Um novo camaleão na Tanzânia

24 11 2009

Foto: BBC Brasil

 

Cientistas descobriram uma nova espécie de camaleão na Tanzânia.   Este é um camaleão diferente de dois outros camaleões semelhantes encontrados na mesma região.  Trata-se de uma espécie até então desconhecida. A confirmação veio após análise genética dos animais.  O novo animal recebeu o nome de Kynyongia magomberae, em homenagem à floresta de Magombera, onde foi encontrado.

 Espécies de camaleões tendem a se concentrar em áreas pequenas e, infelizmente, o habitat do qual este novo animal depende – a floresta de Magombera – está ameaçado, afirmou Andrew Marshall, do Departamento de Meio-Ambiente da Universidade de York e chefe da equipe de pesquisadores em campo. Esperamos que esta descoberta estimule os esforços para dar mais proteção a esta região e a outras próximas.

 A floresta Magombera da Tanzânia abriga ainda os macacos piliocolobus, que estão ameaçados de extinção. Por causa da tática de camuflagem do camaleão, muitas espécies passam despercebidas pelos cientistas. Ainda assim, cerca de duas novas espécies do réptil são descobertas a cada ano no mundo.

 É maravilhoso encontrar uma nova espécie desta maneira,  disse Marshall ao jornal britânico The Daily Telegraph. Trabalho na Tanzânia há 11 anos e identifiquei algumas novas espécies de árvores, mas encontrar um ser vertebrado é muito especial.

 

FONTE: Terra





Novos moluscos em mares espanhóis

24 11 2009

Foto: Agência EFE

Boas novas do arquipelágo das Canárias: pesquisadores espanhóis e cubanos,  trabalhando na costa espanhola, próximo à cidade de Santa Cruz de Tenerife, na ilha de Tenerife,  novas espécies do moluscos.

Foto: Agência EFE.

Vale lembrar que os moluscos são animais invertebrados na sua grande maioria marinhos.  Mas há também alguns de água doce ou terrestres.  Entre os moluscos mais conhecidos estão os caramujos, as ostras e as lulas. 

Foto: Agência EFE.

Das espécies  encontradas nos mares espanhóis a grande novidade são que todas se caracterizam por emitir flashes de luz quando são ameaçadas.





Fóssil na África do Sul pode explicar tamanho dos dinossauros

16 11 2009

aardonyx celestaeAardonyx celestae

 

 

Cientistas da África do Sul comemoraram a descoberta de um enorme dinossauro, Aardonyx celestae, que antecede os gigantes do período Jurássico.   Os ossos recém-descobertos — um dinossauro de espécie até agora desconhecida —   mostram que ele caminhava sobre as patas traseiras, mas podia adotar uma postura quadrúpede .  O Aardonyx,  era vegetariano e caminhava na maior parte do tempo ereto.  Mas a forma de seus ossos no antebraço mostra que ele era capaz de usar as quatro patas, dividindo assim o peso num maior número de pontos do apoio.

A criatura tinha mais do que 20 metros de comprimento e seis metros de altura no quadril.  Pesava, aproximadamente, 500 kg, ou meia tonelada.   Este fóssil foi descoberto em uma fazenda perto de Belém, no Estado Livre, na África do Sul.  Sua idade está estimada em 195 milhões de anos.  Esta descoberta possivelmente ajudará no conhecimento de como os enormes saurópodes — os maiores animais que já habitaram a Terra –  evoluiram.

Este é, sem sombra de dúvida, um novo tipo de dinossauro, que nunca vimos antes e que tem uma posição significativa na árvore da família dos dinossauros, disse o paleontólogo australiano Adam Yates.  Yates liderou a investigação do Price Bernard Instituto de Pesquisa Paleontológica na Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo.  A equipe formada  por diversos cientistas africanos e de outras partes do mundo, levou mais de dois anos desbastando a pedra que cercava o fóssil. Os resultados estão publicados  na revista britânica  Proceedings of The Royal Society B.

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O paleontólogo Adam Yates  descreve  a descoberta de sua equipe na Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo.  

