Um exposição de orquídeas no Jardim Botânico II

6 05 2009
Orquídea, foto: Ladyce West

Orquídea, foto: Ladyce West

 

As cores de alguns exemplares são tão vivas que parecem falsas, e se não olhássemos para as folhas ao redor acharíamos que estávamos num mundo fora dos limites da natureza.  

 

Flores pequeninas também!  Orquídea.  Foto: Ladyce West

Flores pequeninas também! Orquídea. Foto: Ladyce West

    Há uma complexidade de cores e formas incomparável.  Para leigos, como eu, é difícil saber como selecionar a mais bela das orquídeas.  Contento-me em apreciar sua beleza exótica feita por translúcidas pétalas acetinadas!

    Orquídea Branca, foto: Ladyce West

    Orquídea Branca, foto: Ladyce West





Atenção, crianças! Quem gosta de desenhar?

4 05 2009
Emília desenhando à noite, da revista em quadrinhos O Sítio do Picapau Amarelo.

Emília desenhando à noite, da revista em quadrinhos O Sítio do Picapau Amarelo.

Copio e colo aqui, uma idéia maravilhosa para vocês que saiu no BLOG DA  AGÊNCIA TOP KIDS & TEENS.

 

Se você tem até 12 anos e gosta de desenhar ou fazer arte através do computador, pode ter seu talento reconhecido. Estou precisando de uma capa para meu livro “A Criança e a Propaganda” e abrindo um concurso para escolher um desenho que poderá se tornar esta capa.

 

Leia o regulamento abaixo e participe!

 Abraços,

 

Carlos N. Andrade

REGULAMENTO DO CONCURSO CULTURAL
“SEU DESENHO PODE VIRAR UMA CAPA!”

1. O Concurso “Seu desenho pode virar uma capa!” tem por objetivo a escolha de uma capa para o livro “A Criança e a Propaganda” (título provisório) escrito por Carlos N. de Andrade onde o autor procura tirar duvidas sobre o agenciamento e os trabalhos de crianças e adolescentes para as propagandas.
4. O Concurso “Seu desenho pode virar uma capa!” é administrado pela C. N. Andrade Produções Artísticas, que se reserva o direito de suspender ou cancelar o concurso a qualquer momento, ou alterar seu regulamento, com aviso prévio aos participantes.

3. Para participar, basta ter até 12 anos de idade e fazer um desenho numa folha de papel tamanho A4 e enviar para a Top Kids & Teens.

4. O tema a ser desenhado é: “A Criança e a Propaganda”, o desenho tem que ser de autoria própria e ser inédito, isto é, nunca ter sido publicado antes.

5. Os artistas mirins podem se utilizar várias técnicas manuais ou digitais, mas aconselhamos a não enviarem seus desenhos com traços muito finos ou a lápis, o que dificultaria a digitalização.
Para trabalhos digitalizados, envie para o e-mail:

desenho@topkids.com.br


Para os trabalhos em papel, envie por carta (sem dobrar) para o endereço:

 

Rua Álvaro Alvim, 31 sala 1302 – Centro – Rio de Janeiro – RJ – Cep: 20031-010.

Informe seu nome, idade e se já é cadastrado na agência Top Kids & Teens.

 

 
6. Os melhores desenhos serão publicados no blog da Top Kids & Teens: www.blogdatkt.blogspot.com.
7. O melhor desenho receberá da Top Kids & Teens, um cadastro Premium por um ano. www.topkids.com.br/comoentrar.php (Contrato de prestação de serviço de manutenção e divulgação do material de trabalho nos valores de R$ 360,00  até os 4 anos de idade ou R$ 510,00 para as idades de 5 a 12 anos).
8. Os participantes concordam em ceder o direito sobre seus desenhos a Top Kids & Teens que poderá utilizá-los junto com a imagem dos participantes para divulgação do concurso.
9. O vencedor concorda em ceder os direitos sobre seu desenho para ser usado no livro citado no item primeiro.

10. Os desenhos poderão ser entregues até 15/06/2009 e o resultado será divulgado em 25/06/2009 no blog: www.blogdatkt.blogspot.com.
11. A comissão julgadora escolherá um desenho vencedor que fará jus ao prêmio estipulado no item 7, mas a decisão de sua publicação fica a critério do autor.
12. Quaisquer dúvidas ou omissões relacionadas ao regulamento e funcionamento deste concurso, serão julgadas única e exclusivamente pela administração do programa, cujas decisões são soberanas e irrecorríveis.





