Imagem de leitura — Thomas Couture

18 02 2012

Pierrô, o político, 1857

Thomas Couture (França, 1815-1879 )

óleo sobre tela

Thomas Couture nasceu em Senlis , Oise , França . Aos 11 anos, a família de Thomas Couture se mudou para Paris. Lá  ele estudou na Escola de Artes e Ofícios e depois na Escola de Belas Artes .  Em 1840, começou a apresentar pinturas históricas e de gênero no Salão de Paris, ganhando várias medalhas por suas obras. Couture abriu um ateliê independente  competindo com a Escola de Belas Artes, onde teve grande sucesso obtendo a atenção de alunos de qualidade. Foi professor de Édouard Manet , Henri Fantin-Latour , La Farge John , Pierre Puvis de Chavannes , Karel Javůrek e JN Sylvestre . Morreu em 1879.





Imagem de leitura — Maurice Millière

30 12 2011

A leitura, 1912

Maurice Millière (França, 1871-1937)

desenho aquarelado sobre papel, 63 x 48 cm

Em leilão, European Evaluators, LLC, 2007

Maurice Millière nasceu em1871, em  Le Havre, na Normandie onde começou seus estudos artísticos, mas logo entrou para a Escola de Belas Artes de Paris onde estudou com Leon Bonnat. Sua habilidade como desenhista logo lhe trouxe sucesso como cartunista e ilustrador.  Tornou-se um nome de importância nas artes gráficas francesas criando um tipo de mulher que logo ficou conhecida como a “mulher Millière”, símbolo da vida parisiense no início do século XX.  Teve uma carreira de grande sucesso até sua morte em 1946.





Imagem de leitura — Jean-Marie Pen

29 08 2011

Uma tarde na praia, 2004

Jean-Marie Pen (França, 1959)

óleo sobre tela, 60 x 73cm

Jean-Marie Pen





Imagem de leitura — Alain Pontecorvo

8 08 2011

O jornal da manhã, s/d

Alain Pontecorvo ( França, 1936)

guache

Alain Pontecorvo, ( França, 1936).  Começou a pintar profissionalmente em 1960 ainda estudante da Escola de Artes Decorativas de Paris.  Inspirado pela pintura dos século XVII na Holanda, dedica-se ao retrato, à pintura de gênero, numa maneira quase hiperrealista.





Imagem de leitura — André Maire

20 06 2011

Mulher oriental lendo, 1970

André Maire (França, 1898-1985)

óleo sobre tela

Museum Pasifika, Bali

www.museum-pasifika.com

André Maire, (França 1898-1985) nasceu em Paris.  Mostrou interesse pelas artes desde cedo e seu pai imediatamente o colocou na escola de desenho de Vosges, onde foi estudou sob a orientação de Émile Bernard.  De lá André Maire foi para o ateliê Devanbez, e em seguida para a Escola Nacional de Belas Artes. Em 1918-19 mudou-se para a Indochina, onde se tornou professor em Saigon antes de retornar à Europa em 1922 e se casar.  Viajou bastante nesse período pela Itália, Espanha, Índia e África.  Conseguiu escapar dos centros de prisioneiros na Segunda Guerra Mundial encontrando abrigo na Borgonha.  Em 1946 voltou a viajar pelo oeste África, Costa do Marfim, Daomé e Senegal. Vai para a Ásia: Cambódia, Laos e Vitenã, onde foi professor na Escola de Arquitetura de Hanói. Depois de 10 anos deixa o Vietnã, para Madagascar, e Martinica.  Acaba seus dias na França, morre em Paris em 1985.

 





Imagem de leitura — Henriette Browne

6 06 2011

Uma menina escrevendo, 1860-1880

Henriette Browne ( França, 1829-1901)

óleo sobre tela

Victoria & Albert Museum, Londres

Henriette Browne, pseudônimo de Mme Jules de Saulx ( França, 1829-1901) Nasceu em Paris e estudou com Penn e Chaplin.  Exibiu no Salão de Paros de 1853, e na Academia Real em 1871-9.  Pintora que também se dedicou à gravura.  Teve preferência pela pintura de gênero e pelas telas com motivos religiosos, além de muitas cenas do Oriente médio.   Parou de expor mais ou menos 20 anos antes de morrer na sua cidade natal.

