Natureza maravilhosa — mariposa amazônica [Myonia graba]

16 08 2013

Erbessa graba 5628-001aFoto: © Adrian Hoskins

Myonia graba é uma borboleta descrita pela primeira vez em 1899 por Druce.  Habita florestas tropicais encontradas em alturas de 200 a 800 metros.  Essas mariposas são naturais da região amazônica e dos Andes aparecendo  na Colômbia, Equador, Peru e Brasil.

Fonte: Learn about butterflies




Como o canto do galo anuncia a manhã?

19 05 2013

Galo, Mary Ann CaryGalo, ilustração de Mary Ann Cary.

O canto do galo, co-co-ri-có, tão conhecido por ser cantado nas primeiras horas da manhã foi estudado pelos cientistas japoneses Tsuyoshi Shimmura e Takashi Yoshimura, da Universidade de Nagoia.  Estes cientistas determinaram que os galos cantam ao amanhecer porque seu relógio biológico reconhece as horas.  Embora a luz natural também seja uma influência, os próprios galos têm um ritmo circadiano, ou seja um relógio biológico que os faz cantar ao amanhecer.

Vários galos foram estudados sob uma luz artificial permanente.  No entanto eles sempre cantavam pouco antes do amanhecer.  Isso mostrou que eles agem influenciados por seus relógios biológicos.  Outros fatores tais como o aparecimento da luz quando o sol nasce ou o canto de outras aves, também influem, mas não são as causas do canto do galo.

Em muitos países o canto do galo é o símbolo da chegada da manhã. Mesmo assim não é raro ouvirmos o canto do galo em outras horas do dia. Portanto ainda não está claro se o canto do galo é dependente exclusivamente do relógio biológico, ou se pode ser também provocado pelo meio ambiente. O que é mostrado nesse estudo, publicado na revista Current Biology é que o canto do galo antes do sol nascer é engatilhado pelo relógio interno dessas aves.

Em: Terra





Uma mulher de 4.500 anos usaria joias?

30 04 2013

Espelho, Inha Bastos (Brasil, 1949) Menina do espelho, 2008, ost. 50x50cm

Menina do espelho, 2008

Inha Bastos (Brasil, 1949)

óleo sobre tela, 50 x 50 cm

Inha Bastos

Vaidade e status social de uma mulher que viveu há aproximadamente 4.500 anos, no que hoje é a Inglaterra, são provavelmente as causas das joias encontradas com seu esqueleto em Windsor na Inglaterra. Carinhosamente chamada de “Rainda de Kinsmeade”  — Kingsmead é o local próximo a Windsor onde foi descoberta —  esta mulher, foi encontrada em sítio explorado por arqueólogos de Wessex. Suas joias, como lembram os cientistas, devem ter sido símbolos de sua afluência e  importância para a sociedade em que vivia.

Beaker_cultureDomínio do Povo dos Copos.

O pouco que restou de seus ossos, aparentemente corroídos pela acidez do solo, deixou que se concluísse ser uma mulher de aproximadamente 35 anos.  Foi enterrada usando um colar com contas de ouro intercaladas com contas de lignite.  No túmulo também foram encontradas contas de âmbar, perfuradas, que podem ter sido botões da vestimenta que usava quando enterrada.  E parece ter usado também um bracelete de contas negras.

3potsCopos de barro encontrados no túmulo do arqueiro de Amesbury.

Por causa de um copo encontrado ao seu lado, é possível que “a rainha de Kinsmead” tenha pertencido ao Beaker Folk [Povo dos Copos] uma cultura com raízes na península ibérica que dominava com grande técnica a manufatura de artefatos de cobre e de ouro.  O Povo dos Copos era assim chamado por fazer uso de copos, provavelmente para beber cerveja ou outra bebida fermentada.  Por volta de 2400 a.C. o Povo dos Copos dominou toda a península ibérica, parte do sul e do norte da França, a Alemanha, as terras onde hoje encontramos a Holanda e a Bélgica, a costa da Sardenha e Sicília, a Irlanda e o sul da Inglaterra.  Pessoas desse povo eram frequentemente enterradas com todo tipo de pertences incluindo copos de barro. É quase certo que esse senhora  fosse de fato mulher de prestígio pois tinha pertences que seriam raros e exóticos.

