Antigos cartões postais de Natal I

2 12 2010
Cartão postal francês com desejos de um Feliz Natal, de 1944 (durante a 2ª Guerra Mundial)

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Cartão de Natal, americano, 1925.

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Cartão postal francês, Viva São Nicolau, 1943.

 

Cartão postal francês, Feliz Natal, 1910.




Aprecie neste vídeo a obra de Félix Revello de Toro

2 12 2010




PHYLO o novo jogo científico online

30 11 2010

 

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Um novo jogo online utiliza o poder de computação de cérebros ociosos para ajudar a decifrar as origens das doenças genéticas.   O jogo, chamado de Phylo,  se apóia nos ombros de outros gigantes da ciência tais como o jogo de enovelamento de proteínas Foldit e o de identificação de objetos celestes Galaxy Zoo. Cada projeto tira proveito do talento humano  de reconhecimento de padrões,coisa que  os computadores são notoriamente conhecidos por não o fazerem bem. 

Há algumas tarefas que os seres humanos fazem melhor do que computadores, como resolver quebra-cabeças“, disse o especialista em bioinformática Jerome Waldispuhl da McGill University, um dos líderes do projeto Phylo. O jogo foi lançado oficialmente no dia 29 de novembro.

Os jogadores de Phylo movem quadrados coloridos representando os quatro nucleotídeos do DNA para encontrar o melhor alinhamento entre os trechos do DNA de duas espécies diferentes. Essas seções específicas de DNA, chamadas de regiões promotoras,  determinam quais partes do genoma seguem como  traços no organismo, quer sejam olhos azuis ou doença cardíaca.   Vendo onde a linha de genes se iguala entre espécies pode ajudar biólogos a identificarem fontes de distúrbios genéticos.

Se alguma região é mantida em todas as espécies após o alinhamento,  provavelmente foi conservada por algum motivo muito específico“, disse Waldispuhl.  “Nós deveremos ser capazes de poder ter melhor compreensão das razões pelas quais uma mutação potencialmente criará uma doença, ou porque essa doença aparece.”

Diferente dos jogos Foldit ou Galaxy Zoo, a ciência no Phylo está muito bem escondida. Parece um jogo, um quebra-cabeças abstrato, com formas coloridas e música de jazz. “Isso foi proposital”, disse Waldispuhl.

Nós não queremos p jogo restrito apenas a pessoas interessadas em ciência”, disse ele. “Os geeks de ciência não precisam de muito para se convencerem a jogar um jogo que ajuda a levar avante a investigação”, disse ele.  Os desenvolvedores do Phylo querem atrair para o jogo pessoas que estariam jogando Farmville.

Se não for divertido, as pessoas não irão jogá-lo“, disse Waldispuhl.  “Queríamos uma boa troca entre o que é divertido, e a informação interessante na ciência … de modo que quando nós fornecemos o jogo na web, as pessoas não vão pensar sobre o problema biológico, mas apenas em se divertir e se entreter.”

A equipe espera fazer versões do jogo para celulares inteligentes e pads e, eventualmente, para incorporá-lo em sites de redes sociais como o Facebook.  O jogo já tem a sua própria página no Facebook, onde você pode deixar um comentário.   “A única maneira de torná-lo melhor para a comunidade é para liberá-lo para a comunidade, e abrir aos comentários de todo o mundo“, disse Waldispuhl.

FONTE: Wired





O mundo dos livros mágicos de Sue Blackwell

24 11 2010

As doze princesas dançarinas, 2007

Sue Blackwell ( Inglaterra, 1975)

escultura em papel

www.sublackwell.co.uk

Recentemente para mudar de residência com um tanto de agilidade tive a difícil tarefa de selecionar entre os livros  que tenho aqueles que queria manter comigo e outros para me desfazer.  Uma seleção difícil que precisava ser feita.  Numa cidade como o Rio de Janeiro onde se tem cada vez menos espaço para morar, e numa família como a nossa em que cada vez temos mais livros para ler, há de chegar a hora em que uma decisão radical se faz necessária.  Foram-se muitos e muitos livros.  Calculamos que nos desfizemos de uns 1200 exemplares: livros lidos, que jamais iríamos reler.  Livros que marcaram nossas vidas, mas que ficaram para trás assim como os nossos “eus” daquelas épocas.  A vida mudou e eles ficaram nas estantes como marcos nos lembrando daqueles de outros tempos enquanto colecionavam poeira, que nos dava alergia.

