Esmerado: caneta e tinteiro, século XVI

30 04 2019

 

 

 

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Conjunto de caneta e tinteiro (Cavat-I Dawlat), 1575-1600, final do século XVI

ouro cravejado com esmeraldas, rubis e diamantes, com o pássaro sagrado (hamsa) gravado no tinteiro.

Deccan, India Central

 

Objetos como esses, decorados com pedras preciosas, tiveram grande e conhecida importância simbólica no mundo islâmico, onde eles eram um distintivo tanto da importância imperial quanto do alto posto do governo ocupado por seu proprietário.

Essa ressonância ainda era maior no contexto muçulmano por causa do valor da palavra escrita no Corão.  Estojos de canetas eram objetos valiosos dos sultões e de seus principais ministros – o estojo real para uma caneta demonstrava erudição e autoridade reforçada.

Na dinastia Mughal, estojos de canetas e tinteiros foram presenteados pelos imperadores como sinal da mais alta distinção.

Fonte: Revista semanal da loja de leilões Christie’s.





Esmerado: anel da Suméria, c. 3.000 a.E.C.

2 10 2017

 

 

b46583f7e8903b06889ad4865b771d14Anel da Suméria em cloisonné*, c. 3.000 a. E. C.

Possivelmente um anel de casamento

Iraque

Louvre, Paris

 

*Cloisonné é uma técnica muito antiga de decoração de metais. Ela é usada até hoje.  Nos séculos mais recentes faz uso de esmalte porcelanado.  Nos séculos mais antigos fazia-se com inserção de pedras preciosas, vidro e outros materiais.

 

 

 

 

 





Esmerado: brincos de ouro etrusco, séc. IV, a. E. C.

4 05 2017

 

 

BRINCOS ETRUSCOS, sec. 4 antes da era comum

 

Dois discos de ouro etrusco,  século IV a. E. C.

Dois discos de ouro etrusco, datando do século IV a. E. C. Cada um formado por uma folha de ouro abaulada, rodeada  por granulações esféricas de ouro, decorado por anéis concêntricos rodeando outras esferas de ouro, tendo ao centro decoração em forma de pera com granulação.  Montados como brincos com dorso e pinos modernos em ouro.

2,2 cm em diâmetro cada.

 

Christie’s





Esmerado: cavalinho do mar, cultura Gran-Cocle

20 10 2015

 

20110619_SCgoldhorse0619Pendente em formato de cavalo do mar, anos 700 a 1450

Ouro, cultura pré-colombiana Gran-Cocle, Panamá

Museu Gilcrease, Tulsa





Esmerado: saleiro de mesa, século XVI

12 08 2014

 

 

 

benvenuto-cellini-salt-cellarSaleiro de mesa, 1540 – 1544

Benvenuto Cellini (Florença, c. 1500- c. 1571)

Ouro, esmalte, ébano, 26 x 33 cm

Museu Kunsthistorisches [da História da Arte], Viena, Áustria

 

Este saleiro foi feito pelo escultor renascentista italiano Benvenuto Cellinii para o rei da França Felipe I, nos primeiros anos da década de 1540. Há duas figuras representando a Terra [Anfitrite] e o Mar [Netuno].

Pequenas cuias para sal podem ser encontrados desde a antiguidade. Durante o período medieval esses saleiros começaram a aparecer com motivos decorativos tornando-se durante o período renascentista e barroco verdadeiras obras de arte.





Sim, preciosidade: ovo de Páscoa de Catarina, a Grande

8 05 2014

 

 

95416543Ovo de Páscoa Fabergé de Catarina a Grande, 1914
Henrik Immanuel; e miniaturista Vasilii Ivanovicj Zuev.
Ouro, diamantes, pérolas esmalte opalinado, esmalte opaco, prata, platina e espelho.
Hillwood Estate, Museum & Gardens, Washington DC





Sim, preciosidade: Colar com pendente de cabeça de carneiro

25 04 2014

Colar grego séc 5. em leilão, 2013Foto: Cahn Auktionen AG

Colar com pendente de cabeça de carneiro, século V, aEC.