Yates disse que o animal tem muitas características dos herbívoros que andavam sobre duas patas, bem como características de seus descendentes. Esses saurópodos, conhecidos popularmente como brontossauros, cresceram até tamanhos enormes e passaram a ser totalmente quadrúpedes.  A nova descoberta revela um estágio intermediário na evolução dessas criaturas, disse Yates. O aardonyx nos deixa vislumbrar a evolução até o animal  se tornar um saurópodo.

O nome do gênero é uma combinação das palavras terra do africâner:  aard. E do grego para garra: ônix.  Porque entre as primeira partes descobertas desse dinossauro  estavam as garras incrustadas com terra.





Descoberto esqueleto de dinossauro herbívoro gigante em SP

6 10 2009

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Os Saurópodes

 

Restos de um dos gigantes brasileiros da Era dos Dinossauros estão vindo lentamente à tona em Marília (444 km a noroeste de São Paulo). Tudo indica que se trata de um saurópode, dino pescoçudo e comedor de plantas que pode ter chegado a 13 metros.

O esqueleto de dezenas de milhões de anos apenas começou a ser exposto, mas há esperança de que boa parte do animal ainda esteja por lá, porque as vértebras achadas até agora estão articuladas, ou seja, unidas umas às outras na posição que ocupavam em vida.

Esse fato é um golpe de sorte relativamente raro na paleontologia brasileira, contou à Folha o responsável pela descoberta, William Nava, do Museu de Paleontologia de Marília.

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Saurópodes: tamanhos relativos.

 

Como temos parte da região pélvica [do quadril] preservada e associada às vértebras dorsais, estamos escavando agora na direção da cabeça do bicho. Tudo indica que poderemos achar as vértebras cervicais, do pescoço, e também o crânio preservado sob as camadas de arenito, o que seria fantástico. Essa é a nossa expectativa“, afirma Nava, um dos mais ativos caçadores de fósseis do interior de São Paulo.

As primeiras pistas do saurópode surgiram no último mês de abril, quando a presença de conchas fossilizadas de bivalves (moluscos como as atuais ostras) chamou a atenção de Nava. “Resolvi investigar o barranco que margeia o acostamento da estrada e vislumbrei diversos fragmentos ósseos despontando na rocha, mas bastante escurecidos, indicando que estavam há um bom tempo expostos“, conta ele.

Essa coleção inicial de restos, por si só, já parecia interessante: havia vértebras da cauda, costelas e dois outros ossos grandes (um deles provavelmente corresponde ao fêmur). Um pouco mais de trabalho revelou a presença de duas vértebras articuladas, medindo, cada uma, cerca de 20 cm. “Quando se encontra material articulado a tendência é nos concentrarmos nele, devido justamente à escassez dele“, explica Nava.

 

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Concepção artística de saurópodes, ordem à qual provavelmente pertenceu o fóssil achado em Marília (444 km a noroeste São Paulo)

 

Ele repassou as informações sobre a escavação ao paleontólogo Rodrigo Santucci, da UnB (Universidade de Brasília), que é especialista em saurópodes. Conforme o trabalho avançar, Santucci será capaz de determinar se o animal era um titanossaurídeo (principal grupo de saurópodes do país, caracterizados pela presença de “calombos” ósseos em seu couro) e avaliar se a espécie ainda não é conhecida da ciência.

Antes disso, porém, Nava está planejando a retirada do material da encosta, o que pode se transformar numa operação longa e delicada. A idéia é extrair todo o bloco contendo os ossos até agora encontrados e outros ainda encobertos por rocha. O trabalho no local também trouxe à tona o crânio e a mandíbula de um parente extinto dos jacarés e crocodilos.

Texto:  REINALDO JOSÉ LOPES

Fonte:  Folha On Line





Há padrão nas correntes marinhas!

4 10 2009

barco

 

Suponha que uma bolha de pesticidas ricos em dioxina tenha sido lançada à baía de Monterey. Ela poderia se dispersar rapidamente no Oceano Pacífico. Mas, horas depois, um derramamento de toxinas da mesma dimensão e no mesmo ponto poderia circular perto da costa, representando grave perigo para a vida marinha.

 As bravias águas de superfície da baía se movimentam de maneira tão caótica que uma pequena variação de lugar ou horário para uma bolha de petróleo, bóia ou ser humano que entre na água, pode ditar a direção em que será lançada.  Como determinar se  para o oceano aberto ou rumo à costa?

