300 moedas de ouro encontradas dentro de ânfora na Itália (Foto: Mibac)
A internet tem dessas coisas. Hoje eu procurava informações sobre uma cidade na Itália e de repente me vejo com essa notícia de um tesouro da época romana, encontrado no norte do país na cidade de Como, na Lombardia. [Nota: esta é a mesma cidade que dá nome ao conhecido noturno, Le Lac de Come, Nocturno No.6, Op.24. publicado em 1871, da compositora Giselle Galos, de origem desconhecida [italiana ou francesa], que se assinava C. Galos. Quem como a Peregrina já passou por anos de aprendizado de piano, deve certamente conhecer duas de suas composições, esta e Le chant du Berger (Noturno No.3, Op.17, publicado em 1861].
Conhecimentos musicais à parte, é excitante sabermos que a construção de um complexo de apartamentos de luxo no lugar do conhecido Teatro Cressoni, na cidade de Como, que funcionou desde 1870 a 1997, levaria à descoberta de 300 moedas de ouro do período final do império romano.
Escondidas em uma ânfora de pedra, usada para armazenar líquidos como vinho e azeite, as moedas podem ter sido colocadas em algum esconderijo de um muro de uma das residências privadas dos nobres romanos, construídas nesta região, para evitar saque.
Estudiosos suspeitam que as moedas, encontradas no nível do porão do prédio demolido, possam ter sido escondidas durante as invasões dos Vândalos, no século V, especificamente nos quarenta anos entre 410-455 E. C. As moedas encontradas, em excelente condição de preservação, foram cunhadas nas eras dos imperadores Honório (393-423), Valentiniano III (424-455) e Líbio Severo (461-465). A região da cidade onde foram encontradas era próxima à antiga cidade romana: Novum Comum. Arqueólogos, agora, estudam essas descobertas, feitas em setembro de 2018, em um laboratório em Milão.
Moedas das Cruzadas encontradas no forte do Parque Apollonia, Israel.
Ano Novo, hora de limpar antigas notas e manter o computador completamente limpo, eis que me deparo com um número enorme de artigos de interesse que selecionei para o blog, mas que por falta de tempo, não postei… Resultado vamos nos lembrar de algumas notícias do passado, porque já que tenho as fotos e os dados é melhor passar adiante.
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Um pote de ouro, avaliado em quinhentos mil dólares, do tempo das Cruzadas foi encontrado em Israel enterrado em um forte romano. Aparentemente as moedas foram enterradas por soldados da ordem do Cavaleiros Hospitalários, uma ordem militar cristã criada no século XI, quando se encontraram sob um grande ataque de soldados muçulmanos. Os cavaleiros foram aniquilados em abril de 1265.
Forte no Parque Nacional Apollonia, Israel.
As moedas valiam uma fortuna, mesmo em 1265, quando se acredita que tenham sido escondidas de propósito, dentro de um jarro quebrado para garantir que não seriam descobertas. O forte construído pelos romanos, hoje no Parque Nacional Apollonia, foi destruído em abril de 1265, pelas forças mamelucas. A ideia de enterrar o jarro quebrado, repleto de areia, com as moedas dentro,foi bem sucedida. O tesouro contém mais de 100 moedas de ouro da época das Cruzadas. O local havia sido conquistado pelos soldados cristãos em 1101 e tomado de volta pelo exército muçulmano em 1265.
A travessia de Caronte, 1919
José Banlliure y Gil (Espanha, 1855-1937)
Óleo sobre tela , 176 x 103 cm
Museu de Belas Artes de Valencia, Espanha
“Ainda persiste o hábito nas pequenas cidades do interior de colocar moedas nos olhos dos defuntos sob o pretexto de manter suas pálpebras cerradas.
O costume foi herdado dos portugueses, nos tempos coloniais, e mudou com o correr dos anos. Primitivamente se colocava um pão e uma moeda debaixo da cabeça do morto.
O pão era para mostrar que não morrera de fome. O dinheiro para entregar a São Pedro, a fim de que abrisse as portas do céu.
