Leitura, nome original: a sombrinha verde, 1873
[Edma Morisot lendo]
Berthe Morisot (França, 1841-1895)
Óleo sobre tecido, 46 x 71 cm
Cleveland Art Museum, Ohio, EUA
Leitura, nome original: a sombrinha verde, 1873
[Edma Morisot lendo]
Berthe Morisot (França, 1841-1895)
Óleo sobre tecido, 46 x 71 cm
Cleveland Art Museum, Ohio, EUA
Gustave Boulanger (França, 1824-1888)
óleo sobre tela
Coleção Particular
Ia o califa Harum-al-Raschid por um campo, aonde andava a folgar à caça, quando sucedeu de passar por pé dum homem já muito velho, que estava a plantar uma nogueirinha. Então disse o califa aos do seu séquito:
— “Em verdade, bem louco deve ser este homem em estar a plantar agora esta nogueira, como se estivesse no vigor da mocidade, e contasse como certo vir a gozar dos frutos desta planta.” Indo-se então o califa em direitura ao velho, perguntou-lhe quantos anos tinha. “– Para cima de oitenta”, respondeu o velho; “mas, Deus seja louvado, sinto-me ainda tão robusto e saudável, como se tivesse apenas trinta.” “– Sendo assim”, redarguiu o califa, quanto pensas tu que ainda hás de viver, pois que nessa idade já tão adiantada estás a plantar uma árvore que por natureza só daqui a largos anos dará fruto?” “– Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em a estar plantando, sem inquirir se serei eu ou outros atrás de mim quem lhe colherá os frutos. Assim como nossos pais trabalharam por nos legar as árvores que nós hoje desfrutamos, assim é justo que deixemos outras novas, com que nossos filhos e netos venham a utilizar-se e a enriquecer-se. E, se hoje nos sustentamos dos frutos do seu trabalho e se foram nossos pais tão cuidadosos do futuro, como havemos de retribuir em desamor aos nossos filhos o que de nossos pais recebemos em carinho e previdência ? Assim, semeia o pai para que o filho possa vir a colher.”
[Exemplo de narrativa demonstrativa]
Em: Flor do Lácio,[antologia] Cleófano Lopes de Oliveira, São Paulo, Saraiva: 1964; 7ª edição. (Explicação de textos e Guia de Composição Literária para uso dos cursos normais e secundário) p. 201
Texto usado hoje em alguns colégios no 6º ano do ensino fundamental.
A bolsa de algodão em Nova Orleans, 1873
Edgar Degas (França, 1834-1917)
Óleo sobre tela, 73 x 92 cm
Museu de Belas Artes, Pau
França
O pintor Dumax em trajes árabes, 1860
Camille Corot (França, 1796-1875)
óleo sobre tela, 33 x 22 cm
Coleção Particular
Latino Coelho
El Hadjaje, governador de uma província de África, saíra um dia com seus grandes oficiais a caçar, e como seguisse tenazmente uma rês, afastou-se dos que o acompanhavam a ponto, que não sabia depois como voltasse.
Quando estava a meditar no que devia fazer viu um árabe velho, em um próximo campo, a mirá-lo muito atento.
— Donde és tu? disse o governador.
— Daquela cabana que vês além.
— Não és dos de Beni-Adjel?
— Tu o disseste: este campo pertence-lhe.
— Ora, conta-me cá bom velho, que se diz por aí dos agentes do governo?
— Diz-se que são homens sem honra, sem fé, e sem vergonha, que roubam, perseguem e oprimem os habitantes.
— E tu formas deles a mesma opinião?
— A mesma exatamente.
— E que me dizes de El Hadjaje?
— Digo que é o pior de todos. Deus o faça tão negro como um carvão, e amaldiçoe o Califa que lhe confiou o mundo.
— Sabes com quem estás falando?
— Em verdade, não sei.
— Pois eu sou El Hadjaje.
— Folgo em conhecer-te, disse o ancião sem perturbar-se. E tu sabes quem eu sou?
— Não, respondeu o governador maravilhado.
— Chamam-se Zeid-ben-Aamer, e sou o louco de Beni-Adjel. Todos os dias, um pouco antes do sol posto, perco a razão. São quatro horas talvez; não me pode tardar muito o acesso.
O governador não procedeu contra o pobre do homem, e depois de lhe perguntar pelo caminho que devia seguir, deu-lhe algum dinheiro, e abalou.
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Em: O Panorama: semanário literário e instrutivo, volume IX, primeiro da terceira série, publicado em 5 de setembro de 1846 a 15 de dezembro de 1852. Lisboa: 1852, p. 312.
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Elisabeth Vigée Le Brun (França, 1755-1842)
óleo sobre tela, 114 x 88 cm
Metropolitan Museum, Nova York
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Chá na Vila Flora, 1912
Henri Manguin (França, 1874 – 1949)
Óleo sobre tela, 116 x 89 cm
Hahnloser/ Jäggli Stiftung
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Henri Charles Manguin nasceu na França em 1874. Fez a Escola de Belas-Artes de Paris, sob o aprendizado de Gustave Moreau. Inspirado por Matisse de quem foi colega e mais tarde amigo, Rouault e Marquet passa a pintar com as cores dos Fuaves. Foi professor na Academia Ranso. Viajou para Nápoles com Marquet. De tempos em tempos ia para Saint-Tropez, e em 1949 estabelece residência definitiva lá. Falece quase depois nesse mesmo ano.
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Floresta de Fontainebleau, 1834
Jean-Baptiste Camille Corot (França, 1796-1875)
óleo sobre tela, 176 x 243 cm
National Gallery of Art, Washington DC
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Anatole France
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Sem título
George Roux (França, 1855- 1929)
óleo sobre tela
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Alexandre George Roux, nasceu em 1855 em Ganges, na França. Foi um pintor e ilustrador francês hoje lembrado por suas ilustrações dos livros de Júlio Verne; da Ilha do tesouro de R.L. Stevenson e de muitos outros livros de aventuras. Aluno de Jean-Paul Laurens, expôs no Salon des Artistes Français a partir de 1880. Morreu em Paris em 1929.
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Mlle Guillaumin lendo, 1907
Armand Guillaumin (França 1841-1927)
óleo sobre tela
Coleção Particular
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Armand Guillaumin nasceu em Paris em 1841. Em 1856 começou seus estudos artísticos em Paris na École Municipale sob a orientação do escultor Caillouet. Tornou-se empregado na Estrada de Ferro de Paris em 1860, indo morar em Montmartre. Logo começou seus estudos na Académie Suisse, onde conheceu Pissarro e Cezanne. Em 1863 mostrou seu trabalho junto a Cezanne, Edouard Manet e Pissarro no Salon des Refusés. Só em 1868 conseguiu deixar o trabalho na ferro-carril e se concentrar exclusivamente na pintura. Em 1877 Pissarro o apresentou a Gauguin. Em 1871 viajou; primeiro por diversas partes da França, depois pela Holanda. Manteve-se fiel ao impressionismo. Faleceu em 1927 em Orly, na França.