 Mas os resultados não são imprevisíveis. Uma equipe de cientistas que estuda a baía de Monterey desde 2000 descobriu que há uma estrutura que orienta os padrões de dispersão de suas correntes aparentemente aleatórias, e que essa estrutura muda com o tempo.

 Com a ajuda de um radar de alta freqüência que acompanha a velocidade e direção das águas, e de computadores capazes de executar milhões de cálculos rapidamente, os cientistas descobriram que um arcabouço oculto determina se os objetos são conduzidos ao oceano ou ficam na baía.

 praia vermelha de cima

 

Ao longo dos 10 últimos anos, os cientistas realizaram grandes avanços em sua capacidade de identificar e criar imagens dos mecanismos subjacentes ao fluxo do ar e da água, e de prever a maneira pela qual os objetos se moverão em meio a esses fluxos.

 Auxiliados por instrumentos capazes de acompanhar em detalhe o movimento de pacotes de fluidos e por computadores de baixo custo mas capazes de calcular grande volume de dados rapidamente, os cientistas identificaram estruturas ocultas além da baía de Monterey, e essas estruturas explicam por que aviões enfrentam turbulências inesperadas, por que o fluxo de ar em torno de um carro torna arrasto e como o sangue flui dos ventrículos cardíacos.

 Em dezembro, a revista Chaos vai publicar os resultados da pesquisa em curso para rastrear os esqueletos que se movem por sob os fluxos complexos, conhecidos como “estruturas coerentes de Lagrange”.

 “Houve uma explosão de interesse por esse campo“, disse David Campbell, editor chefe da Chaos, físico e diretor administrativo da Universidade de Boston. “O motivo para que o campo tenha atraído interesse é que os cientistas experimentais agora podem observar o surgimento dessas estruturas”.

 Os padrões de fluxo fascinam os pensadores há séculos. No século XVI, Leonardo da Vinci desenhou os vórtices que via nas águas dos rios e os vórtices de sangue que imaginava existir na válvula aórtica. Da mesma maneira que os padrões visíveis de fluxo mudam rapidamente, de forma que escapa à nossa capacidade de prever os objetos neles aprisionados, as estruturas de fluxo ocultas também se movimentam e se alteram ao longo do tempo.

 

mar e pedras

 

O conceito dessas estruturas surgiu como parte da teoria de sistemas dinâmicos, um ramo da matemática usado para compreender fenômenos complicados que mudam com o tempo. A descoberta de estruturas em ampla gama de casos reais demonstrou que elas desempenham papel chave nos complexos e caóticos fluxos da atmosfera e do oceano.

 As estruturas são invisíveis porque em muitos casos existem apenas como linhas divisórias entre porções de um fluxo que se movem em velocidades e em direções diferentes. No oceano, o percurso de uma gota de água em queda de um lado de uma estrutura como essa pode divergir do percurso de gota semelhante do lado oposto; elas tenderão a se afastar cada vez mais, com a passagem do tempo.

 “Não se trata de algo que possa ser tocado“, disse Jerrold Marsden, professor de engenharia e matemática no Instituto de Tecnologia da Califórnia, sobre as estruturas. “Mas tampouco se pode defini-las como puras abstrações matemáticas“.

 Marsden propõe, como analogia, a linha que divide a porção de uma cidade que foi atingida pelo surto de uma doença daquela que não foi. A linha não é uma rua ou uma cerca, mas ainda assim representa uma barreira física. E, à medida que o surto se expande, a linha muda de posição.

 

pedras e mar [Leme]

 

Para localizar as estruturas, os cientistas precisam acompanhar o fluxo mas não pela observação de seu percurso; o necessário é observá-lo da perspectiva das gotículas de água ou moléculas de ar que se movem como parte dele. “É mais ou menos como praticar surfe“, diz Campbell. “É preciso encontrar a onda e se mover com ela“.