O livro ilustrado de pássaros,  2008

Sue Blackwell ( Inlagterra, 1975)

Escultura em papel

www.sublackwell.co.uk

 Para quem gosta de livros, é difícil peregrinar pelos sebos oferecendo seus valiosos amigos e descobrir que a maioria dos sebos não tem o menor interesse em livros que foram publicados aos milhares, há três ou quatro décadas.  Os livros mais recentes até que eles levaram, mas os mais antigos, de “autores menores” ou cobrindo assuntos de interesse muito específico, ficaram conosco mesmo, para nos desfazermos como pudéssemos.  E como grande parte era em língua estrangeira, então o valor descia a ZERO.  Muitos livros de bolso em inglês, francês e alemão foram mandados para reciclagem de papel, vendidos a peso pelo catador mais próximo.  

Alice e a festa do chá maluco, 2007

Sue Blackwell ( Inglaterra, 1975)

Escultura em papel

www.sublackwell.co.uk

Com essa experiência ainda recente, qual não é o meu prazer de ver o trabalho de Sue Blackwell, esta semana. Ela consegue dar a livros antigos, que não teriam nenhuma outra utilidade, desprezados pelos sebos, uma nova versão que é absolutamente SENSACIONAL.  Observem comigo.

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De Nárnia, 2009

Sue Blackwell ( Inglaterra, 1975)

escultura em papel

www.sublackwell.co.uk

Acredito que a minha primeira reação de encantamento tenha sido um eco, digamos assim, dos livrinhos para crianças cujos personagens ou cenas se levantam das páginas, quando passamos de uma página para outra.  É um outro mundo encantador que toma forma e nos ensina sem palavras que os personagens de uma trama podem existir em um outra dimensão. 

O navio do Capitão Gancho em Peter Pan, 2007

Sue Blackwell ( Inglaterra, 1975)

Escultura em papel

 www.sublackwell.co.uk

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A própria escolha dos temas dessas esculturas, que refletem os textos das quais são extraídas, vindas em sua grande maioria de livros infanto-juvenis, de  muitas histórias para crianças, nos levam a essa comparação com os livros de crianças muito pequenas, cujos personagens se levantam com o passar das páginas.  

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Pássaros, animais e peixes, 2007

Sue Blackwell ( Inglaterra, 1975)

Escultura em papel

www.sublackwell.co.uk

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Sue Blackwell se diz  inspirada sobretudo na arte oriental do origami.  E seus trabalhos refletem um ambiente poético cuja delicadeza certamente remonta à sensibilidade oriental.

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Esperança, 2009

Sue Blackwell ( Inglaterra, 1975)

Escultura em papel

www.sublackwell.co.uk

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A mim, seus trabalhos têm afinidade ainda que remota com os romances de colagem feitos por Max Ernst da década de 30 do século passado.  A delicadeza do encontro de imagem e texto no trabalho de Sue Blackwell pode com certeza ser comparada à delicadeza do encontro de imagens explorado no trabalho de Ernst.

Flores nativas, 2006

Sue Blackwell ( Inglaterra, 1975)

Escultura em papel

www.sublackwell.co.uk

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É sem dúvida um trabalhho extremamente minucioso e que dá asas à imaginação de quem o encontra.  O poder dessa emoção transmitida pelas construções da artista já foi explorado — de maneira bem positiva — pelo mundo da propaganda e do marketing.  Abaixo um dos exemplos do trabalho com este fim.

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Que todos os nossos anúncios, que todas as nossas propagandas, tenham tanta poesia em suas mensagens.

Abaixo um vídeo para mostrar como a artista chega às esculturas que vemos.