Kingsmead quarry gold beadsContas de ouro encontradas no local.

Análise de seus pertences colocam a origem do ouro provavelmente na Irlanda, a do lignite no leste da Inglaterra e o âmbar podendo ser de um lugar tão longínquo quanto o Báltico.

Recentemente o sítio em Kingsmead tem sido fonte de grandes descobertas para a  arqueologia britânica. Em março de 2013 noticiou-se a existência de um pequeníssimo vilarejo –  um grupo de quatro casas vizinhas  — algumas das casas mais antigas já descobertas na Inglaterra, construído aproximadamente há 6.000 anos.  Essas casas, cujas grossas e pesadas fundações sobreviveram, algumas com pilastras de apoio, assim como a fonte para o fogo do lar – local da lareira – sugerem casas substanciais, altas com um mezanino provavelmente para a estocagem de grãos e outros alimentos durante o inverno.  Devem ter sido construídas por volta de 3.800 a 3640 a.C.  e todas tinhas subdivisões em cômodos internos.  A maior dessas casas mede 17 x 7 m. E todas tinham telhado de sapê.

Kingsmead artist's impression

Uso das joias e botões encontrados com a “rainda de Kingsmead”.

Estudo mais detalhado dos objetos encontrados com a “rainda de Kingsmead” certamente trarão mais detalhes sobre o povoamento da Inglaterra na Idade do Bronze.

FONTES: GUARDIAN — “Rainha de Kinsmead”; GUARDIAN — Casas de sapê ; WSHC





A lagarta, soneto de Bastos Tigre

28 11 2012

Pequeno encanto

Donald Zolan (EUA, contemporâneo)

óleo sobre tela

www.zolan.com

A lagarta

Bastos Tigre

Por sobre as ramas da árvore coleia

A lagarta. E a colear, viscosa e lenta,

O seu aspecto as vistas afugenta

E de tocá-la a gente se arreceia.

Verde-negra, amarela, azul, cinzenta,

Quando o sol as folhagens incendeia,

Sobe a aquecer-se, e à luz solar, aumenta

O asco de vê-la repulsiva e feia.

Mas eis que a encerra do casulo a tumba;

Não penseis que, de todo, ela sucumba

No seu sepulcro eternamente presa.

Qual, do corpo, alma livre, desprendida,

É borboleta: evola-se a outra vida,

Voando feliz, na glória da beleza.

Em: Antologia Poética, Bastos Tigre, volume I, Rio de Janeiro, Ed. Francisco Alves:1982





Grande dinossauro com penas descoberto na China

4 04 2012

Desenho que ilustra como seriam os Yutyrannus huali.

Paleontólogos chineses e canadenses descobriram um fóssil do maior dinossauro com penas encontrado até hoje. O tiranossauro chamado de Yutyrannus huali, que significa” belo tirano com penas”, media nove metros e pesava cerca de 1400 quilos. Embora fosse muito menor que o Tiranossauro rex, o peso do novo dinossauro era 40 vezes mais elevado do que o maior dinossauro com penas conhecido até hoje, o Beipiaosaurus.

Apesar de contar com penas de 15 centímetros estes dinossauros que viveram na Terra há 125 milhões de anos eram incapazes de voar. Além de serem muito pesados para saírem do chão, havia uma questão aerodinâmica nas penas que impedia o voo. “As penas eram filamentosas eram estruturalmente mais parecidas com cabelos ou cerdas do que as plumas das aves modernas, portanto não formavam superfície aerodinâmica para o voo“, disse Corwin Sullivan, paleontólogo canadense que participou do estudo publicado no periódico científico Nature.

Os pesquisadores acreditam que as penas tinham a função de isolamento térmico. “Os grandes animais geralmente conseguem conservar o calor mais facilmente. Eu suspeito que que o Y. huali era um animal de sangue quente para que pudesse se beneficiar deste mecanismo de retenção de calor“, disse ao iG Sullivan.

A descoberta foi feita a partir da análise de três esqueletos completos do Yutyrannus huali. Os três esqueletos – um exemplar adulto e dois filhotes -, foram encontrados na província de Liaoning, na China.   Os paleontólogos tinham conhecimento, há mais de uma década, que alguns pequenos dinossauros tiveram plumas semelhantes às dos pássaros, com tamanhos semelhantes às de uma galinha,  graças às descobertas de vários fósseis nesta região chinesa. Mas esse achado mostra que existiu pelo menos uma grande espécie que também tinha penas.