Colar com pendente de carneiro composto por contas em forma de pinhões e abobrinhas dependurados alternadamente. Em ouro. A cabeça do carneiro fica no centro. Foi a leilão em 2013 na Suíça.





O nascer do ouro

26 07 2013

???????????????????????????????Tio Patinhas lê o jornal dentro de seu cofre, ilustração Walt Disney.

A colisão entre duas estrelas mortas liberando grandes quantidades de energia pode ter criado todos os elementos pesados na Terra,  ​​como o ouro.

Essa é a principal conclusão feita por pesquisadores do Centro para Estudos da Astro-física  Harvard-Smithsonian (Cfa).  Eles estimaram que a colisão e posterior surto de energia conhecido como explosão de raios gama, liberaram tanto quanto a massa de 10 luas de elementos pesados ​​– inclusive ouro.

A equipe liderada por Edo Berger calcula que, combinando a estimativa de ouro produzido por um único curto GRB com o número de explosões como essas que ocorreram  através da vida do universo, eles acreditam que todo o ouro no cosmos pode ter vindo de explosões de raios gama.  O ouro é raro na Terra, em parte, porque também é raro no universo, e ao contrário de elementos como carbono ou ferro, não pode ser criado dentro de uma única estrela.  Muito pelo contrário,  aparece só em um evento mais cataclísmico.

neutron-star-collisionDesenho artístico de uma explosão de duas estrelas de neutron.  Ilustração Dana Berry.

De acordo com Berger, uma explosão de raios gama é um flash de luz de alta energia (raios gama) a partir de uma explosão  energética extrema. A maioria dessas explosões são encontradas no universo distante. Os pesquisadores estudaram em particular a explosão conhecida como GRB 130603B, que, a uma distância de 3.9 bilhões de anos-luz da Terra, é uma das explosões mais próximas já presenciadas  até o momento. Explosões de raios gama vêm em duas variedades – longas e curtas – dependendo de quanto tempo o flash de raios gama dura.  A explosão GRB 130603B, detectada pelo satélite Swift da NASA, em 03 de junho, durou menos de dois décimos de segundo.

Fonte: Network World





Ouro sagrado, uma exposição de artefatos pré-columbianos

7 06 2011

O Museu de Belas Artes de Bilbao, na Espanha, abriu esta semana uma exposição muito interessante.  Se você estiver com intenção de viajar pela Espanha até o dia 2 de setembro de 2011, não deve perder a oportunidade de visitar esta mostra.  Sob o título Ouro sagrado, arte pré-histórica da Colômbia, o museu mostra 253 peças – a maior parte delas de ouro –  mas há também peças de cerâmica e arte cedidas para este evento pelo Museu do Ouro do Banco da República, de Bogotá, cobrindo 2.000 anos de culturas pré-hispânicas.

O ouro, que sempre esteve associado ao sol, era simbólico de poder nessas culturas que o exploraram antes da chegada dos espanhóis.  De fato, nas Américas, a metalurgia nasceu no Peru há 3.500, e sua exploração, artesania e simbologia já estavam desenvolvidas na Colômbia desde 4 séculos antes de Cristo.  Através dos séculos até a chegada dos espanhóis, diferentes estilos e técnicas de artesania do ouro se desenvolveram entre os povos que ocupavam o território que hoje compreende a Colômbia.

Os conquistadores,  que desceram nas Américas em busca de ouro e glória,  mataram ou converteram  as populações indígenas.  Tomaram as peças de ouro dos habitantes locais.  Poucas peças se salvaram coma chegada dos espanhóis que prontamente derreteram o ouro e a prata encontrados para levar de volta à Espanha.  O  Museu de Ouro do Banco da República de Bogotá tem o maior acervo das peças de ouro de origem indígena do mundo e abrange aproximadamente 2.500 anos.  Para a exposição de Bilbao foram selecionadas pulseiras, colares, coroas e couraças, máscaras, figuras votivas, além de esculturas antropomórficas.

