Escasseiam armas para os soldados paulistas. Revolução 1932

12 09 2008

 Os defensores da cosntituição.

 Os defensores da constituição.

 

10 de setembro de 1932

 

 

Voou sobre a cidade um avião da ditadura.  Mas não bombardeou.   Voaram depois aviões paulistas.

 

 

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Equipe da Cruz Vermelha, Itapira.

Equipe da Cruz Vermelha, Itapira.

 

11 de setembro de 1932

 

Dia calmo, sem grandes boatos.  Apenas grande número se nota de soldados que descansam.  Parece que há entre as tropas paulistas falta de armas e munições, agora em numero maior.  É difícil ver-se um fuzil metralhadora, e, mesmo os fuzis mauser, arma ordinária no exército, escasseiam.   Incrementam-se os batalhões de bombardas, lança-chamas e lança-minas.  Há grande quantidade de munições, no que se diz, para essas armas.

 

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Tropas Federais Gaúchas.

Tropas Federais Gaúchas.

 

 

 

Transcrição do Diário de Gessner Pompílio Pompêo de Barros (MT 1896 – RJ 1960), Itapetininga, SP, página 143-144 em referência à Revolução Constitucionalista de 1932.

 

 

 

 

 

 

Trincheira com tropas da ditadura, em Itapira.

Trincheira com tropas da ditadura, em Itapira.





Tropas parecem reanimadas! Revolução de 1932

10 09 2008
Luta travada em Cunha

Luta travada em Cunha

 

8 de setembro de 1932

 

Nada de extraordinário se registrou hoje.

 

 

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Avante São Paulo!

Avante São Paulo!

 

9 de setembro de 1932

 

Nota-se que as tropas se reanimam.  Consta que as forças ditatoriais não vêm mais atacar as paulistas que se acham postadas no rio das Almas (aquém de C. Bonito0 e em Ligiana (aquém de Buri).

 

 

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Hora do Rancho!

Hora do Rancho!

 

 

Transcrição do Diário de Gessner Pompílio Pompêo de Barros (MT 1896 – RJ 1960), Itapetininga, SP, página 143 em referência à Revolução Constitucionalista de 1932.

 

 

Certificado de Ex-combatente

Certificado de Ex-combatente





Grande esperança na revolta do Rio Grande, Revolução de 1932

8 09 2008

 

 

A herança dp heroismo, Fernã Dias Paes Leme, Tiradentes e o voluntário de 1932.
Cartaz: A herança do heroísmo, Fernão Dias Paes Leme, Tiradentes e o voluntário de 1932.

 

7 de setembro de 1932

 

 

A revolução paulista entra hoje no seu 60° dia.  Parada às dez horas da manhã.  Formatura de cerca de quase dois mil homens na cidade.  Reina animação entre os habitantes e nutre-se esperança de vitória, com o auxílio da revolução do Rio Grande.  Se não são boatos as notícias que os jornais publicam, há já vários municípios do Rio Grande rebelados contra o interventor federal daquele estado, rebelião essa chefiada pelos Srs. Borges de Medeiros e Raul Pila.

 

 

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Transcrição do Diário de Gessner Pompílio Pompêo de Barros (MT 1896 – RJ 1960), Itapetininga, SP, página 142 em referência à Revolução Constitucionalista de 1932.

 

 

Apresentação de armas dos voluntários na capital.

Apresentação de armas do exército voluntário na capital.

 





Um dos mais belos hinos… para comemorar o 7 de setembro

7 09 2008

MENINO COM BANDEIRA, 1980s

Marysia Portinari (Brasil, 1937)

Óleo sobre tela

Coleção particular

 

FIBRA DE HERÓI (Bandeira do Brasil)

Letra: Teófilo de Barros Filho
Música: Guerra Peixe
 
Se a Pátria querida
For envolvida pelo perigo,
Na paz ou na guerra
Defende a terra contra o inimigo.
Com ânimo forte,
Se for preciso, enfrenta a morte!
Afronta se lava
Com fibra de herói de gente brava.
 Bandeira do Brasil,
Ninguém te manchará;
Teu povo varonil
Isso não consentirá.
Bandeira idolatrada,
Altiva a tremular
Onde a liberdade
É mais uma estrela a brilhar.
 

 

 

 

 

 

NOTA DA PEREGRINA:

Na escola municipal em que fiz os meus primeiros anos escolares, cantávamos um hino, antes de começar as aulas, duas vezes por semana.  Em geral cantávamos o Hino Nacional para ficarmos “afiados” quando viesse a visita de alguma pessoa importante à escola, principalmente porque esta escola levava o nome de um país do Novo Mundo, e vez por outra, havia um adido cultural que vinha lá do consulado para nos prestigiar com sua presença.  [Pensando bem, acredito que isto se devesse ao esforço da diretora da escola].

