em série para os padeiros, e que cada um deles colocava depois seu nome“.

A Autoridade de Antiguidades de Israel escava, no momento,  Uza, um local a leste de Acre, onde ficava uma aldeia bizantina com o mesmo nome. A escavação vem sendo conduzida como parte dos preparativos para estabelecer novos caminhos de Acre para Carmiel.  Na jazida arqueológica de Hurbat Uza foram encontrados até agora vários objetos que corroboram a existência de uma pequena comunidade judaica em torno de Akko, cidade milenar que, por sua estratégica situação geográfica, foi sempre ambicionada pelos diferentes conquistadores da Terra Santa.

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Carimbo de argila, encontrado em Jerusalem.  Foto: Reuters.

Alguns meses atrás, ainda em 2011, arqueólogos israelenses descobriram um carimbo de argila de 2 mil anos, perto do Muro Ocidental, também conhecido como Muro das Lamentações, em Jerusalém, confirmando relatos documentados por escrito de rituais realizados no templo sagrado judaico.

O selo [um carimbo] do tamanho de um botão tem as palavras “puro para Deus” inscritas em aramaico, indicando que era usado para certificar alimentos e animais usados para cerimônias de sacrifício.

O Muro Ocidental faz parte de um complexo conhecido pelos judeus como o Monte do Templo e pelos muçulmanos como o Nobre Santuário, onde a mesquita islâmica al-Awsa e o Domo da Rocha estão localizados. “Parece que o objeto era usado para marcar produtos ou objetos que eram trazidos para o Templo, e era imperativo que fossem puros segundo rituais“, disse a Autoridade de Antiguidades de Israel, em comunicado para divulgar a descoberta.

Acredita-se ser essa a primeira vez que este tipo de selo foi escavado, oferecendo uma prova arqueológica direta de rituais que eram realizados no templo e que eram descritos em textos antigos.

Fontes:  TERRA, Jerusalem Post, Portal Terra





O espaço, poema de Henrique Simas

9 02 2012

O espaço

Henrique Simas

O vento soprou depois de alguma espera

E foram expulsos de dentro todos os fantasmas

Os restos de sombra o sol desfez.

A chuva terminou de apagar as últimas letras,

Arrancando da terra as raízes inúteis.

E nada mais sobrou além do espaço

Pronto a ser ocupado pelos novos donos,

Obstinados cultivadores de esperança.

Em: Horizonte Vertical: poemas, Henrique Simas,prefácio de Alceu Amoroso Lima, Rio de Janeiro, Olímpica: 1967, p. 78.