BOAS NOTÍCIAS DO RECIFE!

29 04 2009

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Um grupo de voluntários aproveitou o feriado de Tiradentes, na terça-feira da semana passada, para plantar várias espécies no município do Cabo de Santo Agostinho, na região metropolitana do Recife. Cerca de 70 voluntários, a maioria crianças,  participaram do mutirão de reflorestamento.  Pelo menos 200 árvores típicas da Mata Atlântica foram plantadas em um terreno de oito hectares localizado na zona rural da comunidade de Vila do Rosário, área de preservação ambiental. Ao lado de cada muda, foi colocada uma placa com o nome de quem a plantou.

 

A psicóloga Goreti de Sá mora na região há 12 anos. Ela e outras duas pessoas tiveram a idéia de criar um centro de vivência ecológica para colocar em prática ações de preservação da natureza.

 

– Nossa intenção é mensalmente juntar um grupo de pessoas sensíveis à natureza e plantar árvores – explica.

 

O motorista de transporte público Gilberto Vasconcelos foi um dos coordenadores do mutirão.  Ele criou, há dois anos, o projeto “Adote uma árvore”. Ele sonha conseguir plantar em Pernambuco cem mil mudas de árvores. Com tanta gente ajudando, Gilberto Vasconcelos acredita que esse desejo pode virar realidade.

 

Quando eu decidi colocar essa estimativa de cem mil árvores plantadas, eu não imaginava a dimensão que esse projeto ia tomar. Muitos apoiaram esse projeto, comunidades, crianças e universitários. Espaço para plantar é que não vai faltar – diz.

 

O projeto Adote uma árvore foi criado pela preocupação de Gilberto Vasconcelos com a degradação do meio ambiente.  Seu objetivo é plantar 100 mil árvores na Região Metropolitana do Recife.

 

Para fazer essa ação solidária, o motorista, que mora do bairro de Aguazinha, conta com a ajuda dos passageiros. “Alguns passageiros que regulamente andam no meu veículo, juntam garrafas pet para ajudar no meu projetoAdote uma árvore – serviço ambiental”, explica.

 

As garrafas servem para separar as mudas das plantas e são recolhidas não só com os passageiros voluntários, mas também no lixo. “A questão de optar pelo uso das garrafas é para economizar. Um saco de muda custa R$ 0,20. Parece pouco, mas para quem pretende plantar 100 mil árvores é bastante. Onde eu iria arrumar R$ 20 mil para comprar só em saquinhos?

 

Eu tenho o maior prazer de fazer isso. Muitas pessoas perguntam por que eu gasto meu dinheiro com isso”, conta o motorista plantador de árvores. “Para mim não existe dinheiro que pague a satisfação de ver uma árvore nascer, crescer e purificar o ar que a gente respira”, disse.

 

 

Fonte: O Globo





Bebês bilíngues podem ser precoces em tomar decisões

29 04 2009

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Na revista The Economist da semana passada li um artigo sobre estudos feitos com bebês cujos famílias falam dois idiomas diferentes.  Este assunto sempre me interessa porque passei a maior parte da minha vida em situações bilíngües, conhecendo muitas crianças também bilíngües.  O artigo segue, numa tradução bastante liberal.

 

 

 

 

 

 

Ensinar uma segunda língua a crianças pequenas ainda gera alguma controvérsia entre educadores.   Por um lado diz-se que é muit0 mais fácil adquirir uma segunda língua ainda muito jovem.  Por outro lado, professores de alunos que falam uma língua em casa diferente daquela que falam na escola dizem que estes alunos parecem estar sempre mais devagar no aprendizado do que seu colegas que usam uma única língua. 

 

Um estudo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences no número para maio deste ano, talvez ajude a clarificar o que acontece no cérebro de uma criança que é bilíngüe, ajuda a esclarecer como o pensamento de uma criança bilíngüe pode ser afetado,  e finalmente em que circunstâncias seria uma vantagem ser bilíngüe.  Agnes Kovacs e Jacques Mehler trabalhando no International School for Advanced Studies em Trieste dizem que alguns aspectos do desenvolvimento cognitivo dos bebês criados num lar bilíngüe é acelerado para ajudá-los a decidir com qual das duas línguas eles estão lidando.  