De todos os hinos que cantávamos este era DE LONGE o preferido de todos.  Era o hino mais popular entre nós.  Hoje, quando penso nesta escola, agradeço à boa diretora que tivemos que exigia tanto esforço nosso e de seus professores.  D. Mercedes, muito obrigada!





7 de setembro — Dia da Independência do Brasil

7 09 2008

 

O Grito do Ipiranga, 1888

 

Pedro Américo (Brasil  1843- 1905)

 

óleo sobre tela,  7, 60 m x 4, 15 m

 

Salão Nobre

 

Museu Paulista, Universidade de São Paulo

 





À espera dos acontecimentos no Rio Grande, Rev. 1932

6 09 2008

Agitações politicas no Rio Grande do Sul.
Agitações políticas no Rio Grande do Sul.

 

6 de setembro de 1932

 

 

A cidade esteve calma.  Nota-se porem que todos anseiam pela revolução do Rio Grande.  As vistas de todos se voltam para lá, na esperança de um auxílio indireto do povo gaúcho, o qual, conforme notícias de jornais, está se revoltando, a lado de São Paulo.  

 

 

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Transcrição do Diário de Gessner Pompílio Pompêo de Barros (MT 1896 – RJ 1960), Itapetininga, SP, página 142 em referência à Revolução Constitucionalista de 1932.

 

As crianças se agitam em toda parte do estado.

As crianças se agitam em toda parte do estado.





MINHA TERRA, poesia para 3a série, Semana da Pátria

5 09 2008

 

Índio brasileiro.

Índio brasileiro.

 

MINHA TERRA

 

 

D. Aquino Correia

 

 

Minha terra é Pindorama

de palmares sempre em flor:

quem os viu e não os ama,

não tem alma nem amor.

 

Santa Cruz é minha terra,

terra santa cá do sul:

seu pendão a cruz encerra,

tem a cruz no céu azul.

 

Deus num último batismo

meu país Brasil chamou;

se me abrasa o patriotismo,

brasileiro então eu sou.

 

Eis os nomes que assinalam

minha terra sempre em flor:

são três nomes que me falam

de beleza, fé e amor.

 

Pindorama!  és meu encanto!

Santa Cruz!  és minha fé!

O’ Brasil!  Eu te amo tanto,

que por ti morrera até.

 

 

VOCABULÁRIO:

 

Pindorama – terra das palmeiras, nome dado ao Brasil pelos índios.

 

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D. Francisco Aquino Correia ( Cuiabá, MT 1885 – São Paulo – 1956)  arcebispo de Cuiabá.

 

 

Do livro:

 

Vamos estudar?: 3a série primária, Theobaldo Miranda Santos, Rio de Janeiro,  Agir: 1961. 12a edição. [Edição especial para os Estados de Goiás e Mato Grosso].

 

 





“Precisamos vencer!” — Revolução de 1932

5 09 2008
Principais operações aéreas governistas contra a baixada santista em 32

Principais operações aéreas governistas contra a baixada santista em 32

 

5 de setembro de 1932

 

Nos dias anteriores nada houve  de extraordinário.  Começam a alastrar-se notícias da revolução no Rio Grande.  Essas notícias, propaladas talvez com exageros, vieram encorajar as forças paulistas que já se iam esmorecendo e se desesperançando da vitória.

 

É notável um traço psicológico no soldado paulista nato: ele não crê, agora, piamente na vitória das armas, mas, julga que, apesar da derrota provável, deve continuar a revolução ainda que essa revolução seja uma perene perturbação da ordem!    O orgulho paulista é que está mantendo elevado, o moral das nossas tropas.  E esse orgulho é tanto que o paulista, talvez, depois de sua derrota no campo de luta, não se sinta vencido e pretenda hostilizar perenemente os representantes da ditadura que por ventura venham para assumir postos de direção em São Paulo.  

 

Não deve existir na História exemplo de maior disposição para a guerra.

 

Admirável:  o soldado paulista sabe que tem maior n°, mas sabe também que o adversário tem melhores armas e maior munição;  entretanto, o soldado paulista vai para a trincheira só com uma frase nos lábios: precisamos vencer!

 

 

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Nota paulistade 5000 réis.

Nota paulistade 5000 réis.

 

Nota paulista de 10.000 réis.

Nota paulista de 10.000 réis.

 

 

Nota paulista de 20.000 réis.

Nota paulista de 20.000 réis.

