Água, uma fonte de energia já mesmo na antiguidade.

6 11 2014

 

 

lutterellMoinho d’água medieval, iluminura do Livro de Salmos Luttrell, 1320-1340.

 

Água, sua falta e sua abundância, assunto que está em pauta.  Menos do que deveria estar, já que é um elemento essencial para a nossa sobrevivência  e sofre com as mudança climáticas.   Mas pensando nisso me pergunto se não é surpreendente que tenhamos tão pouco uso de água como força geradora em moinhos.

Abundância de água doce nós tivemos até o século XXI.  Por que então há tão poucos moinhos d’água em funcionamento, nas pequenas propriedades?  E por que a nossa tradição rural não manteve tais moinhos?  São poucos os que resistem até hoje.  Não é por falta de conhecimento.  Desde a antiguidade usava-se a água como força motora.

Essas ponderações me vieram depois da leitura de um capítulo inteiro dedicado ao uso dos moinhos d’água como fonte de energia na idade média.

“As décadas turbulentas em que Roma tentava se expandir para o Levante marcaram outra conquista muito mais duradoura do que a Pax Romana: o início do domínio da energia da água.  Um papiro do século II aEC menciona a noria ou uma roda automática de irrigação no Egito, e em 18 aEC Estrabão menciona um moinho de grão movido a água no palácio que Mitrídates, rei do Ponto havia construído em 63 aEC. Um contemporâneo de Estrabão, Antípatro, celebra o moinho d’água como o libertador da labuta das serventes.  Os primeiros moinhos d’água eram horizontais, revolvendo em torno de um eixo vertical preso à mó. Mas Vitrúvio que por consenso data do século I aEC, dá instruções para uma construção para uma roda de moinho d’água vertical … o moinho de Vitrúvio foi o primeiro grande resultado de design para uma máquina com poder de movimento contínuo.”

Não é para surpreender? Tanta água, tantos rios e tão poucos moinhos…

 

Traduzido do inglês por mim.

 

Em: Medieval Technology and Social Change, Lynn White, Jr., Nova York, Oxford University Press: 1964, essa edição de 1968, p: 80





Minha profissão: Marcelo Valença, designer industrial

22 03 2011
Marcelo Valença.

Esta é a sexta entrevista com o título Minha profissão, que foca em jovens profissionais falando sobre suas preparações para exercerem as profissões que têm.  As anteriores incluem: bibliotecária, músico, empresária em comércio exterior, fotógrafo, analista de sistemas.

Marcelo Valença, designer industrial

Perfil 

Sou um cara tranquilo de mente irrequieta. Aprendo com pessoas, lugares, desafios. Sorrio bastante e falo ainda mais. Vivo música e design e gosto de aprender sobre tudo o mais.

Que tipo de trabalho você faz?

 Sou designer industrial, ajudo empresas e indústrias a melhorar ou conceber seus produtos ou serviços. Procuro sempre melhorar o modo como as pessoas se relacionam com os objetos e espaços e estes com a sociedade e o meio ambiente.

Trabalho para a Questto Design, tenho minha microempresa, a mvdesignbrasil e sou professor de computação gráfica no Istituto Europeo di Design.

 —

Você trabalha no campo de sua formação profissional ou trabalha numa área diferente daquela para qual estudou?

 Sou bacharel em Design do Produto, fiz a primeira metade da graduação na UFPE e a segunda na Belas Artes/SP. Também cursei Letras na UFPE.

—-
Para o trabalho que você faz agora, o que poderia ter sido diferente no seu curso de formação?

 Se tem uma palavra que bem define design e os designers é multidisciplinaridade. Você pode ser designer gráfico, industrial, de moda ou interiores e em cada uma destas carreiras precisará aprender sobre dezenas de outras áreas. Cada faculdade de design encontra um viés específico e é bom conhecer antes de fazer o curso.

Seja por eleger a técnica (materiais e processos fabris, softwres 3D, ergonomia), a criação (estética, sketch, rendering), a administração (gestão, marketing, branding) ou a sociedade (ecodesign, etnografia, sustentabilidade), dificilmente as escolas conseguem atingir essa multidisciplinaridade com ensino de qualidade em todas as áreas.

 —-

Marcelo Valença no trabalho.


O que você faz para continuar a se atualizar?

 Leio muito e trabalho com dedicação. Mantenho a cabeça sempre em atividade e procuro aprender o máximo com cada novo projeto que participo. Sempre que possível faço cursos, atendo a palestras e workshops e participo dos concursos e exposições da área.

 Acredito que um bom designer deve ser curioso, observador e ter a cabeça aberta para novas informações e conceitos, sempre.

Você precisa usar alguma língua estrangeira frequentemente?

 Sim. Falo inglês fluentemente e sei um pouco de italiano, francês e espanhol, idiomas que uso em viagens e para contatos com clientes e fornecedores no exterior. Costumo ler livros e visitar sites estrangeiros diariamente e, por isso, considero o inglês essencial.

Que conselho daria a um adolescente que precisa decidir que carreira escolher?

 Procure conhecer o máximo sobre os cursos e as carreiras em que tens interesse, ouça os conselhos dos pais e professores, mas forma tua própria opinião antes de escolher.

Também não se preocupe em acertar de primeira. O ensino médio faz parecer que estamos tomando uma decisão para a vida aos dezessete anos, mas a coisa não é bem assim. Descubra teus talentos e procure uma carreira que te permita expandi-los e que te leve a conquistar teus sonhos.

Você tem um lugar na internet que gostaria de mostrar para os nossos leitores? Um blog, twitter?

Para quem quer conhecer um pouco mais sobre design, dois sites da gringa que recomendo: www.core77.com e www.yankodesign.com. No meu twitter posto indicações de livros, artigos da web ou eventos de design (@marcelov).





DESIGN = Concurso internacional de maçanetas de portas

23 02 2011

—-

—-

Concurso internacional de maçanetas de portas

A Designboom e a COLOMBO Design promovem uma competição internacional de design.  A participação está aberta a pessoas de qualquer país, a profissionais e estudantes assim como a entusiastas do design.   A inscrição – gratuita – é obrigatória.

Os participantes devem apresentar um novo design de maçaneta de porta interior que seja versátil, podendo  ser usado nos projetos arquitetônicos contemporâneos, quer  residenciais quer públicos.   

COLOMBO DESIGN, a é uma das grandes empresas  italianas de manufatura de maçanetas e acessórios para portas e janelas; e se preocupa com um design de qualidade que combine inovação tecnológica com excelência em procedimentos de manufatura industrial, adotando processos que sejam eco-compatíveis em cada nível da produção.    O catálogo da Colombo Design mostra o que há de mais avançado em maçanetas de porta, criações dos maiores protagonistas do design internacional do momento, entre eles Carlo Bartoli,  Jean Marie Massaud, Jasper Morrison, Michele de Lucchi, Alberto Meda e Konstantin Grcic.

Com essa competição a COLOMBO DESIGN tenta expandir os horizontes das maçanetas.

Todas as informações necessárias no site.   CLIQUE AQUI

Data Final: 20 de abril de 2011.





Cartaz da Copa do Mundo de 2010

11 06 2010

—-

—-

Hoje foi a abertura da Copa do Mundo.  Para celebrar este evento nada melhor do que rever o fabuloso design do cartaz oficial da FIFA.