 Os estudiosos que pesquisam a baía de Monterey identificaram uma estrutura coerente de Lagrange que age como uma crista móvel que separa a região da baía que envia poluentes rumo ao oceano daquela que os reconduz à baía. Eles observaram suas mudanças de posição durante 22 dias, e concluíram que, se computadas em tempo real, essas tendências poderiam ser usadas para determinar janelas de um dia de duração nas quais os poluentes causariam menos danos ao meio ambiente da baía.

 

Fonte: TERRA





RS: descoberta toca de 10 mi de anos feita por tatu gigante

11 05 2009
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Bifurcação no tunel das paelotocas. Foto: Francisco Buchmann

 

Francisco Buchmann, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) no campus do Litoral Paulista em São Vicente (SP), descobriu mais de 60 túneis escavados por tatus gigantes que viveram na América do Sul entre cerca de 10 milhões e 10 mil anos atrás aproximadamente.

Segundo a Unesp, esses túneis podem revelar o comportamento desses animais e o ambiente em que viviam. A maior concentração de túneis foi descoberta em outubro de 2008, no município de Novo Hamburgo (RS). O estudo foi apresentado na 24ª Jornada Argentina de Paleontologia de Vertebrados, em Mendoza, no dia 6 de maio. Geralmente, esses túneis são encontrados totalmente preenchidos pela lama de enxurradas de chuva sedimentada ao longo de milhares de anos e recebem o nome de crotovinas.

 

 

 

Gráfico da extensão e formato dos túneis na paleotoca.

Gráfico da extensão e formato dos túneis na paleotoca.

 

Buchmann e seus colaboradores – o geólogo Heinrich Frank e os doutorandos Filipe Caron e Leonardo Lima, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mais a paleontóloga Ana Maria Ribeiro e o mestrando Renato Pereira Lopes, da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul – são os primeiros a encontrarem no Brasil os túneis desobstruídos e com marcas das garras e da carapaça do animal que os escavou.

Com as chamadas paleotocas, os pesquisadores podem descobrir o que não dá para saber analisando apenas os ossos fossilizados. “A paleotoca permite estudar quais eram os hábitos dos tatus gigantes” explica Buchmann. A maioria das paleotocas e crotovinas foi encontrada à beira de rodovias, em várias cidades no leste de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Os pesquisadores acreditam que o tatu gigante escolhia ficar perto de um rio, mas escavava em um local alto para não correr o risco de sua toca inundar. Buchmann explora as paleotocas usando vários equipamentos, incluindo uma máscara para não respirar fungos.

 

 

 

 

Francisco Buchmann fazendo moldes de marcas das paredes numa paleotoca.  Foto: Francisco Buchmann.

Francisco Buchmann fazendo moldes de marcas das paredes numa paleotoca. Foto: Francisco Buchmann.

 

Às vezes a circulação de ar não é suficiente e é preciso levar oxigênio. “Tem de ter uma certa boa vontade para explorá-las. A paleotoca tem um formato cilíndrico e contínuo que se estende por dezenas de metros”, ele descreve. “A toca do tatu atual tem de 10 cm a 50 cm de diâmetro, enquanto uma paleotoca de tatu gigante tem cerca de 1,5 m e 2 m de diâmetro; às vezes é muito fácil de entrar”.

De acordo com o pesquisador, os tatus gigantes começaram a evoluir há 60 milhões de anos para ocupar o vazio deixado pela extinção dos dinossauros, sendo ele mesmo totalmente desaparecido devido a mudanças climáticas, há seis mil anos atrás. “O índio brasileiro conviveu com esses tatus gigantes”, diz.

Buchmann e seus colegas vêm discutindo que espécie de tatu extinto escavou todas essas tocas no sul do Brasil. Até agora, as evidências sugerem que o escavador foi um tatu dos gêneros extintos Propraopus ou Eutatus.

 

Portal Terra





Decoração de azulejos era língua escrita

26 04 2009

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A decoração, os símbolos encontrados em azulejos, louças e demais objetos do povo  que habitava o vale do Indo, no Paquistão, há mais de quatro mil anos são “palavras” de uma língua que até agora era desconhecida, sugere um estudo realizado por cientistas da Universidade de Washington e publicado na revista Science.