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Novidade natalina: o lápis bem apontado

23 11 2010

 

Jovem apontando um lápis, 1737

Jean Baptiste Simeon Chardin (França, 1699-1779)

Museu do Louvre, Paris

Na época do Natal todo tipo de “novidade” parece exercer uma fascinação desmedida no público consumista.  Há de se marcar certas décadas passadas justamente por esses objetos de fascinação momentânea.  Uma busca por esses objetos na internet traz à tona: o anel que muda de cor com a suas emoções; o galinho que muda de cor prevendo chuva ou sol; o animal de estimação Chia, que se torna coberto de brotinhos de plantas verdes, a medida que se molha o bibelô; o abajur que acende quando se bate palmas, e o item que não poderia faltar em qualquer lar: a pedra de estimação.

Tudo indica que David Reese de Nova York, pensou profundamente em como arrecadar um dinheirinho extra, além do que ganha como cartunista, oferecendo, ao público em geral, um lápis bem apontado por USD$ 15.00  — quinze dólares.  Com essa quantia você recebe em casa – pelo correio – não só o lápis nº 2 que você comprou, como também as raspas de madeira que ele retirou do lápis, embaladas num saquinho plástico  à parte.  Você pode se quiser mandar o seu próprio lápis de estimação e pelo mesmo preço ele lhe mandará de volta o seu lápis bem apontado.  Mas não há desconto nesse caso.  Se você estiver realmente carente de bons lápis bem apontados, por USD $ 50,00 David mandará para você 12 lápis apontados. 

Por que mesmo que eu não tive e$$a idéia?

FONTE:  WIRED





Um milhão e meio de acessos! Obrigada!

25 10 2010

Hoje passamos de:

 1.500.000

de acessos a este blog.

Obrigadíssima!





Os dois leões, fábula de Florian

18 10 2010
Ilustração do livro de Nicholas Barnaud Delphinas, O livro de Lambspring, de 1625.

OS DOIS LEÕES

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Um dia dois leões, sob um sol muito forte, chegaram a um grande lago morrendo de sede.  Este era um lago enorme, com muita água, o bastante para saciar a sede de muitos animais. Mas, apesar de sentirem muita sede, motivo que os levara a procurar por uma fonte de água, quando chegaram à beira do lago, nenhum dos dois quis a companhia do outro.  O orgulho e a vaidade falaram mais alto.  Cada um queria ser o primeiro a beber da água, sem dar chance ao outro.  Eles se olharam com muita maldade.  Encresparam as jubas para a luta, e seus corpos se encurvaram de maneira ameaçadora, prontos.  Cada qual se preparou para um bote mortal.  Altercaram-se com rugidos aterradores, alertando toda a vizinhança.  Engalfinharam-se numa luta sem igual.  Os dois, igualmente fortes e ferozes, atracaram-se rolando pelo chão.  Machucaram-se um ao outro, cada um ferindo o inimigo sem piedade.  Ao final, caíram exaustos lado a lado.  Cada qual com o corpo coberto de feridas e sangrando, com muitas  marcas deixadas pelo rival.  Cada um se arrastou devagarinho  até as margens do lago.  Os dois beberam da água cristalina ao mesmo tempo, e também caíram mortos no mesmo lugar.  Acabaram, lado a lado, juntos na morte tal como não o haviam sido na vida.   

Jean-Pierre Claris de Florian (França,1755 — 1794) foi um poeta, teatrólogo e escritor francês. Entrou para a Académie Française em 1788.  Foi preso durante a Revolução Francesa, mas sua vida foi poupada graças a intervenção de Robespierre.  Hoje é mais conhecido por suas fábulas do que por seus romances e peças teatrais que, no entanto, foram o que lhe fizeram conhecido e apreciado em seu tempo.   Além de suas popularíssimas fábulas, recontadas até hoje, na maioria dos países de cultura ocidental, Florian foi também responsável por alguns bons adágios que passaram a ser moeda corrente de linguagem na França e até no exterior.  Entre eles está o que conhecemos no Brasil:  Ri melhor quem ri por último.





A ficção cientifica no cinema

17 10 2010
Cascão lê notícias no jornal sobre discos voadores, ilustração Maurício de Sousa.

Li hoje m artigo interessante no Booksblog, do jornal inglês The Guardian, que  me levou a pensar sobre os melhores filmes de ficção científica de Hollywood.  A postagem, na verdade, se refere à incapacidade das companhias cinematográficas baseadas em Hollywood de fazerem um filme de ficção científica cuja qualidade possamos considerar perene.   