Enquanto os dois filhotes deveriam pesar cerca de meia tonelada, o exemplar adulto teria alcançado 1.400 quilos e nove metros de comprimento, dimensões que o transformam no maior animal com penas que já existiu.  Seu tamanho era consideravelmente menor do que seu primo Tiranossauro Rex, mas quarenta vezes maior do que as espécies com penas anteriormente descobertas.

Engana-se, porém, quem pensa que as penas do “Yutyrannus” eram belas como as de alguns pássaros atuais. Sua plumagem era feita de “simples filamentos e se pareciam com as de um pintinho“, explicou Xu Xing, principal autor do artigo e pesquisador do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados de Pequim.

O caso do Yutyrannus, cujo corpo era apenas parcialmente coberto com penas, pode refletir uma adaptação a um ambiente frio incomum, afirma o estudo. Ao contrário de seu parente, o tiranossauro, que viveu numa época quente, o “Yutyrannus” habitou a Terra em meados do Cretáceo Inferior, um período que se estendeu de 145 milhões de anos a 98 milhões de anos atrás, e no qual as temperaturas caíram. Por isso suas penas devem ter servido para proteção contra o frio, já que supõe-se que esse período tenha sido muito mais frio do que o resto do Cretáceo, 10°C contra 18°C em média.

O estudo revela mais um novo elemento sobre a evolução dos primeiros animais com penas. É possível que a dimensão e a natureza da plumagem “evoluiu de acordo com as mudanças de massa corporal e da temperatura do ambiente“, acreditam os pesquisadores.

Pode-se até considerar, de acordo com o estudo, que o Tiranossauro e seus parentes tiveram penas em partes do corpo.  A descoberta pode ser uma prova de que “as penas estavam muito mais disseminadas do que os cientistas pensavam até poucos anos, pelo menos entre os dinossauros carnívoros“, disse o autor do estudo.

Fonte: Terra, Le Temps





“Fiz a cama na varanda”: o homem primitivo já dormia em colchões

12 12 2011

Ilustração Maurício de Sousa.

Os humanos primitivos da África do Sul já fabricavam colchões à base de erva e plantas medicinais há 77 mil anos, 50 mil anos antes do que se pensava.  Restos vegetais foram descobertos nas escavações da caverna de Sibudu, na província de KwaZulu -Natal, pela equipe comandada pelo professor Lyn Wadley, da Universidade de Witwatersrand (Johanesburgo).  Esses “colchões” são 50 mil anos mais antigos que outros exemplos conhecidos.  Nossos ancestrais da Idade da Pedra já faziam camas de folhas, sementes e caules de junco local adicionadas a gramíneas que colocavam no chão da caverna  a partir de 77 mil anos atrás. E pelos próximos 44 mil anos, os Homo sapiens nômades caçaram e se reuniram na área, utilizando Sibudu como seu local de descanso, usando a compactação de material vegetal para criar colchonetes.

O uso de colchões coincide com outros comportamentos introduzidos na vida cotidiana do homem moderno, entre eles uso de conchas como instrumentos e da tecnologia de lapidação da pedra.  Os especialistas destacam que modificar o espaço vital do habitat, incluindo o ambiente do dormitório, é um aspecto importante do comportamento e da cultura humana. Por isso, estes achados trazem informações “fascinantes” sobre os primeiros humanos modernos, que habitavam o sul da África.

Os pesquisadores descobriram pelo menos 15 centímetros de uma grossa camada de matéria vegetal encaixada dentro de um pedaço de sedimento, de 3m de espessura. Eles suspeitaram que essas camadas fossem camas humanas, mas já que as esteiras mais antigas para dormir conhecidas até hoje datavam só de 20.000 e 30.000 anos atrás, os arqueólogos tiveram que estudar o material sob o microscópio para ver de que exatamente era composta essa camada e se as pessoas haviam trazido essas plantas para o local intencionalmente.

Ilustração Maurício de Sousa.