 

A parte de cognição no caso é aquela a que se denomina  “função executiva”.  É o que permite as pessoas de organizarem, planejarem, priorizarem suas atividades, é o que lhes permite de trocar de foco de atenção entre uma coisa e outra.  Ser bilíngüe é uma característica comum em Trieste, que apesar de ser italiana, a cidade está rodeada pela Eslovênia.   Isso foi providencial para permitir aos Dr. Kovacs e Dr. Mehler que observassem 40 crianças num estágio ainda pré-verbal de sete meses de idade, metade delas criadas em uma só língua, enquanto que as outras eram produto de lares bilíngües.  Assim, eles puderam comparar o desenvolvimento de ambos os grupos levando em consideração tarefas que necessitavam de controle da “função executiva”.

 

Primeiro os bebês foram treinados para esperarem pela presença de um boneco numa tela, depois de terem ouvido um grupo de palavras de non-sense, inventadas pelos pesquisadores.  Aí, as palavras e a posição do boneco foram mudados.  Quando isso foi feito, os bebês criados em uma única língua tiveram dificuldades de superar sua resposta já bem treinada, mesmo depois que os pesquisadores deram a eles mais dicas de que coisas haviam mudado.   Os bebês bilíngües, no entanto, acharam muito mais fácil mudar o foco de sua atenção – passando por cima do que haviam aprendido anteriormente e que já não lhes servia mais.  

 

Monitorar as línguas e mantê-las separadas é parte da “função executiva”do cérebro.  Esses estudos, então, sugerem que mesmo antes de uma criança ser capaz de falar, um ambiente bilíngüe parece acelerar o desenvolvimento desta função.   Mas antes de tomarmos uma decisão apressada de educar nossas crianças em duas línguas desde bebês, precisamos levar em consideração alguns detalhes, entre eles, o de que este benefício cognitivo foi demonstrado só entre bebês em lares bilíngües, onde ambas as línguas são faladas rotineiramente.  Os pesquisadores trabalham com a hipótese de que pode ser o fato de ter que lidar com duas línguas no mesmo ambiente que venha a obrigar um maior uso da função executiva.  Não está claro se os mesmo benefícios ocorrem com crianças que aprendem uma língua em casa e outra na escola.

 





Curiosas múmias egípcias encontradas ao sul de Cairo

28 04 2009

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Arqueólogos egípcios apresentaram neste domingo um conjunto de múmias em sarcófagos com decorações curiosas e dezenas de tumbas descobertas em uma necrópole do Oasis de Fayum, no sul do Cairo. As 53 tumbas, algumas com 4 mil anos, foram achadas recentemente em uma área deserta que abrange um centro agrícola da aldeia de Illhun, a 80 km da capital do Egito.

 

Os pesquisadores informaram à imprensa que a necrópole fica perto da pirâmide do faraó Sesostris II, de quase 4 mil anos de antiguidade. Os sarcófagos encontrados na área mais profunda do complexo mortuário estavam pintados com rostos que poderiam ser dos próprios defuntos, com as cores azul, amarelo, cobre e preto.

 

De acordo com Abdel Rahman el Ayedi, sub-secretário do Conselho Supremo de Antiguidades de Egito, arqueólogos acharam também um sarcófago com a inscrição que poderia pertencer a uma mulher chamada Isis Her Ib – filha de uma das autoridades máximas de Illahun.

 

Segundo Ayedi, apesar de não se conhecer muito sobre a necrópole, algumas tumbas tinham apenas 2,8 mil anos, enquanto outras eram do Império Médio, datado entre os anos 2061 e 1786 a.C.. No local, foram descobertos ainda uma capela funerária com um altar, máscaras pintadas, cerâmicas, estátuas e amuletos de proteção.

 

 

Terra

 

 





Decoração de azulejos era língua escrita

26 04 2009

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A decoração, os símbolos encontrados em azulejos, louças e demais objetos do povo  que habitava o vale do Indo, no Paquistão, há mais de quatro mil anos são “palavras” de uma língua que até agora era desconhecida, sugere um estudo realizado por cientistas da Universidade de Washington e publicado na revista Science.

 

A equipe de matemáticos e engenheiros informáticos e arqueólogos indianos e norte-americanos liderada por Rajesh Rao,  afirma que o misterioso código só poderá ser decifrado se for encontrado um elemento -chave “equivalente à famosa Pedra de Roseta que (por ter o mesmo texto escrito em grego e egípcio demótico) permitiu a compreensão dos hieróglifos egípcios“.

