Imagem de leitura — Remy Cogghe

2 02 2012

Madame Malard, s/d

Remy Cogghe (Bélgica, 1854-1935)

óleo sobre tela

Museu Municipal de Roubaix, Bélgica

Remy Cogghe nasceu em Mouscron, na Bélgica, em 1854.  Quando tinha 13 anos sua família se muda para a cidade insdustrial de Roubaix.  Lá ele acaba estudando na Academia de Arte de Roubaix por já ter demonstrado grande talento para o desenho e a pintura.  Em 1876 vai para Paris, estudar na Escola de Belas Artes com Alexandre Cabanel.  Depois de começar sua vida profissional como pintor, viaja para Roma, Barcelona, Madri, Toledo, Argélia, Itália, Tunísia .  Volta em 1885 e finalmente se instala em Roubaix, onde constrói sua casa.  Estabeleceu-se como pintor de gênero e retratista.  Faleceu em 1935 em Roubaix.

 





Fevereiro, já se ouve o rufar dos tambores (II)

2 02 2012

A grande festa de máscaras em 1722, 1900

[reconstituição da parada nas ruas de Moscou com a participação de Pedro I e do Príncipe-Caesar JF Romodanovsky]

Vasily Surikov (Rússia, 1848-1916)

óleo sobre tela

[DETALHE]

Notem não só os ursos…  Mas Rei Momo está no carro, tambores e cornetas…  Adorável!





O primeiro dente, poesia de Bastos Tigre

2 02 2012

Ilustração Maud Towsey Fangel,  para Revista Home Arts, de Janeiro de 1936.

O primeiro dente

Bastos Tigre

A mamãe bate palmas de contente,

Do papai rejubila a alma festiva;

Cantam risos pelo ar… Que é que motiva

Essa emoção que alegra toda gente?

É que, abrindo a boquinha, sorridente,

Bebê, no róseo alvéolo da gengiva,

Deixou ver a promessa, a perspectiva,

O breve ensaio do primeiro dente.

Agora, a acampanhar-lhe o crescimento,

Dia a dia a mamãe enternecida

Terá para o dentinho o olhar atento.

Outro virá depois… outro em seguida…

E ei-lo, o Bebê, com sólido instrumento

Com que no mundo se defende a vida!

Em: Antologia Poética,, vol I, Bastos Tigre, Rio de Janeiro, Francisco Alves: 1982

Manoel Bastos Tigre nasceu no Recife em 1882.  Formou-se em engenheiro pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro.  Mas dedicou-se às letras.  Estreou na imprensa carioca em 1902, no Correio da Manhã, onde manteve uma coluna humorística diária: Pingos e Respingos, até a sua morte em 1957.  Foi o primeiro bibliotecário brasileiro por concurso o que lhe valeu o título e Patrono dos Bibliotecários do Brasil.

Obras:
Saguão da Posteridade, 1902.

Versos Perversos, poesia, 1905.

O Maxixe. Rio de Janeiro , 1906.

Moinhos de Vento, 1913.

O Rapadura, teatro, 1915.

Grão de Bico, 1915.

Bolhas de Sabão, 1919.

Arlequim, 1922.

Fonte da Carioca, 1922.

Ver e Amar, 1922.

Penso, logo… eis isto, 1923.

A Ceia dos Coronéis, 1924.

Meu bebê, 1924.

Poemas da Primeira Infância, 1925.

Brinquedos de Natal, 1925.

Chantez Clair, 1926.

Zig-Zag, 1926.

Carnaval: poemas em louvor ao Momo, 1932.

Poesias Humorísticas, 1933.

Entardecer, 1935.

As Parábolas de Cristo, 1937.

Getúlio Vargas, 1937.

Uma Coisa e Outra, 1937.

Li-Vi-Ouvi, 1938.

Senhorita Vitamina, 1942.

Recitália, 1943.

Martins Fontes, 1943.

Aconteceu ou Podia ter Acontecido, 1944.

Cancionário, 1946.

Conceitos e Preceitos, 1946.

Musa Gaiatal, 1949.

Sol de Inverno, 1955.