Baseados na análise de fitólitos — pequenos restos de plantas fósseis — que permite a identificação das espécies de plantas e micromorfologia, o exame de alta resolução de vestígios arqueológicos, a equipe descobriu que as camadas, que datava de 77.000 a 58.000 anos atrás, eram feitas de caniços, juncos, e ervas, plantas que crescem além do rio Tongati mas que não são encontradas no abrigo rochoso e seco, ou próximas ao sítio da descoberta.   Assim, as pessoas em Sibudu devem tê-las juntado deliberadamente e trazido-as para a caverna. Sob o microscópio, o material vegetal mostrou sinais de compressão e de repetido pisoteio.  Na camada mais antiga, 77 mil anos de idade, a equipe descobriu que as folhas de Cryptocarya woodii, também conhecida como Cabo de louro, ou a “árvore de cânfora bastarda“, uma planta aromática cujas folhas são usadas até hoje na medicina tradicional, porque suas folhas contêm diversos compostos químicos que podem matar insetos.  A equipe sugeriu, então, que os primeiros seres humanos escolheram essas plantas especificamente para se proteger contra a malária,  transmitida por mosquitos e de outras pragas.

A seleção dessas folhas para a fabricação do colchão indica que os primeiros habitantes de Sibudu tinham um bom conhecimento das plantas que rodeavam sua caverna e da eficiência de seu uso medicinal“, explica Lin Wadley.  Os pesquisadores acreditam que os habitantes da caverna colheram as sementes e plantas das proximidades do rio Tongati e que as usavam não só para dormir, mas também para trabalhar sobre elas.  As camadas também mostraram evidência de queima regular, começando há 73 mil anos atrás.  Arqueólogos acreditam que as pessoas queimaram a cama para eliminar pragas que tinham infestado a plantas e / ou para reduzir a altura acumulada  com os anos de uso, para acabar com esteiras deterioradas e para que pudessem começar de novo, de maneira limpa. Este é o primeiro exemplo conhecido de seres humanos que usam o fogo para a manutenção de habitação.

Tudo indica que os habitantes dessa caverna não teriam vivido lá permanentemente, apesar de terem feito desse, um local tão agradável e acolhedor. Eles provavelmente usaram o espaço por algumas semanas de cada vez até que a área tivesse esgotado a sua caça e o material orgânico entrasse em decomposição atraindo vermes. Os arqueólogos encontraram fragmentos de lascas de pedras e ossos queimados no meio do material das plantas, portanto, além de usar as esteiras para dormir, seus criadores também podem tê-las usado como uma superfície de trabalho para fazer ferramentas e alimentos.

Há cerca de 58 mil anos atrás, as camadas da cama se tornaram mais freqüentes, sugerindo que a população em Sibudu estava crescendo durante este período. Os arqueólogos estimam que o Homo sapiens migrou da África 50 mil anos atrás, talvez, pela própria expansão populacional que os colchões indicam ter havido.

Fontes: Terra, The History Blog





Filhotes fofos — puma branco

8 12 2011

Foto: Associated Press.

Um filhote de puma foi apresentado ao público pelo zoológico Attica Parque, nas proximidades de Atenas, na Grécia. Com apenas um mês de vida, o raro filhote branco recebeu uma mamadeira com leite de uma funcionária do parque. Batizado com o nome de Casper, ele pesa 2 kg.  De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza, a espécie está na lista dos animais ameaçados de extinção. Originário do continente americano, o felino pode ser encontrado desde o Canadá até países da América do Sul, inclusive o Brasil.





Quadrinha do Astronauta

18 10 2011

Ilustração, desconheço a autoria.

O astronauta que flutua

muito tem a lamentar:

quanto mais perto da lua     

mais distante do luar.

(Nei Garcez)





Um novo tipo de vida que desafia os nossos conhecimentos!

2 12 2010

Nova forma de vida, acima.

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 Nasa confirmou nesta quinta-feira em Washington a descoberta de uma forma nova de vida encontrada em um lago tóxico na Califórnia. Segundo os pesquisadores, eles encontraram um “micro-organismo vivo diferente do conceito de vida que conhecemos até hoje”, diz pesquisadora da Nasa.

Até hoje se pensava q todas as formas de vida precisavam de fósforo e este micróbio substitui arsênico por fósforo. Isso é profundo. o que mais poderemos encontrar?”, diz a pesquisador Felisa Wolfe-Simon. “A definição de vida acabou de ser ampliada“, diz Ed Weier, administrador da Nasa da missao de ciência.