 

 

 

 

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Os códigos misteriosos foram encontrados em pequenas placas de pedra, amuletos e placas de cerâmica e, até hoje, muitos especialistas afirmavam que elas eram simples pictogramas religiosos ou políticos.

 

A equipe realizou um estudo estatístico que comparou a seqüência de símbolos – conhecidos como “Escrita do Indo” – com diversas manifestações lingüísticas, desde o Inglês moderno até o antigo sânscrito e também com sistemas não lingüísticos.

 

 

 

 

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Neste ponto, podemos dizer que a Escrita do Indo parece ter concomitâncias estatísticas com as línguas naturais“, disse Rajesh Rao, cientista da Universidade de Washington e líder da equipe que realizou a pesquisa.

 

A Escrita do Indo é conhecida há quase 130 anos, “mas apesar de mais de 100 tentativas ainda não foi decifrada; no entanto, se entende que codifica uma linguagem“, afirmou Rao.

 

O povo do Indo foi contemporâneo das civilizações egípcia e mesopotâmica e habitou o vale do rio Indo – que ficava onde hoje é o leste do Paquistão e noroeste da Índia – em uma época entre o ano 2600 e 1900 a.C..

 

 

 

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Agora, Rao tem esperança de chegar ainda mais longe no estudo das escrituras para decifrar o seu código. “No momento queremos analisar a estrutura e sintaxe da escritura para deduzir suas regras gramaticais“, disse ele.

 

O cientista espera que este tipo de informação contribua para decifrar a linguagem no futuro, se aparecer um equivalente da Pedra de Roseta.

 

 

 

 

Fonte: Portal Terra

 





Rio São Francisco perdeu volume d’água

24 04 2009

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Uma pesquisa feita por cientistas norte-americanos aponta que o fluxo de água na bacia do rio São Francisco, que nasce em Minas Gerais e deságua no nordeste do Brasil, caiu 35% no último meio século.

 

O estudo, que será publicado no próximo dia 15 de maio no Journal of Climate, da Sociedade Meteorológica Americana, foi feito por pesquisadores do National Center for Atmospheric Research (NCAR), que fica no Estado americano do Colorado.   Eles analisaram dados coletados entre os anos de 1948 e 2004 nos 925 maiores rios do planeta, e concluíram que vários rios de algumas das regiões mais populosas estão perdendo água.     De acordo com os pesquisadores, a bacia do São Francisco foi a que apresentou o maior declínio no fluxo de águas entre os principais rios que correm em território brasileiro durante o período pesquisado.

 

Neste mesmo período, o fluxo de águas na bacia do Amazonas caiu 3,1%, enquanto as bacias de outros rios brasileiros apresentaram uma elevação na vazão.   O fluxo de águas no rio Paraná (que termina na Argentina), por exemplo, apresentou um aumento de 60% no período pesquisado, enquanto a bacia do Tocantins registrou um acréscimo de 1,2% em sua vazão.   Segundo o cientista Aiguo Dai, o líder da pesquisa, esta variação está relacionada principalmente a mudanças na quantidade de chuvas nas regiões das bacias.

 

Estas alterações nos níveis de precipitações, de acordo com o pesquisador, estariam relacionadas, principalmente, ao fenômeno meteorológico El Niño, que consiste em um aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico e que afeta o clima da região e do planeta.Dai afirma que, entre 1948 e 2004, a região da bacia do rio São Francisco apresentou uma leve queda nos níveis de precipitações e um grande aumento de temperatura.

 

Estes dois fatores contribuíram para o grande declínio do escoamento do rio. Segundo ele, o aumento das temperaturas eleva a evaporação, e assim, reduz o fluxo de água do rio.   Eu avalio que algumas destas mudanças na temperatura e nas precipitações estão relacionadas às mudanças nas atividades do El Niño, mas não todas elas“, afirma o cientista.

 

De um modo geral, o estudo aponta que alguns dos rios mais importantes do planeta e que abastecem áreas populosas estão perdendo água.    Um terço dos 925 rios pesquisados apresentaram mudanças significativas nos fluxos de água no período, sendo que aqueles que perderam vazão ultrapassam os que ganharam em uma proporção de 2,5 para 1.   

