Dois Irmãos e Pedra da Gávea, vistos da Lagoa Rodrigo de Freitas, 1929
Vicente Leite (Brasil, 1900-1941)
óleo
Dois Irmãos e Pedra da Gávea, vistos da Lagoa Rodrigo de Freitas, 1929
Vicente Leite (Brasil, 1900-1941)
óleo
Pedra da Gávea, 2002
Virgílio Dias (Brasil, 1956)
óleo sobre tela, 60 x 80 cm
Forte de Copacabana
Lucia de Lima (contemporânea)
acrílica sobre tela, 28 x 46 cm
Vista para o Corcovado da Lagoa Rodrigo de Freitas
Vicente Leite (Brasil, 1900 – 1941)
óleo sobre tela, 30 x 48 cm
Centro do Rio Visto de Santa Tereza, década de 1960
Djanira da Motta e Silva (Brasil, 1914 – 1979)
óleo sobre tela, 50 x 73 cm
Paisagem do Rio de Janeiro, 1937
Paulo Gagarin (Rússia-Brasil, 1885 – 1980)
óleo sobre tela, 65 x 80
Visão urbana, RJ
Mario Behring (Brasil, ?)
aquarela, 23 x 30 cm
Rio de Janeiro, 2012
Pedro Guedes (Brasil, 1960)
óleo sobre tela colado em madeira, 80 x 100 cm
Ala do Claustro do Mosteiro de São Bento, 1975
Pedro Nascimento (Brasil, 1927-1986).
óleo sobre tela, 56 X 46 cm]]
Rua Barão da Torre (Ipanema RJ)
Roberto de Souza (Brasil, 1943)
óleo sobre tela, 24 x 37 cm
Vicente Leite (Brasil, 1900-1941)
óleo sobre madeira
Tenho a impressão de que sempre lerei os livros de Mary del Priore com prazer. A história me fascina e meu conhecimento da história do Brasil tem se beneficiado muito com os livros da autora. Continuei sendo beneficiada pelo seu conhecimento na leitura de Beije-me onde o sol não alcança, o primeiro livro de ficção histórica de Mary del Priore. O volume de informações sobre o século XIX, tanto das fazendas cafeeiras do estado do Rio de Janeiro, como sobre a capital do império; o manancial de informações sobre costumes da época desde o aparecimento do espiritismo no interior ou de como um padre local resolveu essa questão; das roupas, da divisão dos escravos entre aqueles que trabalhavam dentro de casa, dos que trabalhavam no campo e dos que vendiam produtos para seus senhores, tudo isso foi fascinante.
Também de grande valia foi saber como os títulos nobiliárquicos eram adquiridos, por quem; que havia homens negros barões; saber dos paralelos entre a escravidão no Brasil e aquela na Rússia; saber como as fazendas cafeeiras de meados do século XIX no Rio de Janeiro eram organizadas, tudo isso foi de uma riqueza tão grande que no momento reconheço que não posso medi-la porque sei que são informações a que poderei recorrer quando e se necessário no futuro.
Mas como obra de ficção esse livro deixa a desejar. Talvez por querer iluminar o leitor com seu conhecimento Mary del Priore perca a oportunidade de fazer uma história mais lesta, mais dinâmica. Muito do que ela passa talvez fosse melhor administrado através de ações, de diálogo. Tenho a impressão de que deu-se uma batalha entre a autora historiadora e a ficcionista. A historiadora venceu. Não perdemos com isso, como leitores, porque a informação continua lá. O que perdemos foi a sensação de que esses personagens (que foram reais) existiram de fato, em carne e osso. Que a vida, dinâmica, feliz e cruel era vivida. Mesmo assim essa é uma leitura é pra lá de interessante.
Não sei se por marketing, por tentar encontrar uma maneira de popularizar essa vinheta da vida brasileira, acho que a descrição da capa “O triângulo amoroso de um conde russo, uma baronesa do café e uma ex-escrava no século XIX”, um exagero. É claro, tudo isso está no texto, mas a importância desse triângulo amoroso não é tão relevante quanto a capa dá a entender. Foi marketing e desnecessário porque a história é ótima, mesmo antes da amante ex-escrava entrar em cena e mais da metade do livro se passa sem que ela entre na história.
De qualquer modo, uma boa leitura e muito enriquecedora.
NOTA: Excelentes notas e bibliografia no final da obra.
Paisagem serrana com Mata Atlântica, 1938
Vicente Leite (Brasil, 1900-1941)
óleo sobre madeira, 16 x 22 cm