Paisagens brasileiras…

16 11 2025

Ipês Amarelos, década de 1960

Paulo Gagarin (Rússia-Brasil, 1885-1980)

óleo sobre tela, 65 x 81 cm

 

 

 

Fazenda Arcozelo

Onilda (Brasil, contemporânea)

óleo sobre madeira, 32 X 40 cm





Em casa: Henrik Lund

16 11 2025

Cuidando das flores

Henrik Lunde (Noruega, 1879-1935) 

óleo sobre tela





Flores para um sábado perfeito!

15 11 2025

Vaso de flores, 1955

Alberto da Veiga Guignard (Brasil, 896-1962)

óleo sobre tela, 61 x 75 cm

 

 

 

Vaso de flores, década de 1940

Noêmia Mourão (Brasil, 1912-1992)

óleo sobre tela, 65 x 54 cm





Amor e sofrimento, Julian Barnes

14 11 2025

O estudante, 1919

[David ‘Bunny’ Garnett traduzindo Dostoevsky]

Duncan Grant (Escócia, 1885-1978)

óleo sobre tela

Coleção Particular

 

 

 

“Nós sabíamos por nossas leituras dos grandes livros que Amor envolvia Sofrimento, e teríamos de bom grado praticado o Sofrimento se houvesse uma promessa implícita, talvez até lógica, de que o Amor poderia estar a caminho.”

 

 Julian Barnes, A única história, Rocco: 2018





Vento do mar e o sol no meu rosto a queimar…

14 11 2025

Corcovado, 1887

Abigail de Andrade (Brasil, 1864-1891)

óleo sobre tela, 55 x 39 cm





O vaso chinês, texto de Marcel Proust

12 11 2025

O colecionador de porcelanas, 1922

Adolf Reich (Áustria, 1887-1963)

óleo sobre tela

Coleção Particular

 

 

“Meus pais não me davam bastante dinheiro para comprar coisas caras. Pensei num vaso chinês antigo que me dera a tia Léonie; mamãe pressagiava todos os dias que Françoise ia dizer-lhe: “Caiu…”, e que o vaso deixaria de existir. De modo que o mais prudente era vendê-lo, vendê-lo para poder obsequiar a Gilberte como eu quisera. Imaginava que arranjaria no mínimo uns mil francos. Mandei que embrulhassem o vaso, em que na verdade, por força do hábito, nunca havia reparado; de modo que o separar-me dele teve pelo menos uma vantagem, a de me dar a conhecê-lo. Eu mesmo o carreguei antes de ir à casa de Gilberte, e dei ao cocheiro a direção dos Swann, mas recomendando-lhe que fosse pelos Campos Elísios; ali estava a loja de um comerciante de antiguidades chinesas conhecido de meu pai. Com grande surpresa minha ofereceu-me imediatamente dez mil francos, e não mil como eu esperava. Apanhei as notas arrebatado de prazer; durante um ano poderia cumular Gilberte de rosas e lilases.”

 

Em: À sombra das raparigas em flor, Marcel Proust, tradução de Mário Quintana

 

 

 





Hoje é dia de feira: frutas e legumes frescos!

12 11 2025

Gamela com maçãs, 1980

Colette Pujol (Brasil, 1913-1999)

pastel seco sobre papel, 50 x 60 cm 

Pinacoteca Municipal de Mauá, SP

 

 

Natureza morta

Burle Marx (Brasil, 1909-1994)

óleo sobre tela, 33 X 40 cm





Soneto de Zalkind Piatigórsky

11 11 2025

Cores da natureza, 2010

Amrita (Brasil, 1961)

óleo sobre madeira, 50 x 61 cm

 

 

Ciclo do amor (IV)

 

 

Zalkind Piatigórsky

 

Vieram, com a primavera, as novas flores

e o bando de amistosos passarinhos.

E houve a festa do sol jogando cores

nas sombras preguiçosas dos caminhos.

 

E a meiga alacridade e os sons vizinhos

das folhas balouçadas nos verdores…

E o riso tagarela e a voz sem dores

talvez de igarapés e ribeirinhos.

 

O céu tornou-se azul. E de repente,

com ele a natureza e toda gente

tornou-se mais afável, mais cortês.

 

Tudo cantava. Terminara o inverno.

Somente o coração, num gelo eterno,

chorava ainda por ti mais uma vez.





Nossas cidades: Itanhaém

11 11 2025

Itanhaém. 1941

Ottone Zorlini (Itália-Brasil, 1891-1967)

óleo sobre madeira, 21 x 27 cm





Da minha mesa de trabalho

8 11 2025

Sobre a mesa:

Maigret e o sumiço do Sr. Charles, Simenon

O livro branco, Han Kang

Os melhores contos de cães e gatos, ed. Flávio Moreira da Costa

Cartas persas, Montesquieu

 

 

A surpresa desses últimos dias foi uma breve viagem a Belo Horizonte.  Eu havia passado pela cidade diversas vezes mas nunca havia ficado por lá.  Estava sempre a caminho das cidades históricas, das grutas de Maquiné, a caminho de algum outro projeto.  No entanto dessa vez tive o objetivo de um encontro de amigas de mais de quinze anos, todas participantes de um grupo nacional de incentivo à leitura.  

Não me lembro bem de como surgiu a ideia do encontro mas logo quatro de nós se decidiram a visitar as outras e Belo Horizonte, local de uma de nós pareceu um lugar bom para isso.  Fui eu do Rio de Janeiro e duas outras de Pernambuco e Maranhão, ao encontro da que mora em Belo Horizonte.

 

 

Capela da Pampulha, Belo Horizonte.

 

 

A cidade me encantou. Eu moraria em Belo Horizonte. Achei-a encantadora. Muito arborizada. Limpíssima. Táxis novos e não caindo aos pedaços. Trânsito que flui. Me pareceu muito organizada. Tem um bom acervo cultural e parece estar envolvida com alguns espetáculos de porte. Não vi favelas, ainda que imagine que existam. As pessoas muito gentis.

À primeira vista me pareceu uma cidade difícil de se morar sem carro. Vi ônibus no trânsito, todos muito novos e silenciosos, o que me surpreendeu em comparação com o RJ. Sei que BH tem metrô, mas não vi nenhuma estação de metrô, nem andei neles, portanto não posso julgar. Fiquei surpresa com o número maior de Uberes do que de táxis nas ruas.

Como morei muitos e muitos anos em cidades sem praia, a falta dela não me incomoda. Se estivéssemos na Europa Belo Horizonte seria do tamanho de Roma, Paris, Berlim, Barcelona…. Nos EUA, são poucas as cidades com 2,5 milhões de habitantes. A maioria das cidades americanas tem menos habitantes. Pode parecer incrível para nós brasileiros que nos EUA, só Nova York, Los Angeles, Chicago e Houston tenham mais de 2 milhões de pessoas. Isso acontece porque a distribuição de renda e de desenvolvimento é generalizada e as pessoas não correm para cidades grandes em busca de oportunidades necessariamente.

Tive visões de cidades confortáveis na Europa. Não muito grandes mas que mantêm uma vida salutar para seus moradores. Passei algum tempo, três meses, no sudoeste da França e me lembrei de Toulouse, Agen, Bordeaux que são cidades muito importantes regionalmente mas que não são grandes, e oferecem tudo que um grande centro pode e deve oferecer: universidades, comércio, vida cultural.

Portanto, eu me encantei, e quando tiver que fugir para as montanhas, já tenho endereço certo.

 

 

©Ladyce West, 2025