 

 





Imagem de leitura — Léon Augustin L’hermitte

3 02 2011

A lição de leitura, 1912

Léon-Augustin L’Hermitte ( França, 1844 -1925)

óleo sobre tela

Coleção Particular

Léon Augustin L’hermitte, nasceu em Mont-Saint-Père em 1844.  Foi pintor e gravador.  Estudou com Horace Lecoq de Boisbaudran.   Ganhou reconhecimento depois de expor no Salão de Paris de 1864, sempre com suas telas realistas, dedicadas à vida rural,  repletas de detalhes do dia a dia da vida dos camponeses.  Seu grande trunfo foi o uso inovador do óleo pastel em suas pinturas.  Entre as distintas honrarias que recebeu durante sua vida está a Legião de Honra, 1884 e o Grande Prêmio na Exposição Universal de Paris de 1889.  Ele morreu em 1925 em Paris





Imagem de leitura — Michel Charvet

17 09 2010

Rezando, s/d

Michel Charvet ( França, contemporâneo)

óleo sobre tela, 54 x 30 cm

—-

—-

Michel Charvet é um artista contemporâneo francês, que começou cedo a se interessar pela pintura e a desenvolver um estilo influenciado pelas pinturas flamengas dos séculos XVII ao XIX.  Sua palheta se restringe em geral às cores usadas por esses mestres ainda que suas composições sejam bastante clássicas no estilo francês.   Seu interesse inicial, e até hoje sua principal fonte de inspiração,  está no retrato; ainda que tenha daí partido para cenas da vida rural e pintura de gênero inspirada por antigos camponeses num estilo próximo ao romantismo do século XIX e que encontra forte afinidade com o folclore rural. Um de seu focos é a região da Alsácia.  Michel Charvet é um artista plenamente premiado tanto na França como em outros países

http://www.michel-charvet.fr/





Imagem de leitura — Henri Gervex

10 08 2010

Bailarina lendo O FIGARO, s/d

Henri Gervex (França, 1852-1929)

Óleo sobre madeira, 27 x 21cm

Henri Gervex nasceu na França em 1852. Estudou com Pierre Brisset e com Alexandre Cabanel na Escola de Belas Artes de Paris. Pintor acadêmico dedicado aos retratos único ou em grupo, à pintura de gênero e à pintura histórica.  Seus nus artísticos eram encantadores e ficou famoso com eles.  Além da pintura à óleo Gervex foi um grande pintor em pastel.  Morreu em 1929.





Uma visita à galeria do Sr. Walter em Bel-Ami de Guy de Maupassant

9 08 2010

 

Conde Ludovico Lepic e senhoras vendo uma exposição, s/d

Julius LeBlanc Stewart ( EUA, 1855-1919)

Óleo sobre tela, 39 x 28 cm

Coleção Particular

Há uma passagem no romance de Guy de Maupassant, Bel-Ami, que se tornou extremamente  sedutora para mim.  Ela conta da visita que o personagem principal, Duroy, faz a um conhecido, e do prazer e orgulho que o dono da casa tem em mostrar a Duroy sua coleção de quadros.   Li e reli o trecho, várias vezes.  Os pintores são todos conhecidos, ativos em Paris no final do século XIX.   Só os quadros mencionados, esses sim, parecem ser produtos da imaginação de Guy de Maupassant.  No entanto, o escritor mostra grande familiaridade com o mundo artístico da época:  todos os títulos e  descrições das cenas representadas na coleção do Senhor Walter, que visitamos juntamente com Duroy, se encaixam perfeitamente com os temas e os  títulos e, digamos assim, preocupações estéticas de cada pintor mencionado.  A minha curiosidade venceu e contra qualquer aspiração que eu poderia ter de mostrar bom senso resolvi a todo custo achar representações de quadros equivalentes aos da suposta coleção de arte do Sr. Walter.  Como não poderia deixar de ser, não há caçada que se preze sem mostra das presas, assim, coloco aqui não só a passagem do livro mas sobretudo as telas que encontrei que seriam equivalentes — na maneira do possível — as que formariam o acervo do colecionador retratado por Maupassant. 

***

Duroy havia levantado os olhos para as paredes, à falta de outra ocupação, e o Senhor Walter lhe gritou de longe, num visível desejo de fazer valer seus objetos: — Está olhando meus quadros? — O meus destacou-se. — Vou mostrá-los. — E apanhou um candelabro para que ficassem visíveis todos os detalhes.