A Nasa diz que a descoberta de uma bioquímica alternativa vai mudar livros de Ciência e a ampliar o escopo da busca pela vida fora da terra. Carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre sao os 6 elementos basicos de todas as formas de vida na terra. Fósforo é parte da estrutura do DNA e do RNA, as estrturas que transportam as instruções genéticas da vida e é considerado um elemento essencial para todas as células vivas.

Fósforo é um componente central da molécula que transporta energia em todas as celulas (adenosina trisfosfato) e também os fosfolipídios que formam todas as membranas das celulas.

Essa forma de vida descoberta utiliza o arsênico no lugar do fósforo. O arsênico é elemento quimicamente parecido com o fósforo, mas venenoso para a maioria das vidas na terra.

Segundo os pesquisadores, a descoberta abre toda uma nova variedade de perguntas, com respeito à exploração espacial, isso é muito importante, pois mostra que ainda não sabemos o que pode ser tolerado em outros ambientes. “Temos que pensar em possibilidades de encontrar vida que aguentam coisas que nao conseguiríamos aguentar“, diz Mary Voytek, diretora do programa de Astrobiologia da Nasa.

Felisa afirma que temos que pensar em vida em qualquer contexto, como o lunar ou outro planeta.

“(Esta descoberta leva a) possibilidades de organimos que possam viver sem fósforo e poderá se desenvolver toda uma nova tecnologia de bioenergia sem usar fósforo”, diz James Elser, professor da Escola do Estado do Arizona.

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Artigo de Lígia Hougland    FONTE: TERRA





Irmãos e tão diferentes: dois bebês de onça pintada!

22 10 2010
Foto: Agência EFE

O zoológico grego Attica, na Grécia, mostrou ao mundo, ontem, uma bela mamãe jaguar negra com seus dois filhotinhos: uma oncinha pintada negra e uma oncinha pintada de pelo cor de mel.  Como sabemos ambas têm pintas, porque mesmo o jaguar negro tem pintas escuras que são mais difíceis de serem distinguidas de longe, por não oferecerem contraste com a pelagem do fundo.    A aparição desses filhotes de dois meses que têm diferentes cores traz à mente as pequeninas surpresas genéticas com as quais convivemos, no nosso dia a dia.  Nas fotos, distribuídas ontem pela agência de notícias EFE, as oncinhas bebês nem parecem ter a mesma, imponente, mãe em comum.  Mas os dois bebês são verdadeiros irmãos, não pertencem a duas raças diferentes, a diferença entre eles aparece por uma mutação genética na qual os indivíduos produzem mais melanina do que o normal, o que provoca um maior escurecimento da pelagem desses animais.

A onça-pintada é o único membro da família das panteras a ser encontrado nas Américas. Sua pelagem típica é amarelo-dourada com pintas pretas na cabeça, pescoço e patas. Mas também há onças de pelagem escura. “É uma variedade da onça-pintada (Panthera onca), apenas possui uma variedade melânica“, explica Vincent Kurt, biólogo da divisão técnica e de fauna do IBAMA.

Antigamente a onça pintada era encontrada desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina.  Mas, este animal está extinto no país da América do Norte, é raro no México,  mas ainda pode ser encontrado na América Latina.  Inclusive no Brasil.   O jaguar ou a onça pintada – dois nomes para o mesmo animal, pode chegar a 135 kg. Sua mordida é considerada a de maior potência dentre os felinos do mundo. Vive em vários tipos de habitat, desde florestas como a Amazônica e Mata Atlântica, até em ambientes como o Pantanal e o cerrado.

É bom lembrar que a onça-pintada (Panthera onca), também pode ser chamada de onça, jaguar ou jaguaretê.  É um grande gato, ou seja, pertence à família dos felídeos e é carnívora [come carne].   E que ela é um dos símbolos da fauna brasileira.

Ela praticamente habita o Brasil inteiro, mas prefere morar em zonas que não sejam descampadas.  Aqui no país, os estados em que a onça-pintada existe são: AC, AM, AP, BA, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PI, PR, RJ, RO, RR, RS, SC, SP e TO.

FONTE: Terra