Os portugueses não tiraram essa superstição do nada. Veio dos gregos que acreditavam em um rio subterrâneo, separando o mundo dos vivos do mundo do além. Um cão de três cabeças, Cérbero, guardava a porta do reino da morte.
Os gregos punham moedas na boca do defunto e um bolo nas suas mãos. As moedas serviam para pagar Caronte, o barqueiro que fazia a travessia do rio. O bolo era para acalmar a fúria de Cérbero.
Como a corrupção é tão antiga quanto o homem, as famílias mais ricas enchiam a boca do finado de moedas, na suposição de que Caronte o faria passar antes dos demais defuntos.
Com o correr dos tempos, a religião dos gregos, povoada de deuses e deusas muito humanos, foi cedendo lugar a outras crenças. Mas as superstições ficaram, com algumas modificações no ritual e profunda transformação nas justificativas.”
Em: Notas curiosas da espécie humana, Jayme Copstein, Porto Alegre, Editora AGE:2002, p.108
Crônicas de Abindon, MS Cott. Claude B.VI folio 87, verso, The British Library
Um caçador de tesouros amador descobriu um grande tesouro de moedas anglo-saxãs, durante um evento anual de fim de ano. Esse evento era exclusivo para os membros de um clube de caçadores de tesouros amador. Em um local com raízes históricas na Idade Média, foi encontrado um dos maiores tesouros da Grã-Bretanha. Seu valor se aproxima a 1 milhão de libras. Acompanhado por seu filho e um amigo, Paul Coleman, tomou parte na escavação de um terreno em Lenborough, Buckinghamshire, pouco antes do Natal.
Não pensaram em encontrar uma coleção intocada de mais de 5.000 moedas de prata feitas nos reinados de Etelredo, o Despreparado (978-1016) e Canuto II (1016-1035). É possível que essa descoberta esteja ligada a uma “casa da moeda” estabelecida por Ethelred em Buckingham. Este local de cunhagem de moedas permaneceu ativo durante o tempo do rei Canuto II.
Ao todos foram 5.251 moedas encontradas de uma só vez, guardadas em um recipiente forrado por chumbo e enterrado a 60 cm do chão. O evento e a escavação foram acompanhados por um arqueólogo para garantir que o processo de escavação fosse correto. Apenas algumas dessas moedas foram limpas, mas todas provaram estar em excelente condição. Essa coleção remonta a um período extraordinário da história, durante o qual os vikings assumiram o controle da Inglaterra.
Há moedas do reinado de Etelredo II, o Despreparado, que se tornou rei da Inglaterra aos sete anos, depois que seu meio-irmão Edward II foi assassinado em 978. Há também moedas do rei Canuto II, o Grande, rei da Dinamarca, Noruega, Escócia e Inglaterra que reinou de 1018 a 1035.
As moedas descobertas nesta semana, são de um momento pioneiro na produção de moedas cunhadas em prata sólida, em massa. A prata havia substituído o ouro romano que por seu turno havia substituído o cobre Anglo Saxão no século VIII.
Quando Etelredo II assumiu o trono, havia mais de 70 “casas da moeda” na Inglaterra, em diversos locais como Londres, Winchester, Lincoln, e York. As moedas de um centavo foram as primeiras a ter a efígie desses primeiros monarcas, pioneiros em seu tempo. Trabalhadores reais especializados podiam carimbar mais de 2.000 moedas em branco por dia.
À medida a tecnologia foi se desenvolvendo as moedas se tornaram mais uniformes e muitas das tradições que existem até hoje foram estabelecidas nessa época, como a posição da cabeça de um monarca.
Espera-se agora a compra das moedas por algum museu inglês, provavelmente da região. O resultado da venda será dividido entre o escavador e o dono do terreno onde foi encontrado como regem as leis locais.
Tesouro, ilustração de Willy Pogany para os Contos de Tisza.