 

Transcrição do Diário de Gessner Pompílio Pompêo de Barros (MT 1896 – RJ 1960), Itapetininga, SP, página 140,-141 em referência à Revolução Constitucionalista de 1932.

 

Voluntário Paulista na Revolução Constitucionalista

Voluntário Paulista na Revolução Constitucionalista





Romance Dos Dois Pedros, poema de Murillo Araújo para a Semana da Pátria

5 09 2008

D. Pedro I, o Defensor Perpétuo do Brasil, 1830, por Simplicio Rodrigues de Sá, Museu Imperial de Petrópolis

D. Pedro I, o Defensor Perpétuo do Brasil, 1830, por Simplício Rodrigues de Sá, Museu Imperial de Petrópolis

 

ROMANCE DOS DOIS PEDROS

 

Murillo Araújo

 

 

 

Dois Pedros singulares

teve a Pátria na sua construção.

Dois Pedros – duas pedras angulares

serviram de pilares

à Nação.

 

 

Intensamente

dois príncipes de sangue

amaram nossa Pátria adolescente.

 

 

Um deles – oh o rei moço e enamorado! –

um deles no delírio arrebatado

de uma paixão primeira!

O segundo – nesse êxtase sagrado

que  costuma durar a vida inteira.

 

 

E um com brilho da espada, outro com a pena

— ah! cada qual honrou

a terra linda, esplêndida e morena

que desposou.

 

 

Um Pedro, desafiando a força e a guerra

quis ser o seu Perpétuo Defensor.

Outro Pedro votou à nossa terra

um mundo de solícito fervor.

 

 

Pedro I lhe alcançou, lutando,

a túnica marcial da liberdade.

E a Nação, mal desperta, lhe sorriu.

 

Pedro II

deu-lhe um manto de glória venerando –

a nobre integridade

que, ante os olhos do mundo,

a revestiu.

 

 

Um foi, nas armas, bravo e extraordinário;

outro foi magnânimo e foi justo.

 

 

Um foi dominador e temerário;

outro foi sábio, generoso, augusto.

 

 

E de tal sorte.

amando a terra moça e bela,

um viveu prestes a morrer por ela,

outro – viveu por ela até a morte.

 

 

Encontrado em:

 

O candelabro eterno: aos moços – este álbum dos avós que criaram o Brasil, publicado pela primeira vez em 1955, parte da  Poemas Completos de Murillo Araújo, 3 volumes, Rio de Janeiro, Irmãos Pongetti:1960

 

 

D. Pedro II, o Magnânimo, 1864, por Vitor Meireles (Brasil, 1832-1903), OST, Museu de Arte de São Paulo

D. Pedro II, o Magnânimo, 1864, por Vítor Meireles (Brasil, 1832-1903), OST, Museu de Arte de São Paulo





Semana da pátria: Quem são os Dragões da Independência?

5 09 2008

 

Quem são os Dragões da Independência?

 

Esta é uma das mais bonitas tradições que mantivemos desde a independência.   Esse era o regimento que fazia a guarda da família real portuguesa.  Na época, como sabemos, eles haviam se refugiado no Brasil  para não se entregarem e o seu país às tropas napoleônicas que invadiam Portugal.   O regimento foi criado no dia 13 de maio de 1808.

 

 

Os Dragões da Independência, Foto Geraldo Magela.

Os Dragões da Independência, Foto Geraldo Magela.

 

 

Esses soldados de cavalaria faziam a guarda da família real.  E em Sete de Setembro de 1822, quando D. Pedro I proclamou a Independência do Brasil, esses soldados de cavalaria não só testemunharam o Grito do Ipiranga pelo jovem príncipe de 23 anos, como saudaram a independência do país.  Com D. Pedro, foram os Dragões da Independência que participaram do gesto de independência chamado Laços Fora, quando, junto com o príncipe eles arrancaram os laços e os floretes vermelho, azul e branco que todos usavam marcando-os como soldados da coroa portuguesa.

 

Topes e laços com as cores da coroa portuguesa arrancados no que veio a ser conhecido como "Cerimônia Laços Fora".

Topes e laços com as cores da coroa portuguesa arrancados no que veio a ser conhecido como

 

Daí por diante todos os chefes de governo do Brasil, têm sua proteção garantida pelo 1° Regimento de Cavalaria de Guardas. Com um pequeno intervalo imediatamente depois da Proclamação da República.  É uma tradição que veio do império e passou pela república do século XX e continua conosco, porque faz parte da nossa história, reflete quem somos, o nosso passado.   Só em 1927 este regimento ganhou o nome de Dragões da Independência, um nome que lhes serve muito bem.

 

Fonte: Presidência da República.  http://www.presidenciadarepublica.gov.br/