 

A equipe de matemáticos e engenheiros informáticos e arqueólogos indianos e norte-americanos liderada por Rajesh Rao,  afirma que o misterioso código só poderá ser decifrado se for encontrado um elemento -chave “equivalente à famosa Pedra de Roseta que (por ter o mesmo texto escrito em grego e egípcio demótico) permitiu a compreensão dos hieróglifos egípcios“.

 

 

 

 

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Os códigos misteriosos foram encontrados em pequenas placas de pedra, amuletos e placas de cerâmica e, até hoje, muitos especialistas afirmavam que elas eram simples pictogramas religiosos ou políticos.

 

A equipe realizou um estudo estatístico que comparou a seqüência de símbolos – conhecidos como “Escrita do Indo” – com diversas manifestações lingüísticas, desde o Inglês moderno até o antigo sânscrito e também com sistemas não lingüísticos.

 

 

 

 

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Neste ponto, podemos dizer que a Escrita do Indo parece ter concomitâncias estatísticas com as línguas naturais“, disse Rajesh Rao, cientista da Universidade de Washington e líder da equipe que realizou a pesquisa.

 

A Escrita do Indo é conhecida há quase 130 anos, “mas apesar de mais de 100 tentativas ainda não foi decifrada; no entanto, se entende que codifica uma linguagem“, afirmou Rao.

 

O povo do Indo foi contemporâneo das civilizações egípcia e mesopotâmica e habitou o vale do rio Indo – que ficava onde hoje é o leste do Paquistão e noroeste da Índia – em uma época entre o ano 2600 e 1900 a.C..

 

 

 

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Agora, Rao tem esperança de chegar ainda mais longe no estudo das escrituras para decifrar o seu código. “No momento queremos analisar a estrutura e sintaxe da escritura para deduzir suas regras gramaticais“, disse ele.

 

O cientista espera que este tipo de informação contribua para decifrar a linguagem no futuro, se aparecer um equivalente da Pedra de Roseta.

 

 

 

 

Fonte: Portal Terra

 





Um monstro predador de 500 milhões de anos!

20 03 2009

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O Hurdia victoria foi descrito  pela primeira vez  em 1912, quando suas características lembravam as de um crustáceo, Mas agora, pesquisadores revelaram que a aparência de um crustáceo, digamos de um camarão gigante,  é apenas parte de um outro animal, complexo e notável.  Um animal que certamente tem importante história para contar sobre a origem do maior grupo de animais vivos, os artrópodes.

 

O Hurdia victoria, que viveu há cerca de 505 milhões de anos nos mares da América do Norte,  foi reconstruído com base em pedaços de fósseis recolhidos ao longo de um século no sítio arqueológico de Burgess Shale, na British Columbia, no Canadá – um local protegido pela ONU como patrimônio da humanidade.

 

Os pesquisadores Allison Daley e Graham Budd da faculdade de Ciências da Terra (Earth Sciences) de Uppsala, na Suécia, junto com colegas do Canadá e da Grã-Bretanha descreveram a história deste exemplar único, que foi uma dos grandes quebra-cabeças da ciência.   Agora, reconstruído, o Hurdia Victoria mostra que tinha um corpo formado por vários segmentos e uma espécie de “carapuça” sobre a cabeça.  Usava dezenas de dentes e um par de garras.  Com estas características deve ter sido um formidável predador, em seu tempo.

 

 

 

 

 

 

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A primeira referência a este fóssil que o descrevia de maneira que se  assemelhava aos crustáceos é de 1912.  Aliás, é oportuno que esta nova descoberta venha praticamente às vésperas do aniversário de cem anos de sua descoberta.   Naquela época pensou-se que suas partes comporiam o corpo de um crustáceo gigante.    Isto porque outras partes deste animal haviam sido classificadas como outros animais independentes, tais como águas-marinhas, pepinos do mar e outros artrópodes.  Por isso, levou-se muito tempo para colocar todas as peças do Hurdia victoria nos seus respectivos lugares.  

 

Mas, com a coleta feita por expedições na década de 90,  descobriu-se mais espécimes mais completos  e centenas de peças isoladas que levaram às primeiras conclusões de que o Hurdia victoria era muito mais do que parecia ser.  

