Cabeça de menina, c. 1618
Diego Velázquez (Espanha, 1599-1660)
Carvão e giz sobre papel, 15 x 12 cm
Biblioteca Nacional, Madri
Cabeça de menina, c. 1618
Diego Velázquez (Espanha, 1599-1660)
Carvão e giz sobre papel, 15 x 12 cm
Biblioteca Nacional, Madri
–
–
–
Ontem fiz uma longa postagem sobre Krampus e como essa tradição alemã está refletida numa das mais populares músicas de Natal dos Estados Unidos. Não houve espaço para todas as imagens de Krampus que eu tenho assim como não houve espaço para que eu colocasse pelo menos um vídeo com a música que mencionei. Mas não seja por isso, hoje venho com três versões, três vídeos que demonstram a popularidade da canção assim como sua adaptação a diferentes ritmos e vozes. Bom proveito.
–
–
–
–
–
–
–
–
—
—
—
—
Cecília Meireles
—-
—-
Havia uma velhinha
que andava aborrecida
pois dava a sua vida
para falar com alguém.
E estava sempre em casa
a boa velhinha
resmungando sozinha:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem…
O gato que dormia
no canto da cozinha
escutando a velhinha,
principiou também
a miar nessa língua
e se ela resmungava,
o gatinho a acompanhava:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem…
Depois veio o cachorro
da casa da vizinha,
pato, cabra e galinha
de cá, de lá, de além,
e todos aprenderam
a falar noite e dia
naquela melodia
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem…
De modo que a velhinha
que muito padecia
por não ter companhia
nem falar com ninguém,
ficou toda contente,
pois mal a boca abria
tudo lhe respondia:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem…
—-
—-
Em: Ou isto ou aquilo, Cecília Meireles, Rio de Janeiro, Nova Fronteira:
—–
Veja este poema musicado numa animação infantil em homenagem à maturidade, com poesia de Cecília Meireles e música de Dércio Marques.
—-
—
—



