A descoberta da América, 1959
Salvador Dali (Espanha, 1904-1989)
óleo sobre tela, 410 x 284 cm
Museu de Salvador Dali
São Petersburgo, Flórida, EUA
A descoberta da América, 1959
Salvador Dali (Espanha, 1904-1989)
óleo sobre tela, 410 x 284 cm
Museu de Salvador Dali
São Petersburgo, Flórida, EUA
Pegadas humanas feitas entre 4.500 a cerca de 23.000 anos atrás foram as primeiras dessa antiguidade encontradas na região da Serra Tarahumara , no estado de Chihuahua, de acordo com especialistas do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) do México. Hoje essa região é habitada pela etnia indígena do mesmo nome.
Para os estudiosos, estes rastros podem pertencer aos primeiros homens que povoaram a região, que são considerados por alguns como representantes dos mais antigos assentamentos humanos no continente americano. Se a antiguidade delas for comprovada, essas pegadas farão companhia às outras poucas pegadas deixadas pelos primeiros habitantes do continente americano conhecidas até agora. Segundo um comunicado publicado pelo instituto, este achado faz parte das “poucas impressões dos primeiros colonos do continente americano que foram conservadas no México“. Até hoje, pegadas de muita antiguidade, foram encontradas só no município de Cuatro Cienegas, no estado de Coahuila, e também em um rancho no estado de Sonora.
As pegadas no estado de Chihuahua foram feitas pelos pés de três adultos e de uma criança. “Somente um par de marcas correspondem aos pés de uma mesma pessoa, que tinha seis dedos em cada um, o que pode ter ocorrido devido a uma má formação“, acrescentou o instituto. A maior das pegadas tem 26 centímetros de comprimento e foi feita por um homem adulto, enquanto que a menor delas mede 17 centímetros e foi feita pelo pé direito de uma criança de 3 a 4 anos de idade. Acredita-se que estas pessoas tenham vivido em cavernas localizadas na região do Vale de Ahuatos, onde atualmente reside, em condições precárias, por causa da pobreza, a população Tarahumara.
De acordo com o antropólogo José Jiménez, a descoberta foi possível a partir de um e-mail enviado por uma pessoa natural de Chihuahua sobre as marcas humanas. Os especialistas, no entanto, demoraram a encontrar os vestígios. As pegadas foram encontradas num plano inclinado próximo a um córrego que só tem água durante a estação das chuvas. Depois de examinarem a área ao redor do local, cobrindo aproximadamente 50 quilômetros, os cientistas encontraram vestígios de acampamentos primitivos, que apontam para a presença humana na região numa era tão remota quanto o Pleistoceno, ou seja 12.000 anos atrás. Os antropólogos também encontraram cavernas próximas ao local com traços de presença humana. Três delas com algumas camadas de pinturas rupestres do períodos: pré-ceramica, pré-hispanico e colonial.
–
Fontes: Terra, Latino Foxnews
–
–
–
–
O Museu de Belas Artes de Bilbao, na Espanha, abriu esta semana uma exposição muito interessante. Se você estiver com intenção de viajar pela Espanha até o dia 2 de setembro de 2011, não deve perder a oportunidade de visitar esta mostra. Sob o título Ouro sagrado, arte pré-histórica da Colômbia, o museu mostra 253 peças – a maior parte delas de ouro – mas há também peças de cerâmica e arte cedidas para este evento pelo Museu do Ouro do Banco da República, de Bogotá, cobrindo 2.000 anos de culturas pré-hispânicas.
–
–
–
–
O ouro, que sempre esteve associado ao sol, era simbólico de poder nessas culturas que o exploraram antes da chegada dos espanhóis. De fato, nas Américas, a metalurgia nasceu no Peru há 3.500, e sua exploração, artesania e simbologia já estavam desenvolvidas na Colômbia desde 4 séculos antes de Cristo. Através dos séculos até a chegada dos espanhóis, diferentes estilos e técnicas de artesania do ouro se desenvolveram entre os povos que ocupavam o território que hoje compreende a Colômbia.
–
–
–
–
Os conquistadores, que desceram nas Américas em busca de ouro e glória, mataram ou converteram as populações indígenas. Tomaram as peças de ouro dos habitantes locais. Poucas peças se salvaram coma chegada dos espanhóis que prontamente derreteram o ouro e a prata encontrados para levar de volta à Espanha. O Museu de Ouro do Banco da República de Bogotá tem o maior acervo das peças de ouro de origem indígena do mundo e abrange aproximadamente 2.500 anos. Para a exposição de Bilbao foram selecionadas pulseiras, colares, coroas e couraças, máscaras, figuras votivas, além de esculturas antropomórficas.
Fontes: Museu de Bilbao, Arqueologia