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Deve ter sido o medo da perseguição católica que levou o dono de um pequeno tesouro em moedas de prata a enterrá-las dentro de um sapato, na época da Revolta Holandesa, ou como alguns chamam, na época da Guerra dos Oitenta Anos. Entre 1568 e 1648 o território que é hoje ocupado pela Holanda e parte da Bélgica e que pertencia à Espanha, lutou por sua independência. Os calvinistas que habitavam em grande número o território dos Países Baixos queriam poder manter sua independência religiosa, garantida até então, e temiam que os reis de Espanha viessem a exigir afiliação total ao catolicismo. Esse espírito de revolta foi muito ajudado pelos altos impostos e desemprego generalizado que maltratavam a população. Foram oitenta anos de batalhas e lutas que acabaram com a assinatura do Tratado de Westfália em 1648 e com a unificação e independência da Holanda.
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Foto agência EFE.
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Isso justificaria a causa de se esconder uma coleção – uma pequena fortuna – de 477 moedas dentro de um sapato enterrado no solo. Pouco se sabe sobre essas moedas ou sobre seu dono. Sabe-se, no entanto que essas economias, foram enterradas depois de 1592, porque essa é a data da mais recente moeda no grupo. O tesouro conta com grande variedade de moedas de prata: a mais antiga é de 1472 enquanto qu e a mais recente foi cunhada em 1592.
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Foto agência EFE
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Os arqueólogos holandeses encontraram as 477 moedas de prata enterradas na prefeitura de Roterdã, segunda maior cidade do país. Perguntado sobre o achado, o prefeito da cidade, Ahmed Aboutaleb, se mostrou surpreso com a descoberta e disse que “nunca antes um grupo de arqueólogos tinha descoberto um sapato recheado de dinheiro“. Ainda não foi divulgado o valor atual das moedas encontradas, estima-se em alguns milhares de Euros.
Moedas de prata de origem celta encontradas na Basileia, ao noroeste da Suiça.
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Um tesouro de 293 moedas celtas de prata foi descoberto em Fullinsdorf, no cantão da Basileia, ao noroeste da Suíça. Primeiro foram algumas moedas apenas mal enterradas a poucos centímetros do solo. Elas foram encontradas por um homem comum que trabalhava como olheiro de um sítio arqueológico. Depois, tendo alertado a equipe responsável pelo sítio, foram descobertas mais moedas, quase trezentas ao todo, espalhadas por uma área de 50m², todas bem próximas à superfície. Este achado é o maior número de moedas celtas já encontradas na Suiça.
Segundo Urs Wutrich, chefe do departamento de Cultura do país, trata-se da descoberta arqueológica mais importante já realizada na Suíça. “É o achado do século“. As moedas foram, provavelmente, enterradas juntas. Cada peça tem cerca de um centímetro de diâmetro e apenas duas gramas. No total, pesam cerca de 500 gramas.
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As moedas são de um tipo conhecido como quinários, uma pequena moeda de prata valendo metade de um denário. Quando foram emitidas pela primeira vez em Roma, em 211 a.C., essas moedas foram denominadas quinário porque tinham o valor de cinco as (o equivalente a 5 quilos de moedas de bronze). Quando foram reeditados em 101 a.C., ainda valiam metade de um denário, ainda que a reforma monetária tenha feito o denário valer 16 as. Isso significa que em 101 a.C. o quinário valia oito as.
Os celtas usaram as moedas romanas como modelo, mas modificaram os detalhes. Suas moedas são menores, apenas um centímetro de diâmetro e dois gramas de peso. Os quinários romanos tinham uma figura de capacete de Pallas, depois a imagem de uma Vitória no anverso, e os Dióscuros ( as entidades divinas dos gêmeos Castor e Pólux) a cavalo no verso.
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A versão celta também tem uma vitória de capacete no anverso, mas feito em estilo celta e um único cavalo celta no verso. Essas moedas também tinham no verso escrito em grego, a palavra : KAΛETEΔOY, ou Kaletedou no alfabeto latino.
Existem dois tipos diferentes de quinários no tesouro, uma moeda mais antiga e outra posterior, mas ambas com a palavra Kaletedou. Nós não sabemos quem ou o que ele representa, mas os arqueólogos acreditam que é um nome pessoal, provavelmente pertencente a um chefe gaulês. [NOTA da tradução: muitas das moedas gaulesas de origem celta, existentes no mercado numismático, têm essa palavra inscrita].
