Para comemorar o Dia de Camões escolhi postar um dos mais belos sonetos em língua portuguêsa. Pelo tema, começo também a celebrar o Dia dos Namorados que aqui no Brasil se comemora no dia 12 de junho. Este é bem conhecido, muitos de nós até sabemos partes sem saber que são versos de Camões. Pois aqui está:
Em: Antologia Poética para a infância e a juventude, Henriqueta Lisboa, MEC, Rio de Janeiro: 1961
—
—
—-
Antônio Correia de Oliveira ( Portugal, 1878 —1960) poeta. Estudou no seminário de Viseu, indo depois para Lisboa onde trabalhou como jornalista no Diário Ilustrado. Ladainha (1897)
Lêdo Ivo, (AL 1924 )–jornalista, poeta, romancista, contista, cronista e ensaísta, nasceu em Maceió, AL, em 18 de fevereiro de 1924. Eleito em 13 de novembro de 1986 para a Cadeira n. 10, sucedendo a Orígenes Lessa, foi recebido em 7 de abril de 1987, pelo acadêmico Dom Marcos Barbosa.
Obras:
As imaginações, poesia, 1944
Ode e elegia, poesia, 1945
As alianças, romance, 1947
Acontecimento do soneto, poesia, 1948
O caminho sem aventura, romance, 1948
Ode ao crepúsculo, poesia, 1948
Cântico, poesia, 1949
Linguagem, poesia, 1951
Lição de Mário de Andrade, ensaio, 1951
Ode equatorial, poesia, 1951
Um brasileiro em Paris e O rei da Europa, poesia, 1955
O preto no branco, ensaio, 1955
A cidade e os dias, crônicas, 1957
Magias, poesia, 1960
O girassol às avessas, ensaio, 1960
Use a passagem subterrânea, contos, 1961
Paraísos de papel, ensaio, 1961
Uma lira dos vinte anos, reunião de obras poéticas anteriores, 1962
Ladrão de flor, ensaio, 1963
O universo poético de Raul Pompéia, ensaio, 1963
O sobrinho do general, romance, 1964
Estação central, poesia, 1964
Poesia observada, ensaios, 1967
Finisterra, poesia, 1972
Modernismo e modernidade, ensaio, 1972
Ninho de cobras, romance, 1973
O sinal semafórico, reunião de sua obra poética, 1974
Uma equipe de físicos britânicos conseguiu dar vários nós em feixes de luz, em uma experiência inédita relatada em artigo na revista científica Nature Physics.
Segundo o especialistas, o feito foi possível graças à chamada “Teoria dos Nós“, um ramo da matemática abstrata inspirado nos nós cotidianos, como os de cordas e sapatos. “Em um feixe, o fluxo de luz no espaço é semelhante ao das águas de um rio“, explicou Mark Dennis, da Universidade de Bristol e principal autor do estudo. “Apesar de correr em uma linha reta, a luz também pode fluir em voltas e redemoinhos, formando linhas no espaço chamadas de vórtices ópticos.”
“Ao longo desses vórtices, a intensidade da luz é zero. Toda a luz à nossa volta é cheia dessas linhas negras, apesar de não podermos vê-las“, disse.
Foto: BBC
—
—
Vórtices ópticos podem ser criados com hologramas que direcionam o fluxo de luz. Neste estudo, a equipe desenhou hologramas usando a teoria dos nós. E com esses hologramas, conseguiram criar nós em vórtices ópticos. Para os cientistas, a compreensão de como controlar a luz tem importantes implicações para a tecnologia a laser usada em vários campos, da medicina à indústria.
“O sofisticado desenho de hologramas necessário para a nossa experiência mostra um avançado controle óptico, o que pode sem dúvida vir a ser usado em futuros aparelhos a laser“, disse Miles Padgett, da Universidade de Glasgow.
Detalhes escondidos no mundo natural poderão ser fontes de energia limpa, no futuro. Pelo menos é isso o que os cientistas de materiais que criaram folhas artificiais que podem coletar luz para dividir a molécula da água e gerar hidrogênio sugerem hoje na revista New Scientist.
Cientistas chineses da Universidade de Jiao Tong, em Xangai, desenvolveram folhas artificiais que imitam o processo de fotossíntese das plantas. A intenção é permitir a captação da energia solar para gerar hidrogênio de forma eficaz e viável ecologicamente. O processo seria criar uma fábrica de hidrogênio em miniatura.
As folhas das plantas se desenvolveram através de milhões de anos para apreender a luz vinda dos raios do sol de maneira bastante eficiente. Elas usam essa energia para produzir seu alimento e no processo elas dividem a molécula d’água e criam íons de hidrogênio. Imitando esse processo seria possível criar fabricas em miniatura de hidrogênio.