 

Entre os rios que apresentaram declínios na vazão estão alguns que servem a grandes populações, como o Amarelo, na China, o Niger, na África, e o Colorado, nos Estados Unidos. Em contraste, os pesquisadores constataram um aumento considerável na vazão de rios em áreas pouco habitadas no Oceano Ártico.

Entre os que permaneceram estáveis ou que registraram um pequeno aumento no fluxo de água estão o Yang Tsé, na China e Bhrahmaputra, na Índia.  Segundo os pesquisadores, muitos fatores podem afetar a vazão desses rios, incluindo barragens e o desvio de água para a irrigação.   Mas, de acordo com os dados da pesquisa, em muitos casos, a redução no fluxo de água pode estar relacionada às mudanças climáticas globais, que alteram os padrões de chuvas e os níveis de evaporação.

 

A redução na vazão aumenta a pressão sobre as reservas de água doce em grande parte do mundo, especialmente em um momento em que a demanda por água aumenta por causa do crescimento da população. A água doce é um recurso vital, e a tendência de queda é motivo de preocupação“, diz Aiguo Dai.

 

Pesquisas anteriores feitas em grandes rios, no entanto, apontavam que a vazão global dos cursos de água estaria aumentando.

 

 

BBC Brasil/ Estadão





Olhar no início do universo: NOVIDADES!

24 04 2009

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Ilustração da ‘bolha’. A imagem corresponde a um diâmetro de dezenas de milhares de anos-luz.

 

 

 

Uma estranha e gigantesca “bolha”, avistada numa época em que o Universo era relativamente jovem, está intrigando os astrônomos.  Usando telescópios baseados no solo e no espaço, cientistas olharam para quando o Universo tinha apenas 800 milhões de anos, e descobriram algo desproporcional e anacrônico. era gasoso, enorme e emitia um tipo de radiação, explica o principal autor do estudo, Masami Ouchi, dos Observatórios Carnegie (EUA).

 

Os cientistas não sabem exatamente como se referir ao objeto, então o estão chamando de “bolha” que emite radiação. Eles usam a palavra – em inglês, “blob”, uma forma consagrada em filmes de terror como A Bolha Assassina  – 34 vezes no artigo científico que descreve a descoberta, e que será publicado no Astrophysical Journal. Formalmente, o nome dado é Himiko, uma rainha mitológica do Japão.

 

A questão é: o que é?”, diz Richard Ellis, do Instituto de Astronomia da Califórnia, que não tomou parte na descoberta. “Frequentemente, um enigma leva a um grande avanço. Meu instinto me diz que esse objeto é muito especial“.

 

Ouchi e Ellis dizem que uma possibilidade é de que, por pura sorte, os astrônomos tenham captado o momento exato da formação de uma galáxia no Universo primitivo, algo que jamais tinha sido visto antes.

 

À medida que olham para mais longe no espaço, cientistas também estão olhando cada vez mais para o passado. O que Ouchi descobriu aconteceu há 12,9 bilhões de anos. Apenas três outros objetos mais antigos já foram avistados.

 

O mais impressionante na “bolha” é seu tamanho, quase tão grande quanto a Via-Láctea. De acordo com muitas teorias sobre a história do Universo, nada tão grande deveria existir num tempo tão remoto. Outras explicações possíveis para a natureza de Himiko seriam uma colisão entre galáxias ou um fenômeno provocado por um buraco negro.

 

FONTE: Estadão on line

 





A importante contribuição da Biblioteca Nacional para o projeto: biblioteca mundial

23 04 2009

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Biblioteca Nacional, av. Rio Branco, Rio de Janeiro.

 

 

 

A Biblioteca Nacional do Brasil, tem um patrimônio superior a 9 milhões de publicações, e foi considerada pela UNESCO como a 8ª maior biblioteca do mundo. A BN também é a maior biblioteca da América Latina.

A Fundação Biblioteca Nacional (BN) é uma das mais antigas instituições públicas brasileiras. Foi instalada oficialmente no Rio de Janeiro em 1810.  O núcleo original de seu poderoso acervo é a antiga livraria de D. José organizada sob a inspiração de Diogo Barbosa Machado, Abade de Santo Adrião de Sever, para substituir a Livraria Real, cuja origem remontava às coleções de livros de D. João I e de seu filho D. Duarte, e que foi consumida pelo incêndio que se seguiu ao terremoto de Lisboa de 1º de novembro de 1755.  A BN é hoje a maior fonte de pesquisa em livros, jornais e periódicos do país e tem a função de ser a depositária da memória bibliográfica e documental do Brasil.