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Arqueólogos acreditam que as moedas encontradas na Suiça foram enterradas por volta de 80-70 a.C. E que ainda que tenham sido encontradas espalhadas, elas provavelmente foram enterradas juntas, por alguém tentando escondê-las em local seguro. Não há evidência arqueológica de qualquer localidade ou estrutura em lugar próximo ao da descoberta. Mas sabemos que os celtas habitualmente enterravam seus bens para guardá-los, às vezes perto de um santuário, cuja divindade se tornava guarda permanente.
Atualmente não há como se saber o poder de compra dessas moedas de prata, bronze e ouro na área, naquela época, mas as evidências sugerem que economizar dinheiro acontecia com maior frequência nas áreas ao redor de centros urbanos. Isso quase não acontecia nas aldeias agrícolas ou em áreas semi-urbanas, características da maioria dos assentamentos das tribos locais celtas. Na área Füllinsdorf, quem estaria habitanto a região nesse período seriam os Rauraci, uma tribo cliente do helvécios, que viveu do comércio intra-regional e internacional com os povos do Mediterrâneo. Ela estava bem estabelecida na área já no primeiro século a.C.
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Depois de 80 a.C., o comércio dessa região foi declinando, pois a área estava particularmente perturbada por guerras locais entre líderes tribais. Havia pressão dos povos germânicos contra as forças invasoras de Roma. Com isso a população começou a deixar as áreas menos povoadas em busca da segurança que as cidades fortificadas lhes davam. Essa tensão crescente levou os helvécios, que habitavam o que hoje é a Suíça, a planejarem, junto com tribos celtas, uma migração em massa para a costa atlântica do que hoje é o território da França. Isso aconteceu no ano 61 a.C. Júlio César os impediu. E essa se tornou sua primeira vitória nas Guerras da Gália.
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Para quem puder ou estiver interessado em ver esse tesouro, as moedas encontradas em Füllinsdorf estão em exposição no Museu do Cantão da Basileia de 31 de março de 2012 a 23 de setembro deste ano.
Moedas de 1700 anos atrás, encontradas num milharal
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A administração de assuntos culturais da França divulgou uma foto de três ânforas antigas contendo milhares de moedas de bronze, de mais de 1700 anos de idade. A descoberta de milhares de moedas romanas no campo de L’Isle-Jourdain, perto de Toulouse, no sudoeste da França foi considerada por arqueólogos “ um achado importante, na medida em que não é frequente falar de objetos do tipo desse período“, disse Michel Vaginay ,o responsável regional por descobertas arqueológicas.
Essas moedas, desenterradas e guardadas no final da semana, foram forjadas entre os anos 290 e 310 D.C em Londres, Lyon (atual França), Cartago (atual Tunísia) ou Trier (atual Alemanha). Seriam então da à época em que a França e todos esses outros lugares faziam parte do Império Romano. Foram encontrada em duas ânforas de 80cm de altura e um outro jarro de aproximadamente a metade desse tamanho.
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Ânforas repletas de moedas do século III d.C.
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Os tesouros foram descobertos por dois amantes de arqueologia que já haviam descoberto outras peças romanas nesse mesmo local. “Nós sabíamos que havia mais por aqui e então, no meio de uma caminhada nos deparamos com essas peças na superfície mesmo do solo”, disse um deles. Primeiro achamos mais ou menos 250 peças arqueológicas num campo por aqui que havia acabado de ser arado. Isso nos fez pensar que poderíamos encontrar algo mais por aqui”. Os dois juraram permanecer no anonimato.
Quando descobriram o tesouro, os dois contataram as autoridades responsáveis que verificaram o achado. Mas o dono da propriedade pediu que escavações só fossem feitas depois dessa colheita do milho. A maior preocupação, no entanto, foi manter segredo. Com a demora das escavações, nenhuma palavra sobre o achado deveria chegar aos jornais para que ladrões e outros caçadores de tesouros não tivessem a idéia de virem ao sítio arqueológico roubar e destruir o que havia sido encontrado.
