Ilustração. Tony Brice, 1964
–
Primavera
–
Manoel Pereira Reis Júnior
–
Chegou a primavera, a fiandeira,
vestindo policrômica roupagem;
olha como se veste, mãe, a terra inteira,
para a dança festiva da paisagem!
É a festa das cores nos caminhos,
nas alamedas, nos jardins, nos campos,
alma que tange a lírica dos ninhos,
e vive envolta em véus de pirilampos…
É um pássaro de luz que pousou nas ramadas
e parece chegou de paragens distantes,
e partiu como partem as valquírias aladas
em alígeros corcéis de crinas ondulantes!
E foi levar fulgor as campinas virentes,
às flores dos pauis, aos vales e às estradas,
e passou pela terra espalhando sementes,
anêmonas de luz ao leu, despetaladas. . .
Há cantigas no alto das ermidas,
nas mamoranas, no beiral das casas;
são gorjeios de aves, mas são vidas
na revoada rútila das asas…
E tudo transformou-se, mãe; a natureza
engalanou-se de belezas raras,
do ouro vivo do sol à singeleza
das penas coloridas das araras…
–
–
Manoel Pereira Reis Júnior ( Catu, BA, 1911 — RJ, RJ 1975) Poeta biógrafo, professor, jornalista, historiador, prêmi ABL (1944 e 1973).
Obras
As Últimas do outono, 1973
Canções do infinito, 1943
Cantigas da mata, 1936
Delírio de Pã, 1938
Epopéia heróica, 1941
Iocaloa, 1932
Maria da Graça, 1931
Ronda luminosa, 1934
Teia de aranha, 1930
amei esse poema adorei é demais!!!!!!
achei super chato isso.
brincadeirinha é bem legal!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
eu achei bem bacana
ui chato de mais
brincadeira e bem legallllllllllllllll
muito shouuuuuuuuuuuuu
Também acho! 🙂