— Aqui, as paisagens — disse ele.

No centro da parede, via-se uma grande tela de Guillemet, uma praia na Normandia, sob um céu de borrasca.  Por baixo, um bosque, de Harpignies, depois uma planície da Argélia por Guillemet, com um camelo no horizonte, um grande camelo de pernas longas, semelhante a um estranho monumento.

Paisagem costeira com figuras, s/d

Jean Baptiste Antoine Guillemet (França, 1843-1918)

óleo sobre tela

***

Paisagem, s/d

Henri-Joseph Harpignies ( França, 1819-1916)

Óleo sobre tela

Walter passou à parede seguinte e anunciou com um tom sério, de mestre-de-cerimônias:  — A grande pintura. — Eram quatro telas:  Uma visita ao hospital, de Gervex.  A ceifeira, por Bastien-Lepage; Uma viúva, por Bouguereau, e Execução, por Jean-Paul Laurens.  Esta última obra representava um padre sendo fuzilado na parede de sua igreja, por um destacamento de azuis.

A colheita, 1880

Bastien Lepage (França, 1848-1884)

Óleo sobre tela

***

O dia dos mortos, 1859

William Adolphe Bouguereau ( França, 1825-1905)

Óleo sobre tela

***

A execução do Duque d’Enghien, s/d

Jean-Paul Laurens (França, 1838-1921)

Um sorriso passou pela figura grave de Walter ao indicar a parede seguinte: — Aqui os fantasistas, — Via-se em primeiro lugar uma pequena tela de Jean Béraud, intitulada O alto e o baixo.  Era uma parisiense bonita subindo a escada dum bonde em marcha.  Sua cabeça parecia no nível do tejadilho, e os senhores sentados nos bancos descobriam, com satisfação ávida, o rosto jovem que vinha ao encontro deles, enquanto os homens, de pé na plataforma de baixo, olhavam as pernas da moça, com expressões diferentes de despeito e desejo.

Jovem mulher atravessando a rua, s/d

Jean Béraud (França, 1849-1936)

óleo sobre tela

***

Walter segurava a lâmpada no alto e repetia rindo, com um trejeito maroto: — Hein?  não é engraçado?  não é engraçãdo?

Depois iluminou um Salvamento de Lambert.

No meio de uma mesa vazia, um gatinho sentado sobre o traseiro, examinava com espanto e perplexidade uma mosca afogando-se num copo d’água.  Tinha uma pata levantada, pronta a apanhar o inseto com um golpe rápido.  Mas não estava completamente decidido.  Hesitava.  Que Faria?

Depois do jantar, s/d

Louis Eugène Lambert ( França, 1825-1900)

óleo sobre tela

O patrão mostrou depois um Detaille: A lição, que representava um soldado na caserna, ensinando a um cãozinho a tocar tambor, e declarou: — Aqui há espírito!

Duroy ria com um riso aprovador e extasiava-se: — Como é encantador, como é encantador, encan… — Parou bruscamente, ao ouvir, por trás dele, a voz da Senhora de Marelle, que acabava de entrar.

1806: Ponto avançado da cavalaria,  sem data

Jean-Baptiste Edouard Detaille ( França 1848-1912)

óleo sobre tela.

O diretor continuava a iluminar as telas e explicá-las. 

Mostrava agora uma aquarela de Maurice Leloir: O obstáculo.  Era uma cadeirinha parada, por se achar a rua obstruída por uma luta entre dois homens do povo, dois valentões, brigando como Hércules.  E pela janela da cadeirinha, via-se um lindo rosto de mulher que olhava… que olhava… sem impaciência, sem medo, e com certa admiração, o combate dos dois brutos.

A última visita de Voltaire a Paris, s/d

Maurice Leloir ( França, 1853-1940)

Walter continuava dizendo sempre: — tenho outros nas outras peças seguintes, mas são de gente menos conhecida, menos classificada.  Aqui é o meu salão.  Compro dos jovens do momento, dos mais jovens, e ponho-os de reserva nos quartos mais internos, esperando os autores tornarem-se célebres.  — Depois disse, muito baixo: — É a hora de comprar quadros.  Os pintores morrem de fome.  Não têm dinheiro, não têm dinheiro…

Em: Bel-Ami, Guy de Maupassant, São Paulo, Editora Abril:1981, tradução de Clóvis Ramalhete, pp: 111-113