Levadas para Toulouse para classificação e estudos de laboratório, essas moedas devem ser examinadas por um período de aproximadamente três a quatro meses. Depois disso devem poder ser vistas pela população de L’Isle-Jourdain. Pelo menos é o que promete o prefeito da cidade. “Esperamos poder expor algumas dessas peças por um longo período. Mas no momento, o que sabemos ao certo é que os habitantes do cidade poderão ver este achado dentro de poucos meses”.
Um passatempo rendoso foi o que o caçador de tesouros inglês, Dave Crisp, descobriu quando encontrou, na Inglaterra, cerca de 52.500 moedas romanas, datando do século III: uma das maiores descobertas de todos os tempos na Grã-Bretanha. O tesouro, encontrado em Abril e só agora trazido ao público, foi transferido para o Museu Britânico, em Londres, onde as moedas foram limpas e registradas, este trabalho foi feito em dois meses e representou cerca de 400 horas de trabalho para a equipe conservador. No total seu valor deve chegar a £3.300.000 (R$ 9.075.000 ) e inclui centenas de moedas – a maioria de prata baixa ou bronze — com a imagem de Marcus Aurelius Carausius, imperador romano que invadiu e tomou possessão das terras na Grã-Bretanha e ao norte da França no terceiro século da nossa era. Os arqueólogos que tiveram acesso ao achado acreditam que o tesouro, que lança luz sobre a crise econômica e coalizão do governo no século III e que ajudará a reescrever a história nos livros.
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Dave Crisp, um chefe de cozinha de um hospital local, e caçador de tesouros por passatempo, usando um detector de metal localizou as moedas em abril, num campo próximo a Frome, Somerset, na região sudoeste da Inglaterra. As moedas haviam sido enterradas em uma grande jarra — um tipo de recipiente, normalmente usado para armazenar comida — numa profundidade de aproximadamente 30 centímetros. E o tesouro pesa cerca de 160 kg ao todo. Crisp disse que recebeu um sinal de estranho em seu detector de metais o que o levou a começar a cavar.
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“Eu coloquei minha mão dentro, tirei um pouquinho de barro e com ele veio uma pequena moeda romana de bronze – muito, muito pequeno, do tamanho da minha unha“, disse Crisp. Ele retirou cerca de 20 moedas antes de descobrir que eles estavam em um pote e, então, percebeu que precisava de ajuda arqueológica. “Contatei o responsável local da Divisão de Achados Históricos. Ao longo dos anos já tive muitos achados, mas este é o meu primeiro tesouro de moedas, e foi uma experiência fascinante participar nas escavações”.
Dave Crisp fez a coisa certa. Não tentou escavar o tesouro sozinho. “Resistindo à tentação de desenterrar as moedas o Sr. Crisp permitiu aos arqueólogos do Somerset County Council escavarem cuidadosamente a jarra e seu conteúdo, garantindo a preservação de provas importantes sobre as circunstâncias do seu enterro”, disse Anna Booth, Liaison de Achados do Conselho de Somerset.
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Por causa do peso das moedas e da fragilidade da panela em que foram enterradas, o pote deve ter sido enterrado no chão antes das moedas. E ela foram então colocadas dentro dele. Isso sugere que esse tesouro não foi enterrado porque seu dono estava preocupado com uma ameaça de invasão, e queria encontrar um lugar seguro para guardar suas riquezas, com a intenção de recuperá-lo mais tarde, em tempos mais pacíficos. A única maneira que alguém poderia ter recuperado este tesouro seria quebrando o pote e escavando as moedas para fora dele. Isso teria sido difícil. Se essa tivesse sido a intenção, então eles teriam enterrado suas moedas em recipientes pequenos, que seriam mais fáceis de se recuperar. Pensa-se, portanto, que é mais provável que a pessoa (ou pessoas) que enterrou o tesouro confiado não tinha a intenção de voltar e recuperá-lo mais tarde. Talvez tenha sido uma oferta de alguma comunidade agrícola para uma boa colheita ou por um clima favorável.