 

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Instalada em um imponente prédio estilo eclético (onde se misturam elementos neoclássicos), na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, abriga verdadeiras raridades da literatura. Obras impressas nos primórdios da invenção da imprensa, como a Bíblia Mongúncia (Bíblia Latina), publicada por Gutenberg e seus sócios, em 1462, é considerada pela chefe da Divisão de Obras Raras (Diora), a bibliotecária Ana Virginia Pinheiro, como uma das peças mais raras da divisão. Existem apenas outros 60 exemplares conhecidos desta bíblia em todo o mundo.

Há na Biblioteca Nacional obras ainda mais antigas, escritas a mão sobre pergaminho, como O Livro dos Evangelhos, do século XI, escrito em grego e considerado o livro mais antigo na América Latina. O conjunto de obras impressas mais antigas datam do século XV, são os ‘incunábulos’, livros publicados nos primeiros 50 anos da invenção da tipografia por Gutenberg, e publicados até o ano de 1500.

  

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A maior parte deles está depositada na Divisão de Obras Raras – Diora –, onde podem ser consultados por pesquisadores especializados. A Diora guarda livros publicados entre os séculos XV e XVII e tem a missão de salvaguardar o acervo precioso da Biblioteca Nacional. Calcula-se que existam hoje mais de 70 mil obras na seção, em dois quilômetros de prateleiras. Na apreciação do acervo realizada em 1946, foram identificados 18 mil volumes na Diora. Os livros, alguns em pergaminho, são escritos em grego, latim, árabe, hebraico e línguas arcaicas ou mortas.   

A Biblioteca não estimula visitas às coleções especiais (Obras Raras, Manuscritos, Cartografia, Iconografia e Música). Recebe o pesquisador que tem interesses de pesquisa bem definidos e que traga carta de apresentação assinada pela instituição onde desenvolve a pesquisa ou de próprio punho, a título de declaração de idoneidade para consulta a acervo tão precioso”, informou Ana Virgínia.  O acesso restrito ao acervo da Diora se explica pela necessidade de proteger e preservar documentos únicos, datados, alguns deles, antes mesmo do descobrimento do Brasil. Os estudos são feitos através de microfilmes e material digitalizado, na falta destes, a consulta é direto no original.

 

 

 

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O Depósito Legal é a principal fonte de captação de obras para a BN, mas as peças mais antigas e de grande valor histórico foram obtidas por meio de doações. A maior delas foi a coleção Dona Tereza Cristina Maria doada pelo imperador Dom Pedro II, quando estava no exílio em Portugal, em 1891. São mais de 48 mil peças, entre livros, manuscritos, partituras, gravuras, desenhos, fotografias e mapas. As coleções doadas à BN são privilegiados instrumentos de pesquisa sobre a história do Brasil.

Desejando consolidar a inserção da Fundação Biblioteca Nacional na sociedade da informação, foi lançado o Portal Institucional (www.bn.br), permitindo o acesso aos Catálogos on line . Em 2006 foi criada a Biblioteca Nacional Digital concebida de forma ampla como um ambiente onde estão integradas todas as coleções digitalizadas colocando a Fundação Biblioteca Nacional na vanguarda das bibliotecas da América Latina e igualando-a às maiores bibliotecas do mundo no processo de digitalização de acervos e acesso às obras e aos serviços, via Internet.

 

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 Foto: Fátima Nascimento

 

 

O prédio atual da Fundação Biblioteca Nacional teve sua pedra fundamental lançada em 15 de agosto de 1905 e foi inaugurado cinco anos depois, em 29 de outubro de 1910. O prédio foi projetado pelo General Francisco Marcelino de Sousa Aguiar, e a construção foi dirigida pelos engenheiros Napoleão Muniz Freire e Alberto de Faria. Integrado à arquitetura da recém-aberta Avenida Central, hoje Avenida Rio Branco, o prédio é de estilo eclético, em que se misturam elementos neoclássicos. As instalações do novo edifício correspondiam na época de sua inauguração a todas as exigências técnicas: pisos de vidro nos armazéns, armações e estantes de aço com capacidade para 400.000 volumes, amplos salões e tubos pneumáticos para transporte de livros dos armazéns para os salões de leitura.

