Ilustração Jessie Willcox Smith.
Nesse exemplo se resume
um prêmio às almas bondosas:
fica sempre algum perfume
nas mãos que oferecem rosas!
(Aparício Fernandes)
Nesse exemplo se resume
um prêmio às almas bondosas:
fica sempre algum perfume
nas mãos que oferecem rosas!
(Aparício Fernandes)
O diário de Sarah, c. 2010
Kevin Beilfuss (EUA, 1963)
óleo sobre placa, 31 x 46 cm
“Há dias iluminados por pequenas coisas, pequeninos nadas que nos tornam incrivelmente felizes; uma tarde a comprar antiguidades, um brinquedo antigo que encontramos no ferro-velho, uma mão que agarra a nossa mão, um telefonema de que não estávamos à espera, uma palavra doce, o filho que nos abraça sem pedir outra coisa senão um momento de amor.
Há dias iluminados por pequenos instantes de graça, um cheiro que nos enche a alma de alegria, um raio de sol que entra pela janela , o barulho de uma chuvada quando ainda estamos na cama, ou a chegada da Primavera e dos seus primeiros rebentos.”
Marc Levy, O primeiro dia, tradução de Jorge Bastos
Paisagem
Vicente Leite (Brasil, 1900 -1941)
óleo sobre madeira, 28 x 22 cm
Machado de Assis
Primavera no campo, 1967
Zé Inácio (Brasil, 1911-2007)
[José Inácio Alves de Oliveira]
óleo sobre tela, 33 x 41 cm
Augusto Frederico Schmidt
Dia para quem ama
Dia límpido e claro!
O azul do céu, o azul da terra, o azul do mar!
Dia para quem é feliz e sem tormento
Dia para quem ama e não sofre de amor!
Dia para as felicidades inocentes!
Em mim a mocidade acordou violentamente
Porque o sol expulsou as trevas e inundou-me!
Uma pulsação de vida enche meu ser doentio e incerto.
Veja as água correndo
Vejo a vida e o espaço
Vejo as matas e as grandes cidades líricas
Vejo os vergéis em flor!
É a primavera! É a primavera!
Desejo de tudo abandonar e sair cantando pelos caminhos!
Em: Eu te direi as grandes palavras, Augusto Frederico Schmidt, Editora Nova Fronteira, 2ª edição, Rio de Janeiro: 1977, p. 56
Rosas e jasmins em vaso de Delft, 1881
Auguste Renoir (França,1841-1919)
óleo sobre tela, 81 x 65 cm
Hermitage, São Petersburgo
“O que pesa? a areia da praia e a tristeza.
O que é breve? o hoje e o amanhã.
O que é frágil? flores da primavera e a juventude
O que é profundo? o oceano e a verdade”
Christina Rossetti (1830-1894)
{Tradução: Ladyce West]
—————————————————————-
Após fitar várias flores,
eu pergunto com surpresa:
– Como cabem tantas cores
no pincel da Natureza?
(Hildemar de Araújo Costa)
Pessoa lendo na paisagem, 2005
Erni Kwast (Holanda, 1959)
“Os primeiros indícios da primavera ainda não tinham chegado à cidade. Ela deveria ter se acomodado nos arredores, nas hortas das chácaras, nos vales dos riachos, como as tropas inimigas antigamente. Sobre os paralelepípedos, o inverno deixou um monte de areia usada para cobrir as calçadas escorregadias, e agora, ao sol, empoeirava tudo e sujava os sapatos primaveris recém-tirados do armário. Os canteiros municipais estavam debilitados e os gramados sujos de fezes de cães. Nas ruas passavam pessoas com um aspecto acinzentado e olhos semicerrados. Pareciam grogues. Formavam filas em frente aos caixas eletrônicos, para tirar de lá um valor de vinte zlotys, exatamente o valor necessário para se alimentar durante um dia. Estavam com pressa para chegar ao posto de saúde, pois tinham uma consulta marcada para as 13h35, ou estavam a caminho do cemitério para trocar as flores de plástico do inverno pelos narcisos naturais da primavera.”
Em: Sobre os ossos dos mortos, Olga Tokarczuk, tradução de Olga Baginska-Shinzato, São Paulo, Todavia: 2020, p.118
Ilustração, Marie Cramer.
Ralph Waldo Emerson
Ilustração de Catherine Suchoka.
Provérbio afegão
Ilustração de Miki Ferro Pellizzari.
Aníbal Beça