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As moedas foram divididas em 67 grupos. Cada um desses grupos foi lavado e classificado em separado e, como resultado, sabe-se, hoje, que a grande maioria (85 por cento) das moedas de Carausius, as últimas moedas no tesouro, estava em uma única camada. Isso dá uma fascinante visão sobre como as moedas foram colocadas na jarra, como um conjunto de moedas de Carausius deve ter sido derrubado, panela abaixo e permanece separado do resto das moedas.
O condado já iniciou um inquérito, quinta-feira, para determinar se o achado está sujeito à lei do Tesouro, um passo formal para a determinação de um preço a ser pago por qualquer instituição que deseje adquirir o tesouro. O tesouro é um dos maiores já encontrados na Grã-Bretanha, e irá revelar mais sobre a história da nação no século III, disse Roger Bland, chefe de Antiguidades portáteis do Museu Britânico. A descoberta inclui 766 moedas com a imagem do general romano Marco Aurélio Carausius, que governou a Grã-Bretanha, em governo independente, de 286 aC a 293 dC . Foi ele o imperador romano que governou o país até ser assassinado em 293. “O terceiro século dC, foi um momento em que a Grã-Bretanha sofreu invasões bárbaras, crises econômicas e guerras civis“, disse Bland.
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Roger Bland disse: “Achamos que quem enterrou essa jarra não tinha a intenção de voltar a recuperá-la. Podemos apenas imaginar por que alguém enterraria o tesouro: poderia ser algumas economia, ou o temor de uma invasão, talvez fosse uma oferenda aos deuses.” O domínio romano foi finalmente estabilizado quando o imperador Diocleciano formou uma coalizão com o imperador Maximiano, que durou 20 anos. Isso derrotou o regime separatista que tinha sido estabelecida na Grã-Bretanha por Carausius.
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“Esta descoberta nos traz a oportunidade de colocar Carausius no mapa escolar das crianças. Todos no país estudam sobre a Bretanha Romana há décadas, mas nunca ensinamos nada sobre Carausius, nosso imperador britânico, perdido.” A descoberta de moedas romanas se seguiu a uma descoberta feita no ano passado, de um tesouro de moedas anglo-saxãs na região central da Inglaterra, que ficou conhecido como o tesouro de Staffordshire e que teve mais de 1.500 objetos, a maioria feita de ouro.
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Este artigo foi baseado em 3 diferentes publicações na internet:
Nick Davies, um arqueólogo amador, que comprou seu equipamento de detenção de metais há um mês, em sua primeira aventura arqueológica, descobriu um vaso com pelo menos 10 mil moedas datando da Era Romana. As moedas foram encontradas na região na área de Shrewsbury, Shropshire, na Inglaterra. O Serviço de Museus do governo local acredita que as moedas tenham ficado enterradas por pelo menos 1.700 anos, já que foram cunhadas entre os anos 320 d.C e 340 d.C, no final do governo de Constantino I, quando o território inglês servia de zona de abastecimento de alimentos para o Império Romano. Na pilha, há moedas que comemoram o aniversário e a fundação de Roma e de Constantinopla. Juntas elas pesam aproximadamente 32 kg.
As moedas foram encontradas num grande e simples vasilhame de barro e enterradas no solo inglês. O topo do vaso já havia se quebrado mesmo sob a terra, ao longo dos anos, mas as 300 e poucas moedas que deslizaram para fora foram também recuperadas pelo arqueólogo amador. As moedas, aproximando em número 10.000, são todas de bronze. Algumas tem banho de prata. Elas eram conhecidas como NUMMI, e eram comuns no século IV da nossa era. É provável que essa grande quantidade de moedas enterradas faça parte do tesouro de uma comunidade, ou de uma única pessoa, mas devem ser o resultado de pagamento por uma ou mais colheitas. Só não se pode imaginar porque essas economias não foram retiradas do solo por seu dono.
O grupo de moedas e o jarro em que foram encontradas foram mandados para o museu Britânico para um exame detalhado do material encontrado. No museu, o processo de limpeza das moedas, separação daquelas que se fundiram umas às outras e classificação deve levar diversos meses. Até lá essa descoberta não estará acessível ao grande público.