Fontes:  Museu de Bilbao, Arqueologia





Achados na Escócia colares de ouro da Idade do Ferro

10 12 2009

Foto: Getty

 

 

Na Escócia, David Booth, um caçador de tesouros amador, empregado como chefe do departamento de caça de um safári local -Blair Drummond Safari Park- , encontrou jóias de ouro da antiguidade estimadas em 1 milhão de libras esterlinas.  Elas estavam enterradas em um campo perto da cidade de Stirling.  Ele as achou usando um detector de metais.   O grupo das jóias, mostrado ao público no início do mês passado, numa exposição no Museu Nacional da Escócia, foi classificado como a descoberta mais importante da Idade do Ferro, já encontrado no país. 

O achado é composto de quatro colares de ouro datando do período entre os séculos I e III a.C.  Três deles estão em condições quase perfeitas, enquanto que o quarto apresenta alguns desgastes.  Dois colares tem como modelo a chamado “ cordão torcido” que era uma maneira de fazer uma jóia com fios rígidos de ouro torcido; uma maneira já conhecida na época, neste local.   O terceiro colar foi feito de uma maneira associada ao artesanato da época do sul da França, e até hoje o único exemplar desse tipo encontrado na Escócia.  O quarto colar mostra técnicas de manufatura – como o trançado de fios de ouro – encontrado só nos países mediterrâneos ou de grande influencia mediterrânea.   Provavelmente esses colares pertenceram a uma pessoa influente,  um líder local, poderoso,  que ao se vestir com essas jóias mostraria sua importância e riqueza.  Além disso, elas mostrariam também a habilidade de seu dono de negociar ou de conquistar outros povos, outras gentes, particularmente os povos estabelecidos no continente europeu.

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Uma comissão de arqueólogos deve agora avaliar as jóia.  De acordo com a lei escocesa, quaisquer objetos arqueológicos encontrados na Escócia pertencem à Coroa britânica.  Mesmo assim David Booth deve receber uma boa quantia como prêmio pelo achado: a tradição leva a crer que a quantia corresponda ao valor do achado. 

Mapa da Escócia com a localização de Stirling onde as jóias foram encontradas.

 

Ainda não se sabe ao certo quando essas jóias estarão à mostra para o público.   A data será estabelecida pelo Comitê de Apoio às Descobertas Arqueológicas da Escócia [Scottish Archaeological Finds Advisory Panel] que no momento auxília os arqueólogos locais a melhor explorarem o sítio arqueológico descoberto por David Booth.  As jóias foram encontradas a apenas 15 cm de profundidade.  Disse o descobridor que só se lembrava que a área — terras particulares para as quais tinha permissão de vasculhar com sua máquina detectora de metais — era conhecida por sítios arqueológicos da Idade do Ferro, mas que não lhe passava pela cabeça que pudesse encontrar algo de tanta grandiosidade.

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Foram encontradas cinco peças todas datando do mesmo período [ 300 -100 a.C. ]:  duas são fragmentos de um único colar, que foi feito no estilo desenvolvido no Sudoeste da França: caraterístico pelo círculo duro, fechado com uma dobradiça e um fecho.  No entanto, a peça que tornou os arqueólogos mais excitados foi o colar que apresenta decorações em cada ponta, feito por 8 arames de ouro alçados juntos, e embelezados por finíssimos fios e correntes.  Essa técnica aparece definitivamente só as áreas do Mediterrâneo.  Assim, esses colares, só por terem sido descobertos, já estão re-escrevendo a história local.  Eles mostram que havia mais conexões entre as tribos escocesas – tradicionalmente vistas como muito isoladas – e outras tribos da Idade do Ferro no coração da Europa.