A premissa é de que a ficção científica é um gênero baseado em idéias.  E que se um filme tem sucesso é porque seu argumento foi capaz de preservar o essencial de cada elemento do gênero. O autor menciona só dois filmes com as qualidades necessárias:  2001 Odisséia no espaço, de Stanley Kubrick  lançado em 19  e Blade Runner: o caçador de andróides, de Ridley Scott, de 1982.

Assim, 2001 teria trazido para a tela algo que pressentimos ser verdade, ao retratar a evolução da existência humana do tempo em que éramos um pouco mais do que grandes macacos até nosso destino intergaláctico retratado no final.  Nosso momento atual é o próprio período de transição.  Por isso o filme nos cala, porque sentimos que nele há algo de verdadeiro.

Por outro lado, em Blade Runner,mostra uma outra realidade que nos toca como intrinsecamente verdadeira  e é projetada na habilidade que nós humanos temos de desumanizar nossos semelhantes quando nos convém.  Sabemos que isso é verdadeiro, temos exemplos todos os dias ao nosso redor que comprovam essa ser uma característica nossa, de seres humanos.

Foto, Contatos Imediatos de Terceiro Grau.

Além dessas observações, concordo com muitos dos outros pontos do argumento.  Gosto particularmente da lembrança de que a ficção científica é um gênero de idéias.  Como tal é um gênero bastante abstrato e quando projetado em imagens pode facilmente parecer pobre em contraste com as nossas imaginações; limitado aos recursos de época, a não ser que sua linha principal repercuta no nosso âmago mais recôndito, como verdades nossas de seres humanos.  É justamente aí que a agulha da balança pesa para um lado ou para o outro quando julgamos filmes de ficção científica que fossem significativos em qualquer época para qualquer geração. E é muito difícil esta balança pesar mais para o lado universal dos nossos sentimentos e daquilo que sabemos ser verdadeiro, quando nos encontramos face a face com uma realidade desconhecida de todos nós, como é mundo sci-fi.

Mas eu gostaria de adicionar um outro  filme que acredito ter os requisitos para se perpetuar:  Contatos Imediatos de Terceiro Grau, de Steven Spielberg , lançado em 1977.  Por quê?  Porque também me parece trazer aquelas características que consideramos perenes:  a nossa curiosidade – sem ela não teríamos chegado ao nivel que chegamos na nossa evolução.  E também, o conhecimento intrínseco  que temos, lá nas profundezas de nossos seres, que as chances de sermos o único lugar com vida no universo são pequenas, muito pequenas. Quase inexistentes.  Sabemos, também, que iremos de alguma forma, algum dia,  nos comunicar com estes outros seres, quer de maneira inteligível, quer através de uma comunicação à base de trocas de celulas ou de DNA.  A genialidade do argumeto de Spielberg foi associar essa comunicação a um nivel de grande abstração como o  som, a música. Impossível de ser limitado e de ser descrito de alguma outra forma. 

Então, para ter longa vida a ficção científica no cinema tem que mostrar uma verdade intrínseca nossa, de seres humanos, que repercuta nas nossas almas, e mais ainda, que sua representação não limite a  nossa imaginação, mas ao contrário que nos faça expandi-las.

E você, o que pensa?





Imagem de leitura — Aldo Bonadei

14 10 2010

A leitura, 1950

Aldo Bonadei ( Brasil, 1906-1974)

Óleo sobre tela, 73 x 54 cm

Aldo Cláudio Felipe Bonadei, (São Paulo, 1906 — São Paulo, 1974) pintor brasileiro, integrante do Grupo Santa Helena.  Além da pintura fez desenhos, gravuras e foi figurinista para teatro e cinema.  Também escreveu poesia. O artista teve importante atuação, entre os anos 1930 e 1940, na consolidação da arte moderna paulista e foi um dos pioneiros no desenvolvimento da arte abstrata no Brasil.  No fim da década de 50 atuou como figurinista na Companhia Nydia Lícia – Sérgio Cardoso e em dois filmes de Walter Hugo Khoury.





Quadrinha sobre A CRIANÇA

28 09 2010
Ilustração de revista da década de 1960.

A luz mais clara, mais pura,

chama viva da esperança,

só se encontra na ternura,

dos olhos de uma criança.

(Marília Fairbanks Maciel)