 

A nova descrição mostra que o Hurdia Victoria está realmente relacionado aos  Anomalocaris: um corpo segmentado,  com uma cabeça que ostenta um par de garras espinhosos e uma estrutura mandibular circular com muitos dentes.  No entanto, ele  difere de Anomalocaris por ter uma grande carapaça, tripartida projetada a partir da frente de sua cabeça.

 

Os Hurdia e os Anomalocaris são ambos antigos membros de uma linhagem evolutiva que se desenvolveu nos artrópodes, o grande grupo que contém os modernos insetos, crustáceos, aranhas e centopéias.   Esta reconstituição finalmente revela detalhes sobre as origens de importantes características que definem os artrópodes modernos, tais como as suas estruturas cabeça e membros.

 

“Esta estrutura é diferente de tudo o que já se conhecia sobre outros fósseis ou antrópodes vivos”, afirma a pesquisadora Allison Daley, que analisa estes fósseis há três anos como parte de sua tese de doutorado.

 

Texto baseado no artigo: Allison Daley, Graham Budd, Jean-Bernard Caron, Gregory Edgecombe e Desmond Collins, “The Burgess Shale anomalocaridid Hurdia and and its significance for early euarthropod evolution”, Science, 20 de março de 2009, e reproduzido no SCIENTIFIC BLOGGING.





Um novo dinossauro homenageia Confúcio

19 03 2009

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Uma equipe de cientistas chineses e americanos anunciaram a descoberta do fóssil de um dinossauro do grupo dos ornitópodos (herbívoros), encontrado na província de Liaoning, na China. O fóssil indica que o animal teria tido algo parecido com plumas, o que modificaria a teoria sobre a origem da plumagem dos animais pré-históricos.

 

A descoberta do animal que teria vivido no período Cretáceo Inferior, entre 144 e 99 milhões de anos, foi publicada na revista científica britânica Nature.

 

Batizado como Tianyulong confuciusi, o fóssil tem em várias partes do corpo estruturas filamentosas externas parecidas com plumas, afirmam os cientistas.

 

Essas estruturas, que não apresentam sinais de ramificações, têm o mesmo tamanho e estão agrupadas em três zonas, mais uma quarta, na cauda, onde são mais longas, de até 6 centímetros.

 

Até agora, os especialistas acreditavam que os pássaros atuais, que vêm a ser dinossauros com plumas, descendiam dos terópodes, dinossauros carnívoros bípedes do grupo dos saurísquios que viveram desde o Triásico superior até o Cretáceo superior (há entre 228 e 65 milhões de anos).

 

No entanto, o fóssil descoberto por Hai-Lu You, da Academia Chinesa de Ciências Geológicas, e Lawrence Witmer, da Universidade Americana de Ohio, desafiaria a teoria, pois apresenta indícios de plumas, mas, por outro lado, pertence à família dos pequenos heterodontossauros, do grupo dos ornitópodes (fitófagos).

 

Artigo baseado no portal Terra.





Filho homem ou mulher?

17 12 2008

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Árvore de Jessé, antes de 1195

Desenho aquarelado

Manuscrito: Herrad Hohenburg Hortus Deliciarum

 

Depois de estudarem 927 famílias e suas árvores genealógicas, detalhando ao todo 556.387 pessoas da América do Norte e da Europa e levando a pesquisa histórica das famílias ao século XVI,  pesquisadores da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, descobriram que os homens em geral têm mais filhos homens se tiveram mais irmãos do que irmãs.  E que terão mais filhas mulheres se tiveram mais irmãs do que irmãos.

 

O estudo dirigido pelo Dr Corry Gellatly mostrou que a mesma conexão entre sexos dos irmãos e dos filhos não se aplica às mulheres.  O gene específico que pode influenciar o sexo dos bebês ainda não foi identificado, mas um estudo de biologia evolucionária poderá esclarecer um mistério que escapa à nossa compreensão até hoje:  o grande número de nascimentos de bebês do sexo masculino logo depois da Segunda Guerra Mundial.

 

O estudo da Universidade de Newscatle mostrou que, através das árvores genealógicas das 927 famílias, há evidência de que as chances de uma pessoa ter um filho homem ou mulher estão programadas pela genética masculina.  

 

 

 

Para ver o artigo da BBC na íntegra, clique AQUI.