Em meio à fachada principal, o edifício possui um pórtico com seis colunas coríntias, que sustentam o frontão ornamentado por um grupo em bronze, tendo ao centro a figura da República, ladeada por alegorias da Imprensa, Bibliografia, Paleografia, Cartografia, Iconografia e Numismática. O conjunto foi executado de acordo com maquete do artista nacional Modesto Brocos. Do lado direito da Portada, uma estátua de bronze, de Corrêa Lima, representa a Inteligência; uma outra, do lado esquerdo, da autoria de Rodolfo Bernardelli, representa o Estudo. Na parte superior da fachada, de cada lado do tímpano, vêem-se, em bronze, os anos da fundação da Biblioteca MDCCCX, e da inauguração do prédio, MCMX.

 

 

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No saguão há, à direita e à esquerda, dois painéis do pintor norte-americano George Bidddle e dois baixos-relevos em bronze de sua esposa, a escultora Helena Sardeau Biddle. Essas obras de arte constituem oferta do governo dos Estados Unidos da América ao Brasil e foram inauguradas no dia 8 de dezembro de 1942. As escadas internas são de mármore com gradil de proteção em bronze com tratamento de pátina preta e friso formando o corrimão em latão dourado polido. No patamar do lance de escada entre o segundo e o terceiro andar, localiza-se o busto em mármore de D. João VI, esculpido em Roma, em 1814, por Leão Biglioschi e que pertenceu à Real Biblioteca.

Sob a clarabóia em vitral colorido, do saguão, e como que a sustentando, vêem-se 12 cariátides em gesso.Todo o conjunto do edifício é encimado por quatro clarabóias com vitral colorido; uma no zimbório central sobre o saguão; uma sobre a ala lateral dos armazéns de livros (à esquerda); outra sobre a ala lateral dos armazéns de periódicos (à direita), a quarta localiza-se sobre o salão da Divisão de Obras Raras. São dignos de nota os painéis assinados por artistas de renome, que decoram o terceiro e o quarto pavimentos. No terceiro, na Divisão de Obras Raras, antigo salão geral de leitura, encontram-se painéis de Rodolfo Amoedo, A Memória e A Reflexão, e de Modesto Brocos, A Imaginação e A Observação. No quarto andar, onde se localiza o Gabinete da Presidência, encontram-se mais quatro painéis, dois de Henrique Bernardelli, O Domínio do Homem sobre as Forças da Natureza e A Luta pela Liberdade, e dois de Eliseu Visconti, O Progresso e A Solidariedade Humana. Em espaço do andar térreo (ou primeiro andar) com aceso pela Rua México foi inaugurado no ano de 2000 um moderno auditório que levou o nome de Machado de Assis e uma galeria para exposições com os requisitos ideais de luz e temperatura. Esse espaço foi inaugurado com a magnífica exposição “Brasil 500 anos na Biblioteca Nacional”.

 





Unesco lança biblioteca mundial na internet

23 04 2009

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Biblioteca de Humboldt, detalhe, 1856

Eduard Hildebrandt (Alemanha, 1818-1869)

Aquarela

 

 

 

 

 

Um acervo raro, espalhado por 32 bibliotecas de 19 países, está agora na internet. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) lançou ontem, em Paris, a Biblioteca Digital Mundial (World Digital Library, WDL), um acervo literário e artístico online disponível em português e em outras seis línguas. A WDL é, na realidade, uma midiateca e tem até agora 1,4 mil objetos digitalizados, entre livros raros, manuscritos, cartas, filmes, gravações sonoras, ilustrações e fotos.

 

 

 

O acervo foi reunido com contribuições de bibliotecas nacionais e instituições culturais de países como Brasil, EUA, Uganda, Iraque, China, França e Rússia. No acervo estão antigas escrituras chinesas, manuscritos científicos árabes e exemplares raros, como Bíblia do Diabo, do século 13. O Brasil contribuiu por meio da Biblioteca Nacional. Além de obter informações gerais sobre o objeto, o pesquisador pode acessar links com informações completas, fazer download das peças e convertê-las em PDF.

 

 

 

A WDL, mais tarde, absorverá parte do conteúdo da Europeana, que dispõe de 4,6 milhões de livros, mapas e fotografias, e da Google Book Search, que já conta com 7 milhões de obras digitalizadas. Segundo James H. Billington, diretor da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos e idealizador do site, ele vai ampliar a diversidade do material cultural disponível na web. Além disso, permitirá acesso a obras antes restritas a bibliotecas inacessíveis ao grande público. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.