Antônio Gomide (SP 1895 — SP 1967)
óleo sobre tela
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Poema de Natal
Jorge de Lima
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ERA UM NATAL. E um poema de alegria
escrito pela mão de quem se iludia
E nele havia as dádivas do dia,
e nele havia sinos acordados;
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e havia nele tudo o que se espera
com seus anseios sempre contrariados;
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só lhe faltava o que ninguém sabia
porque ficara n’alma que o fizera.
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Publicado em Jornal de Letras, Rio de Janeiro, dezembro de 1950.
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Em: Jorge de Lima: poesias completas, volume IV, Brasília, Aguilar, 1974.
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Jorge Mateus de Lima (União dos Palmares, AL, 23 de abril de 1893 — Rio de Janeiro, 15 de novembro de 1953) foi político, médico, poeta, romancista, biógrafo, ensaísta, tradutor e pintor brasileiro.
Obras:
Poesia:
XIV Alexandrinos (1914)
O Mundo do Menino Impossível (1925)
Poemas (1927)
Novos Poemas (1929)
O acendedor de lampiões (1932)
Tempo e Eternidade (1935)
A Túnica Inconsútil (1938)
Anunciação e encontro de Mira-Celi (1943)
Poemas Negros (1947)
Livro de Sonetos (1949)
Obra Poética (1950)
Invenção de Orfeu (1952)
Romance:
O anjo (1934)
Calunga (1935)
A mulher obscura (1939)
Guerra dentro do beco (1950