“Usar a luz do sol para dividir a molécula d’água e formar combustível na forma de hidrogênio é uma das mais promissoras táticas para erradicar a nossa dependência do carbono”, explicou o cientista Tongxiang Fan. A idéia não é nova, mas, até agora, os pesquisadores haviam se concentrado na tentativa de modificar ou imitar moléculas que realizam o processo. “Nós gostaríamos de adotar um sistema com um processo completamente diferente que viesse a imitar a fotossíntese, copiando a elaborada arquitetura elaborada das folhas verdes”, explicou Fan.
As folhas das plantas foram submetidas a vários processos químicos para obter um material que retém muito de sua estrutura original. Este sistema poderia ser útil no desenvolvimento de um método “limpo” para produzir hidrogênio.
—-
A fotossíntese é o processo em que as plantas transformam energia luminosa em química, processando o CO2, a água e outros minerais em compostos orgânicos e produzindo o oxigênio.
Um fragmento de cerâmica com cinco linhas de texto e mais de 3.000 anos de idade, descoberto no local onde a Bíblia diz que Davi matou Golias, acaba de ser decifrado e, de acordo com arqueólogos israelenses, é o mais antigo registro de hebraico escrito. As inscrições estavam em protocananeu –usado por israelitas, filisteus e outros povos da região– e foram descobertas há 18 meses.
O material foi decifrado por Gershon Galil, Professor da cadeira de Estudos Bíblicos da Universidade de Haifa, que identificou a escritura como hebraico. Em comunicado, a instituição afirma que se trata “do mais antigo registro conhecido” em hebraico. Análises de datação radioativa, feitos para determinar a idade do material, indicam que as inscrições são do século 10 a.C., época do reinado de Davi, o que as torna quase mil anos mais antigas que os pergaminhos do mar Morto e que provam que o reino de Israel já estava em existência neste período.
—
—
—-
—-
“O texto é um manifesto social, referente a escravos, viúvas e órfãos“, disse Galil, acrescentando que as palavras e os conceitos utilizados eram específicos do idioma e da sociedade hebraica da época. O fragmento foi encontrado perto do portão do local conhecido como “Fortaleza de Elá“, cerca de 30 quilômetros a oeste de Jerusalém, no vale onde se acredita que a batalha entre Davi e Golias aconteceu. O texto gravado em tinta num pedaço de cerâmica de 15 cm x 16,5 cm foi descoberto há aproximadamente 18 meses em excavações conduzidas pelo Professor Yosef Garfinkel em Khirbet Qeiyafa, no vale do Elá. Mas até agora a definição da língua em que o texto havia sido escrito não tinha sido feita: até o estudo do prof. Galil, não se sabia se esse texto era de fato em hebreu ou se era de alguma outra língua local.
A definição dada pelo Prof. Galil de que o texto estava escrito em hebreu se baseou no uso de verbos muito específicos do hebreu, e, também, na cultura hebraica, traços que não teriam sido adotados por nenhuma outro grupo cultural da região. “Esse texto é de caráter social, refere-se a escravos, viúvas e órfãos. Usa verbos que são característicos do hebreu, como asah (feito) e avad (trabalhado) que eram raramente usados em qualquer outra língua regional. Palavras específicas que aparecem no texto, como almanah (viúva) são exclusivas do hebreu e são escritas de maneiras distintas em outras línguas locais. O significado do texto tampouco era comum a outras culturas fora da sociedade hebraica, explicou o professor.
O texto exprime preocupação com os membros mais frágeis da sociedade. Ele também serve de testemunha de que a presença de estrangeiros dentro da sociedade de Israel data de épocas remotas, e que mesmo então, já clamava por uma maneira de dar apoio a esses estrangeiros. Faz também um apelo para o cuidar de viúvas e de órfãos e que o rei – que naquela época tinha a responsabilidade de diminuir a desigualdade social – se envolvesse na questão. Esse texto é semelhante em conteúdo ás escrituras bíblicas (Isaías 1:17, Salmos 72:3, Êxodo 23:3, entre outros) mas está claramente estabelecido que não foi copiado de nenhum texto bíblico.
—-
—-
—-
—-
Prof. Galil dá destaque também à localização do achado que foi numa localidade no interior da Judéia. E explica: se havia escribas na periferia, podemos assumir que aqueles moradores da região central e de Jerusalém deveriam ser melhores escribas. “Podemos agora manter a premissa de que durante o século X a.C., durante o reinado de Davi, havia escribas capazes de de escrever textos literários e historiografias complexas tais como os livros dos Juizes e Samuel”. Ele ainda acrescenta: “a complexidade do texto descoberto em Khirbet Qeiyafa, junto com as construções fortificadas encontradas no local, rejeitam qualquer idéia de negar a existência do Reino de Israel naquela época”.
Em comunicado, a Universidade de Haifa afirma que “a descoberta de um exemplo tão antigo de escrita hebraica torna possível que a Bíblia tenha sido escrita vários séculos antes das estimativas atuais“. “As inscrições têm conteúdo semelhante às escrituras bíblicas, mas fica claro que não são cópias de nenhum texto da Bíblia“, afirma a universidade.